31.1.13

Sporting vai renascer em Nisa


Um grupo de nisenses propõe-se fazer renascer o Sporting Clube de Nisa, colectividade que teve vida efémera em Nisa nos anos trinta e princípio da década de quarenta, durante a qual sustentou uma saudável rivalidade  desportiva com o Sport Lisboa e Nisa (Benfica).
Nesse sentido, e como Comissão Instaladora do Sporting Clube de Nisa, convocaram uma 1ª Reunião na qual serão prestadas todas as informações sobre os principais objectivos que estão na base desta iniciativa de ressurgimento da colectividade.
 CONVOCATÓRIA
 Venho por este meio convocar os Sportinguistas para a 1.ª reunião da Comissão Instaladora do Sporting Clube de Nisa, a ter lugar na sede da Sociedade Artística Nisense, sita na Rua Cândido dos Reis, 26/28, em Nisa, sexta-feira, dia 8 de Fevereiro de 2013, com início às 21 horas, com a seguinte:
 ORDEM DE TRABALHOS
 1 – Apresentação dos objectivos da colectividade
 2 – Criação da Comissão Instaladora:
•          Pelouros;
•          Sede
3 – Assembleia Constitutiva:
•          Estatutos;
•          Emblema da colectividade;
•          Data da Assembleia Constitutiva, local, preparação
 4 – Contacto com o Sporting Clube de Portugal:
•          Integração no movimento de filiais e núcleos
 5 – Actividades
 6 – Despesas
 7 – Quota anual e jóia:
•          Adultos, jovens, crianças
 8 – Meios de contacto
 9 – Inscrição de membros da colectividade (residentes e não residentes):
•          Lista de Sportinguistas a contactar
 Nisa, 25 de Janeiro de 2013
Pel’A Comissão Instaladora

ESTUDO DA MARKTEST: Alentejo com maior taxa de analfabetismo

Os Censos de 2011, do INE, revelam que a taxa de analfabetismo em Portugal é de 5.23%, um valor que quase duplica na região do Alentejo.
Os Censos de 2011 vieram mostrar que, entre os 10 562 178 habitantes do país, cerca de meio milhão (499 936) são analfabetos com 10 ou mais anos, o que significa que a taxa de analfabetismo se situa nos 5.23%.

Este valor apresenta, no entanto, importantes variações a nível regional. Lisboa é a região com menor taxa de analfabetismo (3.23%) e o Alentejo a que apresenta uma taxa mais elevada, de cerca de 3 vezes o valor de Lisboa, com 9.57%. A região Norte e os Açores apresentam valores abaixo da média nacional, enquanto nas restantes regiões se observam valores acima desta média.
Os concelhos de Idanha-a-Nova e Oeiras ocupam os lugares extremos da lista: em Idanha-a-Nova regista-se o máximo concelhio de 20.64% de analfabetos com 10 ou mais anos, enquanto em Oeiras se contabiliza a taxa mais baixa, de 2.22%.
Em 226 dos 308 concelhos do país a taxa de analfabetismo supera a média nacional.
Já ao nível da freguesia, os dados do INE mostram uma clara distinção entre o litoral e o interior, sendo nestas freguesias que a taxa de analfabetismo se apresenta mais elevada. Tal constatação pode observar-se no mapa seguinte.
A freguesia de Mosteiro (concelho de Lajes das Flores) foi a única onde nenhum analfabeto com 10 ou mais anos foi recenseado. As freguesias de Nevogilde (concelho do Porto), com uma taxa de 0.55%, São João de Deus e São Sebastião da Pedreira (concelho de Lisboa), com 0.76% e 0.84%, e Alfragide (concelho de Amadora), com 0.90%, são as freguesias com menor taxa de analfabetismo.
No extremo oposto, as freguesias de Casteleiro (concelho de Sabugal), com 41.74%, Coruche (concelho de Aguiar da Beira), com 38.78%, Bruçó (concelho de Mogadouro), com 36.89%, Sarzedo (concelho de Covilhã), com 36.72%, e Parada de Monteiros (concelho de Vila Pouca de Aguiar), com 36.23%, apresentam as taxas mais elevadas.
Os dados actualizados dos Censos do INE irão ser analisados no Sales Index, o sistema de geomarketing do Grupo Marktest. Contacte-nos se pretende uma demonstração ou mais informações sobre esta aplicação.

