30.6.22

CRATO: Festival de Bandas Filarmónicas do Alto Alentejo – Homenagem a Carlos Alberto Girão Ferreira

A Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre organiza, no próximo sábado, no Crato, o Festival de Bandas Filarmónicas do Alto Alentejo em Homenagem a Carlos Alberto Girão Ferreira.
O programa conta com a participação de oito bandas filarmónicas que percorrerão as freguesias do concelho, pelas 17:00, com uma pequena arruada com a seguinte repartição:
Aldeia da Mata - Banda Municipal Alterense;
Crato - Filarmónica do Crato;
Flor da Rosa - Banda dos Bombeiros Voluntários de Sousel;
Gáfete - Sociedade Musical Euterpe e Sociedade Filarmónica Galveense;
Monte da Pedra - CCD Banda Juvenil do Município de Gavião;
Pisão - Sociedade Musical Nisense;
Vale do Peso - Sociedade Recreativa e Musical de Póvoa e Meadas.
De seguida, às 18:30, no Campo 1º de Maio, momento da homenagem póstuma a Carlos Alberto Girão Ferreira, músico da banda anfitriã, com um desfile e atuação conjunta com a interpretação dos temas “O Girão” e Hino da Federação das Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre. 
Este evento é apoiado pela CIMAA, pela Câmara Municipal do Crato e pelas Juntas de Freguesia do Concelho do Crato

PONTE DE SOR: Detido em flagrante por furto de cobre

 
O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Ponte de Sor, no dia 27 de junho, deteve em flagrante um homem de 28 anos por furto de cobre, no concelho de Ponte de Sor.
No seguimento de uma denúncia a dar conta de movimentos suspeitos nas imediações das instalações de uma antiga empresa, os militares da Guarda deslocaram-se para o local tendo em vista patrulhar a zona. No decorrer da ação surpreenderam o suspeito, que se encontrava no interior das instalações da empresa a furtar fios de cobre dos quadros de eletricidade e das instalações elétricas, motivo que levou à sua detenção em flagrante.
No decorrer da ação foram aprendidos 35 quilos de fio de cobre e diversas ferramentas utilizadas na prática do ilícito.
O detido foi constituído arguido, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Ponte de Sor.

Campanha nacional da CGTP-IN “Defender e Reforçar o Serviço Nacional de Saúde” com expressão no distrito de Portalegre

goog_1169521420A CGTP-IN promove, desde o passado dia 9 de Junho, a campanha “Defender e Reforçar o Serviço Nacional de Saúde Público, Gratuito e Universal”, cujos objectivos, entre outros, passam por colocar o foco na saúde e na prevenção da doença, pela necessidade de reforçar e modernizar o SNS, por investir na saúde como condição para a garantia deste direito fundamental da população e elemento de avanço social no progresso e de desenvolvimento económico do País.
Amanhã, dia 30 de Junho, entre as 7h30 e as 9h30, esta campanha terá expressão no distrito de Portalegre, numa iniciativa organizada pela União dos Sindicatos do Norte Alentejano, frente ao Hospital de Portalegre, que consistirá numa jornada de contactos com trabalhadores e utentes deste serviço de saúde.
Nesta jornada participarão vários sindicatos, entre eles o SEP – Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o STFPSSRA – Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Estado do Sul e Regiões Autónomas, que acompanham os trabalhadores do sector e ainda o Sindicato da Hotelaria do Sul que acompanha os trabalhadores das cantinas dos hospitais distritais, também fundamentais ao funcionamento deste serviço público.
Para o dia 1 de Julho está convocada uma greve para o sector da saúde, pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.
O Depº de Informação da USNA/cgtp-in

PÓVOA E MEADAS: Noite de fado solidário

A Junta de Freguesia de Póvoa e Meadas, em articulação com o CLDS 4G Aproximar e o Lar da Terceira Idade organizam uma Noite de Fado Solidário no sábado 9 de Julho, a partir das 21:30 horas no Jardim do Rossio.
O valor angariado reverte para a compra de uma cadeira de rodas adaptada para o utente João Mário daquela IPSS.
“Às vezes um pequeno ato de generosidade pode mudar muita coisa na vida de alguém”, refere uma nota da Autarquia local que “conta com a vossa boa vontade para ajudar o Senhor João Mário.

