31.7.23

OS VERDES alertam: Não há conservação da natureza sem investimento

 
Os Verdes alertam para a contínua perda de biodiversidade e para a degradação das áreas protegidas, e denunciam o crónico sub-financiamento e consequente escassez de recursos humanos nesta área.
A posição dos ecologistas foi divulgada esta sexta-feira, dia em que se assinalou o Dia Nacional da Conservação da Natureza. Numa nota à imprensa, o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) salienta que a protecção e a preservação da flora, da fauna, dos valores geológicos e dos ecossistemas, sejam eles naturais, semi-naturais ou humanizados, «são fundamentais no presente, pois prestam serviços ambientais imprescindíveis às sociedades, com reflexos no bem-estar das populações, na defesa do território e na economia».
Estes valores naturais, acrescenta, «são determinantes em questões vitais como o controlo, mitigação e combate às alterações climáticas, a regulação do ciclo da água e da qualidade do ar, a protecção dos solos, a influência em relação à prevenção e ao combate aos fogos florestais», constituindo «parte essencial da dinâmica e economia local e do património identitário dos territórios».
Regista, no entanto, a contínua perda de biodiversidade e degradação das áreas protegidas e dos habitats nelas contidos que se vem verificando ao longo dos últimos anos. Por outro lado, critica, «os programas de Conservação da Natureza que vão sendo feitos, alguns de forma avulsa e por vezes envoltos em grande mediatismo, são desligados de uma estratégia nacional enquanto um todo», da mesma forma que tem faltado uma «monitorização regular e abrangente do estado dos habitats e das espécies»
Para Os Verdes é fundamental que se promovam «projectos prioritários em matéria de Conservação da Natureza e Biodiversidade, e se reforce o orçamento afecto à Conservação da Natureza», visto que, denunciam, «temos assistido a um crónico sub-financiamento e à escassez de recursos humanos nesta área».
Os ecologistas reclamam medidas como a promoção de políticas sectoriais com vista ao restauro ecológico, e que, pelo contrário, se travem os projectos «destrutivos dos recursos naturais», fundamentais à vida. Garantir a salubridade dos recursos hídricos, travar a expansão da monocultura de eucalipto e implementar um plano coordenado e o reforço de meios humanos e técnicos para dar «continuidade a projectos de recuperação de espécies em perigo, ao invés de planos avulsos e descontinuados», são outras das propostas do PEV. 
Tendo em conta as situações de recorrentes de seca extrema e severa que assolam o país, matérias sobre as quais o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem parecer técnico, «quando em causa está a viabilização de megaprojectos nos domínios da energia, da mineração e implementação» de infra-estruturas industriais, para Os Verdes é «incompreensível a aposta nestes megaprojetos». Assim como em modelos intensivos e superintensivos de produção, «quando são colocados em causa todos, e cada um dos objectivos de conservação sob a alçada do Ministério do Ambiente».
AbrilAbril - 29.7.2023
FOTO: Nuno Veiga / Agência Lusa

30.7.23

NISA: Poetas da nossa terra - As Sortes

Síntese
Em 1971, chegou o meu dia de “sortes”: uma inspecção médica para decidir a incorporação nas forças armadas e, posterior, mobilização para a Guerra Colonial. Apesar de todos os receios, era um dia de festa. Todos os rapazes, que completavam 20 anos nesse ano, percorriam as ruas da aldeia, abraçados e a cantar ao som duma concertina. Para manter os ânimos íamos bebendo copinhos de vinho, em cada taberna: era uma tradição que se perdia nos confins do tempo. Inspirado por: TRIO MUSICAL VICTOR COSTA – Cantar na Adega.
CENAS DA ALDEIA – O DIA DAS SORTES
Música : Cantar na Adega – Trio Musical Vitor Costa

1- Rua acima, rua abaixo,
Pega o copo e bota-abaixo,
Para molhar a garganta.
Rua abaixo, rua acima,
É o vinho que nos anima,
Que com água ninguém canta!

2- Aqui, ninguém desafina,
Ao toque da concertina,
Ao bater das castanholas.
E, quem não tem pandeireta,
Com os ferrinhos se ajeita
Ou na dança se consola.

3- Chegámos a cambalear,
Abraçados e a cantar,
À tasca da tchá Zabumba.
O “vento” estava forte;
Alguém que perdeu o norte
Caiu no chão, catrapumba!

4- Manjericos na lapela
E as moças à janela,
Para nos verem passar.
Os olhares e sorrisos
Faziam sinais precisos
Pedindo pra namorar.

5- Vamos cantar e bailar,
Enquanto o dia durar,
Mesmo que a voz nos doa.
As pernas já nos fraquejam;
Nossos corações arquejam,
Mas a alegria ressoa.
2
6- Somos a malta das sortes
Esperando passaportes
Para a guerra fraticida.
Não era nossa vontade
Servir a tanta maldade,
Mas não nos resta saída.

7- Pra manter a tradição
E ganhar animação,
Vamos bebendo uns copinhos.
Celebramos a amizade:
Viva a nossa irmandade,
À espera doutros caminhos!

(João R. – Junho/2023)


OPINIÃO: Touradas abençoadas na Jornada da Juventude

Assinalar a Jornada Mundial da Juventude com uma tourada não parece que se enquadre no programa da visita do Papa Francisco a Portugal. Tanto mais que a sustentabilidade é um dos temas prioritários da JMJ, que, refira-se, promove as boas práticas ambientais da “casa de todos nós”, como o líder mundial da Igreja Católica se refere ao planeta Terra.
Mas o município alentejano de Vila Viçosa optou por brindar os peregrinos com um espetáculo cruel, de tortura e de agonia. Na próxima terça-feira, a autarquia e a Associação Bencatelense vão realizar uma pequena demonstração tauromáquica. A câmara alega que a iniciativa resulta de um desafio lançado por um grupo de 700 franceses que estão na Vila Viçosa a propósito da Jornada. “Para estes jovens, que têm um contacto totalmente diferente com a tauromaquia no seu país, é importante vivenciar várias experiências durante a sua estadia em Portugal”, explica o município nas redes sociais.
Além de contrariar os objetivos deste encontro mundial, esta iniciativa deprimente contraria a encíclica “Laudatop si’”, preparada pelo Vaticano em conjunto com o Instituto Ambiental de Estocolmo. No documento pontifício, o Papa é claro: “É contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor indiscriminadamente das suas vidas [...] Até a vida efémera do ser mais insignificante é objeto do seu amor e, naqueles poucos segundos de existência”.
É verdade que naquela vila alentejana padre e andor já desfilaram numa praça antes de uma tourada e, portanto, saudar jovens peregrinos com um espetáculo tauromáquico segue a linha do desrespeito pela vida animal.  
O Papa tem feito da defesa do meio ambiente um marco do seu pontificado. Em Portugal, vão realizar-se pelo menos cinco touradas durante o período da Jornada Mundial da Juventude. Sem clemência.
* Manuel Molinos - Jornal de Notícias -28 julho 2023


