28.2.24

Politécnico de Portalegre: ESTG e ESAE mudam de nome

Entrou em vigor a nova designação de duas das escolas do Politécnico de Portalegre. Após os devidos trâmites, a Escola Superior Agrária de Elvas passa a chamar-se Escola Superior de Biociências de Elvas e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão adota a denominação de Escola Superior de Tecnologia, Gestão e Design.
Mudar a designação para Escola Superior de Tecnologia, Gestão e Design é corresponder ao desenvolvimento e relevância da área do Design na Escola, que se foi consolidando ao longo dos anos da sua existência, traduzindo-se hoje num conjunto de cursos reconhecidos pela sua qualidade, com um número crescente de estudantes e um corpo docente qualificado.
O Design vê, assim, refletida na designação da Escola a importância que representou e continuará a representar para o crescimento e prestígio da instituição.
Em Elvas, o objetivo foi criar as condições necessárias à proposta de outras ofertas formativas, em domínios diferentes do saber, com vista à rentabilização dos recursos já existentes, ao nível das Ciências Agrárias e Veterinárias, potenciando a multidisciplinariedade e ampliando o leque de escolhas disponíveis para os estudantes se candidatarem ao Politécnico de Portalegre, numa ótica de sustentabilidade e de coesão territorial. Tendo sido precedida por reflexão e discussão interna alargada, a possibilidade desta mudança foi bem acolhida, quer na Escola, quer na comunidade.
Acredita-se que estão reunidas as condições para continuarmos no caminho do crescimento e afirmação do Politécnico de Portalegre.
Com o contributo de todos, espera-se que a apropriação dos novos nomes e respetivas siglas – ESBE e ESTGD – aconteça com naturalidade.

SAÚDE: Mais de três dezenas de dadores em Alpalhão


Uma vez mais os alpalhoeiros compareceram à nossa chamada. No Centro Cultural de Alpalhão estenderam o seu braço e efetivaram a sua dádiva 32 dadores. Houve 3 dadores que por questões médicas não conseguiram fazer a sua dádiva. Tivemos 4 estreantes que pela primeira vez (de muitas esperamos nós) viram o liquido precioso que lhes corre nas veias ser dirigido a alguém que necessita. Acrescentamos também mais 4 nomes ao registo de potenciais dadores de medula óssea.


Uma única vida salva relembra-nos a importância desta para todos nós. Nós somos o que fazemos e dar sangue é fazer o bem e ajudar alguém que precisa.
A todos os que quiseram contribuir para esta causa o nosso MUITO OBRIGADA. É de gente solidária como vocês que o mundo precisa!
Não se esqueçam que a 24 de Agosto voltamos a ter encontro marcado, até lá continuem a ser solidários e a  praticar o bem.

CRATO: Comemoração do Dia Internacional da Mulher 2024

8 de março
Distribuição de Flores às Mulheres em todo o Concelho do Crato
Biblioteca Municipal do Crato
10h30  -  Palestra com o tema  “ Sou mulher e depois ?” / “ Sou igual a ti “ pela APAV 
Gabinete de Apoio à Vítima do Alto Alentejo Oeste
Oferta de uma flor a todas as mulheres
Coffee time, tecolameco e boleima  
Jantar do Dia Internacional da Mulher
Local: Restaurante “O Priorado do Crato”
Hora: 19h30
Inscrições (até dia 6 de março): 933627044
(Transporte mediante inscrição prévia)


Rafah: O penúltimo passo na marcha do genocídio de Israel.

