28.2.17

CRÓNICAS DA TABANCA: A Mega revista

Em tempo de Carnaval (podia ser noutro tempo que não neste?), Filhosina Andrade produziu uma mega revista, em cinco fascículos com o título “Não consigo dormir de tanto pensar no povo”.
A revista foi distribuída gratuitamente - qual bodo aos pobres, que alguém teve de pagar-  pelos principais locais da tabanca e dos Arrabaldes, chegando até à rua da Caganita, circunstância que enfureceu um dos principais elementos do séquito da edil, garbosamente vestido com um fato à medida e obrigado a sujar as mãos com a tinta da propaganda impressa.
Na revista, cuidadosamente preparada para agradar a “gregos e troianos” e ajustar contas com o passado e com os elementos do partido da oposição, a edil de Nhabula bem se esforçou para deixar um retrato “cor de rosa” e benevolente dos seus três anos à frente da corte. Linguagem a preceito, cuidada, institucional, sem qualquer acesso de fúria ou raiva como é seu timbre, para ilustrar três anos de grande trabalho e dedicação, em que mal teve tempo para dormir e para pagar as dívidas, tal a preocupação em servir o povo e assim poder garantir o tacho para mais quatro anos de governação filhosinal.
Foram precisos cinco fascículos, cinco, de conversa da treta, sem focar os grandes problemas do concelho ou apontar caminhos para o futuro, que Filhosina Andrade utilizou para enumerar a longa lista de “bordados” - que a edil considera obras – que deixa como legado de um mandato de quatro anos. O passado está sempre presente na boca da edil nhabulense, como contas ainda por ajustar ou como desculpa para o notório fracasso da sua acção municipal. Em ano de eleições, a mega revista, mostra uma edil “madura e contida”, apenas preocupada com o bem do povo, principalmente, com o do emblema do Partido da Sanzala a quem, cirurgicamente, tem colocado em lugares relevantes e de controlo, através de concursos públicos e respeitando, rigorosamente, a lei dos primos e dos afilhados.
Filhosina Andrade disfarçou como pôde, nas palavras e nas fotos da revista, um pouco da crispação contra os trabalhadores municipais, principalmente aqueles que a edil colocou, mentalmente, na lista negra, conotados com a oposição e alvo de assédio profissional.
A mega revista funcionou como “balanço” e como “manifesto pré-eleitoral” como que a dizer que está cá para as curvas e contra-curvas, mas que não lhe falem nem em geringonças nem em trotinetas, pois o caminho faz-se caminhando.
Sozinha. Como é bom de entender...
Hoji Ya Enda

Lucas Basset e Simone Niggli vencem a etapa Rainha do Portugal O' Meeting

 Mais de 2.200 Orientistas de 36 Países desfrutaram de um grande evento.
A etapa rainha do programa competitivo do Portugal O Meeting '2017, denominada Norte Alentejano O' Meeting foi dedicado à Distância Média e pontuável para o ranking Mundial. O evento realizou-se no mapa de Entre-Ribeiras e Coutadas, Portalegre. Foi uma percurso duro e exigente, num terreno com muitos elementos características rochosos e da vegetação. Na categoria Homens Super Elite, Lucas Basset (OK Linné) conseguiu nos 6,8 km de seu percurso, o tempo de 35:30 e obtendo sua terceira vitória em um Evento de Ranking Mundial nesta temporada. Johan Runesson (Tampereen Pyrintö) conseguiu o segundo melhor tempo, terminando 32 segundos após o vencedor. Apenas um segundo depois de Runesson, Rassmus Andersson (OK Linné) obteve o terceiro lugar. Quarenta e seis segundos depois de Basset, Thierry Gueorgiou (Kalevan Rasti) ter conseguido a quarta posição, mas ainda está na liderança da classificação do Portugal O 'Meeting 2017, sendo o primeiro a começar amanhã para a última fase do programa competitivo, na prova de Longa Distância.