29.7.23

MARVÃO: Portagem recebe recriação histórica a 3 de agosto

 
XVIII Festival Transfronteiriço Boda Régia
O XVIII Festival Transfronteiriço “Boda Régia”, organizado pelo Ayuntamiento de Valencia de Alcántara, com a colaboração do Município de Marvão, realiza-se de 3 a 6 de agosto. No primeiro dia (quinta-feira), as atividades estão agendadas para a Portagem (junto à Ponte Quinhentista), onde se pode assistir, a partir das 21h30, à recriação histórica da chegada do Rei D. Manuel.
Depois de um espetáculo teatral, com comédia e dança, Ricardo Gordo e Samuel Lupi sobem ao palco para apresentar "A Guitarra Portuguesa", num concerto com o seu cunho pessoal, onde a simbiose entre o clássico e o moderno se fará sentir nas interpretações de grandes temas da música instrumental portuguesa e do próprio Ricardo Gordo.
Este evento transfronteiriço, declarado como “festa de interesse turístico regional”, em 2016, conta com um programa repleto de atividades culturais que incluem um mercado típico da época, artesãos a trabalhar ao vivo, desfiles, jogos para crianças e espetáculos musicais.
Na sexta-feira (dia 4), a partir das 20h00, realiza-se o desfile das comitivas reais por Valencia de Alcántara, onde o Rei D. Manuel vai ser acompanhado por duas dezenas de convidados marvanenses.
A recriação histórica e a representação teatral do enlace que uniu o Rei de Portugal, D. Manuel I, "O Afortunado", com a Infanta Isabel de Castela e Aragão, filha primogénita dos Reis Católicos, em 1497, é o ponto alto das comemorações e decorre nos dias 5 e 6, às 22h00, na Igreja de Rocamador, em Valencia de Alcántara.
“De amor, justiça e conveniência” é o nome do novo texto escrito por Javier Uriarte para a obra teatral da 18ª edição do Festival Boda Régia, que terá a maior participação de sempre, ao nível de atores e figurantes.

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 
CRÍTICA AOS CUSTOS DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
“Habemus Pasta”. Bordalo II invade altar-palco da Jornada Mundial da Juventude e desenrola tapete com notas de 500 euros
Artista criou tapete ilustrado com notas de 500 euros, entrou no altar-palco do Parque Tejo e desenrolou-o na escadaria. No Instagram, critica os custos da “tour da multinacional italiana”.
O artista plástico português Bordalo II invadiu o palco principal da Jornada Mundial da Juventude, no Parque Tejo, em Lisboa, e desenrolou um tapete ilustrado com notas de 500 euros na escadaria. "Walk of Shame" (inglês para "Caminhada da Vergonha"), assim se chama a intervenção clandestina, foi apresentada ao início da noite na conta oficial do artista no Instagram, a poucos dias do evento religioso que vai decorrer em Lisboa, entre os dias 1 e 6 de Agosto.
* Marta Leite Ferreira - 27 de Julho de 2023


28.7.23

VILA VIÇOSA: Exposição de escultura “MARMOR”

 
No passado dia 21 de julho, foi inaugurada a exposição coletiva de escultura "MARMOR".
Esta exposição temporária, composta de esculturas de mármore, da autoria dos artistas Susana Piteira, Filipe Mirante e Jorge Freire, ficará patente nos espaços interior e exterior das nossas instalações.
Na inauguração estiveram presentes – para além dos escultores, que apresentaram as obras expostas – os elementos da Direção da Associação CECHAP, a Diretora Artística da Galeria Aqui d'El Arte - Ana Cravo, o Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Vila Viçosa - Tiago Salgueiro, o Presidente da Câmara Municipal de Borba - António Anselmo, entre outros convidados e público em geral.

A exposição "MARMOR" está patente até dia 30 de setembro, nas instalações do CECHAP, com entrada gratuita. Os horários das visitas são: 09h00-13h00 e 14h00-18h00, de segunda a sexta-feira; aos fins de semana, apenas por marcação prévia.
Esta iniciativa encerra um significado cultural e artístico, através da valorização histórica das artes, em Vila Viçosa. Neste âmbito, queremos aproveitar este acontecimento cultural para retomar uma tradição que remonta a 1999, ano em que se iniciou nesta vila a realização de exposições, simpósios, congressos e encontros de artistas dedicados à escultura do mármore.
Não perca a oportunidade de visitar esta exposição!


26.7.23

OPINIÃO: Este Vox não Chega?