28.6.22

NISA: Homenagem ao poeta José Gomes Correia

Uma festa linda e comovente
A União de Freguesias do Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e S. Simão, promoveu no sábado, dia 25 de Junho, uma sessão evocativa do Centenário de Nascimento do poeta nisense José Gomes Correia, nascido em Nisa a 22 de Junho de 1922 e falecido na sua terra em 8 de Julho de 1983.
Uma sessão evocativa marcada pela emoção, pela convivência e saudade, bem expressas na presença de muitos amigos e antigos alunos do poeta José Gomes Correia que foi também professor no Externato D. Dinis em Nisa.
Foram alguns destes alunos que deram um cunho de reconhecimento e apreço pelo cidadão e professor, como Maria Natália Sousa, também ela professora e que por duas vezes leu poemas do seu antigo mestre, uma declamação feita com verdadeiro sentido poético e de homenagem. O mestre António Charrinho, também ele grande amigo de José Gomes Correia que lembrou como presidente da Banda Municipal de Nisa na época em que ensaiou os primeiros passos na música. António Charrinho recordou algumas passagens desse tempo e o percurso que trilhou enquanto músico. E das palavras passou à acção tocando no seu acordeão "A rosinha dos limões", com o virtuosismo que se lhe reconhece e que deliciou a assistência. Estava feita a ligação entre o poeta e a música, mas que não ficou por ali. António Charrinho porfiou em trazer à homenagem do Centenário, uma composição sua ajustada ao poema de Gomes Correia "Transforma cada espinho numa rosa..." Momento alto e não menos comovente, de elevado sentido artístico. Estava dado o mote para novas intervenções como as de José Joaquim Carmona evocando o professor, a sua amizade com a família e lembrando a existência de outros nomes de referência, nas artes, história e cultura nascidos em Nisa e que urge resgatar das trevas da memória.
Mário Mendes leu uma mensagem de António Montalvo, em seu nome pessoal e da Associação Nisa Viva, na qual recordou com especial carinho o antigo professor, a amizade que o unia à família e lembrou também o poeta que se expressava na corrente literária do romantismo.
Maria Dinis Pereira viajou até à infância para recordar o Dr. José Gomes Correia, a vida na "vila" nos anos 50 e 60, para vincar a forma determinada e decisiva como o poeta Gomes Correia ajudou na criação do Rancho Típico das Cantarinhas de Nisa, uma referência desta vila durante muitos anos e para o qual escreveu algumas modas e marchas.
O presidente da União de Freguesias, João Malpique Rufino agradeceu a presença da filha do poeta, Carlota Gomes Correia Amorim, bem como de alguns familiares e amigos, salientando o empenho da autarquia na realização desta iniciativa porque a mesma era de toda a justiça, como o era o reconhecimento a um cidadão nisense, que além de poeta com obra publicada e devidamente reconhecida, desempenhou importante papel no campo associativo, tanto na Banda Municipal como no Rancho Típico das Cantarinhas. 
A União de Freguesias, disse, "tudo fará para que, às placas toponímicas que ficam a assinalar o nome do poeta José Gomes Correia, na Urbanização das Amoreiras, outras se seguirão, porque as ruas têm nomes e é dever do poder local resolver estas situações e ao mesmo tempo evocar os cidadãos que tiveram um papel no desenvolvimento da terra e do concelho".
Seguiu-se a apresentação da 2ª edição do livro "Sonhos que morrem...Sombras que ficam", editado em 1942 e que há muito se encontrava esgotado.
Após a sessão, os participantes rumaram à Urbanização das Amoreiras onde, após a leitura do poema "À minha terra" feita por Natália de Sousa, teve lugar o descerramento da placa toponímica que fica a assinalar o nome do poeta naquela artéria, junto às piscinas municipais. Acto solene de grande simbolismo e alguma emoção por parte da filha do poeta, que viu assim concretizada uma sentida homenagem da população de Nisa, por ocasião do Centenário de Nascimento do seu pai.
Na sede da Sociedade Musical Nisense, onde decorriam as festas populares de S. João, a filha do poeta e familiares tiveram ainda ensejo de saudar e conviver com muitas pessoas amigas e "matarem" saudades de outros tempos.
Os poetas, como as pessoas, só morrem quando as esquecermos. E a poesia de José Gomes Correia que fala do amor, da saudade e do afecto à terra onde nasceu permanecerá sempre viva e imutável.
"Tu és a flor nascida entre o deserto,
És a eterna canção maravilhosa,
Que aos meus ouvidos soa qual segredo,
Que só eu compreendo, ó minha terra!"
Mário Mendes







Alunos da Escola Profissional Agostinho Roseta voam até Bruxelas com a Sociedade Ponto Verde

Os projetos “Mar de Plástico” e “#Pray for Ukraine” desenvolvidos por grupos de alunos da Escola Profissional Agostinho Roseta de Portalegre, foram vencedores do desafio “Artistas da Reciclagem” integrado no Concurso “Reciclar é na Boa!” da Academia Ponto Verde. Os alunos foram premiados com uma viagem de dois dias a Bruxelas.
Entre os dias 20 e 21 de junho, os alunos rumaram até à capital europeia, acompanhados pelos seus professores e pelos restantes vencedores, para visitar o Parlamento Europeu e conhecer alguns dos monumentos mais emblemáticos da cidade.
Foi com o mural intitulado “Mar de Plástico”, através do qual procuraram sensibilizar para a importância da preservação dos oceanos, e com a escultura “#Pray for Ukraine”, que pretendeu representar os desejos de que a Paz prevaleça sobre a Guerra, que os alunos da Escola Profissional Agostinho Roseta (Pólo do Crato) de Portalegre, provaram ser meritórios desta viagem a Bruxelas.
Para ilustrar a realidade dos oceanos e apelar à mudança de comportamentos, os alunos utilizaram materiais como sacos do lixo, papel, garrafas de plástico, cartão, beatas, e outro tipo de lixo comumente encontrado nos nossos oceanos. Esta é uma mensagem que consideraram ser pertinente ver discutida para a construção de um futuro melhor para a Europa e para o planeta. Por outro lado, na escultura, os alunos tentaram transmitir o sentimento geral sobre a conjuntura no leste da Europa, recorrendo à pomba branca, símbolo da Paz, apelando a que a mesma possa prevalecer.
Sobre a visita ao Parlamento Europeu, a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, explica que “surge integrada no âmbito do Ano Europeu da Juventude, que este ano assenta no mote “a Europa quer ouvir a tua voz” com o intuito de despertar a consciência das gerações mais jovens para temas de relevo, como a preservação do ambiente e a reciclagem das embalagens, que têm impacto no hoje e no amanhã.”
O concurso é uma iniciativa da Sociedade Ponto Verde destinada à comunidade escolar, que através do desafio “Artistas da Reciclagem” pretende mostrar como a produção artística pode ter um papel de reflexão e sensibilização para temas de sustentabilidade, que afetam o futuro comum de todos.
A guerra, o bullying, a poluição dos oceanos, a reciclagem e o ambiente foram alguns dos temas submetidos na edição deste ano no desafio “Artistas da Reciclagem” do Concurso “Reciclar é na Boa!”, que contou com mais de 170 criações artísticas de estabelecimentos de ensino dos 2.º e 3.º Ciclos e Ensino Secundário e Profissional de norte a sul do país.
Mais informações em https://www.academiapontoverde.pt/.
Sobre a Sociedade Ponto Verde
A Sociedade Ponto Verde (SPV) tem como missão contribuir para a promoção da Economia Circular através do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) assente num forte compromisso com a Inovação e I&D, a Literacia Ambiental e a Cidadania Ativa. Instituição privada sem fins lucrativos, tem a responsabilidade pelo encaminhamento para reciclagem e valorização dos resíduos de embalagens que resultam do grande consumo, apoiando a conceção de embalagens cada vez mais circulares e propondo novas formas de melhorar os seus processos de recolha, separação e tratamento. A SPV é líder de mercado e serve atualmente 8200 clientes entre micro, pequenas, médias e grandes empresas.

