29.7.20

Movimento Ibérico Antinuclear contesta funcionamento da Central Nuclear de Almaraz até 2028

Funcionamento da Central Nuclear de Almaraz prolongado até 2028?
O Movimento Ibérico Antinuclear entregou carta com exigências ao Governo Espanhol e caso não seja realizada uma Avaliação de Impacte Ambiental Transfronteiriça avançará com queixa à Comissão Europeia
No passado mês de Abril, o Conselho de Segurança Nuclear (CSN) espanhol emitiu um parecer em que autoriza o prolongamento do funcionamento da Central Nuclear de Almaraz, em Espanha, até outubro de 2028, impondo algumas condições ao seu funcionamento. Já mais recentemente, algumas notícias dão conta que o Governo Espanhol pretende realmente alargar o prazo de funcionamento desta estrutura, ignorando todos os problemas de segurança que esta apresenta. Estas posições vão, infelizmente, ao encontro do já esperado pelo Movimento Ibérico Antinuclear (MIA), uma vez que a indústria do Nuclear tem exercido uma forte pressão no sentido de todas as Centrais em funcionamento em Espanha verem o seu período de vida alargado.
Para o MIA, estas notícias que têm vindo a público, relativamente à provável decisão de ser autorizada a continuação do funcionamento da Central Nuclear de Almaraz pós 2020, correspondem a uma posição errada, irracional e de gravidade extrema por parte do Governo Espanhol, pois a mesma poderá viabilizar que a Central de Almaraz, totalmente envelhecida e obsoleta, continue a trabalhar e a colocar toda a Península Ibérica em risco até ao ano de 2028. A Central Nuclear de Almaraz está, atualmente, muito perto de atingir os 40 anos de idade e já deveria ter encerrado em 2010, com perto de 30 anos de funcionamento, e quando as condições de segurança já o exigiam. Contudo, esta Central, que está já a funcionar desde o início dos anos 80, acabou por não encerrar na data prevista – Junho de 2010 - devido ao facto do Governo Espanhol ter, contrariamente às anteriores intenções, prolongado o prazo de funcionamento da Central por mais 10 anos, até Junho de 2020. Agora, os cidadãos vêm-se de novo confrontados, com mais um possível adiamento do funcionamento desta Central, desta vez por mais oito anos, facto que é inadmissível e contrário a tudo aquilo que tem sido manifestado pelos cidadãos de Espanha e de Portugal.
A Central Nuclear de Almaraz fica situada junto ao rio Tejo, na província de Cáceres, em Espanha, a cerca de 100 km da fronteira com Portugal e tem tido incidentes com regularidade, onde se incluem as duas paragens recentes dos reatores devido a avarias detetadas e existindo mesmo situações em que já foram medidos níveis de radioatividade superiores ao permitido. Portugal pode vir a ser afetado, caso ocorra um acidente grave, quer por contaminação das águas, uma vez que a central se situa numa albufeira afluente do rio Tejo, quer por contaminação atmosférica, pela grande proximidade geográfica existente. Para além disto, Portugal não revela estar minimamente preparado para lidar com um cenário deste tipo, pelo que a acontecer um acidente grave, isso traria certamente sérios impactes imediatos para toda a zona fronteiriça, em especial para os distritos de Castelo Branco e Portalegre.
No sentido de acautelar a segurança do Ambiente e das populações de ambos os lados da fronteira, o MIA entregou recentemente uma carta ao Governo Espanhol, dando conta de todos os problemas e riscos de segurança que a Central Nuclear de Almaraz apresenta, da falta de participação e de debate sobre a extensão do seu funcionamento e da sua total oposição ao prolongamento do funcionamento da Central Nuclear de Almaraz até 2028. Caso o Governo Espanhol opte também por ignorar toda a participação e as expectativas legítimas dos cidadãos de ambos os lados da fronteira, e não realize uma Avaliação de Impacte Ambiental Transfronteiriça para legitimar a eventual continuação em funcionamento desta Central Nuclear pós 2020, o MIA irá avançar com uma queixa formal à Comissão Europeia, por incumprimento de diversas diretivas e convenções internacionais.
Lisboa, 26 de Julho de 2020

CRATO: Inaugurada exposição "Um castelo no Crato, do mito à utopia"

Foi inaugurada, esta terça-feira, no Museu Municipal do Crato, a exposição temporária “Um Castelo no Crato, do mito à utopia”.
Uma exposição que procura transportar os seus visitantes numa viagem descobrir novas perspetivas de abordagem sobre as origens do Castelo, as motivações da sua construção e a forma como, uma vez arruinado, se transformou na construção utópica que hoje está à vista de todos.
O acto inaugural desta exposição contou com um número reduzido de convidados por motivos sanitários, que foram recebidos pelo Diretor do Museu Municipal do Crato, Jorge Rodrigues, que na sua introdução referiu que o objetivo “desta exposição é aproximar habitantes do concelho do Crato ao seu castelo, ajudando-os a compreender melhor a sua história e como chegou à situação em que está neste momento, sem intenção de criticar ou julgar ninguém mas sim engrandecer e dignificar a sua condição de monumento nacional”.
Joaquim Diogo, Presidente do Município do Crato, durante a inauguração enalteceu o trabalho empenhado e dedicado dos técnicos municipais na preparação da exposição e sublinhou a forma como a sua equipa durante o mandato que lidera “tem assumido aquilo que ninguém quis assumir no passado” referindo-se à posse do castelo. O Castelo do Crato cedido à Fundação Castelo do Crato desde os anos 90 do século passado, encontra-se ao abandono e em avançado estado de degradação. Joaquim Diogo afirmou de uma forma comprometida que o “castelo tem de voltar à posse do município ou do estado” de forma a devolver o património do concelho aos cratenses e a todos quantos desejam conhecer melhor o Crato.
Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional da Cultura do Alentejo, esteve presente na abertura da exposição e reafirmou a importância da devolução do Castelo à gestão pública e à vida da Vila do Crato. A responsável da cultura no Alentejo disponibilizou-se para auxiliar o município na recuperação da Castelo e destacou que só com “trabalho, investigação e conhecimento este projeto poderá ver luz novamente”.
A exposição está patente no Museu Municipal do Crato até ao dia 20 de Setembro.