No domingo, enquanto 100 milhões de americanos assistiam ao início do Super Bowl, Israel aproveitou a oportunidade para desencadear a próxima fase do seu genocídio dos palestinianos. Os ataques aéreos sobre Rafah mataram pelo menos 67 palestinos, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou aos soldados que se preparassem para uma entrada terrestre na cidade.
Rafah, na fronteira sul de Gaza com o Egipto, é o último refúgio para quase 1,5 milhões de palestinianos deslocados pelo genocídio israelita em curso.
Desde que as bombas israelitas começaram a dizimar o norte de Gaza, em Outubro, os palestinianos foram instruídos a evacuarem para o sul. Rafah fica o mais ao sul que qualquer um pode ir. Com uma invasão terrestre iminente, o governo israelita apela à “evacuação” da população – mesmo que não tenham para onde evacuar.
Uma invasão israelita de Rafah seria a fase mais perigosa do genocídio até agora, causando mortes numa escala nunca vista, mesmo nestes quatro meses de pura brutalidade.
Depois de arrasar Gaza indiscriminadamente e de empurrar os palestinianos para a fome, agora os militares israelitas procuram remover permanentemente os palestinianos de Gaza, seja por deslocação, doença, fome ou execução. Esta é a próxima etapa do genocídio...
A busca pelo máximo de terra e pelo mínimo de palestinos
Este ataque, liderado pelo governo de Netanyahu, representa a ponta mais afiada do objectivo histórico do sionismo: controlar a quantidade máxima de terras palestinianas com um número mínimo de palestinianos. Nos últimos quatro meses, assistimos a esta lógica funcionar em tempo real.
Começando com bombardeamentos implacáveis ​​no norte de Gaza, os militares israelitas deslocaram à força a maioria das pessoas em toda a Faixa de Gaza até Rafah, forçando-as a passar de uma “zona segura” para outra, com ataques aéreos e ataques militares nos seus calcanhares. 
Qualquer lugar pode ser um alvo: a destruição de hospitais, padarias, escolas, igrejas, mesquitas, universidades e inúmeras casas por parte de Israel é uma parte crucial da sua estratégia genocida, matando palestinianos não só através de bombardeamentos, mas destruindo as condições para a vida humana. No sábado, jornalistas da CNN levados numa visita pelo próprio exército israelita descreveram a cena em Khan Younis, no sul, como “devastação… além da imaginação”.
Não é de surpreender que esta aniquilação sistemática de infra-estruturas críticas tenha tornado grande parte de Gaza “inabitável”, segundo a ONU . Os palestinianos que permanecem no Norte enfrentam uma crise total: nenhuma ajuda humanitária consegue chegar até eles. Há mais de um mês, o Programa Alimentar Mundial alertou que 93% das famílias palestinas deslocadas não têm alimentação adequada.
Agora, toda a população corre o risco de morrer de fome, com muitos a passar fome activamente , e a propagação de doenças é galopante. As famílias em Gaza estão agora a ficar sem a ração para animais e pássaros que foram forçadas a transformar em pão. Muitos são forçados a consumir coisas não comestíveis, como terra, e a água potável é incrivelmente escassa. Mohammad Jamal Abu Tour, um palestino que vive em Rafah, disse à CNN : “Continuamos ouvindo que na cidade de Gaza [no norte] eles não conseguem encontrar água potável e que comem grama, bebem da água [salgada] do mar. Deus os ajude.”
Entretanto, soldados israelitas queimam e destroem armazéns de alimentos na Cidade de Gaza – e orgulhosamente publicam vídeos nas redes sociais deles próprios a fazê-lo.
Rafah é hoje o lugar mais densamente povoado do planeta.
A combinação de bombardeamentos implacáveis ​​e condições insuportáveis ​​de fome e doenças levaram cerca de 1,5 milhões de palestinianos para sul, para Rafah. Ao longo dos quatro meses de ataque militar israelita, categorizou Rafah como uma “zona segura” contra os bombardeamentos, ordenando aos palestinianos que evacuassem para lá – transformando Rafah no local mais densamente povoado do planeta.
Os trabalhadores humanitários lutam para fornecer medicamentos básicos e impedir a propagação de doenças, enfrentando uma densidade “sem precedentes” nos campos improvisados. A UNRWA, a principal agência de ajuda humanitária na Palestina, deixou claro que não tem fornecimentos suficientes para apoiar sequer as necessidades básicas de vida dos palestinianos abrigados em Rafah.
“Ninguém ri, ninguém sorri”, descreveu um estudante em Rafah. “É tudo escuridão e dor.” 
É com estes que Israel está em guerra: pessoas que estão doentes, com frio, com fome, deslocadas das suas casas e familiares assassinados em luto. Forçadas a viver em campos na fronteira, as pessoas em Rafah passam a maior parte dos seus dias à procura de alimentos, combustível e mantimentos básicos. A decisão dos EUA de cortar a ajuda à UNRWA apenas exacerbou estes horrores. 
“Estamos rezando a Deus para que o que aconteceu na cidade de Gaza não aconteça em Rafah, informou Mohammad Jamal Abu Tour à CNN. “Se o mesmo acontecer em Rafah, não teremos para onde ir.” 
A penúltima etapa do genocídio.
Presos contra a fronteira egípcia, os palestinos em Rafah são uma população cativa. Falando sobre os planos do governo israelita para invadir Rafah, o Relator Especial da ONU na Palestina declarou claramente : “O risco de um massacre de escala sem precedentes surge no horizonte.”
Primeiro, Israel destruiu o norte de Gaza, concentrando pessoas em Rafah. Depois, planejou uma crise humanitária, destruindo infra-estruturas médicas e fornecimentos alimentares, recusando a entrada de ajuda e pressionando os EUA a cortar o financiamento à UNRWA. Agora, os militares israelitas planeiam invadir e dizimar o campo de refugiados que eles próprios criaram. Isto não é nada menos que uma política de extermínio.
A população palestina em Rafah está essencialmente indefesa. “A densidade sem precedentes da população de Rafah torna quase impossível proteger os civis em caso de ataques terrestres”, disse um porta-voz da ONU. 
Fugir para o Egipto também não é uma opção. O governo egípcio recusa terminantemente permitir a entrada dos palestinianos em Rafah – sabendo que é quase certo que Israel nunca permitiria que regressassem a Gaza. Este seria um deslocamento ainda maior em população do que o Nakba de 1948, em que 75% da população palestiniana foi expulsa das suas casas.
Encurralar os palestinianos entre uma fronteira militarizada e o seu exército genocida, o que o governo israelita chama de “invasão”, pareceria mais uma deslocação em massa – ou uma execução em massa. O facto lamentável é que estas dezenas de mortes são evitáveis: as causadas pela fome e pelas doenças, permitindo a ajuda; aqueles do ataque militar israelita em curso, através de um cessar-fogo imediato. Mas o regime israelita tem toda a intenção de acelerar este cataclismo, e o governo dos EUA ainda se recusa, de forma injusta e horrenda, a parar de apoiar este genocídio em aceleração.
Desde o início do ataque israelita contra o povo de Gaza, tem sido desesperadamente necessário um cessar-fogo para salvar vidas. Mais de um terço de ano após esta brutalidade indescritível, esta pode ser a hora mais terrível de todas. As mãos do governo dos EUA estão encharcadas de sangue. Precisamos de um cessar-fogo imediato e permanente agora.

27.2.24

Finanças prorrogam prazo para verificação e validação de faturas até dia 28

Assim, a classificação de faturas permanece disponível no Portal das Finanças até ao fim do dia 28, quarta-feira. No caso da app e-fatura para telemóveis estão em curso as alterações técnicas “para permitir idêntica funcionalidade até ao fim do prazo”, refere o Governo.
O Ministério das Finanças anunciou a prorrogação do prazo para verificação e validação de faturas. Os contribuintes têm agora até ao fim do dia 28 para validar as faturas através do site ou da aplicação do e-fatura.
A decisão surge na sequência de problemas no acesso ao e-fatura que surgiram nas últimas horas do dia de ontem, prazo inicial para confirmar as faturas de 2023 no Portal das Finanças.
Em comunicado o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, diz que decidiu prorrogar por dois dias o prazo de verificação e comunicação de faturas, “na sequência do elevado número de acessos ao e-fatura do Portal das Finanças, no dia de ontem, em virtude do fim do prazo legal para a verificação e validação de faturas para efeitos do IRS de 2023”.
Assim, a classificação de faturas permanece disponível no Portal das Finanças até ao fim do dia 28, quarta-feira.
No caso da app e-fatura para telemóveis estão em curso as alterações técnicas “para permitir idêntica funcionalidade até ao fim do prazo”, refere o Governo.
As Finanças asseguram que a prorrogação não tem efeito nos prazos de reclamação prévia dos valores apurados pela Autoridade Tributária, nem de entrega da declaração modelo 3 de IRS, que se mantêm.
in www.jornaleconomico.sapo.pt