Simone Niggli (OK Tisaren) será a primeira atleta a começar amanhã para a última etapa, após a sua segunda vitória consecutiva no evento. O Campeão do Mundo foi o único atleta capaz de quebrar a barreira dos trinta e Cinco minutos na classe Elite das Mulheres, completando os 4,9 km de seu percurso com o tempo de 34:54, 26 segundos mais rápido que Hollie Orr (Halden SK), segunda classificada. O muito jovem Elin Månsson (IFK Göteborg) foi uma surpreendente terceira classificada, gastando mais 57 do que a vencedora. Lari Pernu (Essu) foi um vencedor inesperado na classe Men Elite, com o tempo de 40:12. Jakob Andersson (OK Linné) e Topi Anjala (Koovee) conseguiram as posições imediatas, com mais 00:33 e 00:44 do que o vencedor, respectivamente. Pedro Nogueira (ADFA), da classe Men Super Elite, João Mega Figueiredo (CN Alvito), da categoria Men Elite, e Mariana Moreira (CPOC), foram os melhores atletas portugueses no palco de hoje.
Fotos: Joaquim Margarido

NISA: Terça-Feira de Carnaval




Terça-feira de Carnaval, dia cinzento e frio. Ainda há, felizmente, quem mantenha a boa disposição e alegria q.b. para nos animar e lembrar que a vida são dois dias. E um, já passou...
Alegrem-se, que a troika já cá não está!

CONTRA A POLUIÇÃO DO TEJO - Vamos fazer ouvir a nossa Voz!

No próximo sábado, dia 4 MARÇO 2017, vai decorrer uma grande Manifestação contra quem está a poluir o Rio Tejo, em VILA VELHA DE RÓDÃO, e também contra quem deixa poluir. 
É tempo de dizermos BASTA! Vamos fazer ouvir a nossa Voz! Vamos chamar a atenção dos poderes públicos e dizer-lhes que esta situação de constantes crimes e atropelos contra o rio Tejo e seus Afluentes tem de acabar de uma vez por todas.
O Movimento ProTejo, promotor da iniciativa, está a receber cada vez mais apoios. Autarquias das regiões que o Tejo banha no seu percurso até ao mar, vão fazer-se representar pelos seus presidentes, vereadores e outros eleitos, para além de estarem a disponibilizar meios de transporte a quem quiser deslocar-se até Vila Velha de Ródão. Este é um problema ambiental gravíssimo e que diz respeito a todos os cidadãos. 
Aproveito a oportunidade para apelar a todos os meus conterrâneos e concidadãos para que no próximo Sábado, Dia 4 de Março não fiquem em casa. Venham participar numa Jornada de Cidadania em defesa de um bem que é de todos nós: o Rio Tejo, o Rio da Minha Aldeia.
Todos juntos, sem olhar a cores ou emblemas, conseguiremos despertar a atenção do país e fazer ecoar a nossa indignação e revolta junto dos poderes públicos que ao longo dos anos, têm andados distraídos e indiferentes perante tão ignominioso crime ambiental.
NO SÁBADO, DIA 4, TODOS A VILA VELHA DE RÓDÃO!
Aqui, no Portal de Nisa, iremos dando informações sobre o desenvolvimento desta grande iniciativa.
PARTILHEM!

27.2.17

“Salvem a Robinson- Património Industrial Corticeiro”

Entrega da Petição na Assembleia da República - 03 de março de 2017, 14h
 Para efeitos noticiosos, informamos que os primeiros subscritores da Petição “Salvem a Robinson - Património Industrial Corticeiro”, serão recebidos na próxima sexta-feira, 3 de março de 2017, pelas 14 horas, em audiência pela Vice-Presidente da Assembleia da República, Deputada Teresa Caeiro, em representação do Presidente daquele órgão de soberania, com o objetivo de procederem à entrega da referida Petição, subscrita por mais de 4 000 peticionários.
 A Petição tem por objetivo que a Assembleia da República providencie junto do Governo de Portugal a sua intervenção urgente através do Ministério da Cultura e do Ministério da Economia, no sentido de garantir a salvaguarda daquele importante património, mobilizando as entidades e instituições implicadas, nomeadamente autárquicas, científicas, associativas, empresariais e outras.
Sublinha-se que a antiga fábrica Robinson, instalada em Portalegre em 1837 e encerrada em 2009, contém um património de arqueologia industrial único no Mundo (e classificado pelo IPPAR) e que corre o risco de degradação e deterioração, caso não sejam adotadas medidas urgentes para a sua salvaguarda e potenciação como recurso de desenvolvimento.
Os primeiros subscritores
Luís Pargana, Manuela Cunha, José Lopes Ribeiro, Manuela Mendes, Ana Narciso