30.1.13

Monte Filipe dá mais quatro estrelas ao Alentejo





No concelho de Nisa, estreia-se o Monte Filipe, hotel de quatro estrelas, com spa e restaurante, focado no turismo de saúde e bem-estar.
Em três pisos, o Monte Filipe oferece 48 quartos duplos e duas suítes, além de restaurante e um futuro spa. Com uma capacidade máxima para 120 hóspedes, o novo hotel de quatro estrelas, com abertura marcada para 31 de Janeiro, inclui, entre outras valências, restaurante, sala de reuniões e loja de artesanato.  
 Na cave do hotel, encontrar-se-á o spa com quatro gabinetes para massagens, tratamentos de beleza e bem-estar, sauna, banhos turcos, jacuzzi, piscina interior e exterior biológica, hidromassagem e banho "Vichy".
O projecto, um investimento de 3,5 milhões de euros (75% de fundos comunitários), tem o seu foco no turismo de saúde e bem-estar - até porque o Complexo Termal da Fadagosa fica a pouco mais de 5km. Segundo Rui Lopes, administrador da empresa promotora do projecto (R. D. Lopes), a oferta na área de turismo de saúde e bem-estar é "escassa" embora conte com uma "enorme procura".
Outra aposta é no turismo de Natureza, já que a unidade hoteleira está associada ao Geoparque da Naturtejo, o que também lhe permitirá beneficiar de uma estratégia de promoção integrada.
A empresa promotora, adianta a Lusa, espera ainda que o hotel, que deverá ser responsável por 14 novos postos de trabalho, venha a ser reconhecido como Empreendimento Turístico de Natureza, pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
O início do ano é pródigo em novos projectos hoteleiros no Alentejo, incluindo a abertura do três estrelas Villa Aljustrel ou do cinco estrelas Alentejo Marmoris, em Estremoz.
 Carla B. Ribeiro - Público (Fugas) - 28.01.2013

ALPALHÃO: Carnaval com música e animação

O Grupo Contradanças Alpalhoense, a Sociedade Recreativa Alpalhoense e a Associação de Jovens de Alpalhão – AJAL – organizam em conjunto o programa de festejos carnavalescos a terem lugar nesta freguesia do concelho de Nisa.
Os festejos de Carnaval têm início no dia 31 de Janeiro (5ª Feira) com o desfile do “Enterro de Compadres”, pelas 15 horas, numa iniciativa que conta com a colaboração da Escola Básica de Alpalhão.
No Domingo, 3 de Fevereiro, tem lugar o desfile de “Índios e Cowboys”, com início às 15 horas no Largo do Coreto e no dia 7, celebra-se a 5ª Feira de Comadres, com o desfile das ditas, em trajes tradicionais, tendo início às 10 horas na Escola Básica de Alpalhão. À noite, na Sociedade Recreativa Alpalhoense haverá Danças de Salão, a cargo da Escola Silvina Candeias, com danças e cantares alusivos ao Carnaval.
O Domingo Gordo (10 de Fevereiro) é, habitualmente, o dia maior da festa de Carnaval de Alpalhão, com o imponente desfile das Contradanças, onde se homenageia as vestes garridas das gentes da terra, ornamentadas com reluzentes peças de oiro, o “troféu” maior para quem, através do duro trabalho no campo, conseguia aforrar algum dinheiro e comprar os almejados grilhões, brincos ou medalhões artisticamente trabalhados.
É um espectáculo a não perder, mesmo para aqueles que o julgam repetitivo e sem interesse. À noite, na Sociedade Recreativa, a animação continua com um baile abrilhantado pelo músico Nuno José.
Prossegue a festa na 2ª feira, o Dia de Ciganas, com desfile alusivo às mesmas e a ter início como o do dia anterior, no Largo do Coreto.
O baile na Sociedade Recreativa, à noite, tem animação musical a cargo de Vítor Manuel Realinho.
No dia 12, terça-feira, o Largo do Coreto acolhe, pelas 15 horas, a concentração para o Desfile de Entrudo, este com tema livre e à noite, na Sociedade Recreativa a animação mantém-se com baile e animação musical de Nuno José.
Nos dias 10, 11 e 12 haverá matinés na Sociedade Recreativa Alpalhoense e a AJAL promove um Concurso de Carnaval destinado a premiar os melhores mascarados, para além dos torneios de dominó, sueca e ping-pong a realizar nas instalações desta colectividade.

