31.1.23

QADIS - 1001 noches» vai colorir o Centrum Sete Sóis Sete Luas de Ponte De Sor

A LUZ DE CÁDIS, AS CORES DO MUNDO, O AZUL INTENSO DA NOITE 
são os protagonistas da Exposição "Qadis - 1001 Noches" que vai colorir o Centrum Sete Sóis Sete luas de Ponte de Sor
No sábado 4 de fevereiro ás 17 no Centrum Sete Sóis Sete Luas de Ponte de Sor, será inaugurada a exposição  QADIS - 1001 NOCHES do pintor José Alberto López (Espanha), artista plástico, autodidata, especializado em pintura têxtil e colagem. O projeto é promovido pela Associação Sete Sois Sete Luas com o apoio do Município de Ponte de Sor.
O José Alberto López estará em residência artística em Ponte de Sor de 2 a 4 de fevereiro e realizará workshops de pintura criativa com os alunos das escolas de Ponte de Sor (Curso Cientifico Humanístico de Artes Visuais, Curso Técnico Profissional Animação Socio cultural, Artes Visuais e os alunos da Universidade Sénior). Durante a inauguração, as roupas desenhadas pelo artista serão usadas pelos atletas do Clube de Danças - Eléctrico Futebol Clube que farão uma apresentação.
A protagonista da exposição é a cidade andaluza de Cádis. Uma recordação onírica, como o título sugere, da cidade natal do autor, onde convergem a sua "paixão estética e hedonista pelo mundo mediterrâneo, pelos países árabes e a imagem idealizada do que foi a Arcádia desde a sua infância”. A luz de Cádis, de Marrocos, da Turquia... o Mediterrâneo. A cor do mundo, os reflexos da água, a flor que nunca murcha, o azul intenso da noite. As suas obras contam histórias a quem as sabe escutar.
José Alberto López (Cádis,1966) colabora como estampador e ilustrador para designers, decoradores e editores. Orienta workshops centrados na cromoterapia e na estampagem têxtil manual para várias instituições públicas, como o Município de Cádis e Granada, o Conselho Provincial de Cádis e a Fundação Cajasol. Colabora também com escolas privadas e expôs as suas pinturas/colagens têxteis em vários espaços de Cádis. Já realizou exposições internacionais na Itália e em Portugal.
A exposição, com entrada gratuita, estará patente até 18 de março. 

OPINIÃO: Morrer com um sorriso

"A sedação começa e ela não perde o sorriso. As suas netas dizem que a amam e ela despede-se desejando felicidades para todos. São onze e meia e paira no ar um espírito de paz, dignidade, respeito pela vida e pelo processo de morrer que nunca havia experimentado".
Este relato na primeira pessoa do médico espanhol Jesús Medina feita ao jornal "El País" espelha um ato polémico que em Espanha já foi legalizado e que em Portugal o conservadorismo do Tribunal Constitucional ainda não o permitiu. Esta eutanásia, feita a 15 de novembro de 2021, é uma das duas centenas realizadas até hoje no país vizinho. Na altura, Jesús Medina relatou que a paciente pediu que não falhasse com ela, uma idosa de 86 anos com cancro do cólon terminal.
Vale a pena recordar as palavras que o médico resolveu partilhar. "Estamos aqui os três: as duas enfermeiras e eu. Dedicamos alguns momentos para dizermos o quanto estamos nervosos, mas convictos de que estamos a realizar um ato médico, movidos pelo amor e pelo respeito à liberdade individual. No quarto há filhos e muitos netos. O marido é o membro mais frágil da família. Ela está esplêndida com um pijama branco e um roupão florido. Maquilhada, perfumada, com um ramo de flores que as netas acabaram de lhe dar. Ela conforta quem está perto. Está preparada, forte, serena e contraditoriamente parecendo cheia de vida. Ela vai para o quarto e deita-se na cama com bastante naturalidade. Fala connosco num tom jovial sobre detalhes específicos e questões importantes. Agradece-me pelo meu acompanhamento nos últimos meses, conta-me coisas muito bonitas que não consigo reter. Digo-lhe que tivemos uma paixão à primeira vista, que nunca vou esquecê-la". Todos estamos de acordo que a eutanásia é transversal e não tem ideologia. A lei da morte medicamente assistida não pode ser inconstitucional, mas também estamos de acordo que o Parlamento irá fazer o seu trabalho e aprovar uma legislação que proteja quem sofre e quem deseje parar esse sofrimento.
António José Gouveia in Jornal de Notícias - 31.1.2023

ÉVORA: Apresentação do projecto TEX REX, da autoria de Ana Baleia

Apresentação do projecto TEX REX, da autoria de Ana Baleia – Um processo de pesquisa criativa sobre métodos de reutilização têxtil que se inicia na destruição de roupas descartadas. Exposição que propõe a reflexão sobre o consumo e o desperdício têxtil, apresentando os resultados de um ano de experiências e exercícios artísticos, realizados no âmbito do Programa Magallanes_ICC , em parceria com o ARTERIA_LAB e a Universidade de Évora e que contou também com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Alentejo.
3 fevereiro 2023 - 10 fevereiro 2023
horário 15h00 às 20h00, encerra ao domingo
Sítio:  rua lagar dos dízimos nº4 évora
Entrada gratuita

MDM: Números da violência doméstica «não nos surpreendem»