26.2.17

A Música de Montalvão na poesia do ti António Branco



A Música de Montalvão
A Música de Montalvão
Aprendeu no Hospital
Com seis meses de instrução
Foi tocar num arraial

A da Póvoa, opiniosa
Muito mais do que se pensa
Não se curou de doença
Vai morrer tuberculosa
Moléstia contagiosa
Desta vez não escaparão
Até excomungados estão
Pelo padre da freguesia
Toca em qualquer romaria
A Música de Montalvão.

Para que diriam tanta vez
Que a de Montalvão não ia
Aprendendo eles num dia
Mais do que os da Póvoa num mês
Será inveja? Talvez
Vontade de dizer mal
Não é um, é tudo igual
Estão postos naquele vêzo
Montalvão não tem desprezo
De aprender num Hospital.

Aqui nestes arredores
Para a música são uns valentes
São bastante inteligentes
Não há mesmo outros melhores
À música de Badajores *
Dou-lhe quase comparação
Já ganham à da Sertã
E a outras que eu ainda não disse
Prestam um bom serviço
Com seis meses de instrução.

Montalvão é generoso
É tanto, que assim se prova
Já tem uma música nova
Ensaiada por um Raposo
Com os alunos está gostoso
É a base principal
Todo o povo em geral
Tem grande satisfação
Com muito pouca lição
Foi tocar num arraial.
António Branco
* Refere-se a Badajoz

25.2.17

ALPALHÃO: Domingo Gordo de alegria e tradição









Estrelas no Céu 
Há muitas estrelas no céu – lárálálá
São princesas encantadas -  lárálálá
O sol é o recreio da lua
Toda a vida desfolhada 
Refrão
Não me apanhas ó Maria
Eu sou o teu malmequer
A flor do teu jardim
Aquele que mais te quer.

Alpalhão é nossa terra – lárálálá
Uma vila muito alegre - lárálálá
É a terra mais divertida
Do distrito de Portalegre

Minha vila é muito linda – lárálálá
Trago-a no coração – lárálálá
É do concelho de Nisa
Minha terra é Alpalhão






NISA: Hoje é dia de Rally Paper





24.2.17

NISA: Postais do Concelho - Artes e Artesãos

Que melhor imagem para ilustrar o Carnaval antigo de Nisa do que esta foto (magnífica) do prof. Manuel Joaquim Temudo Barreto?
A beleza dos trajes e da artesã, conjugam-se para mostrar uma peça de olaria tradicional de Nisa, a ser ultimada com a colocação das mil e uma pedrinhas (pedrar) alinhadas nos seus populares e caprichosos desenhos.

TRADIÇÃO ORAL: As alcunhas do Pé da Serra

Alcunhas quem as não tem
Há as em qualquer lugar
As que são do Pé da Serra
Eu vou aqui relembrar

A Nazaré Cavalheira
É mulher do Presidente
Mais conhecido p´lo Vara
Lá da Rua do Corrente

Junto à Fonte do Terreiro
Tem casa o Chico Barbeta
Moram no Largo da Igreja
Ti Farrada e Fastineta

Na Rua Nova eu conheço
O Pisco e o Zé Pação
O meu primo Chico Dim
E o ti João Manelão

Mesmo no centro da aldeia
Largo da Fonte da Bica
Vive o ti Zé Pires Pulão
E mais a ti Perna Chica

Lá bem no cimo do monte
Junto ao cemitério velho
Mora a Nazaré Fadinha
Com o ti Chico Bodelho