De entre as muitas conclusões que podemos tirar dos resultados eleitorais em Espanha - para além do falhanço generalizado das previsões das sondagens -, importa refletir sobre o impacto do descalabro do Vox na estratégia de afirmação da extrema-direita na Europa. O fantasma, afinal, não assomou à janela dos espanhóis, não apenas porque muitos eleitores se assustaram com a agenda musculada de Santiago Abascal, mas também porque o voto útil e os ódios de estimação dos extremistas (minorias, poder autonómico e mulheres) tiveram um impacto bem maior do que eles imaginavam. Isto para não falar de um certo adormecimento burguês do PP, que confiou demasiadamente na sorte, impossibilitando uma maioria absoluta de direita. O mesmo PP que, de acordo com o líder do Vox, é o principal responsável pelo desaire do... Vox.
A Europa olhava com atenção para estas eleições, porque dali podia sair não apenas uma nova configuração de poder, mas sobretudo porque uma solução governamental alternativa aos socialistas precipitaria um acordo à direita, o qual colocaria Espanha no mapa dos países europeus comandados por populismos. Mas o Vox perdeu 600 mil votos e passou de 52 para 33 deputados, mantendo Madrid na cauda percentual da extrema-direita europeia (com 12,4%), num ranking liderado pela Hungria (60%), Polónia (48,4%), Itália (34,8%) e França (32,1%), e em que Portugal, pese embora a crescente capitalização política do Chega, concentra uns modestos 7,2%.
O ecossistema político espanhol tem muitas particularidades - e até André Ventura, que via no apontado crescimento do Vox uma rampa de lançamento para o seu projeto político doméstico, teve de recuar nas leituras políticas. Porém, os resultados destes ultraconservadores são um flagrante sinal luminoso para quem, entre nós, possa ter a tentação de achar que a via mais estreita para o poder é a estrada onde só se ouvem os cantos de sereia. Seja como for, ainda é cedo para concluirmos que o apagamento do Vox marcará uma tendência de esvaziamento dos extremismos no Velho Continente. As eleições europeias do próximo ano ajudarão a esclarecer.
* Pedro Ivo Carvalho - Jornal de Notícias -26 julho 2023 


MONFORTE E ASSUMAR: Exposição "Duarte D´Armas, do Cálamo ao Drone

 

PORTALEGRE: 62º Festival de Folclore no CAEP

 


PÉ DA SERRA E VINAGRA: A Festa de S. Simão está a chegar!

 

25.7.23

SOCIEDADE: A guerra não abrandou a “fábrica de bebés” da Ucrânia

A indústria da gestação de substituição na Ucrânia tem sido alvo de muitas críticas por explorar as ucranianas que estão numa situação vulnerável. A guerra tem empurrado ainda mais mulheres para serem barrigas de aluguer.
O conflito armado na Ucrânia não tem feito mossa na indústria da gestação de substituição no país. Apesar de o processo ser legal na maioria dos estados norte-americanos, continua a ser proibido em grande parte da Europa e em muitas outras partes do mundo, o que tem levado a que muitos casais procurem barrigas de aluguer noutros países.
O emaranhado complicado de regulamentações nacionais tem levado à explosão de empresas como a BioTexCom, a agência de gestação de substituição mais bem-sucedida da Ucrânia e uma das maiores do mundo.
Apesar da guerra com a Rússia, a indústria de gestação de substituição da Ucrânia continua em expansão. No caso da BioTexCom, há centenas de histórias e relatos na internet de famílias felizes com o serviço. No entanto, poucos detalhes podem ser encontrados sobre queixas anteriores e problemas com as autoridades ucranianas envolvendo a BioTexCom.
Por exemplo, em 2018 e 2019, os procuradores ucranianos obtiveram uma ordem judicial para colocar Albert Tochilovsky, fundador da BioTexCom, em prisão domiciliária por suspeitas de tráfico de crianças, juntamente com alegações de evasão fiscal e lavagem de dinheiro.
Uma investigação do órgão de comunicação alemão WELT também descobriu várias queixas de casais que recorreram aos serviços da BioTexCom. Um casal alemão alega que a BioTexCom trocou os seus gémeos gerados por gestação de substituição com os de outro casal, forçando-os a trocar os bebés num encontro secreto na Alemanha, explica o Politico.
Outra mulher alemã relata que a empresa nunca devolveu todos os seus embriões depois de ter cancelado os planos para uma gestação de substituição. O WELT também entrevistou ex-procuradores, gestantes substitutas e activistas na Ucrânia que acusam a BioTexCom de não fornecer cuidados médicos adequados às mulheres que deram à luz os bebés.
Tanya, uma norte-americana de 45 anos, diz também que pagou 10 mil euros e enviou dois embriões para a BioTexCom há seis anos. Depois de enviar os seus embriões, disseram-lhe que seriam imediatamente implantados.
Alguns dias depois, a empresa informou Tanya que a transferência do embrião tinha sido mal sucedida e adiantou poucos detalhes sobre o motivo. A norte-americana suspeitou que a agência estava a esconder algo e as suspeitas subiram ainda mais quando o seu marido foi a Kiev perceber o que se passou e uma funcionária imediatamente agradeceu a doação dos seus embriões para outro casal. Desde então, a BioTexCom deixou de responder às mensagens do casal.
Tochilovsky garante que as preocupações da Tanya sobre os seus embriões terem sido doados a outro casal são “totalmente falsas“. “A qualidade do material era absolutamente fraca — não faz sentido usarmos os embriões para outro casal.”
No caso dos gémeos alemães, Tochilovsky culpou a maternidade em Kiev. “Dois casais tiveram os seus gémeos nascidos ao mesmo tempo e, infelizmente, o pessoal misturou as crianças. Foi o único caso, e controlamos cuidadosamente todos os processos”, realça.
“Não fiquem como eu fiquei”
O WELT entrevistou sete gestantes substitutas ucranianas da BioTexCom, sob a condição de anonimato. A maioria disse que se arrepende da sua decisão. Tatiana, uma mulher de 41 anos da cidade de Chernihiv, no norte da Ucrânia, revela que desenvolveu vários problemas de saúde após a sua gravidez em 2014-2015.
“Eu olho para as pessoas que querem sair da pobreza e ir para o programa para ganhar dinheiro, comprar uma casa e quero alertá-las para que não fiquem como eu fiquei”, afirma.
A mulher acusa os os funcionários da BioTexCom de rirem quando lhes pediu ajuda para pagar a medicação necessária. Em 2018, juntou-se a outras ex-gestantes de substitutação e denunciou a empresa ao Ministério Público, mas o caso nunca chegou à Justiça.
Tatiana adianta que os médicos removeram o seu colo do útero, útero e ovários. Desde então, já passou por 20 tratamentos de radiação e começou a quimioterapia para o cancro. “Eu tive doenças do estômago, bexiga, rins, baço”, conta.
“Façam bebés, não guerra”
O conflito armado tem levado a que mais mulheres ucranianas aceitem ser barrigas de aluguer. Se o tema já era polémico ainda antes da guerra, estas preocupações foram agora exacerbadas, com muitos a questionar se é ético os casais estrangeiros aproveitarem-se das circunstâncias desesperadas das ucranianas.
A BioTexCom, no entanto, tem também incorporado a guerra na sua estratégia de marketing, onde pinta uma imagem de casais estrangeiros que arriscam tudo ao viajarem para uma zona de guerra para poderem ser pais. A empresa lançou ainda uma campanha para “Fazer bebés, não guerra”.
Os documentos da agência entre 2014 e 2017 mostram ainda uma grande assimetria entre os valores pagos às gestantes na Ucrânia em comparação com outros países. As mulheres recebiam entre 100 e 200 euros por cada transferência de embrião e as doações de óvulos custavam 500 euros por óvulo. Como termo de comparação, cada óvulo pode render até 10 mil euros nos Estados Unidos.
Em média, as gestantes eram pagas entre 8000 e 12 mil euros por levarem a gravidez até ao fim. Estes valores ficam muito aquém dos valores cobrados pela BioTexCom aos casais, com os pacotes mais baratos a custar 40 mil dólares e com a opção “VIP” mais cara a custar 71 mil dólares.
De acordo com os dados da empresa divulgados em Fevereiro, já 600 famílias tinham usado os seus serviços desde o início da guerra na Ucrânia. Se cada casal tiver pago em média 50 mil dólares, a BioTexCom terá feito 30 milhões de dólares.
Mudança na lei?
A aproximação da Ucrânia ao Ocidente acelerou com o início da guerra, com Kiev mais perto de se juntar à União Europeia ou à NATO. O actual sistema de gestação de substituição no país pode por isso ter os dias contados, com as autoridades de Bruxelas a pressionar o Governo para apertar com as leis no sector.
Em Abril, foi redigida uma lei que proíbe a oferta destes serviços a estrangeiros, mas ainda não se sabe quando será debatida, já que as questões directamente relacionadas com a guerra têm sido priorizadas.
“O problema está na nossa própria legislação. Não garante a protecção dos direitos da mãe, nem a protecção dos direitos da criança. Em geral, esta área praticamente não é regulamentada. E é por isso que as clínicas sem escrúpulos beneficiam”, considera o ex-procurador Yuriy Kovalchuk.
* Adriana Peixoto, ZAP // 24 Julho 2023 