28.7.20

VILA VELHA DE RÓDÃO: Marca Terras de Oiro cria loja online com produtos do concelho

A marca Terras de Oiro deu mais um passo na sua estratégia de promoção em meios de comunicação digitais e impressos com a criação de uma loja online – www.terrasdeoiro.pt –, onde os interessados podem adquirir os produtos do concelho, tendo por base o catálogo da marca territorial de Vila Velha de Ródão.
Num momento em que a internet se assume cada vez mais como um veículo privilegiado para levar as marcas até aos seus consumidores, a criação da loja online da marca Terras de Oiro pretende assim levar aos vários pontos do país aquilo que de melhor se produz no concelho de Vila Velha de Ródão e, ao mesmo tempo, promover este território único graças ao seu património natural, histórico, cultural e gastronómico.
“A criação desta plataforma representa um investimento significativo por parte do Município no reforço da marca Terras de Oiro, mas estamos seguros de que esta é uma aposta ganha que contribuirá para dar ainda mais notoriedade e valor aos nossos produtos e afirmar a marca enquanto selo de qualidade que alia a tradição e a inovação”, esclarece o presidente do Município de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira. 
Numa fase inicial, foram definidos a partir do catálogo Terras de Oiro três produtos de cada produtor para venda online, num total de cerca de trinta produtos, que incluem o azeite, o mel, os queijos, a bolaria tradicional, o presunto ou o vinho. A partir do site, é possível encomendar estes produtos, sendo a entrega garantida em todo o território nacional.
Foi igualmente criada uma calendarização de campanhas de Marketing, quer em meios digitais (redes sociais, display em meios online, influencers digitais), quer em meios impressos, com o objetivo de aumentar a visibilidade no mercado nacional e internacional dos produtos do concelho.

Observatório Ibérico de Energia alerta para aumento do risco de acidente em Almaraz

Licença de exploração para os Grupos I e II da central nuclear espanhola foi renovada por mais sete e oito anos, respetivamente.
Observatório Ibérico de Energia avisa que está a aumentar o risco de um acidente na central nuclear de Almaraz, em Cáceres, a cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa.
Em declarações à TSF, o coordenador do Observatório Ibérico de Energia, António Eloy, diz-se "preocuparão" com a renovação da licença de exploração para os Grupos I e II da central nuclear espanhola, a última antes do início do encerramento.
À medida que o tempo passa, quanto mais antigos são os equipamentos, mais o risco de "acidente grave" aumenta, alerta.
O coordenador do Observatório Ibérico de Energia pede, por isso, explicações por parte do ministro do Ambiente e, sobretudo, e uma atitude mais firme.
António Eloy considera que Governo português devia "pressionar o Estado espanhol no sentido de apressar o encerramento destas centrais" e "exigir permanentemente informação sobre o que se passa.
No caso do Grupo I de Almaraz, a licença de exploração foi prorrogada até 1 de novembro de 2027, e no caso do Grupo II até 31 de outubro de 2028.
A renovação das licenças de Almaraz foi pedida pela entidade que atualmente explora a instalação, designadamente Iberdrola, Endesa e Naturgy.
O ministério da Transição Ecológica espanhol autorizou a concessão das novas licenças, que serão as últimas para os dois grupos em Almaraz, na sequência de um relatório favorável do Conselho de Segurança Nuclear.
Os períodos de renovação autorizados correspondem ao que foi acordado no protocolo de intenções assinado pela Enresa em 2019 com os proprietários das centrais nucleares que operam em Espanha, para realizar o encerramento ordenado e gradual do parque nuclear espanhol entre 2027 e 2035.

OPINIÃO: Quanto vale a vida de um homem negro?

Um homem morreu, abatido à queima-roupa com três tiros disparados por outro homem. O crime aconteceu num início de tarde de verão, num sábado, numa rua deste país de brandos costumes. Dizem testemunhas, ouvidas pelos órgãos de Comunicação Social, que o agressor antes de disparar, com a sua arma ilegal, terá dito à vítima para ir para a terra dele. As autoridades, no entanto, afirmam que as testemunhas quando inquiridas não referiram motivações racistas.
A vítima, de 39 anos, negra, não poderia ir para a terra dele. Bruno Candé vivia na sua terra, embora muita gente neste país dos brandos costumes ainda não tenha absorvido que um negro também pode ter Portugal como pátria. Não sabemos se Bruno Candé foi morto por ser negro, sabemos, sim, disso não resta qualquer dúvida, que perdeu a vida por um motivo fútil. Dos relatos conhecidos, sabe-se ter havido um desentendimento entre vítima e agressor por causa da cadela de Bruno. Por causa de uma cadela, um homem atira à queima-roupa, com uma arma ilegal, repito, sobre outro homem.
Três crianças, com idades entre os três e os seis anos, perderam o pai - abatido a tiro quando estava pacificamente sentado com a sua cadela numa esplanada de Moscavide, no início de uma tarde de verão. Era sábado. Um homem morreu por um motivo fútil, vítima de outro homem que trazia consigo uma arma de fogo ilegal. Isso devia fazer pensar e dar motivos para nos indignarmos. Mas nada acontece. Não ouvimos a ira popular a pedir inquéritos, a exigir a ida do ministro ao Parlamento, ninguém parece questionar a venda de armas a civis. Coisa estranha, no país dos brandos costumes. E mais estranho se torna quando ainda não esquecemos a indignação pela morte, há poucos dias, de dezenas de animais. Quanto vale afinal a vida de um homem?
Paula Ferreira in www.jn.pt - 28/7/2020

VILA VELHA DE RÓDÃO: CLDS 4G dinamizou “brincar em segurança” com as crianças do ATL de Verão


No dia 10 de julho, o CLDS 4G de Vila Velha de Ródão, um projeto cofinanciado pelo FSE – Fundo Social Europeu, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, dinamizou com as crianças que estão a frequentar o ATL de Verão da autarquia a atividade “Brincar em segurança em contexto de COVID-19”.
Atendendo ao contexto que estamos a atravessar devido à COVID-19, mas ressalvando a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças, tornou-se pertinente proporcionar medidas de proteção. Assim, a equipa dinamizou um pequeno piquenique com as crianças e o CLDS 4G ofereceu bonés com viseira para que os mais pequenos possam brincar em segurança.