27.1.13

Região de Portalegre de luto: Acidente com autocarro provocou 11 mortos








Um despiste que envolveu um autocarro de matrícula espanhola onde seguiam 43 ocupantes, pertencente à empresa transportes Rabazo de La Codosera, provocou esta manhã 11 mortos e diversos feridos graves, com 7 crianças entre os feridos.
A viagem iniciou-se com excursionistas provenientes de localidades vizinhas como Arronches, Assumar, Portalegre e Castelo de Vide, cujo destino era Santa Maria da Feira onde iam ver o Presépio Gigante, mas o autocarro cerca das 8h00 da manhã, perdeu o rumo numa descida marcada por uma curva acentuada no IC8 perto da saída do Carvalhal na zona da Sertã.
O autocarro saiu da via e bateu nos railes, galgou e caiu numa ravina com cerca 30 metros.
No local estiveram mais de 200 elementos de Socorro ás vitimas, sendo montado um hospital de campanha, a operação que levou ao corte da via decorreu durante toda a manhã.
Os feridos foram transportados para os hospitais, desconhecendo-se de momento a identidade das vitimas.

Projecto 80 abre candidaturas para jovens com atitude


 1ª Fase decorre de 21 janeiro a 15 de Março
· Associações de Estudantes do Ensino Básico e do Ensino Secundário de todo o país podem realizar a candidatura dos seus projetos de sustentabilidade ao Projeto 80 entre 21 de janeiro e 15 de março
· São candidatos projetos de sustentabilidade, empreendedorismo e cidadania democrática desenvolvidos pelos alunos, com idades entre os 13 e os 17 anos, nos anos letivos 2011-2012 ou 2012-2013
· O Projeto 80 visa dinamizar o movimento associativo nas Escolas e promover a educação para a sustentabilidade, empreendedorismo e cidadania
O Projeto 80, promovido pelo Governo de Portugal em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção Geral de Educação e o Instituto Português do Desporto e Juventude, bem como com a Quercus e o Green Project Awards, e apoiado pela ADENE, Amb3E e Sociedade Ponto Verde, é um projeto de âmbito nacional que visa dinamizar o movimento associativo nas Escolas e promover a educação para a sustentabilidade, empreendedorismo e cidadania democrática.
Podem candidatar-se ao Projeto 80, as Associações de Estudantes (AE´s) do Ensino Básico e do Ensino Secundário que desenvolvam um ou mais projetos de sustentabilidade, nomeadamente, projetos que promovam a gestão eficiente de recursos, a diminuição da pegada carbónica e hídrica, a biodiversidade, o empreendedorismo, a economia verde e a inovação social, bem como o voluntariado ou outras formas de cidadania e participação pública.
 Os alunos têm que apresentar os seus projetos através das AE´s das suas escolas, formalmente constituídas ou em fase formal de constituição, podendo apresentar projetos desenvolvidos nos anos letivos 2011-2012 ou 2012-2013.
O Projeto 80 desafia os jovens das AE´s, de todo o país, a darem o seu 80 incentivando-os a serem participativos na comunidade onde se integram e a contribuírem, de forma ativa, para o aumento do bem-estar social, ambiental e económico através da criação de iniciativas que visam a adoção de boas práticas em áreas transversais da sociedade.
A segunda fase de candidaturas decorrerá entre 16 de março e 31 de maio e será "acompanhada" pelo Roadshow Projeto 80, que visitará escolas das dezoito capitais de distrito.
Em cada uma das fases são escolhidos três projetos finalistas, o que significa que seis projetos são candidatos ao prémio "Iniciativa Jovem" do Green Project Awards Portugal.
 Associações de Estudantes do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, jovens entre os 13 e 17 anos, comunidade escolar, Pais e encarregados de educação são os públicos do Projeto 80, que podem acompanhar o roteiro e desenvolvimento do Projeto 80 em www.projeto80.pt e http://www.facebook.com/Projeto80.