As queixas por violência doméstica registaram em 2022 o valor mais elevado dos últimos quatro anos. MDM alerta para relação entre a degradação das condições de vida e o agravamento da violência sobre as mulheres.
Dados publicados esta segunda-feira na página da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) revelam que as ocorrências por violência doméstica registadas pela PSP e pela GNR aumentaram 14% no ano passado em comparação com 2021.
A CIG avança igualmente que, em 2022, se registaram 28 vítimas mortais em contexto de violência doméstica, 24 das quais eram mulheres e quatro crianças. Em comparação com 2021, ocorreram mais cinco homicídios, mas em 2020 registaram-se 32 vítimas mortais e em 2019 foram 35.
Em 2022, as crianças que morreram em contexto de violência aumentaram, uma vez que nos anos anteriores tinham ocorrido duas vítimas mortais e em 2019 foi uma.
De acordo com o portal da violência doméstica, a PSP e a GNR registaram 29 223 queixas em 2019, números que descem para 27 619 e 26 651 em 2020 e 2021, respectivamente (dois anos marcados por confinamentos devido à pandemia de covid-19), e voltaram a subir em 2022 para 30 389.
«Os números não nos surpreendem», começa por dizer ao AbrilAbril a dirigente do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), Sandra Benfica. «Temos alertado sistematicamente para a relação directa entre a degradação das condições de vida e o agravamento da violência sobre as mulheres», mas também, acrescenta, para a percepção de que a lei falha na protecção das vítimas.
Entre os exemplos a concorrer para esse sentimento surge a decisão recente de uma juíza do Tribunal da Amadora, no distrito de Lisboa, num caso de violência doméstica em que foi dado como provado o crime de ofensa à integridade física. A magistrada aceitou a recomendação de uma procuradora do Ministério Público que propôs que o processo fosse suspenso, ficando o agressor obrigado a levar a vítima em «passeios lúdicos».
Sandra Benfica afiança que os problemas das desigualdades no território e a insuficiência de respostas estão «intimamente ligados» com os números da violência doméstica, um crime com «altíssima prevalência» e um flagelo para as mulheres. Segundo a dirigente, este é um problema que não se resolve sem dar condições de vida às vítimas, a quem muitas vezes faltam condições de sobrevivência, também para os seus filhos. 
«Não podemos tolerar que a resposta do Estado seja mais do mesmo», critica a dirigente, sublinhando que, apesar das campanhas, o subfinanciamento impede, entre outros aspectos, a fixação de «bons técnicos», com consequências na saúde das mulheres.  
«Mil razões para lutar»
No período de Outubro a Dezembro de 2022 foram contabilizadas 7129 ocorrências pela PSP e GNR, tendo sido no terceiro trimestre que se registaram mais crimes, num total de 8887, seguido do segundo trimestre (7641), do quarto e do primeiro (6732).
«Os direitos das mulheres não podem esperar», reconhece Sandra Benfica, acrescentando que a violência doméstica é uma das razões pelas quais o MDM sai à rua no Porto, no próximo dia 4 de Março, pelas 14h30, na Praça da Batalha, e à mesma hora em Lisboa, mas a 11 de Março, nos Restauradores. Com o lema «Mil razões para lutar», as duas iniciativas integram-se nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, que se celebra a 8 de Março. 
Segundo os dados publicados ontem, a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica acolheu, entre Outubro e Dezembro do ano passado, 1455 pessoas, das quais 54,2% eram mulheres e 44,7% crianças.
No último trimestre de 2022 foram aplicadas 1151 medidas de coação no âmbito do crime de violência doméstica e estão integradas em programas para agressores 3078 pessoas.
Com agência Lusa
AbrilAbril - 31.1.2023

30.1.23

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA


 Pinóquio | cartoon editorial da revista @revistasabado - Vasco Gargalo

ALPALHÃO: AJAL "arranca" com Passeio TT

 

OPINIÃO: Isto é inaceitável!

Desde 2008, que o número de dadores e dádivas vinha a cair. Em 2021, conseguiu-se inverter essa tendência e até aumentámos o número de dadores de primeira vez e o número de dadores dos 18 aos 24 anos, o que nos faz acreditar no futuro com mais otimismo. É o resultado do trabalho dos profissionais de saúde e do movimento associativo apoiado por valerosos dirigentes, todos eles voluntários.
Felizmente o ano de 2022 acompanhou os números de 2021 com menos 900 unidades de sangue, o que corresponde a um dia de colheitas. Comparado com os resultados internacionais, é muito bom. Até há pouco tempo, eram necessárias 1000 dádivas por dia. Atualmente, precisamos de 1100 para garantir a sobrevivência de 1100 doentes.
Lutamos com várias dificuldades e uma delas é o envelhecimento da população. Segundo os censos de 2021, a população diminuiu 2% e a população com mais de 65 anos aumentou 20%. Por coincidência, esta percentagem é, também, o n.º de portugueses que deixaram Portugal. Hoje temos o dobro dos portugueses emigrados em comparação com os anos 60 – somos o oitavo país do mundo com mais emigrantes. E muitos dos emigrantes que recebemos, são escravizados e sem condições humanas para dar sangue, mesmo os legalizados. No entanto, já temos emigrantes dadores e por isso já existe um questionário bilíngue para a triagem.
Outra dificuldade, tem a ver com as doenças emergentes como o covid19. Até as alterações climáticas condicionam a dádiva de sangue, devido às ondas de calor, que motivaram suspensões de colheita por hipotensão, tensão baixa e reações vasovagais. Mas tem sido no inverno, de janeiro a fevereiro com o frio e as infeções respiratórias, que as reservas de sangue baixam consideravelmente, o que obriga a um apelo mais intenso para que os dadores, de forma equilibrada, façam as suas dádivas.
Não pode ser com alarmismos, esse é o caminho errado, pois os componentes sanguíneos têm validade: Os homens só podem dar sangue de três em três meses e as mulheres de quatro em quatro meses. Por isso é que nestas alturas é mais importante que a dádiva seja regulada. Também, não pode ser com palavras de pessimismo e derrotismo; temos de acreditar na grande generosidade dos nossos dadores e no trabalho dedicado dos profissionais de saúde e dos dirigentes associativos que de forma voluntária, se entregam de corpo e alma a esta causa. São 1100 doentes por dia a precisarem dos dadores e inclui doentes oncológicos, onde se conta com muitas crianças dependentes dos componentes sanguíneos.
Para garantir o futuro da dádiva de sangue, é muito importante o trabalho que a FAS Portugal tem tido nas Escolas, mas precisamos de mais e o Ministério da Educação, devia adotar este assunto de forma a garantir a promoção da dádiva de sangue, junto dos jovens estudantes. Felizmente o aperto que costumamos sentir no início dos anos, este ano não é tão preocupante e até temos uma pequena recuperação. Mas não nos podemos distrair, até meados de fevereiro é fundamental que os dadores façam a sua dádiva regularmente.
No entanto, ninguém entende como é que com tanta necessidade e agora, com a possibilidade que no passado não existia, de aproveitarmos melhor o plasma, em especial para o fracionamento, como é que se cancelam colheitas de sangue e porque são recusados dadores, por falta de meios técnicos e de pessoal. Está em curso, um importante concurso para fracionamento de plasma, 60.000 litros que vão dar origem a medicamentos plasmáticos como a Imunoglobulina, Fator VIII e Albumina que apenas vão responder a uma parte das necessidades nacionais, o que nos obriga ainda a importar. Existe uma razão, mas não é aceitável, o IPST, IP, vive com dificuldades de meios e isso, deve-se à falta de investimento e de atenção dos nossos governantes.
Já temos uma importante evolução no Programa Nacional Estratégico para o Plasma, com cerca de dez hospitais certificados para a recolha de plasma para fracionamento, além dos Centros de Sangue do IPST. Mas precisamos de descentralizar os equipamentos de aférese para o plasma e para as plaquetas e para isso, é necessário investimento que vai ter retorno.
É uma questão de opções, mas percebemos que esta, ainda não é uma prioridade e por isso vamos perdendo milhões de euros em importações de qualidade duvidosa e eticamente reprovável. Por isso, também, temos dirigentes de Associações que no início dos anos, têm de adiantar dinheiro do seu bolso para garantirem as colheitas de sangue. E isto é inaceitável!
* Paulo Cardoso - Vice-presidente a Federação das Associações de Dadores de Sangue de Portugal – FAS Portugal
in Programa "Desabafos" / Rádio Portalegre - 27.1.2023