FLOR DA ROSA (Crato): Trilhos do Bom Jardim 2024

Evento BTT e Gravel - Orientação por GPS
3 de março de 2024 | A partir das 8h
Local: Flor da Rosa
Inscrições em: http://www.adfr.pt/eventos.html

PORTALEGRE: Exposição fotográfica de Vida Selvagem, "Alentejo, uma visão natural"

Na Biblioteca Municipal de Portalegre, de 2 a 23 de março

24.2.24

OPINIÃO: O Estado Social vs. Liberalismo

O espectro político divide-se entre o Estado Social e o Liberalismo. Com um índice enorme de idosos, a pobreza avolumada, o flagelo do desemprego, como não apoiar o Estado Social? O Liberalismo visa a queda de ajudas sociais, determinismo social sujeito às regras do mercado de concorrência. Precisamos de um Estado que olhe pelos mais desprotegidos e não um Estado que defenda os mais fortes e ricos. As leis do mercado e da concorrência são ferozes e cruéis e não lhes podemos entregar os mais desprotegidos e vulneráveis. O Liberalismo só fomenta as elites e as classes mais abastadas. Precisamos de um Estado que defenda os mais desprotegidos e que promova a produtividade e robusteça a economia, que combata o desemprego e a pobreza, que tenha uma visão global da sociedade. O combate dos que defendem o Estado Social contra o Liberalismo é inevitável. São duas divisões da realidade e da missão do Estado e das empresas. Toda a empresa que visa somente o lucro, em detrimento da sua missão social, é conduzida ao colapso. As pessoas precisam das empresas para produzir e distribuir riqueza. O Liberalismo não tem nada de humanitário: é frio e calculista. 
* José Oliveira Mendes - 22.2.2024
IMAGEM - "Maternidade" - Desenho de Cipriano Dourado

CANTOR DE ABRIL: José Afonso deixou-nos há 37 anos

 
O Primeiro Canto (dedicado a José Afonso)
Letra: João Mendonça, Dulce Pontes e António Pinheiro da Silva
Música: Dulce Pontes e Leonardo Amuedo
Intérprete: Dulce Pontes* (in CD "O Primeiro Canto", Polydor B.V. The Netherlands/Universal, 1999)

O tambor a tocar sem parar,
um lugar onde a gente se entrega,
o suor do teu corpo a lavar a terra.
O tambor a tocar sem parar,
o batuque que o ar reverbera,
o suor do teu rosto a lavrar a terra.
Logo de manhãzinha, subindo a ladeira já,
já vai a caminho a Maria Faia...
Azinheiras de ardente paixão
soltam folhas, suaves, na calma
do teu fogo brilhando a escrever na alma.
Estas fontes da nossa utopia
são sementes, são rostos sem véus,
o teu sonho profundo a espreitar dos céus!
Logo de manhãzinha, subindo a ladeira já,
já vai a caminho a Maria Faia,
desenhando o peito moreno, um raminho de hortelã
na frescura dos passos, a eterna paz do Poeta.
Uma pena ilumina o viver
de outras penas de esperança perdida,
o teu rosto sereno a cantar a vida.
Mil promessas de amor verdadeiro
vão bordando o teu manto guerreiro,
hoje e sempre serás o primeiro canto!
Ai, o meu amor era um pastor, o meu amor,
ai, ninguém lhe conheceu a dor.
Ai, o meu amor era um pastor Lusitano,
ai, que mais ninguém lhe faça dano.
Ai, o meu amor era um pastor verdadeiro,
ai, o meu amor foi o primeiro.
Estas fontes da nossa utopia
são sementes, são rostos sem véus,
o teu sonho profundo a espreitar dos céus!
Mil promessas de amor verdadeiro
vão bordando o teu manto guerreiro,
hoje e sempre serás o primeiro canto!

Foi na sombria e funesta madrugada de 23 de Fevereiro de 1987 que José Afonso partiu deste mundo, sucumbindo a uma doença terrível e fatídica (esclerose lateral amiotrófica). Completaram-se hoje 37 anos e em evocação do maior vulto da Música Popular Portuguesa destacamos a canção "Zeca", com letra de Hélia Correia e música de Janita Salomé, interpretada pelo autor da belíssima melodia. Trata-se de uma versão ao vivo gravada nos espectáculos «José Afonso – "A Utopia e a Música"», realizados no Centro Cultural de Belém, nos dias 22 e 23 de Fevereiro de 1998, mas só publicada em 2004, o que aconteceu – refira-se a título de curiosidade –, um decénio após a edição da gravação original, na voz de Filipa Pais, já objecto de destaque neste blogue, em 2009 [cf. Filipa Pais: "Zeca"]. A revisitação da canção, ainda que noutra interpretação, justifica-se plenamente por cinco boas razões: primeira, pelas palavras lapidares que a poetisa Hélia Correia escolheu para retratar o autor d' "Os Vampiros"; segunda, pela inspirada música que se adequa na perfeição ao poema; terceira, pela irrepreensível e tocante interpretação de Janita Salomé; quarta, porque as comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974 não podem (não devem) dispensar a homenagem que é devida aos cantores que desbravaram os caminhos que conduziram à Revolução dos Cravos (e José Afonso foi – é oportuno relembrar – o mais proeminente de todos esses destemidos arautos da Liberdade); e quinta, por se tratar de um espécime pouquíssimo divulgado. Nas 'playlists' das rádios de cobertura nacional, inclusive na da Antena 1, é impossível de apanhá-lo, similarmente, aliás, à generalidade do repertório de Janita. Se o boicote à obra discográfica do categorizado artista, que ocupa, por mérito próprio, um lugar de relevo na História da Música Popular Portuguesa, é grave nas estações privadas, ainda mais o é na estatal, atendendo às particulares obrigações que tem no domínio da divulgação da melhor música que se fez em Portugal. Urge, pois, que sejam tomadas as medidas necessárias para tornar a rádio pública mais justa para com Janita Salomé e, bem assim, para com muitos outros intérpretes (em nome próprio ou integrados em colectivos) que deram um significativo contributo para o enriquecimento do património musical/fonográfico português!