Depois da SIC, TVI acaba com programas de comentadores desportivos

É mais uma notícia a juntar à decisão da SIC esta tarde: a TVI também resolveu terminar com os programas de comentadores televisivos afetos aos clubes.
Os formatos com comentadores desportivos estão na ordem do dia, não pelas discussões que costumam fomentar, mas porque têm um fim anunciado, em dois dois três canais. Depois de a SIC ter informado esta tarde que o “Play Off” e “O Dia Seguinte” vão ser descontinuados, agora é a vez da TVI 24 terminar com o “Prolongamento” e o “Livre Direto”.
A decisão da estação será oficialmente comunicada após o fim da época, no sábado, data da final da Taça de Portugal entre o Benfica e o FC Porto.
Rui Pedro Pereira in n-tv.pt

27.7.20

Vila Viçosa entrega candidatura a património mundial

O dossier de candidatura de Vila Viçosa, no distrito de Évora, à lista do Património Mundial, já foi entregue na Comissão Nacional da UNESCO, anunciou o município alentejano.
Trata-se da candidatura do bem «Vila Viçosa, vila ducal Renascentista» a Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
O dossier é constituído por três volumes, entre eles a proposta de inscrição na lista do Património Mundial e o plano de gestão do património. O terceiro volume é relativo a estudos históricos.
«Não é possível pensar de uma forma equilibrada e sustentada o futuro de Vila Viçosa sem considerar o seu património, que é um dos seus maiores tesouros, dado que o grande valor desta vila encontra-se, inequivocamente, na sua história, arte, arquitectura e conjunto urbano, só para citar alguns exemplos mais significativos», pode ler-se na introdução à candidatura.
O processo de candidatura de Vila Viçosa a Património Mundial começou a ser preparado há vários anos pelo seu promotor, o município de Vila Viçosa.
AbrilAbril - 26/7/2020
* Foto: Nuno Veiga /Lusa

Sintra do Alentejo envolve 43 dadores de sangue


Mesmo antes da hora do início da colheita, e já se viam muitos dadores à porta do centro de saúde de Castelo de Vide – um bom augúrio! Esta foi mais uma atividade da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – em conjunto com o serviço de imunohematologia do hospital de Portalegre.
Não faltaram, como aperitivo, as inesquecíveis boleimas da D. Céu, sempre muito apreciadas e aplaudidas. Esta voluntária despediu-se com emoção da sua qualidade de dador de sangue, por razões protocolares.
Um total de 43 pessoas inscreveram-se para doar sangue, sendo 19 do sexo feminino (44,2%).
Foram resgatadas na Sintra do Alentejo quatro dezenas de insubstituíveis unidades de sangue total, já que três dos presentes não passaram o crivo clínico. Um destes ficou ainda mais entristecido, uma vez que fazia questão de homenagear, estendendo o braço, um irmão também dador mas recentemente falecido e que teria concretizado mais um aniversário natalício no dia anterior. Uma simples colheita de sangue também envolve emoções muito particulares.
Estrearam-se como dadores quatro dos presentes, entre eles uma jovem. E o Registo Português de Dadores de Medula Óssea passou a contar com mais um interessado.
Todos pela Iara!!!
A ADBSP lançou uma campanha solidária tendente a apoiar uma criança, ligada por vínculos terapêuticos ao distrito de Portalegre. A Iara tem um ano de idade e necessita de um transplante de medula. Como tal, apelamos a todos quantos ainda não se inscreveram no Registo Português de Dadores de Medula Óssea para o fazerem. Uma forma simples de estarem do lado não só da Iara como de todas as pessoas que venham a necessitar desta terapia. Não é a primeira vez que a associação se envolve neste tipo de ações. Assim, as nossas brigadas passam a concretizar ainda mais este sinal tão simples a pensar em todas as Iaras deste planeta. Quem desejar participar (trata-se inicialmente de uma simples analise ao sangue), pode fazê-lo também num qualquer banco de sangue.
No mês de agosto, a ADBSP estará em: Fronteira, a 22 e nas instalações do centro de saúde; Alpalhão (Nisa), a 29 e no centro cultural. Sempre em sábados e durante a manhã.
Viaje por: https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/
JR

26.7.20

O PORTAL DE NISA OFERECE LIVROS (III)

Durante 10 semanas, o Portal de Nisa está a oferecer livros aos visitantes do blog e páginas de facebook a ele ligadas. Vamos oferecer um livro por semana e os nossos visitantes só têm que completar a quadra que iremos inserir semanalmente. Escrevemos dois versos sobre localidades do concelho e apenas terão que completar as respectivas quadras. É um passatempo bastante simples e sem custos para quem quiser participar. O primeiro livro com o título "Siddhartha" e  da autoria de Herman Hesse, bem como o segundo "O Outono do Patriarca" da autoria de Gabriel García Márquez já foram sorteados e cabe dizer, com muita pena, que para a segunda semana apenas recebemos quatro contributos. Vamos esperar que nesta semana haja mais participações. 
Entramos na terceira semana e vamos oferecer o terceiro livro. Trata-se de " O Jardim do Éden" de Ernest Hemingway, nome por demais conhecido da literatura mundial. Vá lá!  Enviem os vossos versos até final da semana (sábado) e de entre todos os que recebermos, sortearemos o livro em questão. O mote para esta semana é:

Arez é terra de valor
E com história para contar
........................................
........................................

Já sabem, podem enviar as quadras que quiserem (apenas é preciso rimar o segundo e o quarto verso) para um dos seguintes e-mails: jornaldenisa@gmail.com  / portaldenisa@gmail.com ou através das páginas de facebook Mário Mendes e Portal de Nisa.
Ponham a imaginação à solta, completem a quadra e enviem. Ficamos à espera!