OPINIÃO: A "teia estranguladora dos direitos e liberdades fundamentais"

Na verdade, os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos estão neste momento sob ameaça de intervenções legislativas claramente inconstitucionais, havendo por isso necessidade de os mesmos serem defendidos. 
No passado dia 3 de Junho, a Ministra da Justiça afirmou que a Proposta de Lei  11/XV/1 do Governo, que regula o acesso a metadados das comunicações electrónicas para fins de investigação criminal, constituía um “caminho seguro”, que permitia pôr fim a “um impasse jurídico e operacional”, tendo o Parlamento solicitado pareceres sobre a iniciativa ao Conselho Superior de Magistratura, ao Conselho Superior do Ministério Público, à Ordem dos Advogados e à Comissão Nacional de Protecção de Dados.
O Conselho Superior de Magistratura respondeu não ser curial “emitir parecer em matéria jurisdicionalizada, em que a posição final será, tudo leva a crer, novamente do Tribunal Constitucional”. 
A Ordem dos Advogados considerou que o diploma lhe suscitava “reservas, designadamente no que concerne à sua conformidade com a Lei Fundamental e o Direito da União Europeia”. Essas reservas resultam, em primeiro lugar, do facto de a proposta não “elencar os crimes cuja investigação pode fundamentar o acesso aos dados”. Em segundo lugar, a proposta não indica qual “a autoridade judiciária que, em cada fase processual, pode determinar a solicitação dos dados”.
Por último, não se considerou aceitável “a  falta de fixação dos critérios e condições” da transmissão dos dados, “designadamente, em matéria de segurança”.
Mais longe foi, porém, a Comissão Nacional de Protecção de Dados que criticou veementemente “a diminuição de garantias” que resulta deste diploma, em relação ao que ocorria mesmo na lei anterior, considerando que o mesmo cria uma “teia estranguladora dos direitos e liberdades fundamentais”. No seu entender, tal resulta, em primeiro lugar, de não se prever um despacho do juiz de instrução para permitir o acesso aos dados, nem sequer o dever de fundamentar esse acesso, o que violaria o art. 32º, nº4, da Constituição. Em segundo lugar, a CNPD considera existir um “alargamento do catálogo de crimes que permite o acesso aos dados”, bem como um “alargamento dos dados pessoais objeto de conservação e acesso”.
A CNPD considera ainda não ser claro o regime estabelecido para a destruição dos dados.Por último, a CNPD estranha que, em lugar de se estabelecer na lei as condições técnicas para a transmissão dos dados, as mesmas sejam reguladas por portaria conjunta dos Ministros responsáveis pela Defesa, Administração Interna, Justiça e Telecomunicações, quando o fim da transmissão é exclusivamente a investigação criminal.
É preocupante estarmos a assistir a sucessivas propostas de lei do Governo que os diversos organismos independentes consideram atentatórios dos direitos e liberdades fundamentais. Já tínhamos visto isto com o Anteprojecto da Lei da Emergência Sanitária e agora voltamos a assistir à mesma situação com esta Proposta de Lei sobre o acesso a metadados para fins de investigação criminal. Ora é preocupante esta sucessiva apresentação de propostas de lei inconstitucionais por parte do Governo.
Felizmente que o Presidente da República já anunciou ir solicitar ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade destes diplomas, abandonando assim a tradicional posição que tinha até agora adoptado nos seus mandatos de muito raramente exercer esse poder que a Constituição lhe confere. Na verdade, os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos estão neste momento sob ameaça de intervenções legislativas claramente inconstitucionais, havendo por isso necessidade os mesmos serem defendidos.
No quadro das competências que o art. 3º al. a) do seu Estatuto lhe atribui de “defender o Estado de Direito e os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”, a Ordem dos Advogados tudo fará para que essa “teia estranguladora dos direitos e liberdades fundamentais” não venha a surgir em Portugal. 
28/06/2022 - Luís Menezes Leitão - ionline.sapo.pt

FIA Lisboa: Artesanato sustentável, doçaria , vinhos e o maior vestido de cortiça do mundo