NISA: XXII Rota do Contrabando já tem data marcada - 18 de Março

 

AVIS: Calendário das Caminhadas no Concelho em 2023


As Caminhadas do Concelho de Avis, com o seu Calendário próprio para o ano de 2023, vão poder proporcionar-lhe maravilhosos passeios pela Natureza, seja através da “Galeria ripícola da Ribeira Grande”, na “Barragem do Maranhão”, pelos “Caminhos de S. Saturnino”, numa “Viagem ao tempo das eiras”, ou em muitos outros percursos organizados pelo Município de Avis, com o apoio das Freguesias/Uniões de Freguesias, e inseridos num conjunto de Dias comemorativos, nacionais e internacionais, assinalados aqui neste Programa Anual de Caminhadas. 
Inscreva-se na Divisão de Desenvolvimento Sociocultural e Turismo do Município de Avis, nas Juntas de Freguesia ou através do formulário disponível online.
Caminhadas 2023. À sua espera em todo o Concelho!

ALTER DO CHÃO: Já são conhecidos os Artistas da Feira de S. Marcos

Feira de São Marcos 2023  
📅 de 21 a 25 de abril


VILA VELHA DE RÓDÃO: Inscrições para o Desfile de Carnaval decorrem até 6 de fevereiro

✅ O Município de Vila Velha de Ródão e o CLDS-4G de Vila Velha de Ródão promovem mais uma edição do tradicional Desfile de Carnaval, no domingo, 19 de fevereiro, a partir das 14h30, no Campo de Feiras de Vila Velha de Ródão.
✅  Dedicado ao tema da Biodiversidade, o Desfile de Carnaval pretende incentivar a criatividade, a imaginação e o espírito de associativismo entre a comunidade, numa atividade lúdica e recreativa, que promove a animação e assinala esta data de folia e tradição em harmonia com a Feira do Domingo Gordo que decorre em simultâneo.
✅  As Inscrições das Associações devem ser devolvidas aos Serviços de Ação Social e as inscrições de Grupos Organizados ou individuais devem submetidas através do Formulário Online – https://bit.ly/3wt8Wnb –  , até dia 6 de fevereiro.
👉Para mais informações, consulte: www.cm-vvrodao.pt

PORTO DA ESPADA (Marvão): Almoço Convívio das Comidas d’Azeite

🗓 12 de fevereiro (domingo)
🕐 13h00
👉 Porto da Espada (Recinto da Casa do Povo)
Ementa ⤵️
Entradas:
Prova de Azeite dos produtores do concelho de Marvão
Azeitona Galega temperada com azeite
Queijo fresco com azeite e orégãos
Pratos:
Couves com bacalhau do Lagar
Migas de pão com carne de porco frita em azeite
Sobremesas:
Laranja com mel, azeite e canela
Tiborna do Lagar
Bebidas:
Vinho da região
Café do "pucheiro"
Preço: 22 azeites 
Inscrições até: 08/02/2023
Portus Gladii - 966 445 022
Posto de Turismo de Marvão - 245 909 131
Animação com Grupo Musical “El Brezo”

29.1.23

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 
A hóstia | cartoon editorial da revista de Domingo do @correiodamanhaoficial - Vasco Gargalo

PONTE DE SOR: Quatro detidos em prisão preventiva por furtos e roubos


O Comando Territorial de Portalegre, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Ponte de Sôr, no dia 27 de janeiro deteve, em flagrante, dois homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 21 e os 31 anos de idade, por crimes de furtos e roubos a idosos, no concelho de Ponte de Sôr.
Na sequência de um alerta a dar conta de furtos e roubos nos distritos de Évora e Portalegre, os militares da Guarda dirigiram o patrulhamento por forma a prevenir a ocorrência deste tipo de ilícitos. Logo após a ocorrência de um roubo ocorrido no concelho de Ponte de Sôr, os militares encetaram de imediato diligências de investigação e de recolha de informação que permitiram localizar e deter os suspeitos. Foi possível apurar que os detidos se dirigiam a pessoas idosas, especialmente vulneráveis, a quem diziam ser funcionários de instituições ou entidades públicas e que depois de ganharem a confiança das vítimas, apoderavam-se dos seus bens, essencialmente dinheiro e ouro, recorrendo também à violência.
No decurso da ação policial, foi possível apreender o seguinte:
·         Uma viatura;
·         Quatro telemóveis;
·         Várias bolsas e carteiras;
·         Vários objetos em ouro;
·         Dois relógios;
·         2083 € em numerário;
Os detidos, com antecedentes pela prática de crimes da mesma natureza, foram presentes ontem a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal Judicial de Ponte de Sôr, tendo-lhes sido decretada a medida de coação de prisão preventiva.
A Guarda alerta que, por norma, os burlões são homens e mulheres bem vestidos, bem falantes, com voz calma e afável, com um discurso convincente e cativante que levam as pessoas a fazer aquilo que não querem, apresentando-se como familiares, amigos de familiares ou funcionários de alguma empresa.