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

A máscara eleitoral
Cartoon de Vasco Gargalo

NISA: Lembrar o Dia dos Avós

A este dia, 26 de Julho, convencionou-se designá-lo por Dia dos Avós. É uma data dedicada também a Santa Ana e a São Joaquim. Em louvor de Santa Ana  havia em Nisa uma capela junto ao antigo cemitério, no local onde está hoje o Cine Teatro. A capela entrou em ruínas e como houvesse perigo de desmoronamento, a Câmara, no distante ano de 1909, decidiu a sua demolição. A imagem de Santa Ana pode ser apreciada no nicho em que se encontra na escadaria dos Paços do Concelho que conduz ao primeiro andar do edifício. 


As restantes fotos que, a pretexto deste dia, publicamos, referem-se à comemoração do Dia dos Idosos em 2008 e a convívio onomástico dos Joaquins, realizado em Julho de 2007. Celebrações que neste ano e em tempo de pandemia não se realizaram.

25.7.20

Município de Vila Velha de Ródão obtém selo “Safe & Clean”

O Município de Vila Velha de Ródão encontra-se empenhado no cumprimento das normas e recomendações emitidas pela Direção Geral da Saúde e revela capacidade de adaptação à nova realidade, garantindo a implementação de boas práticas de prevenção de contágio do surto de COVID19.
Com esta distinção os equipamentos preparados para receber visitantes e utilizadores são Posto de Turismo, Lagar de Varas, Biblioteca Municipal, Parque de Autocaravanas e, em setembro, a Casa de Arte e Cultura do Tejo. Procura-se o equilíbrio entre garantir o menor risco de contágio e propagação da doença e a prestação de serviços em condições de segurança aos munícipes e a quem nos visitar, por forma a potenciar a retoma do setor do turismo na região, sendo um destino turístico seguro. 
O selo é disponibilizado pelo Turismo de Portugal (Turismo da Região Centro), em colaboração com a Confederação de Turismo de Portugal, com a validade de um ano, para distinguir as entidades ligadas ao setor do Turismo que cumpram as recomendações da Direção Geral de Saúde na higienização necessária para evitar riscos de contágio. A certificação assegura distanciamento social, normas de etiqueta respiratória, proteção individual para os colaboradores, stock de materiais de limpeza, dispensadores de solução à base de álcool gel, entre outras especificações de segurança requeridas.

24.7.20

OPINIÃO: O país mudou e o Parlamento também

Os debates quinzenais na Assembleia da República também podiam passar do Parlamento para o Twitter, onde se podem fazer as perguntas e dar as respostas. Ser popular, viral, ter alcance, fazer scroll ao que não interessa e evitar o confronto. É mais cómodo.
Há políticos, cá dentro e pelo resto do Mundo, que o fazem muito bem. Verdadeiros especialistas em social media. Se Rui Rio não "tem particular interesse em ser deputado", conforme o afirmou antes das últimas legislativas, não é surpreendente que também tenha liderado o processo para o fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro. Nem que não tenha perguntado aos deputados eleitos pelo seu partido o que pensam sobre esta alteração do regime da Assembleia da República. É normal. Quem compara empresas de Comunicação Social a empresas de móveis, pode confundir também a casa da democracia com outra coisa qualquer.
Já o argumento de que os debates quinzenais estão pensados, não para esclarecer nem para escrutinar o Governo, mas para a política espetáculo, sustentado pelo secretário-geral do PSD, José Silvano, também não convence. Os palcos dos espetáculos, sobretudo os maus, têm sido mais do que muitos. Mais inesperada é a posição socialista. Percebe-se o esforço da líder parlamentar para minimizar as divisões na sua bancada, mesmo depois de o grupo de deputados ter chumbado uma proposta do antigo ministro socialista Jorge Lacão para manter os debates com o primeiro-ministro.
As razões de uns e outros não evitam as divisões internas. Vão ter de conviver com elas no futuro. E não sabemos se contribuem para o desinteresse geral pela vida política, para as elevadas taxas de abstenção e para a indiferença dos mais novos. O tempo o dirá. Hoje, debate-se o estado da nação, o maior escrutínio parlamentar à atividade do Executivo. O país mudou desde o último debate, o Parlamento também. Resta saber em que sentido.
Manuel MOlinos in "Jornal de Notícias" - 24/7/2020
Cartoon de Henrique Monteiro - A nova casa - in https://henricartoon. blogs.sapo.pt

Alter ConVida estreia-se na freguesia de Cunheira

Depois de cantar e encantar o público de Alter do Chão no último sábado, o fadista alterense Luís Capão segue para a freguesia de Cunheira, onde no próximo sábado (25 de julho) irá iniciar a programação do Alter ConVida naquela freguesia.
De realçar que, tal como tem acontecido de forma exemplar nos dois espetáculos que já se realizaram na sede de concelho, o distanciamento social na plateia – com lugares marcados – e a utilização obrigatória de máscara continuarão a ser práticas comuns e indispensáveis para que todos possam assistir aos concertos em segurança.
Para além destas, todas as medidas preventivas veiculadas pela Direção Geral de Saúde que viabilizam a realização de espetáculos ao ar livre estarão fortemente implementadas, como tem sido hábito.
Nestes tempos difíceis que vivemos, o Alter ConVida tem sido a prova inequívoca de que a Cultura e a Segurança podem (e devem) andar de mãos dadas, neste “novo” normal.
Apesar de fazer a sua estreia na Cunheira, o Alter ConVida continua em simultâneo no palco colocado no Largo Barreto Caldeira, em Alter do Chão. Esta semana vão poder ouvir-se os sons medievais pelas mãos dos músicos dos Albaluna.