O ti Manel Louro Espirra
Hoje já perdeu o pio
Noutros tempos foi poeta
A cantar ao desafio

Não quero que ninguém fique
Com as alcunhas ofendido
Desculpem, mas estes versos
Foram feitos a pedido

Se calhar nos que falei
Comigo ficam zangados
Talvez os que ignorei
Queriam aqui ser lembrados

Tudo o que hoje escrevi
Somente a verdade encerra
Toda a vida eu ouvi
Falar assim cá na terra
Maria Nazaré Gonçalves

23.2.17

Zeca Afonso partiu há 30 anos. As homenagens sucedem-se

Um concerto de homenagem a Zeca Afonso e a apresentação do livro/DVD "O Povo que ainda Canta", do realizador Tiago Pereira, são destaques do Festival Entrudanças, que a partir de sexta-feira, se realiza na vila de Entradas, em Castro Verde.
O festival, promovido pela Câmara de Castro Verde, no distrito de Beja, a Associação Pédexumbo e a Junta de Freguesia de Entradas, decorre até domingo e a edição deste ano é dedicada ao tema "Transumâncias Culturais".
Segundo comunicou o município, a abertura do Entrudanças que começa na sexta feira, vai ser marcada pela apresentação do livro/DVD "O Povo que ainda Canta", a partir das 18:00, no Museu da Ruralidade.
O realizador Tiago Pereira e o editor José Moças, da Tradisom, vão estar presentes na sessão, que contará com a actuação de pedro Mestre, o cantor de cante alentejano e tocador de viola campaniça.
O livro tem 92 páginas e inclui oito DVD da série documental "O Povo que Ainda Canta", produzida por Tiago Pereira, em 2015, para a RTP2.
A obra, explicou o município, resulta do "sistemático e abrangente trabalho" que Tiago Pereira e a sua equipa têm vindo a realizar, desde 2011, registando práticas musicais de tradição oral, cantigas, rezas, paisagens sonoras, danças e projetos musicais organizados de cariz urbano de vários géneros.
A edição deste ano do festival vai homenagear também, no dia de abertura, o cantautor Zeca Afonso, considerado "um dos maiores nomes da música portuguesa de intervenção".
O concerto, a realizar pelas 21:30, na Praça Zeca Afonso, vai contar com actuações do Grupo Coral "Os Cardadores" da Sete, com modas de cante alentejano, e do músico Fernando Pardal e do grupo musical Contrabando, que vão interpretar "algumas das canções mais marcantes" do cantor de intervenção, nos 30 anos da sua morte.
Bailes, oficinas, passeios, artesanato, gastronomia e actuações de cante alentejano e de viola campaniça são outras das propostas do evento, até domingo.
No sábado, pelas ruas da vila alentejana, vai ainda ser apresentado um projecto de criação artística com a comunidade escolar e a Associação ART, que integra dois motes de interacção e criação: o movimento criativo e a expressão plástica.
Coordenado e dinamizado pelo Teatro Experimental de Lagos, o projecto resultou num "desfile performativo que representa a transumância de um rebanho, com os seus ritmos, os seus obstáculos e os seus imprevistos".
Em pleno período do Carnaval, o Festival Entrudanças propõe três dias de folia, numa "dança de identidade partilhada, cruzando gentes, tradições e o saber-fazer da comunidade local", destacaram os promotores.
E, com o tema escolhido para esta edição, "Transumâncias Culturais", a organização quer evocar "um tempo passado, lembrando a chegada dos grandes rebanhos que vinham pastar às terras de Entradas".
"Por isso, neste convívio, promovemos a partilha de saberes e diferentes vivências numa grande transumância cultural", resumiu.
Zita Ferreira Braga in www.hardmusica.pt - 22/2/2017 

José Afonso - Cantor da Liberdade (1928-1987)




 

Faz hoje, dia 23 de Fevereiro, 30 anos que José Afonso nos deixou, após longa e penosa doença.
Recordamo-lo aqui, com os dois "cartazes" da sua actuação em Pé da Serra (1979? 1980?) e uma das suas canções. Zeca faleceu há 30 anos, mas o seu legado cultural, o seu exemplo de luta pela Liberdade e contra a negra ditadura fascista, há-de perdurar pela vida fora.
Zeca, hoje e sempre, com Abril!

