19.2.24

NISA: Deu nome a esta rua (II): Rua Baptista Rosa (Urbanização das Amoreiras)

A União de Freguesias de Nossa Senhora da Graça, Espírito Santo e S. Simão, está a proceder à colocação das respectivas placas toponímicas, dando relevo à identificação de muitas artérias e sua relação com os moradores, ao mesmo tempo homenageando a vida e memória de ilustres nisenses.
Rua BAPTISTA ROSA
" Baptista Rosa foi um homem de bem; um catalizador de ideias; um construtor de sonhos; um nome fundamental na edificação daquilo que se convencionou chamar o "cinema novo português; uma assinatura prodigiosa da televisão". - Baptista Bastos
João Emílio Baptista Rosa nasceu em Nisa, a 18 de Março de 1925 e faleceu em Lisboa a 6 de Outubro de 1982. Funcionário da RTP desde 1956, onde desempenhou as funções de Chefe dos Serviços de Reportagem, repórter, operador, montador, guionista e realizador, Baptista Rosa deixou o seu nome ligado a inúmeros programas e séries da RTP, entre as quais Horizonte, Cinema Sem Estrela, Curto-Circuito, Zip-Zip, Cinema 60, Este Século em que Vivemos. Foram também famosas as suas reportagens para a televisão, quer a nível nacional quer a nível internacional como a da visita a Portugal da Rainha Isabel II e a da morte do Papa João XXIII. Como jornalista, também Baptista Rosa teve larga actividade. Foi chefe de redacção de Filmagem, director das revistas Imagem e Plateia e do semanário O Benfica, deixando ainda colaboração dispersa por muitos jornais e revistas e também na Rádio.
Em 1956, como operador de imagem acompanha o arranque das emissões de Televisão, munido da experiência adquirida nos Serviços Cartográficos do Exército, onde chegou a chefe de divisão de Fotografia e Cinema e ao posto de tenente-coronel.
FILMOGRAFIA
Imagens de Nisa (1949); Supervisão da I Exposição de Arte dos Trabalhadores (1952); O Natal na Arte Portuguesa (1954); Azulejos de Portugal (1958); supervisão e produção de Como se Fabrica a Margarina Chefe (1961; A paixão de Cristo na Pintura Antiga Portuguesa (1961); Semana Santa em Óbidos (1963); O Forcado (1965); Instituto Nacional de Educação Física (1967); O Romance do Luachimo (1968); A Arte dos Povos de Luanda (1968); Cartografia, Arte e Técnica (1969); Fundação Gulbenkian - Doze Anos de Actividade (1972).
Notas
1 - Baptista Rosa privou com os principais nomes da cena cinematográfica e do mundo do espectáculo das décadas de 50 e 60, como mostram as fotos que abaixo publicamos.
2 - A rua a que foi atribuído o nome de Baptista Rosa, constituía o arruamento principal e central da antiga Horta do Parreirão na Estada das Amoreiras, de que era proprietário e que mais tarde foi vendida à Câmara Municipal de Nisa, que ali edificou o complexo de piscinas municipais e construiu as infra-estruturas da Urbanização das Amoreiras.