ARRONCHES: Festas dos Bombeiros serão comemoradas com três iniciativas


A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arronches vai comemorar as suas Festas de Verão com três iniciativas que garantem o cumprimento de todas as normas impostas pela Direção-Geral de Saúde.
Mais informação em: https://bit.ly/30eamS4

CAMPO MAIOR: Detido por mandado de detenção europeu

O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Campo Maior, hoje, dia 23 de julho, deteve um homem, de 42 anos, no âmbito de um mandado de detenção europeu, no concelho de Campo Maior.
No âmbito de uma diligência de inquérito em curso no Posto de Campo Maior, quando se procedia à notificação para comparência em ato processual, o visado declarou não ser portador de documento de identificação por ter sido alvo de furto. No entanto, tal facto levantou suspeitas por o mesmo se encontrar a residir no concelho de Campo Maior e o Posto não ter registado qualquer furto de documentação daquele homem.
No seguimento das diligências policiais para apurar os factos, foi consultada a base de dados do Sistema de Informações Schengen, concluindo-se que o mesmo tinha um mandado de detenção europeu emitido pela Roménia, sobre o qual recaiam crimes de furto, falsificação de documentos e condução de veículo automóvel sem habilitação, tendo para cumprir três anos e oito meses de prisão efetiva.
O suspeito foi detido e será presente amanhã, dia 24 de julho, ao Tribunal Judicial de Évora, afim de aferir a possibilidade de extradição para cumprimento da pena.

SANTANA: Paróquia evoca festas de Santa Ana em tempo de pandemia


Na impossibilidade de realizarmos a nossa festa de Verão devido à situação de pandemia em que vivemos, celebraremos a missa em Honra de Santa Ana dia 26 de Julho ( Dia de Santa Ana e S. Joaquim).
Horário da Celebração: MISSA EM HONRA DE SANTA ANA, Dia 26 de Julho (Domingo) às 15h30. 
Ps: Pedimos a todos o uso de máscara dentro  da igreja. 
A Celebração será transmitida em direto, para que todos os ausentes possam assistir à missa, em Honra da Nossa padroeira. 
Os sinos tocarão a rebate celebrando o dia de festa da aldeia. 
Ao fim da missa o sino tocará a rebate, simbolizando a saída da procissão, que este ano não acontecerá. 
A Paróquia Santana-Nisa ⛪️

23.7.20

SAÚDE: Campanha alerta doentes respiratórios para as consequências do abandono da medicação no verão

A Respira (Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e Outras Doenças Respiratórias Crónicas), a Associação Portuguesa de Asmáticos (APA), a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) juntam-se para alertar os doentes respiratórios para o abandono da medicação durante os meses de verão e para as consequências que daí advêm, através da campanha de sensibilização que tem como mote “Neste verão não dê férias à sua medicação”.
Estudos revelam que 50% dos medicamentos para as doenças crónicas não são tomados como prescritos pelo profissional de saúde, variando a taxa de adesão à terapêutica entre 22% e 78% no que refere a doentes asmáticos ou com doença pulmonar obstrutiva crónica1. Para além destes números, existe um padrão relativamente às exacerbações da asma com um pico mais acentuado no mês de setembro. As taxas de adesão à terapêutica são mais baixas nos meses de verão, aumentam no outono e permanecem altas durante os meses de inverno até à primavera, sendo julho o mês com menor taxa de adesão à terapêutica nos doentes asmáticos.
Nas palavras da presidente da Respira, Isabel Saraiva, “é natural que por vezes surja algum cansaço por parte dos doentes no cumprimento diário de uma terapêutica e que o verão e as férias conduzam a uma atitude de maior esquecimento. No entanto, sabemos que este tipo de comportamento conduz a situações de risco e por isso torna-se tão urgente alertar todos os doentes respiratórios para a importância de cumprir a terapêutica 365 dias por ano”.
Mário Morais de Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos, salienta ainda que “estas campanhas são fundamentais para consciencializar os doentes para a importância de manter um tratamento sem interrupções. As férias não devem ser um motivo para abdicar da terapêutica, pois as consequências do abandono da medicação acabam por surgir a curto prazo e acabamos por assistir a uma diminuição da qualidade de vida dos doentes, algo que podia ser facilmente evitado com disciplina e responsabilidade”.
De acordo com o presidente da SPAIC, Manuel Branco Ferreira, “esta situação é algo com que nos deparamos todos os anos na nossa prática clínica. São muitos os casos que assistimos de doentes que apresentam um quadro clínico mais exacerbado no período pós-férias, consequência de um maior relaxamento que sabemos que acontece neste período. Tentamos sempre reforçar junto dos nossos doentes a importância da continuidade da medicação ao longo de todo o ano, para que exista um maior controlo da patologia. Este ano, em plena pandemia, é ainda mais importante reforçar esta mensagem”.
“No verão, os doentes respiratórios costumam descurar a sua medicação e, em alguns casos, chegam mesmo a abandonar a terapêutica. Esta situação leva à exacerbação de novas crises, que não se sentem no imediato, mas que podem ter uma relação direta com este abandono no futuro. Este ano, com a presença da Covid- 19, esta situação torna-se ainda mais grave, na medida em que os doentes respiratórios, que já são um grupo de risco, podem ver o seu estado de saúde agravar-se”, revela António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
A Novartis é parceira desta campanha que decorre até ao dia 15 de setembro, e que conta com a disponibilização de um guia com dicas importantes para ajudar os doentes respiratórios a protegerem-se durante os meses de verão, entre outros materiais informativos para sensibilizar profissionais de saúde e doentes para esta temática.

Na ACERT (Tondela): Concerto "Tó Trips" ao Ar Livre

Tó Trips
Concerto
Sáb, 25 jul. 2020 · 21:45 · Auditório Ar Livre
Nas mãos de Tó Trips, a guitarra abarca o mundo, vira-o do avesso e perscruta-lhe as entranhas.
Co-fundador de marcos da recente música nacional, como é o caso dos Lulu Blind ou Dead Combo, e membro da fase final dos Santa Maria Gasolina em Teu Ventre, Tó Trips lançou em 2009 o seu primeiro álbum a solo, Guitarra 66, pela Mbari, efusivamente recebido pela crítica. Lindo registo de música crua, aberta, generosa, de espírito nómada, encaixa as pistas e materializações que Trips dava já nos Dead Combo.
 A entrada é gratuita, sujeita a confirmação.
Consulte aqui as atuais regras de funcionamento da nossa bilheteira.