POSTAIS DO CONCELHO: Um dia, muitos dias...

 Hoje é Dia das Comadres

 Também é Dia de Brunhol, brenhol, brnhol ou Massa Frita e lembramos aqui, com saudade imensa, o Ti Serralhinha

Por onde andará esta "Malta" que se deixou fotografar no dia 1 de Junho de 2002?

22.2.17

ALPALHÃO: Torneio de Snooker na Sociedade Recreativa


Parto em Avis assistido por equipa SIV do INEM

 Hoje, pelas 6:30 horas, veio a este mundo a menina Bianca, filha da Zélia e do Luís, em casa de seus pais em Avis. O parto, que decorreu de forma perfeitamente normal, foi assistido pela equipa do INEM, mobilizada para o local, com todo o apoio da equipa de outro meio do INEM, neste caso dos Bombeiros de Avis.
A equipa da ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) era composta pelo Técnico de Emergência Médica José Robalo e pelo Enfermeiro Pedro Rabaça.
Tudo decorreu de forma tranquila e eficiente, vindo a menina recém nascida e sua mãe a ser posteriormente transportadas para o serviço de obstetrícia do Hospital de Portalegre.
Não é a primeira vez que a equipa de SIV localizada no Serviço de Urgência Básica de Ponte de Sor, é chamada a dar apoio a este tipo de situação, sendo que os intervenientes se encontram devidamente preparados para a sua resolução.
Recorda-se que este meio sediado em Ponte de Sôr, dá apoio a toda o Concelho de Ponte de Sor, norte do distrito de Portalegre e norte do distrito de Évora e até sul do distrito de Santarém.
Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida. As ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) têm por missão, no quadro do INEM, garantir cuidados de saúde diferenciados, tais como manobras de reanimação.

A tripulação é composta por um Enfermeiro e um Técnico de Ambulância de Emergência e visa a melhoria dos cuidados prestados em ambiente pré hospitalar à população.
As Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida destinam-se a garantir cuidados de saúde diferenciados, designadamente manobras de reanimação, até estar disponível uma equipa com capacidade de prestação de Suporte Avançado de Vida.
Ao nível dos recursos técnicos tem a carga de uma Ambulância de Suporte Básico de Vida, acrescida de um monitor-desfibrilhador e diversos fármacos. O equipamento das SIV permite a transmissão de electrocardiograma e sinais vitais.
ULSNA

Rally Paper de Nisa comemora 20 anos

Este é o cartaz oficial do 20º Rally Paper da Notável Vila de Nisa. Queremos deixar um enorme agradecimento a todos os nossos patrocinadores que tornaram possível a organização de mais um Rally Paper e com isto dar continuidade a este grande evento Carnavalesco na Vila.
Ainda vão a tempo de se inscrever!!!
A Organização 2017

21.2.17

Graça Carita vai ser homenageada em Évora em Encontro de Matemáticos

A Universidade de Évora através do Departamento de Matemática vai homenagear a título póstumo, a professora nisense Graça Carita.
Durante dois dias terá lugar o evento Workshop day on Mathematics in memory of Graça Carita que irá decorrer nos dias 3 e 4 de Março de 2017, nas instalações do Colégio Luís António Verney.
Este encontro serve para homenagear a memória da Professora Graça Carita, natural de Nisa, que faleceu de forma prematura em setembro de 2016.
Ao longo da sua vida académica a Professora Graça Carita destacou-se não só como aluna, como docente da Universidade de Évora, mas ainda como investigadora de nível internacional na área do cálculo das variações. A todos os colegas (independente da sua área de investigação) do Departamento de Matemática da Universidade de Évora, ou não, que de alguma forma privaram com a Professora Graça Carita estão convidados a submeter uma comunicação no referido encontro.
Organizing and Scientific Commitee
Vladimir Gontcharov (goncha@uevora.pt), Universidade de Évora
Fernando Carapau (flc@uevora.pt), Universidade de Évora
Sara Fernandes (saf@uevora.pt), Universidade de Évora
Clara Grácio (mgracio@uevora.pt), Universidade de Évora
Dulce Gomes (dmog@uevora.pt), Universidade de Évora
Fátima Pereira (fmfp@uevora.pt), Universidade de Évora
Contacts
Para alguma questão usar o email: inmgc@uevora.pt
Mais informações em http://www.inmgc.uevora.pt/