https://youtu.be/guOKjSv0SsE?si=WN0M4bckZKIi65fZ



ÉVORA: XXII Ciclo de Concertos “A Quaresma na Escola de Música da Sé de Évora”

A Polifonia da Escola de Música da Sé de Évora, séculos XVI, XVII e XVIII, é constituída por peças que eram interpretadas nas missas, como parte integrante do ritual religioso. A Quaresma assume-se como o período relevante, onde esta temática tornava necessário a existência de um vasto conjunto de peças musicais para as cerimónias.
3 de março | 18h00 | Grupo Vocal Olisipo, com a direção de Armando Possante
9 de março | 18h00 | Coro Polifónico “Eborae Mvsica”, com a direção de  Emanuel Vieira
Aconselha-se a reserva antecipada de bilhetes através do email eboraemusica@gmail.com
3 março 2024 - 9 março 2024
Horário: domingo e sábado - 18h00
Convento dos Remédios | av. de S. Sebastião, Évora
entrada: 5€


Mais de 60 coletivos saem à rua este sábado em apelo ao voto contra racismo

Manifestação Nacional Contra o Racismo, a Xenofobia e o Fascismo começa às 15h em Braga, Coimbra, Guimarães, Lisboa, Porto, Faro e Viseu, num apelo à democracia e pela igualdade. Para Portalegre está agendada uma sessão de Leituras de Contos Anti-racistas.
“Numa altura em que o racismo, a xenofobia e a extrema-direita ganham terreno, não só em Portugal, como em toda a Europa e a nível mundial, é urgente sair à rua e mostrar a nossa força, para exigir propostas e ações significativas, concretas e eficazes para combater o racismo estrutural e institucional patente na sociedade portuguesa”, frisa o Grupo de Ação Conjunta Contra o Racismo e Xenofobia, do qual fazem parte a Djass - Associação de afrodescendentes, a Frente Anti-Racista, a rede ex aequo, a SOS Racismo, a Stop Despejos, a Kilombo - Plataforma de Intervenção Anti-Racista, entre mais de sessenta associações e coletivos, determinados “a lutar por um Portugal, uma Europa e um mundo mais inclusivos e inter-culturais, contra todas as opressões e formas de discriminação”.
Com o mote "Vota Contra o Racismo", a Manifestação Nacional Contra o Racismo, a Xenofobia e o Fascismo vai realizar-se, no dia 24 de fevereiro, em sete cidades portuguesas. O protesto começa às 15h em Braga, no Coreto da Avenida Central; em Coimbra, na Praça 8 de Maio; em Guimarães, no Coreto da Alameda de São Dâmaso; em Lisboa, na Alameda; no Porto, na Praça da Batalha; em Faro, no Coreto do Jardim Manuel Bivar e também em Viseu, no Parque Aquilino Ribeiro. Em Portalegre realizar-se-á, pelas 16h, uma sessão de Leituras de Contos Anti-racistas, na Loja da Nave Mãe.
“É urgente que, nos próximos dias, todas as forças políticas democráticas, assumam publicamente compromissos muito claros para combater o racismo, a xenofobia e a islamofobia, que afetam diretamente a vida das pessoas racializadas e comunidades imigrantes, sempre mais vulneráveis no que respeita ao acesso a direitos básicos como a habitação, saúde, educação, transportes, justiça, cultura e informação”, lê-se na convocatória da manifestação.
O grupo de coletivos defende que esta luta se faz todos os dias, nas ruas, nas pequenas e grandes ações e nas urnas, nomeadamente, nas eleições legislativas antecipadas marcadas para o próximo dia 10 de março.
“É urgente dar um sinal inequívoco e público de que recusamos conviver em Portugal com organizações políticas e sociais de extrema-direita, racistas, xenófobas, islamofóbicas e homofóbicas”, refere ainda o Grupo de Ação, lembrando que essas entidades, para além de inaceitáveis e anti-democráticas, são tigualmente ilegais, uma vez que são contrárias à Constituição da República Portuguesa e ao Código Penal.
Arraial multicultural contra o racismo e a xenofobia
"Não passarão!": Arraial contra o racismo encheu o Intendente
Conforme defendem os mais de 60 coletivos, “a negação da realidade, a inércia sistemática e omissão de assunção de responsabilidades que temos testemunhado ao longo de décadas, por parte das entidades com atribuições para zelar pela defesa do Estado de Direito são o terreno fértil para a impunidade dos atos de racismo e de xenofobia”.
O Grupo de Ação alerta para o aumento destas práticas violentas e discriminatórias, confirmado em relatórios da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial,  Comité da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial, Grupo de trabalho das Nações Unidas sobre Pessoas de Ascendência Africana e Comissária do Conselho da Europa para os Direitos Humanos. 
“Sairemos à rua para mostrar que não nos conformamos com a indiferença, a inércia e o desrespeito pelas conquistas do 25 de Abril, de tantas pessoas que deram a sua vida para deixarmos para trás a ditadura que a extrema-direita quer recuperar. A liberdade e a igualdade são os valores que nos movem na defesa da democracia! O silêncio das instituições é cúmplice. Não o acompanharemos nem o legitimaremos”, enfatiza ainda o Grupo de Ação Conjunta Contra o Racismo e Xenofobia, deixando um apelo “a todas as pessoas que acreditam na democracia” para que participem na manifestação do próximo dia 24 de fevereiro.
Figuras conhecidas das mais diferentes áreas já confirmaram a presença no protesto e apelaram também à mobilização, entre as quais Daúto Faquirá, Mafalda Fernandes, João do Rosário, Olga Candé, Priscila Valadão e Diogo Faro, Zé Rui, Soraia Simões de Andrade, Solange Salvaterra Pinto, Mamadou Ba, Selma Uamusse, Belinha, José Eduardo Agualusa, Magda Buruty , Luísa Semedo, Paula Cardoso, Bruno Gonçalves, Hindi Mesleh, Beatriz Gomes Dias, Ana Pina, Rod, Nuna, Valete, Milton Gulli, Conceição Queiroz, Ana Sofia Martins, Nayr Faquirá, Nuno Ramos de Almeida, Ivan Almeida, António Brito Guterres, Paulo Pascoal, Kizua Gourgel, Shenia Karlsson e muitos outros, deixaram o seu apelo à participação na manifestação do dia 24 de fevereiro.
22 de Fevereiro, 2024 - 