22.7.20

NISA: A Festa do Mártir Santo e o Carnaval (1946)

Se o Entrudo é o intróito da Quaresma, o intróito do Carnaval em Nisa fixou-se, desde tempos imemoriais, em 20 de Janeiro, dia em que se festeja o glorioso Mártir Santo S. Sebastião.
Talvez porque no glacial desconforto que se evola dos rigores hibernais a festa do Mártir é como que um parêntesis de alegria ou um prenúncio das graças primaveris, tão desejadas e ainda tão distantes.
Certo é que, a partir desse dia, a mocidade nisense saturada de hipocondria, espaneja-se, liberta de cuidados e sem preocupações pelo dia de amanhã.
Recolhe os repiques anunciadores da festividade do Mártir Santo com o dealbar apetecido das folias carnavalescas.
Nos tempos em que os arraiais se faziam no largo onde se encontra a capelinha do heróico soldado de Cristo, suplicado pela intransigência de Diocleciano, a festa assumia proporções esplendorosas, com avultados réditos, sobretudo nos anos de epidemias ou outras calamidades.
O horror da varíola obrigava as mães a generosa oferta, em dinheiro ou ramos (fogaças), todas rivalizando em propiciar as boas graças do taumaturgo ou agradecer-lhe o seu patrocínio com os enxudiosos galináceos, médios borregos, grandes travessas de arroz doce, perfumados pudins e outras apetitosas guloseimas, não faltando nunca as amplas bandejas com as melhores peças do fumeiro ou o melhor vinho da adega.
Vulgar era também pesarem-se nesse dia os pimpolhos indemnes da bexigada, para ofertar ao santo. Igual peso de trigo, por garridas moças conduzido em reluzentes bacias de cobre.
À meia tarde, quando a filarmónica da terra se dirigia para os ramos, era interessantíssimo ver desfilar, pelas ruas convergentes ao largo da festa, dezenas e dezenas de bébés, com suas melhores galas, com outros tantos ex-votos que as mães, vestidas com a esbelteza  do antigo trajo regional, levavam nos braços até junto do andor do Mártir Santo, em sinal de gratidão por lhes ter mantido, são e escorreito, o mimoso e lindo fruto das suas entranhas.
Dentro em pouco, todo o recinto, em que a vibração metálica da fanfarra e o estralejar dos foguetes sobressalam na sussurrante e jubilosa vozearia da massa popular mal permitindo ouvir os lanços que sucessivamente iam valorizando as ofertas leiloadas, dentro em pouco, o acolhedor largo do Mártir era um policrómio ramalhete em que, sobre a tonalidade variegada de lindíssimos xailes, se destacavam, risonhos e gracílimos, os botões aveludados das róseas faces dos bambinos.
Era uma viva e encantadora corbeille de graça e inocência a rebrilhar na meiguice dos olhos, a fremir nas mãozinhas que se agitavam irrequietas e a ecoar por toda a parte em incipentes articulações de riso ou em rasgadas notas de rabujenta compleição.
Junto à capela rodopiavam incessantemente inúmeros pares, ora no ritmo marcial dum passo dobrado ou na cadência da langorosa valsa ou vaporosa polca, ou gargantear de de moça afamada nas modas da época.
E então era certo que a primeira ária a sair dos lábios da primadona era invariavelmente a tradicional:
Aldeia de Vendas Novas
De Vendas Novas aldeia
É uma praça fechada
Onde o meu amor passeia

Onde o meu amor passeia
Onde a flor-da-murta assiste;
Diz-me amor como passaste
Os dias que me não viste
Era o Carnaval que, naquela voz argentina, dava ingresso no burgo. Daí por diante, até terça-feira de Entrudo, não havia baile ou soirée que não se iniciasse por aquela ouverture...
Não há nisense algum, de mais de quarenta anos que, ao ter esta singela evocação, não recorde com saudade, se estiver longe da terra-mãe, os bailes carnavalescos da sua mocidade, noites de ruidosa folia em que a célebre Aldeia de Vendas Novas era o persistente e característico refrain que, volta e meia, animava a dança, dinamizando os próprios velhos e fazendo até azougar as mulheres do maragoto...
Hoje ainda assim é. Esta persistência ou, melhor esta resistência da velha cantiga no domínio das canções contemporâneas do jazz é muito do meu agrado, pelo inveterado culto que me merece tudo o que é tradicional.
Oxalá que, com a Aldeia de Vendas Novas se mantivesse a indumentária que outrora impunha as minhas patrícias ao incondicional apreço de todas as pessoas de bom gosto.
Mas não! As lindas saias e roupinhas de Nisa são hoje raridades. E, com franqueza, uma rapariga de Nisa, com uma inestética blusa e uma exígua e pretensiosa saia, a cantar a Aldeia de Vendas Novas, é, para não dizer outra cousa, um lamentável e detestável anacronismo...
Que ao menos, nas noites de Carnaval, as donzelas da Corte das Areias procurassem reconstituir os bailes de outros tempos usando os trajos tradicionais: a rubra saia de linda faixa, o característico lenço do pescoço e, sobre ele a reluzir, a áurea riqueza dos seus cordões, grilhões e gargantilhas...
Isto sim que era lindo! E único em todo o país!...
E era assim que nós, os velhos, os que ainda recordamos, com enternecida saudade, as noites de arraial em que se queimavam no pequeno largo do Mártir, as grandes peças de efeito, concebidas e executadas por afamados pirotécnicos João Leitão e Filhos e Braz Rufino, e assistíamos, extasiados, à ascensão dos lindíssimos balões que a escuridão das noites invernosas tornava ainda mais deslumbrantes; era assim, em plena revivescência do que Nisa tinha de melhor na beleza do trajar e na riqueza e originalidade folclóricas, que seria de maior encanto ouvir nos bailes de Carnaval, as lindas nisenses a cantarem, como suas mães e avós, a tradicional Aldeia de Vendas Novas...
J. Figueiredo - "Correio de Nisa" - 26/1/1946

Nisense Graça Alfaia preside a associação distinguida pela Federação Portuguesa de Dadores de Sangue