De 25 de Junho a 03 de Julho, a FIL vai receber a FIA Lisboa, a maior feira de artesanato da Península Ibérica e a segunda maior da Europa, expondo artesanato, workshops, trabalhos ao vivo, gastronomia e vinhos.
A edição de 2022 da FIA quer voltar em grande, e para isso vai contar com muita animação e diversidade. No pavilhão 1 estará representado o artesanato nacional, a exposição do IEFP e uma mostra de alguns dos premiados do concurso da FIA Lisboa sobre a temática do artesanato tradicional e contemporâneo.
Já no pavilhão 2 estarão artesãos internacionais das mais diversas latitudes e o pavilhão 3 contará com sabores tradicionais de diferentes regiões do País.
A FIA Lisboa é a plataforma ideal para a divulgação do património cultural dos Países e das regiões presentes, promovendo o artesanato tradicional e novos produtos com uma abordagem mais contemporânea. “Para mim, a FIA Lisboa tem sido a oportunidade de mostrar ao grande público as minhas obras e, por conseguinte, fazer negócios”, afirmou Firmino Adão Canhoto, mestre na arte do embutido e na marcenaria artística.
Uma das maiores curiosidades da edição deste ano é o maior vestido de cortiça do mundo, com uma extensão total de 17 metros, e que vai estar no pavilhão 1 a mostrar o grande património Português que é a cortiça.
Entre as actividades disponíveis vão estar, no dia 28 workshops de bordados das Caldas às 17:00, e dos inconfundíveis lenços de namorados do Minho às 20:00. O certame acolhe também um workshop sobre joalharia em cerâmica, ministrado por Carolina Andrade, no dia 1 de Julho.
E ainda, trazidos por A.CERTIFICA, o único organismo em Portugal continental a certificar produções tradicionais artesanais, trabalhos ao vivo com filigrana portuguesa a 25 e 27 de Junho e renda de bilros a 28 de Junho e 03 de Julho, e ainda diversos momentos dedicados à promoção da certificação com nomes como o chef Hernâni Ermida e o apresentador Júlio Isidro.
Se é apreciador de vinhos e de gastronomia, não vai querer perder o pavilhão dedicado exactamente a isso. A feira volta a contar com a habitual área de tasquinhas regionais, com produtos típicos como a alheira de Mirandela, os queijos e presuntos da Serra da Estrela e os enchidos alentejanos.
Vão ainda marcar presença restaurantes regionais do Alentejo e do Norte de Portugal e a doçaria típica de diversas regiões do País. E uma novidade para os amantes de vinho. Este ano, pela primeira vez, a FIA Lisboa conta também com uma área de vinhos com 10 produtores nacionais de 9 regiões: Algarve, Alentejo, Bairrada, Beira Interior, Dão, Douro, Lisboa, Região dos Vinhos Verdes e Trás-os-Montes.
“Este é o ano de relançamento para todo o sector do artesanato. Elaborámos um plano de actividades que permitirá valorizar e dignificar todos os artesãos, em especial aqueles cujas produções certificamos. Um plano atractivo para consumidores, colecionadores e todos os apreciadores de artesanato”, refere a direcção da A.CERTIFICA.

Vila Viçosa disponibiliza primeiro parque canino do concelho

O município de Vila Viçosa disponibiliza, desde o dia 26 de Junho, o primeiro parque canino do concelho e o qual se designa por “Parque Canino Cãollipole”.
Sob a responsabilidade da Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu, este parque totalmente dedicado aos companheiros de quatro patas está situado no extremo norte da zona verde da Zona Industrial de Vila Viçosa (ZIVV), cujo acesso é feito através do cruzamento da Avenida do Alandroal, da Rua 1º de Maio e da ZIVV, em Vila Viçosa.
O referido parque disponibiliza alguns equipamentos de treino e lazer para estes animais de estimação, assim como, um bebedouro, um dispensador de sacos caninos e uma antecâmara de proteção de acesso ao local.
Com cerca de 500 m2, este espaço pretende dar resposta a uma necessidade crescente no Município e apela a todos os seus utilizadores ao cumprimento das normas de utilização, entre as quais se incluem: manter a porta fechada; manter o cão sob vigilância constante; ter a trela sempre à mão e os cães devem estar licenciados, registados, vacinados e desparasitados interna e externamente.
A recolha dos dejectos caninos é obrigatória, mas é proibido alimentar os animais assim como a permanência de cães agressivos, de animais em tratamento médico e cadelas com o cio.

27.6.22

PORTALEGRE: "Silêncio" - Teatro no CAEP

2 JUL. SÁB. 21.30H
Silêncio
Teatro | GA | 5€ | M/16 anos
“Silêncio” é uma performance torrencial e íntima, a propósito de “Silêncio para 4”, de Rúben A - que não é nem teatro, nem romance, nem um diário - pilar dramatúrgico ao qual o projeto rouba fôlego suficiente para erguer o precipício do qual caímos para chegar ao centro do corpo. A pergunta ‘o que é o amor?’ é a pulsão erótica e filosófica em torno da qual se quer pensar e fazer pensar. Atriz e espectador, a cada SILÊNCIO, marcham sobre um manifesto cívico e político, que emerge de uma sociedade onde se subtrai o corpo até ser número.
Dramaturgia, Criação e Interpretação: Cátia Terrinca
Co-criação: Francisco Salgado
Iluminação, Sonoplastia e Vídeo: João P. Nunes
Cenografia Bruno Caracol
Fotografia: Susana Chicó
Registo Vídeo: João Filipe
Produção: UMCOLETIVO
Residência Artística de Coprodução: O Espaço do Tempo
Parceria de Criação: Casulo Teatro - Caísa Tibúrcio & Tiana Oliveira
Apoios: Diversões Alentejano, Chá d'Agulhas, O Minhocário, Luzeiro, Centro da Juventude de Montemor-o-Novo, Oficinas do Convento
Agradecimentos: Joana Leal, Nicolau Andresen, Sílvia Chicó, Vítor Paiva

MIGRAÇÕES: “Atirados ao chão, ao sol, a sangrar”. Nunca morreram tantas pessoas de uma vez a tentar entrar em Melilla