23.2.24

CORDOARIA NACIONAL: Exposição "Factum" de Eduardo Gageiro

As Galerias Municipais inauguraram no passado dia 26 de janeiro, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional a exposição Factum, de Eduardo Gageiro, organizada pelas Galerias Municipais/ EGEAC por ocasião dos 50 anos do 25 de abril.
Factum mostra uma seleção alargada de cerca de 170 fotografias de Eduardo Gageiro, um dos mais notáveis fotógrafos portugueses que acompanhou criticamente acontecimentos, modos de vida e personalidades diversas da história recente do país.
Para esta exposição foram realizadas novas e cuidadas digitalizações, tratamentos de imagem, ampliações e impressões de todas as fotografias selecionadas, a partir dos seus negativos originais. Destacam-se, neste âmbito, algumas das imagens mais relevantes do dia 25 de Abril de 1974, entre outras séries de trabalhos, que mostram o país nas suas várias vicissitudes políticas, sociais e culturais, desde a década de 1950 até 2023: trabalho nas fábricas, no campo, na construção civil, emigração, repressão policial do Estado Novo, manifestações populares, revolução, religião, bastidores da política, personalidades várias, entre outros assuntos. A fotografia mais recente foi tirada na manifestação de 25 de abril de 2023.
Esta exposição, preparada ao longo de um ano de trabalho próximo com Eduardo Gageiro, procura dar conta da excecionalidade ética do seu olhar perante diferentes realidades e oportunidades, relevando a importância das suas imagens para uma reflexão mais ampla sobre a história recente de Portugal e sobre a fotografia enquanto índice factual de realidade, acontecimento e de vida.
De 27.01.2024 – 05.05.2024
Horário
Terça a Domingo: 10h - 13h e 14h - 18h
Torreão Nascente da Cordoaria Nacional
Entrada livre

22.2.24

NISA: Subsídios para a História - Início das obras do novo Hospital da Misericórdia (21.2.1954)

Em 21 Fevereiro de 1954, num dia histórico para o concelho de Nisa, tiveram lugar a inauguração do Asilo de Nossa Senhora da Graça, obra da Fundação Lopes Tavares, a imponente manifestação de regozijo e agradecimento a D. António Lopo da Silveira (Alvito) e o lançamento da 1ª pedra para a construção do Hospital da Misericórdia, a mais importante obra na área social e da saúde realizada em Nisa antes do 25 de Abril. O Hospital da Misericórdia, após o 25 de Abril denominado Hospital Sub-Regional de Nisa, situação que levaria à integração da Fundação Lopes Tavares na Santa Casa da Misericórdia, recebeu os primeiros doentes em Abril de 1959, sendo inaugurado oficialmente, um ano depois, a 6 de Abril de 1960. Era uma instituição modelar, na época e pela sua dimensão, a melhor do Alto Alentejo e uma das mais importantes do interior do país. A sua inauguração concretizou o sonho de muitos nisenses e população de todo o concelho que, num verdadeiro espírito bairrista deram as mãos e ergueram uma obra a todos os títulos notável e de prestação de serviços públicos de proximidade, numa área tão carenciada como era a da saúde. 
A história do Hospital da Misericórdia, depois "despromovido" para Centro de Saúde e hoje, tristemente, com uma grande parte do edifício votada a um quase abandono, merece ser contada, a presentes e vindouros. Mais urgente, porém, é impedir a sua morte anunciada. Os corpos sociais da Misericórdia, as autarquias do concelho, com a Câmara Municipal à cabeça, têm, novamente, de dar as mãos, solicitar a intervenção e o apoio do Estado para que todo o extenso conjunto edificado não se perca. Há tanto a fazer, ainda, em áreas de apoio social e na saúde, que seria um autêntico crime de lesa património e de lesa memória, deixar ruir o que para tantos nisenses custou a erguer, constituindo um sonho grandioso e uma incontestável  manifestação de orgulho.


IMAGENS
1 - Edifício principal do Hospital da Misericórdia 
2 - Lançamento da 1ª pedra para a construção do Hospital (21-2 -1954)
3 - Pessoal auxiliar que prestou serviço no Hospital
4 - Pessoal de enfermagem  
5 - Descrição das verbas angariadas para a construção 


ESTREMOZ: Lançamento do livro "Património Azulejar de Estremoz"

O Museu Berardo Estremoz irá receber, dia 9 de março de 2024, pelas 16:00 horas, o lançamento do livro "Património Azulejar de Estremoz: Capela da Rainha Santa Isabel, Capela de Nossa Senhora dos Mártires e Igreja de Nossa Senhora da Consolação", de Elisabete Pimentel, com grafismo de Rui Pimentel, publicada pelas Edições Húmus e patrocinada pelo Município de Estremoz.
A obra pretende dar a conhecer o património azulejar de alguns dos monumentos religiosos mais relevantes de Estremoz, descrevendo-os artisticamente e aprofundando o conhecimento já existente sobre os mesmos. O trabalho surge no âmbito de uma filosofia de valorização do património cultural de Estremoz, onde o conhecimento, a difusão da informação e a fruição são os grande pilares.
Elisabete Pimentel tem formação em Letras, História, e também em Artes, Pintura e Cerâmica, área que exerceu ativamente com a criação de peças escultóricas, criação de painéis decorativos de azulejos, mas também fazendo cópias de azulejos do século XVIII. Radicada na cidade de Estremoz faz parte do Grupo Cidade – Cidadãos pela Defesa do Património de Estremoz e entendeu que era importante estudar o rico património azulejar de Estremoz, enquadrá-lo historicamente o que resultou na publicação do estudo e divulgação da “Capela da Rainha Santa Isabel, Capela de Nossa Senhora dos Mártires e Igreja de Nossa Senhora da Consolação”, considerando ser este o primeiro volume do estudo a que se propôs.
Entrada livre! Venha assistir e participar!