António Charrinho em Veiros no II Festival de Acordeão de Estremoz

Depois do resultado positivo da primeira edição em ano de centenário do Teatro Bernardim Ribeiro, o Município apresenta o "II Festival do Acordeão de Estremoz":
-No dia 29 de julho, na freguesia de Veiros, pelas 21h, não perca António Charrinho!
Entrada gratuita!

ESTREMOZ: 3º Aniversário do Museu Berardo de Estremoz

 O Museu Berardo Estremoz comemora hoje, dia 25 de julho, o seu 3.º Aniversário.

 
O Museu Berardo Estremoz é uma iniciativa conjunta da Associação de Coleções e da Câmara Municipal de Estremoz que dá a conhecer a coleção “800 Anos de Historia do Azulejo”, considerada a maior e mais importante coleção privada de azulejos de Portugal.
 Ao longo destes 3 anos, este equipamento museológico, para além das visitas guiadas, tem desenvolvido diversas atividades culturais direcionadas para todos os tipos de público. Dispõe também de um serviço educativo de excelência com o objetivo de sensibilizar os jovens para a importância da cultura, com vista à sua fruição.
Reconhecido a nível nacional, o Museu Berardo Estremoz é hoje uma referência, em termos museológicos, recebendo diariamente visitantes oriundos de todo o Mundo. 

OPINIÃO: Para onde vais Espanha?

 
O que está em causa no ato eleitoral que ontem decorreu em em Espanha é muito mais do que o retrocesso dos direitos das mulheres e da comunidade LGBT. O que está em causa, verdadeiramente, é a essência de um país: continuar o caminho progressista que trilhou até agora ou transformar-se numa nação saudosista e conservadora. No pior sentido.
À hora já tardia em que escrevi esta crónica tudo estava em aberto, mas cada vez mais longe a hipótese de o Partido Popular conseguir uma maioria absoluta, mesmo coligado com o Vox. Parece assim afastada a possibilidade de a extrema-direita voltar ao poder em Espanha. O partido que poderia ajudar Nunes Feijóo a chegar até ao palácio da Moncloa não renega a ditadura de Franco, e já prometeu fazer reverter muitas outras conquistas da democracia espanhola: os direitos da comunidade LGBT, dos imigrantes e das mulheres, entre outras.
Foi um país completamente fraturado que ontem foi a votos. Manuel Nunes Feijóo, o candidato do Partido Popular, faria tudo para não deixar fugir a oportunidade de ser primeiro-ministro de Espanha, mesmo que para isso tivesse de fazer uma coligação com Santiago Abascal, como já aconteceu em várias comunidades autónomas desde 28 de maio. Aqui os sinais de retrocesso têm sido evidentes, logo com a censura a várias manifestações culturais. Aliás, Abascal disse bem alto no último comício de campanha em Madrid: “Vamos cancelar a cultura deles”. Referia-se com certeza a autores como a já desaparecida Virginia Woolf que cometeu o “pecado” de ser lésbica: recentemente uma peça de teatro com um texto seu foi cancelada num município governado pela coligação PP/Vox.
Parece, neste momento, pouco provável que a aliança tenha condições para chegar ao Governo central. Os espanhóis mobilizaram-se. Pelo progresso.
* Paula Ferreira - Jornal de Notícias - 24 julho, 2023


24.7.23

CASTELO DE VIDE: Festa da Senhora da Penha

 

PORTALEGRE: V Estágio da Orquestra de Sopros da Sociedade Musical Euterpe

 
A edição deste ano tem como tema "Da tradição Galaico Portuguesa à dança Cabo
Verdiana - percursos sonoros da música para Banda", obras de Joly Braga Santos, Nelson Jesus, Humberto Ramos e Adam Gorb.
Maestro: Alberto Roque
Clarinete: Mario Vinagre
Eufónio/Tuba: Nuno Arraiano
Flauta: Ines Alegria
Oboé: Luis Marques
Percussão: Pedro Silva
Saxofone: Filipe Valentim
Trombone: Joaquim Rocha
Trompete: Pedro Monteiro
Trompa: Laurent Rossi


ALPALHÃO: II Festival de Folclore no próximo sábado, dia 29

 

CAMPINHO (Reguengos de Monsaraz: No "Andanças" o palco é de toda a gente!