Relatos indicam que 37 migrantes morreram a tentar entrar ilegalmente em Melilla, esta sexta-feira. Fala-se num “massacre”, mas o primeiro-ministro espanhol elogia as autoridades locais.
Na sexta-feira, cerca de 2.000 migrantes de origem subsaariana tentaram entrar ilegalmente em Melilla saltando a vedação de Nador (Marrocos) e 133 conseguiram passar para território espanhol.
A tragédia que ocorreu continua a somar mortes, que já são 23, de acordo com o número oficial, embora as associações elevem o número para 37, no meio de críticas à ação policial marroquina e à exigência de uma investigação.
O número de vitimas mortais apresentados pelas organizações de defesa dos direitos humanos diferem dos das autoridades marroquinas, que indicaram 23 mortos, com a Associação Marroquina dos Direitos Humanos a colocar o total de mortos em 27, enquanto a organização não-governamental Caminhando Fronteiras indica 37 óbitos.
No pior dos casos, este é o maior número de vítimas numa só tentativa de cruzar a fronteira.
No lado marroquino foram detidas cerca de mil pessoas, segundo as autoridades de Marrocos citadas pela agência de notícias espanhola EFE.
Um grupo de 500 pessoas conseguiu chegar à vedação que separa os dois territórios, tendo danificado alguns pontos de passagem.
Era um grupo “perfeitamente organizado e violento”, segundo a Delegação do Governo espanhol em Melilla.
Em declarações ao El País, um habitante de Nador relatou os acontecimentos da passada sexta-feira.
“Era tudo sangue, tudo sangue… sangue na cabeça, pele rasgada, pés partidos, mãos partidas”, contou o marroquino. “Os que não tinham morrido acabaram por morrer, bateram-lhes muito”.
“Isto foi um crime, um crime”, repetiu o homem que optou por ocultar o seu nome. “Estiveram lá todos desde o meio-dia, ali, atirados ao chão, ao sol, a sangrar”.
Sánchez culpa máfias por “assalto violento”
O primeiro-ministro espanhol culpou este sábado as máfias que traficam seres humanos pelo “assalto violento contra a integridade territorial” de Espanha no enclave de Melilla.
“Se há um responsável por tudo o que aconteceu nessa fronteira são as máfias que traficam seres humanos”, afirmou Pedro Sánchez, numa conferência de imprensa em Madrid.
Sánchez insistiu em que se tratou de um “assalto violento e organizado pelas máfias a uma cidade que é território espanhol e, portanto, foi um ataque à integridade territorial” do país.
O primeiro-ministro elogiou as forças de segurança espanholas em Melilla e lembrou que entre os mais de 300 feridos no assalto, nos dois lados da fronteira, há dezenas de membros da Guarda Civil espanhola.
Sánchez reiterou também o agradecimento às autoridades de Marrocos na tentativa de controlo do assalto de milhares de pessoas à vedação fronteiriça de Melilla.
A comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, declarou estar “profundamente preocupada” com a tentativa de passagem de milhares de migrantes para Melilla.
“Os acontecimentos na fronteira de Melilla são profundamente preocupantes. Primeiro, e acima de tudo, pela perda de vidas. Em segundo lugar, a travessia forçada e violenta de uma fronteira internacional nunca poderá ser tolerada”, escreveu a comissária numa mensagem na sua conta no Twitter.
“Esta tragédia sublinha o porquê de precisarmos de rotas seguras, realistas e a longo prazo que reduzam as viagens desesperadas e condenadas”, assinalou Johansson.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, se referiu hoje ao incidente, quando questionado durante uma conferência de imprensa à margem da cimeira do G7 em Elmau (Alemanha), transmitiu as suas condolências às vítimas e suas famílias e apoiou a Espanha na sua gestão destas questões.
“Sabemos que a migração é um desafio difícil para todos. Expresso o meu apoio às autoridades espanholas. Compreendo muito bem que, no domínio da migração, às vezes enfrentamos situações extraordinárias”, disse.
Centenas protestam contra “massacre”
Cerca de 600 pessoas, segundo as autoridades locais, concentraram-se este domingo em Madrid para protestar contra o “massacre” na fronteira de Melilla, entre Espanha e Marrocos, e exigir às autoridades espanholas que “respeitem” os direitos dos migrantes.
Os manifestantes, convocados pelas plataformas Regularização Já e pelo Movimento Antirracista de Madrid e pela Assembleia Antirracista de Madrid, expressaram a sua rejeição das ações da polícia fronteiriça de Marrocos e do Governo espanhol com cânticos como “todas as vidas importam” ou “nenhum ser humano é ilegal”.
“Estamos aqui para denunciar o massacre que ocorreu em Melilla, onde morreram mais de 30 pessoas, e a hipocrisia deste Governo, que afirma que o exército marroquino e as forças e organismos de segurança do Estado (espanhol) fizeram um bom trabalho neste massacre que ocorreu na fronteira de Melilla e em Nador”, disse, à agência EFE, Yeison García, portavoz da plataforma Regularização Já.
* Daniel Costa, ZAP // Lusa - 27/6/2022
FOTO: Migrantes a tentarem atravessar a fronteira em Melilla.


SARDOAL: VII Encontro Internacional de Piano de Sardoal

De 27 de junho a 3 de julho: o melhor do mundo no piano do Centro Cultural Gil Vicente

AVIS: III Mostra de Fotografia "Património, Paisagem e Memória”

No dia em que as Jornadas Europeias da Arqueologia regressaram “para dar a conhecer ao público os tesouros do património arqueológico e os bastidores da disciplina”, 17 de junho, numa iniciativa anualmente promovida pelo Institut National de Recherches Archéologiques Préventives e pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), à qual o Município de Avis, através do Centro de Arqueologia de Avis (CAA) se associou, o CAA lançou um desafio aos amantes da fotografia para que participem na III Mostra de Fotografia “Património, Paisagem e Memória”.
Nesta III Mostra de Fotografia, o CAA convida o público em geral a apresentar imagens que retratem o património cultural e paisagístico do concelho de Avis, guardião de memórias e vivências, com um olhar fotográfico, único e original, fazendo refletir a narrativa que o tema proposto encerra: monumentos, conjuntos, paisagens, objetos, coleções, trabalhos, abrangendo todos os períodos cronológicos.
Preste atenção às normas de participação em: https://www.facebook.com/centrodearqueologiadeavis.
Os trabalhos deverão ser enviados para o e-mail: arqueologia@cm-avis.pt, com a identificação do assunto: III Mostra de Fotografia do CAA, até ao dia 31 de julho.
As fotografias selecionadas serão divulgadas na página do Facebook do CAA, a partir de 10 de agosto, onde poderão ser votadas até 31 de agosto.
Participe!