MUSEU DO ALJUBE: Apresentação da revista IDEIA

2 MAR – SÁB, 15H00 - Auditório
“No dia de 2 de Março de 2024, às 15h, a revista A IDEIA apresenta no Museu do Aljube o seu centésimo número, um volume quádruplo de 320 páginas que se faz acompanhar por um suplemento que celebra o centenário do poeta Mário Cesariny, e um número especial consagrado ao meio século da revista, que foi fundada em Paris, em Abril de 1974, por um desertor da guerra colonial, João Freire, ainda vivo e que estará presente na sessão. O número especial será apresentado por Fernando Pereira Marques, que estava também em Paris, em 1974, no momento do nascimento da revista.”
Contaremos com a participação de António Cândido Franco, Risoleta Pedro Pinho, Ricardo António Alves e com a apresentação de Fernando Pereira Marques.
Contamos contigo!

21.2.24

CASA DO ALENTEJO: Apresentação de "O Último Templário Português" no sábado, dia 24

– D. Vasco Fernandes, primeiro comendador de Montalvão, da autoria de Luís Gonçalves Gomes
Apresentação em colaboração com CASA DO ALENTEJO: dia 24 de Fevereiro (sábado), às 16h00
Intervenções:
Dr. Fernando Mão de Ferro, Editor da Colibri
Dr.ª Fátima Campos Ferreira, Jornalista da RTP
Dr. Ernesto Jana, Presidente do Comité Científico do TREF- Templars Route European Federation
Enceramento pelo Autor, Luís Gonçalves Gomes
Actuação: Grupo Coral e Etnográfico "Vozes de Almodôvar"

20.2.24

PORTALEGRE: 1ª Gala de Fado no CAEP

 
24 FEV. SÁB. 21.30H
1ª Gala de Fado de Portalegre
Fado | GA | Entrada Livre | M/6 anos
O Fado está enraizado nas gentes da nossa cidade e do nosso concelho, parte integrante da vida cultural da população, sendo transversal a todas as gerações. No concelho residem muitos "fadistas amadores", gente que adora o Fado no seu todo e que o interpreta de forma sã, com enorme entrega e verdade. São precisamente estes "fadistas amadores" que compõem os elencos e animam os diversos eventos fadistas da região.
A "1ª Gala de Fado de Portalegre" será pois uma oportunidade de reconhecer o seu empenho, valor e dedicação. Cristina Trindade, José Claudino, Júlia Ferreira, Manuel Baptista e Maria Armanda Ferreira cantarão na sua terra e partilharão o palco com um convidado de renome, que apadrinhará cada edição, neste caso Pedro Calado, fadista eborense, que é uma referência no panorama fadista, vencedor do "Grande Prémio do Fado RTP/Rádio Amália”.  
O trio de músicos que acompanha os fadistas é constituído por Bruno Mira, Miguel Monteiro e Carlos Menezes, na Guitarra Portuguesa, Viola de Fado e Contrabaixo respectivamente.
O homenageado na 1ª Gala será o fadista Manuel Gil, recentemente falecido.

TORRE DO TOMBO: Exposição: "Há sempre alguém que diz não!

A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)"
11 Fevereiro a 28 Fevereiro
Entrada livre. 
Lisboa,. Torre do Tombo, 9h30-19h30.
A Torre do Tombo acolhe a exposição 'Há sempre alguém que diz não! – A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)', concebida para dar a conhecer aos mais novos, nascidos antes e depois da democracia, como os jovens entre os 13 e os 17 anos abraçaram a oposição à ditadura.
Pretende-se demonstrar como sentiram o imperativo de contestar as diversas condicionantes da ditadura nas suas vidas: nos estudos, no acesso à cultura, no simples convívio, bem como no seu direito a viver em paz e não ter de fazer uma guerra em África a cuja finalidade não aderiram.
A entrada é livre.

OPINIÃO: Em prol do 25 de Abril

A vida agora é outra. Antigamente não havia saneamento básico, as mulheres tinham que ir lavar a roupa às ribeiras e lavadores públicos. Os filhos de gente pobre andavam descalços e tinham que fazer as necessidades fisiológicas nas azinhagas do campo. Para quê haver tanto ouro nos cofres do Estado se o povo vivia na miséria? Com a democratização da Banca e juros baixos muitos fizeram casas novas. Com a democratização da economia que derrubou os monopólios privados – cujos lucros eram chorudos – muitos formaram novos negócios. As mulheres agora são mais livres, não aturando já tanto quanto antigamente os maridos que lhes batem. O espírito do 25 de abril atravessou toda a sociedade portuguesa. Surgiram novos partidos e igrejas para dar voz aos mais desprotegidos. Agora vivemos a vida em liberdade, já sem a censura e a repressão dos ditadores. É certo que nem tudo está bem, mas antes era pior e os jovens de hoje crescidos em liberdade devem preservar os valores que lhes foram transmitidos. Com a liberdade todos têm voz ativa, até mesmo, por paradoxo, os inimigos da liberdade e da democracia. A cada crise democrática fortalece-se mais a liberdade; agora somos livres com responsabilidade para escolher o nosso próprio caminho. 

* José Oliveira Mendes19 de fevereiro de 2024

FOTO: Celebração dos 40 anos do 25 de Abril (Nisa)



PORTALEGRE: “Cirandinhas e Carnaval das Crianças" - CAEP

23 FEV. SEX. 21.30H
“Cirandinhas e Carnaval das Crianças" - o Concerto
Recitais da Escola de Artes do Norte Alentejano
Música Clássica | PA | Entrada Livre | M/6 anos
As "Cirandinhas" ou "Cirandas" são pequenas joias musicais que incorporam a rica tradição das cirandas brasileiras, apresentando melodias cativantes e ritmos envolventes que refletem a alegria e a vitalidade da infância, com danças e canções tradicionais. As cirandas possuem uma forte ligação com a cultura popular e são frequentemente associadas a celebrações festivas, como festas religiosas, eventos comunitários e, até mesmo, ao Carnaval.
Ao longo da rica história da música, diversos compositores foram inspirados pela efervescência e pela alegria do Carnaval, resultando em composições notáveis que capturam a atmosfera festiva de maneiras distintas. Entre essas obras, destacam-se o “Carnaval de Viena” e "Carnaval op. 9", de Robert Schumann, uma série de peças para piano que retratam diferentes personagens e cenas carnavalescas, bem como o encantador "Carnaval dos Animais", de Camille Saint-Saëns, que explora de forma lúdica e imaginativa a diversidade da fauna.  
Neste espetáculo, a magia das "Cirandinhas" entrelaça-se com a energia contagiante do "Carnaval das Crianças", uma suíte que celebra a festividade e a exuberância carnavalesca com personagens infantis.
Em parceria com o CAEP, propomo-nos a realizar um ciclo de Recitais de cariz musical. Esta é uma aposta educativa da Escola de Artes do Norte Alentejano (EANA), que junta crianças e jovens, promovendo a participação, responsabilidade e a criação cultural, numa lógica de inclusão e aprendizagem, tornando as artes acessíveis a todos.