25.1.13

NISA: 16º Rally Paper


OPINIÃO: Homenagem devida


A HOMENAGEM DEVIDA: REFLECTIDA NO ESPELHO GIRATÓRIO DA HUMANIDADE RIQUÍSSIMA DE NISA, O SEGUNDO NOSSO MELHOR PATRIMÓNIO A SEGUIR AO DA NOSSA GLORIOSA PADROEIRA, NOSSA SENHORA DA GRAÇA,.... VEJO NUM PLANO SUPERIOR, DESCULPEM-ME OS MEUS ILUSTRES CONTERRÂNEOS NUM RELATIVO IMPEDIMENTO MAS QUE NUNCA FICARÁ PREJUDICADO O DEVER DE IMPARCIALIDADE E OBJECTIVIDADE, AQUI FIRMEMENTE OBSERVADAS  E TESTADAS.... UMA FIGURA , CUJAS QUALIDADES   HUMANAS  DE TANTA ESPÉCIE E VALOR QUE MUITOS NÃO IMAGINAM, UM SER DOCE E BOM... QUE FAZ DELE UM DOS MELHORES  SERES DE NISA, ALGUÉM A QUEM DEVO QUASE TUDO O QUE SOU, QUE ME ENSINOU A OLHAR...., A SERVIR, A COMPREENDER SEM DISTINGUIR O SEU PODER OU RIQUEZA, A VER NOS OUTROS ANTES DE TUDO IRMÃOS, TANTAS VEZES MARCADOS POR DORES, SOFRIMENTOS A QUE NOS CABE ACORRER, ESSE SER MAGNÍFICO, ESSE SER DOCE E BOM, ESSE NOSSO CONTERRÂNEO ILUSTRÍSSIMO É O MEU QUERIDO IRMÃO ANTÓNIO,... DEVIA IGNORAR? ANTÓNIO DA GRAÇA CASTANHO).
 Já por diversas vezes o meu espírito acusava esta omissão do dever de dizer alguma coisa  sobre um dos melhores seres humanos, um nosso conterrâneo, que escondido na sua humildade quási dele não se dá conta.
Porém, meu irmão António, o meu querido irmão António, já faz muitos anos que se trata de um dos melhores e maiores valores da nossa terra.
Foram poucos os que como ele ladearam obstáculos sem sombra de exibicionismo.
 Sempre vi meu irmão respeitar o meu sentido de independência, com espírito crítico, mas sem jamais interferir na área da liberdade de escolha do meu caminho pessoal.
Aí comecei a ver a grandeza do seu carácter, a sua superior dimensão mental , intelectual e moral do meu irmão.
Ainda hoje supera quase todos na análise, na abordagem espantosa que com facilidade faz de temas da actualidade.
Mas sobretudo o que me conforta saber é que meu irmão prossegue, cultiva o bem como único sentido de vida.
E que lembra alguém tão bom que iluminou as mossas vidas para sempre, e que tu representas tão bem como neto, o nosso avô Chaves.
Daí que meu bom António traga à memória da nossa gente a tua enorme e rica personalidade que se enquadra tão bem na enorme riqueza da nossa linda paisagem humana nisense, em cujo quadro ficas tão bem e tenho a honra e o dever de  te colocar em natural lugar de destaque.
Por tudo o que te devo, mas sobretudo por me teres ensinado a olhar, a amar , a servir , razão fundamental  das nossas vidas, mas antes de tudo pelas tuas próprias e  excepcionais qualidades de carácter e de ser humano.
Abraços do João
João Castanho

24.1.13

AMIEIRA DO TEJO: II Evento de Recriação Histórica


Andebol juvenil quer singrar no Alentejo


Inijovem (Nisa)
Zona Azul (Beja)
Amizade e fair-play no final do jogo
Nacional de Iniciados Masculinos com grande animação
Nem só de futebol vive o desporto na região e comprová-lo está a realização do Campeonato Nacional de Andebol no escalão de Iniciados Masculinos que completou no passado fim-de-semana, a décima segunda jornada.
A série alentejana da competição (Zona 9) integra clubes filiados nas associações de andebol de Beja (Associação Cultural e Recreativa Zona Azul de Beja e Centro de Cultura Popular de Serpa) Évora (Évora Andebol Clube) e Portalegre (Cruz de Malta Andebol Clube de Crato, Inijovem, de Nisa, Grupo Experimental de Ponte de Sor e Ginásio Andebol Portalegre) que têm proporcionado animados jogos, onde impera o fair-play e têm constituído, por isso, uma excelente forma de divulgação da modalidade.
No domingo, dia 20, assistimos a um desses jogos, que opôs, em Nisa, a equipa local, Inijovem e os jovens andebolistas da Zona Azul, de Beja.
Uma partida bem jogada, com constantes alterações no marcador e que terminou com a vitória da equipa nisense, menos “madura” e que suplantou essa diferença com garra e o apoio do público.
Bonito foi assistir, no final do jogo, à demonstração de desportivismo, com todos os atletas perfilados e abraçados no centro do recinto, mostrando que o andebol – como todas as modalidades desportivas – não são mais do que uma manifestação de amizade e de salutar convívio.
 Campeonato Nacional de Andebol – Iniciados Masculinos – Zona P9
Resultados da 12ª Jornada
Cruz de Malta, 11 CCP Serpa, 52
Inijovem, 24, ACR Zona Azul, 18
GE Ponte de Sor, 34 Évora AC, 29
Folgou: Ginásio Andebol Portalegre
 Próxima Jornada (27/1/2013)
ACR Zona Azul – GA Portalegre
CCP Serpa – GE Ponte de Sor
Évora AC – Inijovem
Folga: Cruz de Malta AC