Ordem dos Médicos alerta para falta de clínicos no hospital de Portalegre

O presidente da sub-região de Portalegre da Ordem dos Médicos alertou para a falta de clínicos de Medicina Interna no hospital da cidade e avisou que as carências afetam também outras especialidades.
O presidente da sub-região de Portalegre da Ordem dos Médicos (OM), Hugo Capote, alertou no domingo para a falta de clínicos de Medicina Interna no hospital da cidade e avisou que as carências afetam também outras especialidades.
“Há uma pressão enorme, especialmente sobre aquela especialidade médica, que é basilar em qualquer hospital”, mas os problemas da unidade de saúde vão “muito para lá da Medicina Interna”, afirmou à agência Lusa o responsável.
Segundo o também diretor do Serviço de Urgências do Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre, os problemas desta unidade hospitalar não se resumem à carência de internistas, pois existem “lacunas em variadíssimas especialidades”.
“Não há uma especialidade médica no hospital de Portalegre que, atualmente, não dependa de tarefeiros, de empresas prestadoras de serviços, para cumprir as suas obrigações assistenciais, nomeadamente ao nível da urgência”, sublinhou.
Hugo Capote falava a propósito de um comunicado da sub-região de Portalegre da OM sobre a carta aberta de descontentamento enviada pelos médicos de Medicina Interna daquele hospital ao conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA).
No comunicado, a estrutura de Portalegre da OM confirmou “o défice de internistas no hospital de Portalegre”, salientando que a situação reflete-se “no excesso de trabalho e exaustão física” dos clínicos, que “inevitavelmente contribuirão para uma falta de segurança clínica dos doentes e dos médicos”.
“Estas lacunas fazem-se sentir há vários anos, mas o período de pandemia que atravessámos e que exigiu imenso de todos os internistas, somado à falta de respostas da tutela, só veio agudizar os problemas”, sustentou.
Contudo, notou a OM, o défice de especialistas “não se resume à Medicina Interna”, uma vez que também faltam ginecologistas, pediatras, cardiologistas, pneumologistas, intensivistas e anestesiologista, ortopedistas, gastroenterologistas, imuno-hemoterapeutas, imagiologistas e urologistas.
Nas declarações à Lusa, o presidente da sub-região de Portalegre da OM reconheceu que o conselho de administração da ULSNA tem vindo a “envidar esforços para resolver” o problema da falta de médicos, mas frisou que “nunca é fácil” encontrar soluções.
“Os concursos abrem e ficam vazios na maior parte dos casos e, se não há renovação de quadros médicos e nem sequer há prestadores, os cuidados de saúde em determinadas áreas deixam de estar disponíveis aos doentes de Portalegre”, argumentou.
Quando isso acontece, continuou Hugo Capote, os doentes são “encaminhados para outras unidades hospitalares, em Lisboa ou Évora”, cujas urgências “já estão congestionadas e ficam muito mais, pois ainda receberão estes doentes de Portalegre”.
De acordo com o médico, metade dos doentes que dão entrada nas urgências do hospital de Portalegre “não são urgentes”, mas sim pessoas com “doenças crónicas que não estão estabilizadas, porque não há cuidados de saúde primários” no distrito.
“Isso entope os serviços, cria horas e horas de espera, gera frustração para doentes e para médicos, que estão constantemente sob a pressão de doentes, de familiares e de outros colegas e acaba por, muitas vezes, dificultar o acesso das verdadeiras urgências aos cuidados de saúde hospitalares”, acrescentou.
Os 12 subscritores da carta aberta, à qual a Lusa teve acesso, escrevem que “o Serviço de Urgência está em rotura completa”, à qual “se soma uma incapacidade humana da observação e avaliação de todos os doentes internados a cargo da Medicina Interna”.
“Não estão asseguradas as condições mínimas de qualidade assistencial, nem de segurança, nem para os profissionais de saúde, nem para os doentes”, avisam.
No sábado, em declarações pela Lusa, o porta-voz da ULSNA, Ilídio Pinto Cardoso, refutou a alegada rotura das urgências do hospital de Portalegre, garantindo que as escalas estão “todas preenchidas e não há falta de médicos”.
Agência Lusa - 26 jun 2022

NISA: Ecos de uma festa linda e comovente












Como é gratificante  sentir que as pessoas, ao fim de tantos anos, ainda recordam, com carinho, o homem alegre e bem disposto, o homem dos discursos, o amigo, o Professor amigo dos seus alunos, o Homem sempre  disponível  para colaborar em todas as actividades culturais da sua Terra - NISA.
Carlota Amorim - filha do poeta José Gomes Correia


24.6.22

BIBLIOGRAFIA: "Famílias Sena e Rasquilho de Amieira do Tejo - Subsídios Genealógicos" de António de Sena

Novo livro enriquece a Bibliografia e História do concelho de Nisa
Partilho o lançamento de "Famílias Sena e Rasquilho de Amieira do Tejo - Subsídios Genealógicos", ocorrido em 14/05/2022 no Clube dos Oficiais da Marinha Mercante, em Lisboa.
Trata-se de um livro de cerca de 340 Págs, em homenagem aos meus Avós Paternos, Manuel Rodrigues de Sena e Benvinda Rasquilho Vieira. Embora o título refira estes dois apelidos, muitas conexões com outras Famílias, principalmente do concelho de Nisa, com incidência especial em Amieira do Tejo, são ali referidas. São cerca de 3000 nomes, a partir do início do séc. XVII, até praticamente aos nossos dias. A intenção de realçar os valores da Família, nestes tempos conturbados que atravessamos, foi o "rastilho" para esta aventura.
Oportunamente darei mais notícias.
O autor - António Manuel Farinha de Sena