 
DAS CHAMARRITAS AO BOLLYWOOD, MAIS DE 20 DANÇAS PARA APRENDER
Há festivais aonde apenas se vai. E depois há o Andanças, onde todos vêm participar nas diversas atividades, dos bailes aos concertos, das oficinas às visitas e passeios, fazendo parte do próprio festival. Com uma lotação de 1500 pessoas, o Andanças vai regressar à aldeia de Campinho, nas margens de Alqueva, entre os próximos dias 27 e 30 de julho. Para os quatro dias de festival estão agendadas mais de 120 atividades em 7 espaços diferentes de programação.
Só oficinas de dança serão mais de 20, a começar pelas danças tradicionais de Cabo Verde, com Watty Barbosa, e da Galiza, com Sergio Cobos. As oficinas de dança decorrem “pela fresca”, às 10h30, e depois ao final da tarde, pelas 18h00. O maior desafio estará na escolha dos passos a aprender: das valsas mandadas às danças orientais, do fado dançado à salsa e ao forró, das chamarritas (dança tradicional dos Açores) ao Bollywood ou às danças ciganas Romani, plenas de ritmo, força e poesia. 
Aprendidas as danças, começam os bailes, ao ritmo de cinco por noite. A abertura dos palcos Feira, Adiafa e Seara será pelas 22h00 e pelo Campinho irão passar grupos e artistas de cinco países (Portugal, Espanha, França, Itália e Brasil), a começar pelo galego Sérgio Cobos. Portugal estará representado com Os Burricos, Zé Oliveira, Grupo Velha Guarda da Madeira, Burel, Dahu, Não És Tu Sou Eu, Stompin At Six e Aire. Ainda da Galiza chegam Obal, vêm também os espanhóis Zaroj, um trio que propõe uma viagem de “muitos ritmos, danças, dinâmicas de grupo e cores diferentes”, com sons da Turquia à Bretanha, passando pela Grécia ou Macedónia.
Também presentes na edição deste ano do Andanças estarão os brasileiros Espaço Baião a trazer o baile de forró, além dos franceses Edentia e Duo des Cîmes. De Itália chegarão os Rudemá, um trio folk com música tradicionais do Veneto.
Quanto a concertos, a programação é igualmente variada. Pelo palco Lavadouro e pelo palco Campinho passam Malino, Malotira, Fado Badiu ou Ramblers Parade, entre muitos outros. As propostas de programação local incluem a atuação dos Encanta Modas, do Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz e do Brisas do Alentejo. Sábado, pelas 20h00, iniciam-se concertos pelas ruas e tabernas da aldeia, com 5 Castas & Al Canti. As noites irão começar ao som dos DJs Set no Palco Campinho, com Estúdio 8, Dj Deão e Quim Ezequiel, tito, Nós Tradiçom, que trazem música latina, africana, caribenha, “mash-ups” de música electrónica com música popular da península ibérica ou “uma viagem musical por vários lugares do Planeta Terra”, como diz a dupla Estereocleidomastóideo DJ Set.
Pelas manhãs e finais de tarde, o Andanças volta a apostar, em 2023, nas oficinas de relaxamento, com propostas onde incluem, por exemplo, yoga dance, meditação coletiva, danças circulares sagradas ou massagem ayurvédica.

ÉVORA: Ciclo de Cinema e Música ao Ar Livre na FEA

PEROGUARDA 58/59 – ALENTEJO | Cinema Paraíso 
Um acaso feliz leva um grupo de jovens portuenses a descobrir a aldeia de Peroguarda, no Alentejo, nos anos de 1958-59. É a descoberta do cante, do trabalho e da pobreza. É a descoberta de um tempo profundo, da amizade incondicional e de um Alentejo sem igual. Luís Ferreira Alves fotografou Peroguarda sem procurar fazer reportagem ou trabalho de campo. Durante muito tempo repousando num arquivo, esquecidas, são hoje inestimável testemunho das emoções dessa jornada e dos laços de amizade que consolidou.
A música de RAIA, com António Bexiga a tocar viola campaniça — instrumento cujas sonoridades pertencem a um tempo antigo e são de hoje — conduz-nos de forma ritual e mágica nesta viagem.
RAIA – António Bexiga [Tó-Zé Bexiga]: Viola campaniça, percussão e vozes
Discografia: Homem de duas Cabeças (single), Ao Vivo (EP), Sem estrada para Fairland (RAIA & Xinês), REVODA (c/ Lenna Bahule e Dércio Gumate), Loendro (RAIA e Cardo Roxo).
29 julho 2023 - 21h30
centro de arte e cultura da fundação eugénio de almeida | largo do conde de vila flor, évora
entrada livre, sujeita à lotação do espaço.

Avis abraçou colheita de sangue


Em mais um dia de temperaturas altas, compareceu a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – nas imediações da barragem do Maranhão. Em Avis, rumaram até ao quartel dos bombeiros 18 voluntários – estando as mulheres em maioria (61,1 %), com 11 presenças.
Um dos voluntários inscreveu-se pela primeira vez numa brigada.
Depois de avaliados clinicamente (colaborou na iniciativa a Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSNA), três pessoas não puderam concretizar a doação. Mas irão voltar numa próxima oportunidade.
O Registo Português de Dadores de Medula Óssea, desta feita, não viu a sua lista aumentar, sendo certo que a maioria dos dadores de sangue já se registaram. Importa não deixarmos reduzir os inscritos nesta plataforma. 
A Câmara Municipal de Avis apoiou a realização do almoço convívio, servido no culminar desta jornada.
Segue-se Castelo de Vide
Manhãs de sábado são quando têm lugar as nossas idas ao terreno. Esperamos estar no centro de saúde de Castelo de Vide a 29 de julho. Segue-se, a 19 de agosto, Fronteira – no centro de saúde e numa brigada também dirigida aos vizinhos de Sousel. Mas atenção: quem desejar doar sangue pode fazê-lo em qualquer das nossas colheitas, não carecendo do local da residência.
Dar sangue também faz parte das coisas boas das férias!https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/
JR