20.2.17

CULTURA: Recordar um ilustre nisense - Mestre Manuel Lima

Manuel Simões Freire de Figueiredo Lima, filho de Bernardo Velez de Lima e Maria Velez de Lima, nasceu em Nisa a 10 de Junho de 1911 e faleceu em Lisboa em 1991. É das personalidades nascidas na Corte das Areias, porventura uma das menos conhecidas entre os seus conterrâneos. Manuel Lima desde tenra idade evidenciou particular vocação para as artes plásticas e foi nela que se distinguiu durante a sua vida. Sobre ele escreveu Mário Elias (alentejano de Mértola), pintor e seu amigo pessoal, um texto publicado em 1998 no “Jornal de Nisa, em que referia que “Manuel de Lima era um pintor probo, dotado de um estilo vigoroso e pessoal”, naquela que é, possivelmente, a única referência publicada no periodismo nisense no século XX, à figura e obra de Manuel Lima.
Vinte e cinco anos passados sobre o seu falecimento, urge conhecer e
divulgar a obra deste ilustre cidadão na terra que o viu nascer. A biografia de Manuel Lima que a revista “Nisa Viva” reproduz e dá a a conhecer aos leitores, foi publicada pela sua neta Maria Inês Gonçalves, na página oficial que o pintor tem na rede social Facebook, na Internet.
Biografia
«Manuel Lima nasce em Niza, Alentejo, a 10 de Junho de 1911. Evidencia, ainda criança, talento para as Artes Plásticas. Frequenta, em Coimbra, o liceu. Cursa, mais tarde, a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde teve por mestres, Simões de Almeida (sobrinho), Luciano Freire, Veloso Salgado, Henrique Franco e Varela Aldemira. Termina o Curso Superior de Pintura com a classificação de 18 valores.
Obtivera, muito jovem, (1926) o primeiro prémio, num concurso a nível nacional, para um cartaz. Era o precedente de muitos outros: Prémio “Miguel  ngelo Lupi”; “Medalha de Prata” da Sociedade Nacional de Belas Artes, “Prémio Gustavo Cordeiro Ramos” (1983) - atribuído também pela Sociedade Nacional de Belas Artes—com o quadro “Mercador de Ilusões”; “Prémio Correio da Manhã” (1984), com o quadro “Maternidade”.
Marcou presença em exposições colectivas. Entre outras, no Salão Bobone, em Lisboa (1931/32); na Galeria Espaço, no conselho de Évora (1932); numa outra exposição de Arte, em Lisboa (1935); na Missão Estética de Férias, em Tomar (1937); em mais outra exposição no Mosteiro dos Jerónimos, da qual foi o organizador (1979); na Galeria de S. Francisco (1981/84); no Palácio dos Coruchéus (1980/86); na Galeria d’Arte do Casino do Estoril (1990); na Maternidade Alfredo da Costa (1991).
Em 1932 começou a expor—e continuará a fazê-lo regularmente durante o espaço de 20 anos ou mais—com o “Grupo de Artistas Portugueses”.
Participara, a convite de José Tagarro, no “Salão dos Independentes”, organizado por aquelo Pintor. Muito mais recentemente, em 1992, participa na Primeira Exposição de Artistas Alentejanos, realizada na Câmara Municipal de S. Tiago de Cacém.
Está representado no Museu de Arte Contemporânea e muitas das suas obras encontram-se incluídas em colecções particulares, quer no País, quer no Estrangeiro, sobretudo Espanha, França, Alemanha e Brasil.
Individualmente, expôs na Galeria do Diário de Notícias em 1983 e, no mesmo ano, na Galeria Teoartes de Évora; na Casa de Cultura D. Pedro V, (Mafra), em 1990.