19.2.24

OPINIÃO: Acrescenta ainda mais ódio

Desde há muito que se percebe a tendência global do crescimento da extrema-direita. Apresentam-se como antissistema, mas não passam de ressabiados que sempre apostaram no sistema capitalista. Sem solução, este modelo revelou ao longo da história, que é antissocial, anti ambiental e economicamente insustentável. Cria desigualdades, desprotege a natureza e Karl Marx, um grande pensador do séc. XIX, provou ser um sistema ciclicamente falível.
Já temos exemplos no mundo do que é a extrema-direita a governar. Por exemplo em Itália, o governo de Meloni quer anular o crime de abuso de poder; na Argentina, Milei corta apoios a doentes com cancro; Israel, com Netanyahu, promove um autêntico genocídio em Gaza, enquanto Putin e Zelensky inchados com os seus nacionalismos, obrigam soldados de ambos os lados a morrer numa guerra estúpida. Neste último caso é interessante vermos como a extrema-direita se divide com Marine Le Pen e Viktor Órban do lado de Putin e Meloni do lado de Zelensky entre outros que não se declaram. Um dia destes ainda vão dizer que não conhecem, nem ouviram falar de Bolsonaro nem de Trump ambos a contas com a justiça.
No caso de Trump, adepto de Putin, a situação é ainda mais caricata, porque acossado pela justiça ele acha-se acima de tudo. É o cúmulo quando percebemos que Trump ainda pode ser eleito, apesar de tudo o que se sabe. Putin, bate palmas, enquanto garante que não tem preferências; Zelensky tem de pensar muito bem no futuro do seu país e a Europa bem se pode penitenciar, por pensar que tem nos EUA um amigo. Aliás quem não gastar 2% do seu PIB com a defesa, pode ser invadido pela Rússia, como ameaçou Trump.
São pequenos exemplos da atuação destes extremistas, mas o mais relevante é a forma de governar tendenciosamente e a proteger os poderosos; basta ver quem são os financiadores do Chega. Quanto à atitude deles, ficou bem evidente a recente manifestação em Lisboa contra uma suposta e falsa islamização, em que os manifestantes, nem esconderam a sua veia de hooliganismo, ou seja, vandalismo. Foram visíveis os sinais de violência e ódio, contrastando com a manifestação pacífica em sentido contrário no Intendente.
Estamos numa altura de instabilidade política e a subida do Chega e consequente fracturação da direita, não acrescenta solução, mas sim impasses, com o PSD encostado às cordas a dizer que não coliga com o Chega, mas sabe que precisa dele. A recuperação da AD, com um CDS desaparecido e o PPM sem eira nem beira, veio complicar ainda mais a situação política; por exemplo na Madeira, o Chega diz que se coliga com o PSD, mas o CDS não pode ter cargos… E agora? Para que serve o voto à direita, ou extrema-direita?
Chegámos aqui com o falhanço de sucessivos governos do PS e PSD/CDS. A falta de credibilidade e o cansaço de vermos tantos casos que ensombram a política criaram os chamados “descontentes” que, sem cultura política são capazes de votar num partido, sem conhecerem o programa e sem ao menos perceberem se é ou não, mais do mesmo…
Depois temos o papão criado pela extrema-direita e apoiado por muitos comentadores de que à esquerda, vamos ser mais uma Venezuela. Recordo que não foi só José Sócrates a negociar nesse país, Paulo Portas também o fez e até afirmou que Hugo Chávez era nosso amigo. Mais à esquerda a questão prende-se na defesa do direito do povo venezuelano em escolher o seu futuro. Nem Maduro, nem Guaidó defendem os interesses do povo e acresce ainda a ingerência do imperialismo norte-americano.
Também aqui a União Europeia, esteve mal ao andar sempre a reboque dos Estados Unidos. Mas o que podemos esperar de uma União Europeia que sempre teve uma maioria de direita e tem imposto medidas de direita aos seus Estados Membros? O pior é não sabermos qual vai ser o futuro da União Europeia onde a extrema-direita eurocética cresce.
Há muito que se fala do crescimento desta tendência e não pudemos ficar indiferentes à violência nas Escolas, insultos racistas nos estádios de futebol, perseguição e violência pela orientação sexual ou pela identidade de género. Os crimes de discriminação e incitamento ao ódio aumentaram 38% em 2023; e quando equaciona as questões religiosas, a extrema-direita acrescenta ainda mais ódio e divisão. 
* Paulo Cardoso 16-02-2024 - Programa Desabafos - Rádio Portalegre


PONTE DE SOR: Apreensão de 250 quilos de cortiça furtada

O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Ponte de Sor, no dia 13 de fevereiro, identificou dois homens de 55 e 65 anos, por suspeita de furto de cortiça, no concelho de Ponte de Sor.
No âmbito de uma ação de patrulhamento preventivo no concelho de Ponte de Sor, os militares da Guarda abordaram um veículo suspeito, tendo sido possível detetar no seu interior uma grande quantidade de cortiça.
No decorrer diligências policiais, foi efetuada uma revista pessoal de segurança aos suspeitos e uma busca sumária ao veículo, tendo sido apreendidos 250 quilos de cortiça que havia sido furtada e um machado.
Os suspeitos foram identificados e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Ponte de Sor.