23.7.23

SOCIEDADE: Ex-combatentes em greve de fome a partir de 17 de agosto

 
Mais de uma centena de antigos combatentes da guerra do Ultramar concentraram-se esta tarde, no Porto, para exigirem respeito e o cumprimento do estatuto do combatente. A partir do dia 20 de agosto, quando o estatuto faz três anos - vão iniciar uma greve de fome junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.  
Entre as principais reivindicações está o reconhecimento do Estatuto de Combatente para os ex-militares que estiveram em Timor, um subsídio mensal de 60 euros para todos os antigos combatentes e o acesso ao hospital militar. Os ex-militares denunciaram ainda que cerca de 136 mil cartões de ex-combatentes estão retidos no Ministério da Defesa, que é incapaz de devolver os cartões aos antigos militares. 
Quem o diz é António Silva, membro do movimento pró Dignidade do Estatuto do Combatente, que classifica a situação como muito grave. “Quem não tem o cartão tem de pagar taxas moderadoras e não beneficia do passe intermodal nos transportes públicos”, explica. 
Como consideram a situação insustentável, prometem iniciar uma greve de fome, em meados de agosto, junto ao Palácio de Belém e esperam ser recebidos pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. “Só saímos de lá quando os combatentes começarem a ser respeitados”, afirma o ex-militar. “Muitos combatentes têm reformas de 300 euros e quando vão à farmácia têm de comprar a medicação do seu bolso, alguns cheios de traumas da guerra”, acrescenta. 
Respeitem os combatentes do Ultramar 
Na Praça Carlos Alberto, dezenas de militares de todo o país juntaram-se em torno destas reivindicações. “Respeitem os combatentes do Ultramar”, era uma das frases que se podia ler num dos cartazes expostos junto do monumento do Soldado Desconhecido.
José Afonso, 80 anos, combateu em Angola, durante dois anos, entre 1965 e 1967. Decidiu participar na manifestação na expectativa de encontrar alguns companheiros e mostrar que os ex-militares da guerra do Ultramar não podem ser esquecidos. “Fomos para lá catraios, sofremos muito. Os governantes deviam olhar para nós com outros olhos", refere.  
Para o antigo combatente, o valor que recebem todos os meses (é variável consoantes os anos em que estiverem em missão) é insuficiente. O aumento do custo de vida piorou a situação financeira de muitos que já viviam com poucos recursos. “Eu recebo 150 euros por mês, mas há colegas que só têm 70 euros e reformas muito pequenas. Como é que conseguem pagar as contas no final do mês?”, questiona.  
Já Eduardo Ribeiro, 72 anos, partiu para a Guiné “já depois do 25 de abril”, para “assegurar a evacuação do dispositivo militar”. Marcou presença no protesto em solidariedade com “os colegas mais desprotegidos que ainda têm traumas de guerra”. O antigo combatente denunciou, ainda, que existem “cerca de 2 mil sem abrigo que estiveram no Ultramar” e considera que é “urgente tirar da rua esses colegas que arriscaram a vida por este país”, afirma.   
Recorde-se que em março de 2022, Virgílio Manuel, ex-combatente da guerra do Ultramar, esteve mais de quatro dias a fazer uma greve de fome na escadaria do Parlamento em protesto por apenas receber uma pensão de 287 euros. Na altura, o antigo combatente denunciou que são muitos os ex-militares com deficiência, como ele, que sobrevivem com esse valor e exigiu reformas equivalentes ao salário mínimo.   
* Abílio T. Ribeiro in Jornal de Notícias - 22.7.2023


OPINIÃO: Gestão corrente

 
Cavaco Silva foi o primeiro-ministro do betão e do asfalto. O país precisava. Era estratégico. Guterres teve o amor e a paixão pela Educação e pela Ciência. Deixou marcas. O mesmo não se pode dizer do curto mandato de Durão Barroso, ou do ainda mais curto de Santana Lopes. Sócrates tinha planos para o digital e as renováveis, que hoje, reconheça-se, se revelaram estratégicos. Passos Coelho não teve outro remédio a não ser pôr as contas direitas. E António Costa?
Juntou a Esquerda. Fez os portugueses sentirem que a vida podia melhorar, em anos de reposição de rendimentos e crescimento económico. E teve ao fim de tantos anos de governação uma maioria absoluta, que já leva mais de um ano.
Sucede que a Nação é ingrata, dizem, o povo tem memória curta, dizem, e vive da contagem dos dias para o fim do mês. Hoje, depois de uma crise sanitária, e a sobreviver à inflação, tudo o que está para trás conta pouco, como parece evidenciar o estudo de opinião da Aximage que o JN, a TSF e o DN publicam.
As razões que explicam o ceticismo dos portugueses não assentam apenas no estado geral do país, que a maior parte dos inquiridos considera mau ou muito mau. Assentam no espetáculo degradante a que muitos dos políticos em geral nos brindam, e que levam ao crescimento dos extremismos, mas sobretudo na perceção de que os problemas persistem: o custo de vida, os rendimentos baixos, o Serviço Nacional de Saúde, em suma, a ausência de perspetivas de futuro.
Nem a habitação, apontada como a reforma das reformas, finalmente aquela que seria uma marca de António Costa, resiste ao olhar crítico dos sondados, porque uma coisa é o rol de intenções, outra a efetividade. E essa demora, porque começou tarde e a más horas, porque faltou visão.
António Costa tem em simultâneo três pacotes de fundos europeus para gerir. Pode ter já para o ano um orçamento expansionista. Pode e deve ter um Governo fresco, remodelado não para fazer frente a Marcelo Rebelo de Sousa, mas porque o país precisa.
Sobretudo, o que o primeiro-ministro precisa mesmo é de fazer caminho para deixar uma herança positiva, se não for pelo país, pelo menos por vaidade histórica. Porque as perceções boas duram pouco. E as más perduram.
* Domingos de Andrade - Jornal de Notícias -20 julho, 2023