Trabalhou com o Pintor António Soares nos painéis do Palácio da Assembleia da República; colaborou na Exposição do Mundo Português em 1940, sendo da sua autoria os arranjos decorativos e pinturas murais das salas “Oceania”, “Documentos” e “Ordens Militares”; apresentou na Exposição Histórica da Ocupação o painel “Os Navegadores”; integrou a equipa dirigida pelo arquitecto Miguel Jacobetty no Estádio Nacional.
Em 1931, convidam-no a prestar ao Teatro a Contribuição dos seus dotes artísticos como cenógrafo e nessa actividade se mantém dedicadamente por largos anos.
Das numerosas maquetes e cenografias que concebeu e realizou, cita-se: “L’Alouette”; de Jean Anouilh; “As mãos de Euridice”, de Pedro Bloch, com Rudolfo Mayer no protagonista; “Seis Personagens à procura dum Autor”, de Pirandello, encenada por Redondo Júnior; “Está lá fora um inspector”, de Priestley, com João Vilaret; “O Mar”, de Miguel Torga, pelo Teatro Experimental do Porto, sob a direcção de António Pedro; “Ana Cristina”, adaptação de Henrique Galvão, da obra de Eugénio O’Neil; “Bailados e Cantares de Portugal”, de Fernando Lima e Águeda Sena.
Colaborou, como director de montagem, em várias revistas e operetas.
A partir de 1941 estende ao Cinema o seu contributo artístico, como maquetista, decorador e cenógrafo, nomeadamente dos filmes: “Camões”, de Leitão de Barros; “O Desterrado”, de Manuel Guimarães; “O Último Crime de João Bolandas”, do romance de Domingues Monteiro, produção de Bourdin de Macedo e realização de Jorge Brun do Canto; “Vidas sem Rumo”, realizado por Manuel Guimarães sobre argumento de Alves Redol e Guimarães.
Em 1952 vai para o Brasil, expressamente contratado como cenógrafo de teatro, cinema e televisão, mas, apesar das óptimas condições que ali desfruta, regressa, impelido pela saudade, em 1956.
Fez parte, como maquetista e ilustrador, das Redacções do Jornal dirigido por Augusto de Castro, “Anoite”, e do semanário orientado por Artur Portela, “Mundo Gráfico". Entre 1965 e 1981 dedica-se especialmente à pintura mural, à tapeçaria e à cerâmica, executando trabalhos para o Palácio da Justiça de Almada, Igreja de Alcoentre, Palácio da Justiça de Alcácer do Sal, Hospital de Portalegre, Câmara Municipal de Miranda do Douro e Capela do Hospital Egas Moniz em Lisboa.
A actividade docente - que já tinha exercido nas escolas secundárias “Afonso Domingos” e “António Arroio” - retoma-a, em 1956, como professor da Escola de Artes Decorativas António Arroio. Nesse mesmo ano presta provas públicas para provimento de um lugar de professor do 5º. Grupo da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, obtendo o título de Professor Agregado.
Em 1974 é nomeado professor efectivo de pintura, função que desempenha até atingir o limite de idade em 10 de Junho de 1981.
Pertence à Academia De Belas Artes. Continua sempre a trabalhar e a dar aulas particulares no seu atelier no Palácio dos Coruchéus em Lisboa.
Após a morte do Pintor, ocorrida em 1991, a família de Mestre Manuel Lima propõe-se efetuar uma série de exposições com obras do Artista. Duas dessas exposições já foram realizadas em 1992. Uma, no Padrão dos Descobrimentos sob o patrocínio da Câmara Municipal.»
Maria Inês Gomes Gonçalves (neta de Manuel Lima)
Trabalho de José Manuel Lopes inserido na edição nº 29 da "Nisa Viva"