23.1.13

NISA: Festas do Mártir Santo em fotos (1)











A rigorosa invernia e o mau tempo não chegaram para tirar brilho às festas em honra de S. Sebastião - Mártir Santo - realizadas no passado fim de semana em Nisa.

21.1.13

ENTREVISTA: "No Alentejo sinto-me sempre em casa"


Dora Maria, 37 anos, lançou em Abril de 2011 o seu primeiro trabalho: “Mar de Tanto Amar”. No sábado, 26 de Janeiro, pelas 21,30h, é este espectáculo que leva a todos os que acorrerem ao Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre, num regresso à região que lhe moldou a alma e os sentimentos. Pretexto para conhecermos um pouco melhor esta professora de Abrantes que canta o fado a dançar, espontaneamente.
Quem é a Dora Maria?
“Dora Maria Valente Caldeira é o meu nome e nasci por mero acaso em Lisboa, já que as minhas origens são alentejanas, de Nisa. Vim, no entanto, aos 7 meses de idade para a cidade de Abrantes. Daí haver uma miscelânea, na minha forma de ser e de estar, um toque das planícies alentejanas com laivos das lezírias ribatejanas.”
De onde vem esta motivação e o gosto pelo canto?
“Desde tenra idade, comecei a ouvir fado, primeiro na voz de minha mãe que me embalava a cantar o «Xaile de minha mãe» e foi mesmo com ela que cantei os primeiros versos.
A primeira vez que pisei um palco tinha 5 anos de idade e cantei mesmo sem músicos. O gosto pelo palco surgiu nesse dia…
Desde que me conheço como gente que gosto de cantar. As minhas brincadeiras de infância passavam sempre pela música. Gostava de cantar para os outros. As pessoas juntavam-se para me ouvir e isso fazia-me feliz. Cantava em festivais, no coro da igreja, depois mais tarde na Tuna Académica de Beja, como solista, até que um dia o Fado veio para ficar. Reavivei o gosto pelo fado que tinha ficado adormecido durante alguns anos, quando estive a estudar em Beja. Em tertúlias de amigos, Francisco Fanhais acompanhava-me num fadinho ao final da noite e dizia me sempre que o Fado é que era a minha canção. Senti que ele tinha razão. Comecei a cantar numa casa de fados. A partir daí o Fado não mais me deixou e nem eu a ele.”
Houve alguma razão especial que a levasse a escolher este género musical?
“Como disse, já gostava de fado quando era pequenina. Ouvia fado em casa dos meus pais e em casa de um tio que ouvia essencialmente Fernando Farinha e aquela sonoridade mexia com os meus sentimentos, já naquela altura, de uma forma que não conseguia explicar. Depois, já com 18 anos, comecei a cantar fado. Tem sido uma descoberta e quanto mais trilho os caminhos do fado, mais me apego a ele. É único o som da guitarra, o ambiente místico, os poemas que o fado nos traz.”
 “Mar de tanto amar” foi o primeiro trabalho discográfico (CD). Como surgiu o título e a escolha dos temas e dos autores?
Um dia ao escutar um fado de Amália que dizia assim “Olha a ribeirinha que sonhou ser um rio, sonho de grandeza de ribeira presa que vai com certeza deixar de sonhar” senti que era essa ribeirinha mas com muita vontade de ser rio e nunca deixar de sonhar.
Quis o destino que tivesse encontrado vários afluentes que com as suas águas cristalinas e de forte corrente tivessem aumentado o meu caudal. Em Abril de 2011 este rio veio desaguar neste projeto a que chamei “Mar de tanto Amar». É um projeto de fado tradicional e de inéditos, feitos para mim pelo poeta abrantino José Alberto Marques e o compositor José Horta. O poema «Mar de tanto Amar» foi escrito por mim, num dia de atrevimento poético.”
Qual tem sido a reacção do público e da crítica a este primeiro trabalho?
“Devo dizer que a receção por parte do público superou as minhas expetativas. O espetáculo “Mar de tanto Amar” tem enchido várias salas de espetáculos do país (Abrantes, Nisa, Castelo Branco, Coimbra, Figueira da Foz, Lisboa, Chamusca, Tomar, Sardoal, …) e fora dele em países tais como Suíça, França, Inglaterra, Espanha.