NISA: Sessão evocativa do Centenário de Nascimento do poeta José Gomes Correia

A União de Freguesias do Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e S. Simão vai assinalar o Centenário de nascimento do poeta e ilustre cidadão nisense, Dr. José Gomes Correia, nascido em Nisa em 22 de Junho de 1922 e falecido em 2 de Julho de 1983.
José Gomes Correia, nasceu em Nisa, em 1922, filho António de Oliveira Correia e de Joaquina Gomes Castanho. Licenciou-se em Direito e em Nisa foi secretário judicial e professor no Externato D. Dinis. É dele o discurso de inauguração do Hospital da Misericórdia de Nisa, em Abril de 1960. Foi um dinâmico animador cultural, contribuindo para a criação do Rancho Típico das Cantarinhas de Nisa, em 1964, para o qual escreveu algumas "modas" e "marchas" e foi presidente da direcção da Banda Municipal de Nisa.
Em 1966 foi nomeado para o cargo de Delegado do Ministério Público junto do Tribunal de Trabalho de Lourenço Marques e mais tarde Conservador do Registo Civil de Inhambane, assumindo, também, as funções de Juiz, nas ausências ou inexistência do mesmo.
Reformou-se como Conservador do Registo Civil e regressou a Portugal em 1976 já depois da Declaração de Independência daquela ex-colónia em 25 de Junho de 1975, indo residir em Santarém onde, após inscrição na Ordem dos Advogados, exerceu advocacia, mas, por pouco tempo, devido a problemas de saúde.
Como poeta escreveu dois livros "Sonhos que morrem, sombras que ficam" (1942) e "Seara do bem e do mal" (1963), no qual revela o seu grande amor à sua e nossa terra, às nossas gentes e ao Alentejo. O primeiro, há muito esgotado, tem agora uma 2ª edição patrocinada pela União de Freguesias do Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e S. Simão. 
José Gomes Correia colaborou em jornais e revistas de cultura, nomeadamente o "Correio de Nisa" e a revista "Estudos de Castelo Branco", cidade onde estudou, entre outros.
A União de Freguesias do Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e S. Simão, concelho de Nisa, não quis deixar passar em claro esta data tão simbólica e vai assinalar no próximo sábado, dia 25 de Junho, com uma sessão de Evocação e Reconhecimento do Centenário do nascimento deste ilustre poeta e cidadão. A sessão decorrerá na sede da União de Freguesias e dela constará a leitura de poemas por antigos alunos do professor José Gomes Correia, a evocação do seu perfil social e humanista e o lançamento da 2ª edição do livro "Sonhos que morrem, Sombras que ficam...", há muito esgotado, seguindo-se o descerramento das placas toponímicas na rua da Urbanização das Amoreiras a que foi atribuído o nome deste poeta nisense.
Este é, na opinião do presidente da União de Freguesias, João Malpique Rufino, "um modesto contributo e um justo reconhecimento pela memória do cidadão e do poeta e uma forma de lembrar àss gerações actuais e vindouras, a sua inestimável contribuição para a cultura desta terra bordada de encantos."

O MENDIGO 
´stendendo a rôxa mão à caridade,
Lá vai de porta em porta o bom velhinho,
Cabelos cor de neve do caminho,
E nostálgicos olhos de saudade!

Também teve o ardor da mocidade,
Um braço forte no labor do ancinho,
Mas os anos passando, de mansinho,
Quebraram o vigor da tenra idade!

E o homem, que viveu a luta insana
Da vida, tem a paga desumana,
Contida no dizer de uma oração!...

Soldado ignoto, morrerá um dia...
E o mundo ficará sem a arrelia
De repartir migalhas do seu pão!
* José Gomes Correia

ALTER DO CHÃO: Festival Terras sem Sombra

O Cineteatro de Alter do Chão acolhe a 2 de Julho, 21h30, o recital da soprano Carla Caramujo e da pianista Lígia Madeira: “O Triunfo da Primavera: Canções de Debussy, Poulenc,Fragoso, Lacerda, Schubert e Wolf”. As actividades do Terras sem Sombra  no fim-de-semana de 2 e 3 de Julho incluem, no sábado (15h30), a visita à Vila e à freguesia de Seda, referências históricas do Alto Alentejo. No domingo, 3 de Julho (09h30), o Mel - “Economia, Sociedade e Biodiversidade”, será tema para uma acção em torno de um produto que é marca de sustentabilidade ambiental.
Este projecto envolve cerca de centena e meia de alunos do agrupamento escolar de Alter do Chão que, acompanhados pelos respectivos professores, interagiram de perto com as artistas na preparação do concerto. Um trabalho de formação de novos públicos para a música erudita, interagindo de perto com as famílias, e cujos resultados vão ser dados a conhecer na mesma ocasião, através da iniciativa “Terras sem Sombra Kids”, do FTSS, numa exposição no Cineteatro de Alter.
INSTAGRAM: https://www.instagram.com/terrassemsombra/
https://terrassemsombra.pt/programacao-geral-2022/


MONFORTE: Workshop sobre Autismo

A Unidade de Saúde das Irmãs Hospitaleiras de Assumar | Portalegre - Centro de Recuperação de Menores, tem o prazer de convidar a participar no Workshop dedicado ao tema “Autismo: Necessidades e Características Especificas de Crianças e Jovens”.
Este evento será realizado no dia 25 de Junho de 2022 pelas 9h30 às 13h30, em formato presencial no Auditório do Agrupamento de Escolas de Monforte, dinamizado pela Organização Vencer Autismo e com apoio do Município de Monforte, com a presença dos cofundadores Joe Santos e Susana Silva.
A “Vencer Autismo” é uma ONGPD, que tem como missão reduzir o estigma negativo do autismo até ser compreendido e aceite por todos.” Este Workshop enquadra-se nas ações de capacitação do cuidador que a Unidade de Saúde das Irmãs Hospitaleiras de Assumar | Portalegre - Centro de Recuperação de Menores tem vindo a desenvolver, no âmbito do projeto CATA-vento (financiado pelo BPI Capacitar/Fundação la Caixa), tendo como objetivo, fornecer estratégias para desenvolver competências ao nível das necessidades e características especificas de crianças e jovens com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA).
Destina-se a todos aqueles que queiram aprender mais sobre a Perturbação do Espetro do Autismo, como cuidadores (formais, informais), educadores, terapeutas, familiares e amigos.
Para proceder à inscrição, basta aceder ao seguinte link:
https://bit.ly/AutismoWorkshop
Para mais esclarecimentos contacte-nos: 245 508 100.
Contamos consigo.
Irmãs Hospitaleiras | Unidades de Saúde.
A Ciência de Cuidar.