OPINIÃO: Revoluções fofinhas

Numa era de polarização e agressividade à solta nas redes sociais, tem vindo a crescer uma vaga que defende ser legítimo o uso da força e a infração de disposições legais quando estão em causa discriminações graves ou um alegado bem maior que justifica eventuais excessos de ação.
O argumento começou por ser usado em relação à discriminação racial, mais recentemente foi aplicado na defesa dos jovens que promovem ocupações em nome da defesa ambiental ou, por estes dias, em relação ao incidente "transfake" e a forma como essa ação humilhou um ator em palco.
São essencialmente dois os argumentos utilizados em defesa de ações mais musculadas. Um é o de que a violência que certas franjas da sociedade sofrem não é comparável com as perturbações que na sua luta possam causar (no incidente do Teatro São Luiz, considera-se até ofensivo que o ator afastado do palco, André Patrício, se sinta violentado, dada a desproporcionalidade entre o que sentiu e a violência vivida diariamente por alguém trans). Um segundo argumento é de que não há revoluções mansas ou fofinhas, sendo por vezes o uso da força necessário para provocar a mudança.
Apesar da complexidade de casos concretos, que dão só por si pano para mangas na reflexão, inquieta-me que se considere legítima a violência em certas lutas. Quais são as causas boas e quem as define? Se entendemos que há fins que justificam pisar leis e valores pelos quais tantos batalharam, precisamente para que houvesse um espaço de liberdade dentro do qual se reivindicassem direitos, quais os riscos para a nossa coesão social e democrática? E qual o papel do outro, quando entendemos que a empatia se aplica a quem sofre, mas não a quem é atropelado durante as ações pela mudança?
Admito que muitas revoluções que nos fundaram civilizacionalmente exigiram violência. Mas não faltam exemplos de intervenção, sobretudo no palco e noutras manifestações culturais, que provocaram agitação e mudança de forma totalmente pacífica. Mexendo em consciências, criando conhecimento, construindo perspetivas novas, abrindo janelas onde havia muros. A lógica divisionista e cheia de fraturas não me parece a melhor para atingir objetivos que deveriam eliminar barreiras em vez de colocar uns contra outros. E não se diga que apoiar uma causa pressupõe aceitar todas as suas formas de luta, porque não há caminhos únicos para atingir o mesmo fim. Questionar o ódio parece-me, aliás, cada vez mais revolucionário.
* Inês Cardoso in Jornal de Notícias - 29.1.2023

ALTER DO CHÃO E ELVAS: Buscas domiciliárias por crime de burla através da aplicação MB Way

O Comando Territorial de Portalegre, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Portalegre, no dia 26 de janeiro, identificou um homem de 43 anos e uma mulher de 29 anos, por crimes de burla através da aplicação MB Way, nos concelhos de Alter do Chão e Elvas.
No âmbito de uma investigação por burla informática, acesso ilegítimo e falsidade informática, com recurso à aplicação MBWay, os militares da Guarda apuraram a localização e identificação dos suspeitos da prática dos crimes. No decorrer das diligências policiais, foi dado cumprimento a dois mandados de busca domiciliária e uma busca não domiciliária em viatura, tendo sido possível apreender o seguinte material:
Uma caçadeira;
139 cartuchos;
Quatro telemóveis;
Quatro suportes de cartões SIM.
Foi ainda apreendida diversa documentação bancária e faturas, suspeitas de estarem relacionados com os crimes em investigação.
A operação policial contou com o reforço do Destacamento de Intervenção (DI) e Secção de Informações e Investigação Criminal (SIIC) do Comando Territorial de Portalegre, Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Elvas e do Grupo de Intervenção e Ordem Pública da Unidade de Intervenção (GIOP), bem como o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Atenta às inúmeras situações de burla, a Guarda Nacional Republicana reforça os seus conselhos aos cidadãos, numa situação de compra e venda, a estar particularmente atentos às opções que vão adotar, nomeadamente:
Não aceite métodos de pagamento que desconhece nem siga instruções de estranhos.
Informe-se primeiro sobre qualquer serviço novo de pagamento junto do seu banco;
Nunca adicione/associe um número de telemóvel que não seja o seu ou que desconhece a serviços bancários;
Não forneça dados confidenciais ou pessoais via correio eletrónico ou SMS;
Não siga ligações recebidas via correio eletrónico ou SMS;
Verifique o extrato da sua conta bancária com regularidade.

