21.5.20

Por insistência de Os Verdes, Ministro do Ambiente anuncia que hoje haverá reunião com Espanha para abordar a retirada de algas no Tejo Internacional

A deputada do Partido Ecologista Os Verdes, Mariana Silva, questionou hoje na Assembleia da República o Ministro do Ambiente e Ação Climática sobre a invasão de azola (azolla filiculoide) no Tejo Internacional e seus afluentes (Pônsul e Aravil). Esta planta aquática está de forma massiva a cobrir a superfície da água com uma mancha verde por dezenas de quilómetros.
Na sequência das perguntas apresentadas pela deputada de Os Verdes, sobre se a proliferação da azola que se intensificou no último ano, acerca das medidas que foram tomadas para o controle desta espécie e que tipo de ações foram desenvolvidas por Espanha para controlar esta e outras plantas aquáticas invasoras, o Ministro do Ambiente anunciou que ainda hoje haverá uma reunião com Espanha, tendo em vista a promoção rápida da retirada mecânica dessa mesmas algas, uma vez que o problema é exclusivo do Tejo Internacional.
A azola, originária da América Tropical, é pequena, de crescimento rápido, flutuante, anual, ramificada com aspeto de musgo, formando com frequência extensas colónias. Esta planta encontra-se frequentemente em águas paradas e poluídas com fosfatos e nitratos.
A densificação da azola, formando vastos tapetes na superfície da água está a comprometer a atividade piscatória e a biodiversidade pois leva a uma diminuição da entrada de luz na água e à redução dos níveis de oxigénio dissolvido na água, degradando ainda mais a sua qualidade.
A reunião anunciada é importante, todavia as ações de remoção desta e de outras espécies invasoras que afectam o Tejo Internacional já deveriam ter sido tomadas há pelo menos um ano, quando foi identificada, pois corre-se o risco destas plantas passarem para o lado português a jusante da barragem de Cedillo.  
O Partido Ecologista Os Verdes