ABRANTES: Festa durante todo o fim-de-semana celebra o Verão e os Santos Populares na Encosta da Barata

A parceria Encosta Viva está a preparar um fim-de-semana cheio de iniciativas de 24 a 26 de junho, na Urbanização Encosta da Barata. O programa integra cinema ao ar livre, mercado de Verão, oficina “horta em casa”, marchas populares, arraial, tasquinhas, desporto, jogos e muita animação, com envolvência de toda a comunidade.
No próximo fim-de-semana de 24 a 26 de junho, a parceria, que contempla o Município de Abrantes, a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior e um conjunto de parceiros locais, celebra o início do Verão e os Santos Populares com a Festa da Encosta.
No dia 24, a festa começará com uma arruada com a Banda Filarmónica Mourisquense, às 19h, que desfilarão pela urbanização. Já às 21h30 dessa sexta-feira, haverá uma sessão gratuita de Cinema ao Ar Livre, no Anfiteatro ao Ar Livre da Encosta da Barata, com um filme de animação para todas as idades.
No dia seguinte, sábado, decorrerão diversas atividades. O programa inicia pelas 9h com o Mercado de Verão, com os produtos agroalimentares e artesanato do Ribatejo Interior. Às 10h, será feita a inauguração institucional da festa, contando com a presença de representantes do Município de Abrantes, da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, da TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, e do programa Bairros Saudáveis. À mesma hora haverá, também, a oficina Hortas em Casa, com Nuno Alves, produtor agrícola do Ribatejo Interior, que irá ensinar a produzir rebentos comestíveis. 
Durante os dias 25 e 26 de junho, o Clube Náutico de Abrantes, a Associação de Basquetebol de Santarém e o Município de Abrantes dinamizam o Torneio de Basquetebol 3 x 3, numa organização conjunta. As atividades desportivas complementam-se, ainda, com uma demonstração de Laser Run, pela Casa do Benfica de Abrantes, às 14h30 de sábado.
Mas a animação não fica por aqui, e também no sábado, haverá Marchas Populares da Companhia dos Alegres e da Escola dos Sorrisos do Centro de Apoio a Idosos da Freguesia de Rio de Moinhos, acompanhada pela Banda da Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Riomoinhense, pelas 18h. No final deste último momento, inicia-se um arraial pela noite dentro com tasquinhas de comidas e bebidas, e música com a atuação dos Tens Cóvir.
No domingo, além da continuação da prova de basquetebol no campos de jogos, estarão disponíveis os Jogos do Helder, das 10h às 17h.
Todas as atividades são gratuitas e podem ser consultadas no sítio da Internet da TAGUS, assim como na página da rede social Facebook da Encosta Viva.
A Festa da Encosta é o último grande evento do Encosta Viva que, desde dezembro, tem dinamizado um conjunto de atividades diversificadas, que visam contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade de um dos bairros mais populosos de Abrantes. E que tem previsto, até 31 de agosto, um conjunto de iniciativas que abrangem as quatro linhas de ação do projeto: “Pensar a Encosta”, promovendo a coesão social, a “Encosta Empreendedora”, proporcionando o aumento de competências e da empregabilidade, a “Encosta Saudável”, que pretende combater o isolamento e promover hábitos de vida saudáveis e a “Encosta com Arte” permitindo o livre acesso à cultura. 
O projeto “Encosta Vida”, do programa Bairros Saudáveis, é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência português e tem como parceiros, além do Município de Abrantes e a TAGUS, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola António Torrado, a Associação dos Escoteiros de Portugal – Grupo 280 de Abrantes, o Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 172 de Abrantes, a Cres.Ser – Associação de Desenvolvimento Pessoal e Comunitário, a Escola Básica António Torrado do Agrupamento de Escolas nº2 de Abrantes e a União de Freguesias de Abrantes (S. Vicente e S. João) e Alferrarede. E tem por objetivo principal desencadear mecanismos de organização que sustentem a criação de uma Associação de Moradores, com todas as vantagens que isso trará para a comunidade residente e empresária.

NISA: Centenário do poeta nisense José Gomes Correia


Momento de Saudade
Manhãs primaveris da minha terra amada,
Ainda sois iguais no vosso madrugar?
Alegres, joviais, em leda desfolhada,
Serenas, como a brisa em mansa caminhada,
Azuis, como em sossego, as águas sobre o mar?
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

O chão germina, irrompe, em vagas de riqueza,
Em rendas de quimera e brincos de ideal,
Como se andasse, ali, a mão da natureza
A pôr, em cada canto, um pouco de beleza,
Num sopro a dilatar-se, ardente e germinal!
Um hálito de amor perpassa de mansinho,
Sublime inspiração abraça a terra toda,
E errante, no espaço, o olor do rosmaninho
E as falas dos trigais, à beira do caminho,
São mágica harmonia e luminosa boda!

Manhãs da minha terra! O toque das matinas,
Nos céus perdendo o eco, em notas de labor,
Acorda para a vida austera das campinas,
Numa peleja heróica, as almas campesinas,
De corpos a sumir-se em bagas de suor!

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Aqui, onde me encontro, avisto, sobranceiras,
Jóias de arquitectura, sonhos de escultor!
Jardins de raro encanto, ruelas traiçoeiras,
Rendilhados subtis, nas horas derradeiras,
Sobre as águas do Tejo, à hora do sol-pôr!
Paisagens de além-tudo e graça de princesa,
Na gesta secular e em rimas de cristal,
Lisboa foi amor de gente portuguesa!
Centelha sobre o mar, à beira-mar, beleza
De multissecular e grande capital!

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Mas eu sinto-me só!... Arauto da planura,
Me dou, como nasci, à terra que não vejo!
Escravo da distância, amante da lonjura,
Introvertido e só... sou eu quem se procura
Em ti, meu Alentejo!

* José Gomes Correia