28.1.23

Opinião: O singelo altar

Segundo a Constituição da República, Portugal é um país laico. Logo à partida, é ilegal pagar seja o que for por motivos religiosos. O argumento de que é um país maioritariamente católico – e eu sou católica – para mim não colhe: o Estado é laico, há milhões de agnósticos e de ateus, bem como outras minorias ou crenças religiosas que merecem todo o nosso respeito. Todos eles contribuintes. E se o Estado gasta uma quantia com uma Igreja, por uma questão de igualdade e equidade, também deverá gastar com as outras, e em igual medida.
A Jornada Mundial da Juventude de Madrid 2011, aconteceu sem dinheiro dos contribuintes. Custou 50 milhões, 70 por cento dos quais suportado pelos peregrinos e os restantes 30 por cento foram doações feitas por empresas, a maior parte dos patrocinadores integrava a fundação Madrid Vivo. Isto porque os espanhóis levam a sério o cumprimento estrito da Constituição e da Lei, daí não utilizarem o dinheiro dos contribuintes para esses efeitos. E não é, seguramente, por esse país ser mais pobre do que o nosso.
Lisboa é a cidade escolhida para a Jornada Mundial da Juventude 2023, que irá decorrer de 1 a 6 de agosto. Tinha sido apresentada candidatura e sabia-se – desde 2019 – que era a cidade escolhida para esse evento religioso. Contudo, esperou-se, até agora, para avançar com as infraestruturas. Estaria o ajuste directo no horizonte? Ou foi simplesmente o hábito português de deixar para mais tarde o planeamento? Ou talvez uma conjugação das duas.  Para já não falar das derrapagens orçamentais que se prevêem e conforme é habitual no gasto público. Por outro lado, existiam no país infraestruturas eficientes e capazes para que o evento se realizasse sem gastar muitos tostões – o Santuário de Fátima ou Aeroporto de Beja.
O que é certo é que a notícia caiu como uma bomba, num país empobrecido fala-se num “investimento” no Parque Tejo de 35 milhões de euros, incluindo o famoso altar-palco onde o Papa Francisco irá celebrar a missa e que ficará pela módica quantia de 6 milhões. A leviandade com que se fala nestes valores, ao mesmo tempo que se nota o desinvestimento em tantos outros sectores, é pornográfica.
Num país que recebe, há dezenas de anos, dinheiro da União Europeia e continua no carro vassoura, enquanto aqueles que recebem, há meia dúzia de anos, já estão a léguas à nossa frente. Em que os problemas se agravaram (como habitação e sem abrigo) e comunica-se a construção de um palco assim, sem se saber se havia melhor opção. Mas quanto maior a transacção maior a comissão.
Eu sei o retorno que estes eventos geram, mas, em boa verdade, não é palpável para a maioria dos portugueses. De que modo é que outros eventos foram efetivamente rentáveis? O Europeu de Futebol gerou elefantes brancos por esse país fora e que tiveram um custo de milhares de milhões. Dinheiro gasto em fantasias provincianas em que empresários e políticos encheram os bolsos. O único que ficou mais pobre foi o contribuinte. E ainda sobre o “muito lucro”, a maior parte da rapaziada que participa, vem de mochila às costas, não terá capacidade financeira para gerar os dividendos que nos querem convencer.
A exibição verificada com a Jornada Mundial da Juventude não se enquadra nos princípios da Santa Igreja. A ostentação desmedida, o esquecer completamente que o dinheiro despendido permitia matar a fome e apoiar pessoas em dificuldades, bem como o fausto que quem está a organizar o evento preconiza não fazem parte da cartilha da doutrina cristã. Assim sendo, descartam de uma só penada todos os princípios que dizem professar. O singelo altar que Elias do Velho Testamento reconstruiu, agradou, certamente, mais ao Senhor Deus.
* Marília Alves in penacovactual.sapo.pt - 27.1.2023

27.1.23

MARVÃO: Livro de actas do II Fórum Marvão disponível para consulta online

 
📍 Já está disponível para consulta, no website do Município de Marvão, o livro de atas digital do II Fórum Marvão, realizado em novembro passado, com um programa subordinado ao tema “Olhar o Futuro sobre os Ativos do Território”. 
👉 Para consultar aqui:
https://www.cm-marvao.pt/.../2023/01/ATAS-forum_20_anos.pdf


SARDOAL: Concerto de Jovens Talentos

Concerto de Jovens Talentos do VIII Coimbra World Piano Meeting 
1 de fevereiro às 21h30m
Entrada gratuita, sujeita ao levantamento de bilhete
Uma iniciativa no âmbito do Protocolo entre o Município de Sardoal e a Academia Internacional de Música "Aquiles Delle Vigne"

ALTER DO CHÃO: Prova de Vinhos e Licores

📌 04 de fevereiro no Mercado Municipal de Alter do Chão.
Prova de vinhos  - 11H30
Almoço convívio - 13H00 
Prova de licores  - 14H30
Inscrição, entrega de 5 litros de vinho e/ou 0.75 l de licor, devidamente identificado (nome e contacto do produtor) até dia 31 de janeiro, no Posto de Turismo de Alter do Chão ou Juntas de Freguesia.


ELVAS: Vem aí o XXV Carnaval Internacional de Elvas

Mais de um milhar de participantes vão animar este ano o XXV Carnaval Internacional de Elvas, que decorre de 16 a 21 de fevereiro, em Elvas, numa iniciativa que espera ainda milhares de visitantes por estes dias.
No regresso após dois anos de pandemia, o programa vai contar com pequenos ajustes, com a realização dos já habituais três corsos, dias 18, 19 e 21, que serão animados por sete grupos em representação de associações e freguesias do concelho, bem como no sábado grupos de comparsas espanholas e na terça-feira de carnaval comparsas de Olivença, a que se juntam grupos de mascarados, totalizando mais de milhar e meio de foliões.
Na sexta-feira, 17 de fevereiro, a grande novidade com a realização da gala coreográfica, no Coliseu Comendador Rondão Almeida, onde cada um dos grupos participantes tem cerca de dez minutos para mostrar as coreografias trabalhadas ao longo de meses, a que se seguirá o Baile com a Orquestra d’ Balho e Dj Sam pela madrugada fora.
O programa contempla ainda o desfile escolar, das crianças do 1º Ciclo do concelho, a 17 de fevereiro (sexta-feira), a partir das 10 horas, com o percurso habitual, e onde mais de um milhar de crianças irá apresentar vários temas.
No dia anterior, 16 de fevereiro, celebra-se o “Dia das Comadres e dos Compadres”, a partir das 10.30 horas, com partida da Avenida da Piedade e chegada à Praça da República, numa iniciativa que reúne a participação de alunos da Universidade Sénior de Elvas, da Associação Juvenil ARKUS e de alunos da Escola Secundária D. Sancho II.

SAÚDE: Quatro dezenas de dadores de sangue em Castelo de Vide

 

Uma participada brigada encheu-nos de júbilo. Foi em Castelo de Vide numa iniciativa da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre (ADBSP) e da Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSNA.
Rumaram ao centro de saúde local quatro dezenas de voluntários, entre eles 18 mulheres (45 %).
Uma vez avaliados os presentes, três não puderam contribuir como desejavam. Como tal, foram 37 as encorajadoras unidades de sangue total angariadas na vila castelovidense. 
Pela primeira vez na vida, doaram sangue seis pessoas, o que é também de se sublinhar. Um dos presentes inscreveu-se no Registo Português de Dadores de Medula Óssea.
O almoço convívio foi participado e contou com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide.