"Não se pode perder a cultura de dar sangue e ajudar quem precisa"
Associação Humanitária de Dadores de Sangue da Freguesia do Tramagal foi eleita Associação do Ano pela Federação Portuguesa de Dadores de Sangue.
Ainda há muitas pessoas sem consciência da importância de dar sangue e este ano, com a pandemia causada pela Covid-19, esse gesto voluntário é mais importante. “Não podemos perder a cultura de dar sangue, de estar disponível. É um acto tão simples e um gesto tão nobre, porque estamos a ajudar quem precisa”, diz Graça Alfaia, presidente da Associação Humanitária de Dadores de Sangue da Freguesia de Tramagal, eleita Associação do Ano pela Federação Portuguesa de Dadores de Sangue.
A única associação de dadores de sangue do concelho de Abrantes celebrou 30 anos de actividade a 13 de Junho. Estava programada a organização de uma gala para assinalar o aniversário, com o apoio da Câmara de Abrantes, mas a pandemia veio estragar os planos.
Graça Alfaia, enfermeira de profissão, recorda a O MIRANTE que a associação começou em 1990 pelas mãos de António Contente, já falecido, que na altura juntou um grupo de amigos para darem sangue e ajudarem a sua esposa, que precisava de uma transfusão. A partir daí nasceu a associação que teve sempre muita dinâmica no Tramagal.
Os dirigentes compraram um edifício espaçoso no centro da vila que actualmente aluga a vários serviços. Além dos Correios, estão ali instalados um laboratório de análises clínicas, dentista, podologista, reflexologista, cabeleireira e manicura. Já tiveram serviço de pediatria mas desde que o médico João Brazão se aposentou, em 2018, não têm essa especialidade. Essas rendas permitem pagar as contas durante o ano, além do apoio da Câmara de Abrantes.
Presidente da associação há 12 anos e sócia há 15, explica que todos os elementos da associação ficaram orgulhosos pela distinção da Federação de Dadores de Sangue e acredita que um dos factores para terem sido homenageados foi estarem no activo há três décadas, apesar do número de dadores ter diminuído nos últimos anos. Graça Alfaia destaca também o Concurso sobre Sangue que se realiza há cerca de 20 anos em todas as escolas do Agrupamento de Escolas nº2 de Abrantes. “É uma forma de sensibilizar os mais jovens para a importância de dar sangue”, sublinha, acrescentando que todos os anos se realiza uma colheita numa das escolas do agrupamento.
A presidente da associação lamenta que cada vez haja menos dadores de sangue no concelho de Abrantes e por esse motivo realizam-se menos colheitas. “Se não temos número suficiente de dadores o Instituto Português do Sangue e da Transplantação não envia equipa, por isso temos menos recolhas de sangue. Gostaríamos de conseguir inverter essa tendência mas há falta de sensibilidade das pessoas para a dádiva de sangue”, afirma.
O grupo tem cerca de 600 sócios mas a grande maioria não paga a quota anual de 12 euros. Muitos já morreram e a associação tem que fazer um levantamento para actualizar o número de sócios. Além de Graça Alfaia fazem parte da direcção Manuel Rodrigues (vice-presidente), Lina Mendonça (tesoureira) e Cristina Rodrigues (secretária). A presidente lamenta que seja cada vez mais difícil “recrutar” novos elementos para os órgãos sociais da associação. “As pessoas estão muito ocupadas com as suas vidas e cada vez há menos interesse para o associativismo”, afirma.
Pandemia não a deixou assistir ao nascimento do primeiro neto
Graça Alfaia nasceu a 10 de Janeiro de 1967 em Nisa, distrito de Portalegre, mas viveu sempre no Tramagal, concelho de Abrantes. O pai foi militar e trabalhou no Campo Militar de Santa Margarida, concelho de Constância. É enfermeira no Hospital de Abrantes e o novo coronavírus estragou-lhe os planos de assistir ao nascimento do primeiro neto. Simão nasceu há três meses no Hospital de Torres Novas, pois durante a pandemia a maternidade foi transferida para essa unidade hospitalar.
“Vejo nascer tantos filhos e netos de amigos e não pude ver o nascimento do meu neto. Tive muita pena. A minha nora teve que ficar lá sozinha. São os tempos que vivemos”, afirma enquanto mostra uma fotografia do bebé. Assim que o neto foi para casa, ela e o marido, devidamente protegidos, foram conhecer Simão, dez dias depois do nascimento, quando teve alta.
Graça Alfaia trabalha no serviço de Medicina mas durante a pandemia trabalhou num serviço não Covid. Diz que com o reforço de enfermeiros e médicos no Hospital de Abrantes foi possível cumprir o horário semanal de trabalho e que, felizmente, correu tudo bem e a unidade hospitalar continua a ser um hospital de referência para doentes infectados com Covid-19.
in "O Mirante" - semanário regional

Marvão Music com concertos em directo para todo o mundo


De 29 de Julho a 02 de Agosto de 2020, a associação Marvão Music e a Câmara Municipal de Marvão promovem um programa de concertos especial para ser transmitido em directo para todo o mundo, através da Internet, a partir de Marvão. Serão 5 concertos em 5 dias, sempre às 19h30, com alguns dos artistas que vão integrar o programa da 7ª edição do Festival Internacional de Música de Marvão (FIMM), adiada para 2021.
A transmissão em directo dos concertos poderá ser acompanhada gratuitamente através do site marvaomusic.com e pretende constituir uma alternativa simbólica ao adiamento forçado do festival para 2021. É uma iniciativa tornada possível graças ao apoio dos principais patrocinadores e mecenas do Festival de Marvão: a fundação alemã Anja Fichte, BPI | Fundação “la Caixa”, Grupo Ageas Portugal, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Galp. 