NISA: Deu nome a esta rua (II): Rua Baptista Rosa (Urbanização das Amoreiras)

A União de Freguesias de Nossa Senhora da Graça, Espírito Santo e S. Simão, está a proceder à colocação das respectivas placas toponímicas, dando relevo à identificação de muitas artérias e sua relação com os moradores, ao mesmo tempo homenageando a vida e memória de ilustres nisenses.
Rua BAPTISTA ROSA
" Baptista Rosa foi um homem de bem; um catalizador de ideias; um construtor de sonhos; um nome fundamental na edificação daquilo que se convencionou chamar o "cinema novo português; uma assinatura prodigiosa da televisão". - Baptista Bastos
João Emílio Baptista Rosa nasceu em Nisa, a 18 de Março de 1925 e faleceu em Lisboa a 6 de Outubro de 1982. Funcionário da RTP desde 1956, onde desempenhou as funções de Chefe dos Serviços de Reportagem, repórter, operador, montador, guionista e realizador, Baptista Rosa deixou o seu nome ligado a inúmeros programas e séries da RTP, entre as quais Horizonte, Cinema Sem Estrela, Curto-Circuito, Zip-Zip, Cinema 60, Este Século em que Vivemos. Foram também famosas as suas reportagens para a televisão, quer a nível nacional quer a nível internacional como a da visita a Portugal da Rainha Isabel II e a da morte do Papa João XXIII. Como jornalista, também Baptista Rosa teve larga actividade. Foi chefe de redacção de Filmagem, director das revistas Imagem e Plateia e do semanário O Benfica, deixando ainda colaboração dispersa por muitos jornais e revistas e também na Rádio.
Em 1956, como operador de imagem acompanha o arranque das emissões de Televisão, munido da experiência adquirida nos Serviços Cartográficos do Exército, onde chegou a chefe de divisão de Fotografia e Cinema e ao posto de tenente-coronel.
FILMOGRAFIA
Imagens de Nisa (1949); Supervisão da I Exposição de Arte dos Trabalhadores (1952); O Natal na Arte Portuguesa (1954); Azulejos de Portugal (1958); supervisão e produção de Como se Fabrica a Margarina Chefe (1961; A paixão de Cristo na Pintura Antiga Portuguesa (1961); Semana Santa em Óbidos (1963); O Forcado (1965); Instituto Nacional de Educação Física (1967); O Romance do Luachimo (1968); A Arte dos Povos de Luanda (1968); Cartografia, Arte e Técnica (1969); Fundação Gulbenkian - Doze Anos de Actividade (1972).
Notas
1 - Baptista Rosa privou com os principais nomes da cena cinematográfica e do mundo do espectáculo das décadas de 50 e 60, como mostram as fotos que abaixo publicamos.
2 - A rua a que foi atribuído o nome de Baptista Rosa, constituía o arruamento principal e central da antiga Horta do Parreirão na Estada das Amoreiras, de que era proprietário e que mais tarde foi vendida à Câmara Municipal de Nisa, que ali edificou o complexo de piscinas municipais e construiu as infra-estruturas da Urbanização das Amoreiras.



PORTALEGRE: ASAE desmantela rede de falsificação de azeite e apreende mais de 510 litros do produto falsificado

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou, esta sexta feira, o desmantelamento de uma rede de falsificação de azeite, na sequência de ações desenvolvidas nas imediações da cidade de Portalegre e margem Sul do Tejo.
Em comunicado enviado à Rádio Portalegre, a ASAE indica ter inspecionado diversos operadores económicos não sedentários, com ligações entre si, tendo sido detetado em flagrante delito a comercialização de um produto com indicação de “azeite virgem” com forte suspeita de se tratar de óleo alimentar, apresentando preços unitários por embalagem de cinco litros a rondar os 30 e 40 euros.
No mesmo comunicado a ASAE revela ter instaurado três processos crime, pelos ilícitos de Fraude sobre Mercadorias e géneros alimentícios anormais falsificados e apreendidos 510 litros de azeite falsificado, centenas de rótulos, uma viatura de mercadorias e documentação probatória e indiciária, tudo avaliado em aproximadamente 29 mil euros.  
Foram ainda realizadas 18 colheitas de amostras a todos os produtos oleicos detetados, as quais foram encaminhadas para o Laboratório de Segurança Alimentar da ASAE, para a realização das respetivas análises físico-químicas e sensoriais.
Os suspeitos foram Constituídos Arguidos e sujeitos a Termo de Identidade e Residência, tendo os factos sido comunicados à Autoridade Judiciária.
* Gabriel Nunes - Rádio Portalegre 16-02-2024

IN MEMORIAN: Praça na Damaia evoca nisense João Caixado

O nome do nisense João José Dinis Caixado, falecido a 2 de Outubro de 2020, foi atribuído a uma artéria da Damaia, localidade onde residia e à qual dedicou muito do seu saber como fundador e dirigente do Casal Popular da Damaia - Associação Solidariedade Social Vencer, reconhecida oficialmente como de utilidade pública, sem fins lucrativos, e que desenvolve uma actividade social, dirigida ao apoio às crianças e idosos.
Nascido em Nisa em 1954 e economista de formação, forjou a sua experiência e consolidou o seu prestígio, inquebrável, na defesa dos trabalhadores, em duras e persistentes negociações pela melhoria dos Contratos Colectivos de Trabalho e outros instrumentos reivindicativos, tanto em representação do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, como de outras entidades sindicais, em especial as dos ferroviários, representações a que deu sempre o melhor de si e a que juntava um rigoroso estudo dos assuntos em discussão, base fundamental para o êxito das missões em que se envolvia

Em representação do Casal Popular da Damaia desempenhou a função de tesoureiro na
União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Lisboa (UDIPSS), durante o quadriénio 2016-2019.
Em 7 de Outubro de 2020, a Câmara Municipal da Amadora aprovou um voto de pesar pelo seu falecimento, no qual enaltecia o percurso deste filho de Nisa, pautado pelo “ humanismo, solidariedade e dedicação às causas comuns.”
Evocando a personalidade de João José Dinis Caixado e o seu contributo para o desenvolvimento do concelho da Amadora, principalmente na vertente social, a Comissão Municipal de Toponímia decidiu em 8 de Setembro de 2022 a atribuição do seu nome a uma Praça da Damaia.
Uma distinção e reconhecimento que o Dr. João José Dinis Caixado fez por merecer em vida, dedicando-se de corpo e alma às causas sociais na terra que o acolheu e na qual viveu a maior parte da sua existência.