Alpalhão a 25 de fevereiro
As brigadas da ADBSP decorrem em manhãs de sábado. A 25 de Fevereiro, vamos estar no Centro Cultural de Alpalhão (Nisa). 
Esperamos por si também em: https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/
JR

26.1.23

PORTALEGRE: Carminho - Uma voz de eleição no CAEP

28 JAN. SÁB. 21.30H
Carminho
Fado | GA | 15€ | M/6 anos
Com um percurso ímpar, que percorre todos os continentes, construindo uma massa de público fiel à sua identidade artística, Carminho prepara-se para um novo capitulo com o seu próximo álbum.
A ambição do novo trabalho de Carminho pretende colocar definitivamente um marco profundo como criadora, compositora, autora, intérprete, agregadora cultural e inspiração máxima de um Portugal contemporâneo.
Aquele que será o 5º trabalho de inéditos de Carminho teve o seu arranque marcado numa residência artística em Lisboa, nos estúdios Namouche. Após o sucesso de “Maria”, editado em 2018, com uma digressão mundial, sucedeu-se igualmente a marcante e exclusiva colaboração com Caetano Veloso no disco “Meu Coco”, no tema “Você Você”, em que a presença de Carminho se demarcou por ser a única convidada do álbum.

SOUSEL: Exposição de Eduardo Bilé

 
A partir de amanhã, visite "BRAÇOS ABERTOS"
Exposição individual de Eduardo Bilé 
📆 de 26 de janeiro a 26 de março de 2023
📍 Sala de Exposições Temporárias do Museu dos Cristos - SOUSEL

CABEÇO DE VIDE: Festa da Senhora das Candeias

Cabeço de Vide prepara-se para receber a Festa Religiosa em Honra de Nossa Senhora das Candeias. 
Este ano integra ainda a reabertura do salão do Albergue da Santa Casa da Misericórdia, completamente reabilitado e renovado, bem como a condecoração com medalha de Ouro do Almirante António Maria Mendes Calado. 
Programa completo de 02 a 05 de Fevereiro de 2023.

ALMADA: D. Pedro e Inês de Castro regressam ao TMJB em "Reinar depois de morrer"

Uma co-produção da CTA com a Compañia de Teatro Clásico de Madrid
Reinar depois de morrer, de Luis Vélez de Guevara, com encenação de Ignacio García, regressa ao Teatro Municipal Joaquim Benite de 20 de Janeiro a 12 de Fevereiro. Uma co-produção da Companhia de Teatro de Almada e da Compañia de Teatro Clásico, de Madrid. O mito ibérico de D. Pedro e Inês de Castro vai estar em cena de quinta a sábado, às 21h, e quartas e domingos, às 16h.
Reinar depois de morrer, da autoria de Luis Vélez de Guevara e escrita em 1635, é uma peça do siglo de oro espanhol com temática portuguesa — o mito de D. Pedro e Inês de Castro. Na sua abordagem a esta tragédia ibérica o autor inspirou-se e combinou ambas as línguas e sensibilidades — a saudade portuguesa e a crueza castelhana —, criando um milagre teatral com uma força imensa, que culmina na cena necrófaga e aterradora do cadáver reinante, metáfora barroca e símbolo de uma justiça tardia e estéril. A Companhia de Teatro de Almada repõe, com um novo elenco, uma criação estreada em 2019 que resultou de uma co-produção com a Compañia Nacional de Teatro Clásico. Reinar depois de morrer integrou a Mostra Espanha desse ano e subiu à cena no ano seguinte, em Madrid, com um elenco espanhol. Às récitas em Almada e no Porto, no Teatro Nacional São João, assistiram mais de 5.000 espectadores. Este espectáculo valeu a José Manuel Castanheira o Prémio Autores para Melhor Cenografia, e a Ignacio García o Prémio de Melhor Encenação, atribuído pela Associação de Encenadores de Espanha.
O encenador Ignacio García é programador do Festival Dramafest (dedicado à dramaturgia contemporânea, que decorre na Cidade do México) e director do Festival Internacional de Teatro Clássico de Almagro. Grande divulgador do reportório do siglo de oro, divide-se entre os textos clássicos e os contemporâneos. Para a Companhia de Teatro de Almada encenou também, em 2017, História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, e Nem come nem deixa comer, uma versão de O cão do hortelão, de Lope de Vega.
odos os sábados, às 18h, no foyer do TMJB, durante a carreira de Reinar depois de Morrer, haverá as habituais Conversas com o Público, desta vez moderadas por José Mário Silva.
Ficha artística e técnica
Texto de Luis Vélez de Guevara
Encenação de Ignacio García
Tradução Nuno Júdice
Adaptação José Gabriel Antuñano
Cenografia José Manuel Castanheira
Figurinos Ana Paula Rocha
Desenho de luz Guilherme Frazão
Voz e elocução Luís Madureira
Interpretação Ana Cris, David Pereira Bastos, Erica Rodrigues, João Cabral, João Farraia, Leonor Alecrim, Maria Frade e Pedro Walter
Companhia de Teatro de Almada e Compañia Nacional de Teatro Clásico
Informações
Datas: 20 de janeiro a 12 de fevereiro de 2023
Local: Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada
Horário: Quinta a sábado, às 21h, quartas e domingos, às 16h.
Bilhetes: 6,50€ - 13€ (Clube de Amigos: entrada livre)


ALTER DO CHÃO: Áurea na apresentação da Feira de S. Marcos

Feira de São Marcos 2023 - Apresentação oficial 
📅 Dia 28 janeiro, sábado, pelas 15h00
📌Cine-Teatro Municipal de Alter do Chão 
Com a presença da Artista Aurea