ÉVORA: “Aprometido” tem estreia marcada para agosto e já podem reservar o vosso lugar Associação PédeXumbo

Aprometido é a nova criação da PédeXumbo com Joana Ricardo, Márcio Pereira e Marta Guerreiro e será apresentada dias 13, 14 e 15 de agosto, pelas 21h30, no Pátio dos Antigos Celeiros da EPAC, em Évora.
Potenciando as áreas artísticas dos membros da equipa residente, entre a música e a dança, a PédeXumbo está a promover uma residência artística para a criação deste espectáculo, que tem como foco os Mastros de Promessa. Esta criação volta assim ao tema dos Mastros Tradicionais, dando continuidade à investigação que vem sendo desenvolvida pela associação desde 2017, no concelho de Odemira, com os projetos A Ciência de Um Baile de Mastro e Da Terra ao Céu.
Já nasceu o dia. É um bom momento para olhar o céu…a brisa vem quente, mas o ar está limpo. Conseguimos vê-lo e queremos lá chegar, queremos algo de bem. Aprometido ficou o Mastro por querermos voltar a estar juntos. É tempo de fazer os bolos, florir as suas saias, espalhar os verdes para o cheiro chegar mais alto. E quando nascer de novo o dia, seremos o corpo que bailou a voltar à vida.
Fica o convite para virem até ao Espaço Celeiros em agosto!
É necessário fazer reserva, pois temos uma lotação de 30 lugares por sessão. ‘Aprometam’ trazer a vossa máscara para assistirem à sessão.

OPINIÃO: Um Parlamento dócil

Agora que passamos da crise sanitária para a crise social gigantesca, o bloco central quer ter um parlamento dócil que não dê eco aos protestos de quem é sempre preterido.
O ano parlamentar termina sob a égide de um acordo de regime entre PS e PSD. É a expressão parlamentar do acordo mais vasto que se vai consolidando entre os dois partidos do meio. E a procissão ainda vai no adro.
PS e PSD entenderam-se para moldar o parlamento às suas conveniências. Ou melhor, às conveniências de um PS com ambição de não ser incomodado no Governo e aos maus fígados de Rui Rio com a democracia parlamentar. Rio, que acha que ser deputado é um desperdício de tempo, diz que os Governos o que têm é que trabalhar e não andar a gastar energias em debates que não servem para nada senão para entreter (a sinceridade de Rio é tocante: ele vê o parlamento a partir do desempenho do PSD e, por isso, acha mesmo que os debates com o Governo no parlamento são só mise-en-scène). E o PS responde o quê a esta insinuação de que um Governo quando presta contas, não trabalha? Pois responde que sim senhor, que o melhor mesmo é diminuir o número de debates com o Primeiro Ministro e diferenciar, nas comissões, uma primeira divisão (PS e PSD, pois claro) e a segunda, a terceira e a quarta, nos tempos de intervenção em debates políticos com o Governo.
É, pois, por um misto de conveniência e convicção que o bloco central quer diminuir o parlamento enquanto órgão de fiscalização política do Governo, quer reduzir o mais possível o espaço para o debate político nele efetuado e quer que a Assembleia da República seja sobretudo um conjunto de comissões técnicas de trabalho legislativo.
Esta substituição do parlamentarismo político pelo parlamentarismo dos técnicos das leis, com a correspondente concentração no executivo da política enquanto escolha de rumos, é a resposta do bloco central à centralidade política que o parlamento teve na fase de vigência dos acordos entre o PS e os partidos à sua esquerda. O bloco central percebeu o risco que é para si um parlamento que discute política e, por isso, em que ganha corpo o confronto de caminhos e fica patente que seguir um e não outro é escolha e não imperativo técnico-jurídico.
Agora que passamos da crise sanitária para a crise social gigantesca, o bloco central quer ter um parlamento dócil que não dê eco aos protestos de quem é sempre preterido. Contra esta perspetiva, a luta pelo espaço do debate político e por um parlamento forte na fiscalização do Governo vai ser essencial para a esquerda nos tempos que estão a começar.
José Manuel Pureza -“As Beiras” -18/7/2020

21.7.20

Recolha de abaixo-assinado contra a redução do horário de funcionamento dos bares hospitalares

Serviço de bar dos Hospitais do distrito pode reduzir horário de funcionamento
A Administração do Hospital Distrital de Portalegre/ULSNA, em conjunto com a empresa UNISELF concessionária de refeições, refeitório e bar, prepara-se para encerrar o serviço de Bar ao fim de semana e ao final do dia, em dias úteis.
Esta medida, não só prejudica os utentes, que diariamente se deslocam a esta unidade de saúde, mas também todos os profissionais de saúde e serviços externos que laboram no Hospital, que deixaram de ter um espaço ao final do dia e ao fim de semana para se alimentarem e assim satisfazer suas necessidades de alimentação e bebida.
Esta redução de horário irá ainda conduzir à redução de postos de trabalho neste serviço e consequentemente dos agregados familiares destes trabalhadores que exercem funções no Bar e de forma indireta todos os fornecedores e serviços externos que dependem do bar para a sua sobrevivência.
Por se tratar de uma situação com consequências para um alargado número de trabalhadores e utentes dos hospitais, a USNA/CGTP-IN - União dos Sindicatos do Norte Alentejano e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Hotelaria, Turismo, Restauração e Similares do Sul irão organizar a recolha de um abaixo-assinado contra a redução do horário de funcionamento do serviço do bar, esta quarta-feira, dia 22, junto ao Hospital de Portalegre das 8h às 10h e junto ao Hospital de Elvas das 15h30 às 16h30, ficando disponíveis durante essas horas para prestar declarações aos órgãos de comunicação social.
O Depº de Informação da USNA/cgtp-in

JUSTIÇA: Luís Correia perde definitivamente o mandato

A decisão transita a 30 de julho e até lá o autarca deverá ser substituído no cargo de presidente da Câmara de Castelo Branco.
O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Luís Correia, perdeu definitivamente o seu mandato. A confirmação foi dada ao Reconquista pelo seu defensor, o advogado Artur Marques.
Chegado ao último patamar recorrível, o Tribunal Constitucional, o recurso foi uma vez mais recusado e, desta vez de forma definitiva.
Artur Marques explica que a decisão transita a 30 de julho e até lá o autarca deverá ser substituído no cargo de presidente da Câmara de Castelo Branco.
Recorde-se que, em causa, estão contratos públicos celebrados entre o município e uma empresa de familiares diretos do edil, o que viola a Lei da Tutela Administrativa.
Lídia Barata in "Reconquista" - 21/07/2020