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 
Aquecimento Global | Cartoon editorial da revista @correiodamanhaoficial - Vasco Gargalo


22.7.23

FESTIVAL POLÍTICA abre Concurso para bolsas de criação

 
Concurso para jovens artistas, ativistas e criadores para as edições de Coimbra e Loulé
O Festival Política e o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) acabam de lançar um concurso que irá atribuir quatro bolsas a jovens até 30 anos que apresentem propostas para integrar a programação do festival nas cidades de Coimbra e Loulé.
As bolsas têm por objetivo fomentar e apoiar a criação artística e intervenção cívica de jovens até 30 anos residentes nos distritos de Coimbra e Faro, abrangendo as modalidades de literatura, música, artes performativas, artes plásticas, vídeo ou de formação (workshop). 
As propostas deverão abordar alguma questão relacionada com os direitos humanos, a participação cívica ou política ou as ameaças à democracia. O valor de cada bolsa é de 500 euros. 
As candidaturas terminam a 20 de julho para a edição de Coimbra e a 27 de julho para a edição de Loulé. O regulamento do concurso está disponível em festivalpolitica.pt.
O Festival Política decorre em Coimbra no Convento São Francisco, de 28 a 30 de setembro, enquanto em Loulé terá palco entre os dias 19 e 21 de outubro, com epicentro no Cineteatro Louletano.
O tema central do Festival Política 2023 é “Pós-democracia”
Em Coimbra e Loulé, o festival apresentará uma programação composta por filmes, debates, performances, espetáculos e outras formas de expressão artística que promovam a reflexão e a discussão sobre as ameaças à democracia, promoção dos direitos humanos, cidadania e participação cívica. 
A edição deste ano do Festival Política tem como objetivos a promoção da cidadania e a defesa dos direitos humanos, assumindo-se como um instrumento de capacitação dos cidadãos para criarem o seu antídoto contra a desinformação a partir do exercício dos seus direitos fundamentais e de uma visão crítica relativamente aos fluxos de informação.
O Festival Política de Coimbra é um conceito da Associação Isonomia com coprodução da Câmara Municipal de Coimbra/Convento São Francisco. Em Loulé conta com a coprodução do Cineteatro Louletano.
Recorde-se que o Festival Política este ano já organizou um warmup em Coimbra em fevereiro, a par das edições de Lisboa em abril (Cinema São Jorge) e em Braga em maio (Centro de Juventude de Braga), contabilizando mais de 3.500 participantes.


Zêzere Arts retorna ao Médio Tejo para a sua 13ª edição

 
Concertos em locais históricos deslumbrantes até 31 de julho de 2023
A Musicamera anuncia a nova edição do Festival ZêzereArts, que acontece até 31 de julho de 2023. O festival é realizado em vários locais da região do Médio Tejo e conta com uma programação diversificada de concertos e masterclasses.
A edição deste ano apresenta uma série de músicos de “reconhecido mérito”, incluindo os maestros, Vasco Negreiros, Pedro Correia, João Paulo Fernandes e António Vassalo Lourenço, o violinista holandês Ilya Grubert e o compositor portugues Cândido Lima. Além disso, o festival conta com a participação de jovens talentos emergentes, que terão a oportunidade de se apresentar ao lado de músicos consagrados.
Os concertos serão realizados em locais históricos deslumbrantes, como as Capelas Imperfeitas, em Batalha, a Igreja Matriz de Santo Aleixo, Beco, Ferreira do Zêzere, o Teatro Municipal de Ourém, a Igreja de Nossa Senhora da Graça e o Convento de Cristo, em Tomar. Estes locais, ricos em história e cultura, proporcionam um cenário único e inspirador para os eventos do festival, permitindo aos visitantes desfrutar de uma experiência artística e cultural inesquecível.
Além de duas óperas e vários concertos, com entrada gratuita, o festival promove ainda cursos de verão e masterclasses para jovens músicos. As inscrições para esses cursos podem ser feitas online no site do festival.
"Estamos muito satisfeitos por apresentar mais uma edição do nosso festival de música", afirma o diretor artístico do Zêzere Arts, Brian MacKay. "Este ano, temos uma programação emocionante de artistas e jovens talentos emergentes. Estamos ansiosos por compartilhar a beleza da música clássica com o público português e internacional".
Para mais informações sobre a programação do festival, visite o site www.zezerearts.pt ou entre em contato através do e-mail zezerearts@gmail.com
Programação Zêzere Arts 2023
18 de Julho
Grande Compositores Romanticos nas Igrejas de Paris
Concerto Coral
Igreja de Nossa Senhora da Graça – Tomar | Terça-Feira | 19.00H
Coro do Festival ZêzereArts
Pedro Correia – Maestro
João Carlos Azevedo – Órgão
19 de Julho
Ultima Res
Concerto Coral
Igreja de Nossa Senhora da Graça – Tomar | Quarta-Feira | 19.00H
Coro de Câmara do Festival ZêzereArts
Vasco Negreiros – Maestro
21 de Julho
Quatro Estações Corais
Concerto Sinfônico Coral
Capelas Imperfeitas – Batalha | Sexta-feira | 19.00H
Coro Sinfônico do Festival ZêzereArts
Musicamerata
Brian MacKay – Maestro
22 de Julho
Recital
Alunos da Masterclass Ilya Grubert
Auditório da Biblioteca Municipal – Tomar | Sábado | 15.00H
Quatro Estações Corais
Concerto Sinfônico Coral
Claustro Principal, Convento de Cristo – Tomar | Sábado | 19.00H
Coro Sinfônico do Festival ZêzereArts
Musicamerata
Brian MacKay – Maestro
23 de Julho
Orquestra Sinfónica Jovem
Concerto Orquestral
Teatro Municipal – Ourém | Domingo | 15.00H
Orquestra Jovem do Festival Zêzere Arts
João Paulo Fernandes – Maestro
24 de Julho
Recital
Alunos da Masterclass Ilya Grubert
Cine Teatro Paraíso – Tomar  | Segunda-feira | 15.00H
Ilya Grubert e Amigos
Recital
Igreja Matriz de Santo Aleixo – Beco, Ferreira do Zêzere | Segunda-feira | 21.00H
Chaconne – Bach
Duos – Bartok e outros
Ilya Grubert, Eliot Lawson, Luís Pacheco Cunha
27 de Julho
Recital
Cine Teatro Paraíso – Tomar | Quinta-Feira | 15.00H
Recital dos alunos das Masterclasses
Professores:
Eliot Lawson, Luís Pacheco Cunha, Matilde Loureiro, Joe Kwok – Violino
Jorge Alves – Viola
Catherine Strynkx – Violoncelo
Adriano Aguiar – Contrabaixo
28 de Julho
Experiências Musicais
Centro Cultural – Ferreira do Zêzere | Sexta-Feira | 19.00H
Cadernos de Invenção – Cândido Lima
Professores e Alunos do Festival ZêzereArts
29 de Julho
Tradição e Modernidade
Concerto Orquestral
Claustro Principal, Convento de Cristo – Tomar | Sábado | 21.00H
Abdelazer Suite – Purcell
Concerto Duplo – Manuel Enríquez
“Prayer” – Violoncelo e Cordas – Ernst Bloch
Passacaglia – memórias medievais do Zêzere (obra em estreira mundial) – Cândido Lima (compositor em residência 2023)
Nocturne de “Shylock” Op 57 – Fauré
Serenade Op 48 – Tchaikovsky
Orquestra do Festival Zêzere Arts
Brian MacKay – Maestro
30 de Julho
Tradição e Modernidade
Concerto Orquestral
Igreja Matriz de Areias – Ferreira do Zêzere | Domingo | 18.00H
Abdelazer Suite – Purcell
Concerto Duplo – Manuel Enríquez
“Prayer” – Violoncelo e Cordas – Ernst Bloch
Passacaglia – memórias medievais do Zêzere (obra em estreira mundial) – Cândido Lima (compositor em residência 2023)
Nocturne de “Shylock” Op 57 – Fauré
Serenade Op 48 – Tchaikovsky
Orquestra do Festival Zêzere Arts
Brian MacKay – Maestro
31 de Julho
Xerxes - Handel
Ópera
Convento de Cristo – Tomar | Segunda-feira | 21.00H
Atelier da Ópera de Aveiro
Orquestra Filamonica das Beiras
António Vassalo Lourenço – Maestro
Sobre o ZêzereArts
O ZêzereArts é um festival de verão anual que decorre ao longo de 2 a 3 semanas nos fins Julho/inícios de Agosto, na região do Médio Tejo, em Portugal. Em 2020, o festival celebrou o seu 10º aniversário, 10 anos durante os quais apresentou mais de 150 performances a públicos locais e internacionais, enquanto decorriam masterclasses e cursos para cantores solistas, coralistas e jovens talentosos instrumentistas de cordas. 
O conceito do festival combina ensaios e aulas com a oferta de performances de alta qualidade, num ambiente animado e positivo de um tradicional festival de Verão. Os estudantes beneficiam da oportunidade de preparem performances sob a orientação de músicos profissionais, professores altamente qualificados, maestros e equipa.técnica. Os estudantes e os profissionais trabalham e apresentam-se em conjunto, um aspecto crucial deste conceito, atmosfera e sucesso do festival.