AVIS: Abertura do 3º Ciclo de Colóquios no Convento

O 3.º ciclo de Colóquios no Convento vai abrir, no próximo dia 28 de janeiro, pelas 16h30, no Auditório do Centro Interpretativo da Ordem de Avis, com a comunicação “A História de… Relatos e Registos do Património Roubado pelas Tropas de Napoleão”, proferida por Marta Alexandre, Técnica responsável pelo Centro Interpretativo da Ordem de Avis (CIOA). 
Esta iniciativa cultural, realizada no âmbito das comemorações do Bicentenário da Morte de Napoleão Bonaparte e integrada no programa alusivo às Invasões Napoleónicas – Rede de Itinerários Napoleónicos, assentará numa abordagem que dará destaque ao património-militar, material e imaterial, associado às invasões napoleónicas em Portugal, através da qual a oradora irá dar nota dos impactos da presença das tropas de Napoleão nas terras da Ordem de Avis, no período da «Guerra Peninsular», partindo da documentação existente no Arquivo Histórico Municipal, entre outros.
Esperamos por si!

ESPERANÇA (Arronches): Festa do Porco

Dia 28 de janeiro (sábado), pelas 09H30, na antiga Escola Primária de Hortas de Cima, em Esperança.
Organização: Romeiros de Esperança