20.7.23

Câmara de Nisa obriga a trabalhar em condições desumanas

 
TRABALHADORES DA RECOLHA DE RESÍDUOS PASSAM A TRABALHAR NAS HORAS DE MAIOR CALOR
A autarquia de Nisa comunicou verbalmente, esta segunda-feira, dia 17, aos trabalhadores dos serviços de recolha de resíduos sólidos uma alteração de horário que os coloca a trabalhar nas horas de calor mais intenso.
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) já solicitou a intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) sem grande expectativa de que a mesma se concretize já que, este organismo já em ocasiões anteriores informou não poder intervir nas autarquias. Esta situação, para além de não corresponder à verdade, consubstancia uma falta de cumprimento dos seus deveres inspectivos e deixando passar incólume os autarcas prevaricadores.
TRABALHAR EM CONDIÇÕES DESUMANAS
No Alto Alentejo durante o Verão, entre as 11h e as 15h, o termómetro ultrapassa diariamente os 35 graus, havendo dias acima dos 45 graus. É exactamente neste período que a autarquia pretende que os trabalhadores assegurem a recolha dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), tendo definido um novo horário das 7 às 13h e em determinados dias, caso da passada terça-feira, das 13 às 19h, horário em que os trabalhadores, além da recolha têm de tratar do depósito dos resíduos na Valnor.
Esta é a terceira alteração de horário do sector da recolha de resíduos nesta autarquia, sendo que o horário inicial era das 5h às 11h.
Os novos horários de trabalho colocam os trabalhadores ao serviço nas horas de calor mais intenso, a manusear contentores de metal «em brasa», a exposição a maior número de insectos, causado pelo cheiro muito intenso, e a um esforço físico muito violento ao estarem sujeitos a esta magnitude de calor.
ALTERAÇÃO ILEGAL DE HORÁRIOS
Além das consequências gravosas que esta alteração horária irá provocar na saúde e nas condições de trabalho destes trabalhadores, esta atitude arbitrária é ilegal! Segundo a lei, a alteração de horário tem de ser precedida de comunicação aos representantes dos trabalhadores, para efeitos de análise e emissão de parecer, situação que mais uma vez não se verificou, em claro desprezo pelos trabalhadores.
Independentemente da justificação que motive a nova modalidade horária, a autarquia tem de cumprir a lei, garantir condições de trabalho dignas e preservar a saúde dos seus trabalhadores.
STAL E TRABALHADORES REJEITAM
O STAL e os trabalhadores rejeitam esta imposição de horário de trabalho e vão reunir-se no dia 21 de Julho, sexta-feira, para discutir as formas de luta a desenvolver tendo em vista a garantia da prestação de trabalho em horário que não exponha os trabalhadores ao período de calor mais intenso.
 in www.stal.pt