25.1.23

VIDAS: O Ti Dionísio Calhabré, figura popular de Nisa

Dionísio da Piedade Cebola (3.Ago.1883 - 28.Jan.1966)
Durante a primeira metade do século XX, Dionísio da Piedade Cebola foi uma das figuras mais populares, senão mesmo carismática, da vila de Nisa.
Casado com Emília da Cruz Bicho, de quem teve dois filhos, José Dinis e João Augusto, muito cedo enviuvou; voltou a casar com Maria José Zacarias.
De forte compleição física, de gesto aberto aos cumprimentos, altruísta por natureza, foi uma pessoa virada para a amizade e para a alegria.
A Troupe Jazz “ Os Fixes “ foi a bandeira comunicativa do seu perfil psicológico, com a sua inseparável viola – banjo.
Pertencente à confraria de Dionysos, grego, ou de Baco, romano, tanto fazia; se bem gostava do branco, melhor bebia do tinto.
Vizinho da Igreja Matriz, foi seu sacristão. Lembrava-se de usar uma opa encarnada e, na Quaresma, uma roxa, de ajudar à missa em latim com seus tempos de genuflexões e de mudar o missal do lado da Epístola para o lado do Evangelho. Possuía uma especial acuidade auditiva e distinguia o significado do toque dos sinos: matinas, missa, casamento, baptizado, anjinho, enterro, sinal de ano e trindades. Os quatro sinos tinham nome; lembro o Castelhano e a Campainha, virados a nascente. À Elevação, tinha que haver sincronismo entre o tinir da campainha, no altar, e o toque dos sinos, na torre. Nos dias em que sobressaía o som da Campainha, era sinal de anjinho. Logo apareciam expostos os caixotes de palmitos a cinco tostões ou, só a rosinha branca, a dois tostões, à porta das lojas dos senhores João Mendes e João Rosa, no Largo da Porta da Vila, nº 15 e 18, respectivamente.
Meu avô tinha a sua oficina de sapateiro na casa onde vivia, na Rua Direita, nº 12. Na loja trabalhavam oficiais, pagos à semana, e aprendizes que recebiam gorjeta pela entrega do calçado ao domicílio ou em dia festivo. O estatuto de oficial só se atingia com cinco anos de aprendiz. A disposição dos lugares na loja obedecia a certas regras. Havia hierarquia. À roda de pequenas mesas, sentava-se o mestre frente aos oficiais e de permeio os aprendizes. O mestre tinha o privilégio do melhor lugar, junto à janela, com o fim de não escapar algum bom-dia ou boa-tarde, a transeunte da Rua Direita.
Nesse tempo, esta zona urbana era a mais frequentada de Nisa, quer pelas inúmeras oficinas de sapateiro e de carpinteiro, tabernas e demais lojas, quer sobretudo pela afluência de pessoas aos serviços, tais como, a Câmara e as Finanças e suas Tesourarias, as sessões no Tribunal, a Igreja e o Hospital da Misericórdia, o Asilo de Nossa Senhora da Graça e ainda a Fonte da Praça, onde se bebia a cristalina água da Galiana ou se enchiam os cântaros pedrados, por vezes, com formação de bicha à sombra do frondoso plátano.
Das conversas com meu avô resultava, com frequência, o freguês ou o amigo serem convidados a visitar o seu mundo de coelhos, de pombos e de rolas.
Começava-se pela coelheira.
Acabara de apalpar a barriga da coelha preta e contara cinco coelhinhos. Era altura de arranjar uma loura de um caixote de barras de sabão, porque a gestação do mês estava no fim, e tinha de ir apanhar um punhado de leitugas ao Chão da Fonte da Aluada.
Seguia-se o pombal.
A pomba põe o primeiro ovo das quatro para as cinco da tarde e dois dias depois, passado o meio-dia, põe o segundo. A incubação dura cerca de dezoito dias. Cada postura pode gerar dois machos ou duas fêmeas. É casal quando os pelachos estão posicionados, no ninho, em sentidos opostos.
No pombal, o “ Fabri “ era a vedeta; este pombo chegou a ser largado de Coimbra, com escritos numa mortalha de cigarro, enrolada à anilha da Columbófila de Nisa de que meu avô era sócio fundador.
O pombal tinha o “ esqueleto “ que era uma gaiola montada no telhado para evitar a entrada de gatos e para apanhar pombos da vizinhança, ao chamariz de grãos de milho lançados a jeito. O que nunca tinha conseguido apanhar, dizia, tinham sido pombos-cambalhotas que passavam o dia inteirinho no cimo da torre (a que não tem sinos). Esta raça de pombos era única em Nisa e pertencia ao sr. Júlio Frade, morador paredes-meias com a Torre do Relógio.
Subia-se à varanda.
Neste patamar da visita, havia três gaiolas de casais de rolas penduradas na parede e uma gaiola grande, ao canto, onde coabitavam rolas mansas e bravas, pombos bravos com asas derreadas, vindos das caças de espera do Mato da Póvoa e do Azinhal, e um coelhinho bravo, apanhado à mão nuns juncos à Fonte da Cruz.
Como epílogo, por debaixo da latada, uns papa-ratos ainda quentinhos serviam de lastro a uns copinhos de vinho branco do sr. Sambado que tinha a adega na casa frente à Igreja Matriz.
O gosto de meu avô pelos animais já vinha de longa data.
Há cerca de cem anos, ainda havia um chabouco a poente do edifício da escola primária. Contava meu avô que tinha uns patos que ali passavam muito tempo e que iam e vinham para a sua capoeira.
Então comparava o que cinquenta anos depois acontecia com um rolo que tinha criado, resultante do cruzamento de um rolo bravo com uma rola dita da Índia (a fêmea brava não procria em cativeiro) e que ia às areinhas ao Jardim Municipal, sob a vigia do Ti Luís (Jardineiro). Este rolo chegava a ser largado do recinto de Nossa Senhora da Graça. O pobre do rolo acabou nas garras de um gato, ao entrar na gaiola da varanda.
Durante anos, as freguesias tinham um regedor cujas atribuições do cargo eram, por vezes, postas à prova. Contava meu avô, regedor da freguesia de Nossa Senhora da Graça que, um dia, em final de romaria de Nossa Senhora dos Prazeres, dois festeiros envolveram-se em grande sessão de pancadaria. O regedor da freguesia do Espírito Santo deu voz de prisão a um deles, mas constou logo que o dito preso pertencia à freguesia de Nossa Senhora da Graça. Foi o suficiente para meu avô intervir e dar ordem de soltura ao aprisionado. Restou-me saber se, no final da discussão, não teriam ido os quatro beber um copo na barraca mais próxima.
Em casa de meu avô, às segundas-feiras, aguardava-se a chegada do correio com os “Brados do Alentejo “, jornal estremocense que veiculava notícias do seu amigo Dr. António Garção, médico municipal, residente no Cano (Sousel).
Certo ano, o Jazz firmara contrato em ir abrilhantar os bailes de Carnaval ao Cano. O problema com os transportes era difícil de resolver por ser Domingo Gordo. Então, meu avô manda avançar o grupo para a paragem das camionetas e, num ápice, antes das nove horas, sai Rua Direita abaixo, bebe um copo de cinco no Henriques Esteves e, direito ao Dafundo, no Adelino Rascão, ainda o espera outro copo, agora acompanhado de uma sandes de atum (especialidade da casa). Já acelerado na Estrada das Amoreiras, passa à Curva da Morte e caminha até ao Alto de Palhais (a 2,5km) onde aguarda a carreira. Pouco espera. Chega a típica camioneta de cores encarnada e branca e, ao sinal de meu avô, pára. Ao entrar, logo abraça o Laurentino, o cobrador, a quem promete um copo em Fronteira (paragem para o almoço) e toca a ocupar um banco de dois lugares com a viola e outro com o estojo. A lotação estava assegurada. Chegados a Nisa, era uma chusma de gente para embarcar. O Jazz seguiu viagem e várias pessoas ficaram em terra.
A paragem das camionetas da Empresa Martins, concessionária das ligações Castelo Branco – Évora, situava-se em frente da actual Estação dos C.T.T., com horários às dez e duas e meia.
Frente a um programa de festas, meu avô comentava:
Às 8 horas – Alvorada pela Banda Municipal de Nisa (“É prá gente”)
Às 10 horas - Sessão de boas-vindas nos Paços do Concelho (“É p´ra eles”)
Às 11 horas – Missa solene na Igreja Matriz (“ É p´ra elas”)
Às 13 horas – Almoço (“É p´ra eles)
Às 16 horas – Procissão com o andor de Nossa Senhora da Graça (“ É p´ra gente”)
Que genuíno humor!!!
Arthur Odorico da Costa Raposo, chefe da Tipografia Borges Henrique que funcionou no local onde hoje é a garagem do prédio nº 9 da Praça da República, editou um opúsculo, em 1 de Dezembro de 1951 – Os Casamentos em Nisa – do qual transcrevo:Entre as pessoas presentes, há sempre alguém que se salienta mais, e, nesses casos está um sapateiro por ofício, músico nas horas vagas, excelente pessoa, estimadíssimo por todos, o qual atrai sobre si as vistas dos outros convivas, já pela sua apresentação alegre e folgasã, já pelas graças ditas a tempo e a propósito, já e ainda, pela sua movimentada actividade – transportando peças de carne, mexendo uma ou outra caçoula, onde a comida ferve, quer atiçando o lume, desta ou daquela fornalha, dando palmadinhas amigáveis aos presentes, saudando ruidosamente os amigos que chegam; numa palavra: é o grande – direi mesmo – o indispensável e exímio fomentador do riso, da alegria, em festas desta natureza, é ele, incontestavelmente, só por si, meia festa!” (pág. 23)

É ele, meu avô, Dionísio da Piedade Cebola.
Dionísio Cebola in "Jornal de Nisa" nº 246 - 2 Janeiro 2008

24.1.23

SAÚDE: Em Avis doaram sangue 27

 

Neste ano de 2023, depois de Nisa, foi a vez de Avis ser palco de uma brigada da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre (ADBSP). O local onde decorreu a dádiva, que envolveu a Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSNA, foi o Quartel dos Bombeiros.Para o local da colheita encaminharam-se 27 pessoas, sendo 12 do sexo feminino (44,4 %).
Em Avis, as unidades de sangue total recolhidas somaram imprescindíveis 24.
Assim ditaram os exames realizados aos presentes.
Estrearam-se a doar sangue dois voluntários. Já o Registo Português de Dadores de Medula Óssea passou a ter mais um inscrito.
A Câmara Municipal de Avis apoiou a realização do almoço convívio, servido ao início da tarde.

Alpalhão
Em Alpalhão (Nisa), nas instalações do Centro Cultural, vamos estar em nova colheita a 25 de Fevereiro. Sempre em manhãs de sábados.
E que tal viajar em:
https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/