As pessoas têm mostrado bastante agrado e carinho por este espetáculo que tem na sua essência o fado, mas que  tem apresentado algumas surpresas, pois além dos instrumentos musicais normais no fado (guitarra portuguesa e viola), outros instrumentos como acordeão, flauta transversal, percussão e contrabaixo têm dado mais cor  sonora aos fados que interpreto.”
Na divulgação do CD tenho contado com um forte apoio por parte das rádios e imprensa que tem colaborado não só na divulgação dos espetáculos, como também na divulgação da minha música.”
“O fado é a nossa impressão digital”
O que representa o fado para si?
“O fado é o sentir, o pensar e o estar na vida do povo português. Fado é tudo nesta vida. E é exclusivamente nosso. Por muito que outros povos o tentem reproduzir, não o conseguem. É a nossa identidade, a nossa impressão digital.
Parece que estamos a assistir a um movimento de renovação deste género musical. Tem sentido isso nos seus espectáculos?
Tenho notado que cada vez há mais jovens no fado, seja a cantar, seja como instrumentistas e com grande qualidade. O fado já não é visto como música para os mais velhos. Há muita gente nova nos palcos e nas plateias do fado. Claro, que ter sido considerado Património Imaterial da Humanidade contribui imenso para esta renovação.”
Como caracterizaria o seu grupo de acompanhantes, as razões que influenciaram a sua escolha e como justifica a inclusão de um instrumento (o acordeão) não muito habitual neste tipo de música?
“Tive a felicidade de ter encontrado no meu percurso, excelentes músicos, na viola o músico e fadista João Chora, na guitarra portuguesa, Bruno Mira, no acordeão, Bernardo Fouto e contrabaixo, Rui Santos. Em alguns espetáculos tive a participação especial de Ricardo Alves na flauta transversal, Rafael Quinas na percussão e José Horta na guitarra clássica.
Para quando o lançamento de um novo trabalho?
“ Penso que no final deste ano saia o meu próximo trabalho discográfico, estou a trabalhar para isso. Já reuni uma série de fados inéditos que me foram oferecidos e outros feitos por mim e garanto que a qualidade destes estão a dar me alento para que o próximo Cd saia ainda este ano.”
O que podem os espectadores esperar do espectáculo no CAEP e qual a sua expectativa por actuar na região de origem dos seus pais?
Apresentar o meu espetáculo em Portalegre é  de uma grande felicidade para mim, pois é uma cidade que me está ligada através das origens dos meus pais. Desde pequena que conheço a cidade e algumas das suas simpáticas gentes. No Alentejo sinto-me sempre em casa. Brevemente irei também apresentar o «Mar de tanto Amar» noutra das capitais alentejanas, Beja. É como um retorno a casa. O espetáculo em Portalegre acredito  que será  um momento marcante na minha carreira.
Gostaria de deixar aqui o convite a todos os leitores do jornal que venham até este “Mar de fado”. Será com certeza um grande espetáculo e que como já me têm dito que agrada a todas as idades e gostos, pois na sua componente de fado tradicional também se «salpicam» alguns fados inéditos, com sonoridades novas. Mas só visto e ouvido, contado pode ninguém acreditar. Venham até ao C.A.E.P, dia 26 de janeiro pelas 21h30.
Os bilhetes podem ser adquiridos ou reservados de segunda a sexta das 10h/13h e 15h/19h nas bilheteiras do C.A.E.P.  ou por telefone 245 307 498.
Quer deixar alguma mensagem aos leitores do “Alto Alentejo”?
Desejo um bom ano 2013 a todos os leitores do Jornal Alto Alentejo com muitos beijos e fados ….
Mário Mendes in "Alto Alentejo" - 16/1/2013

20.1.13

NISA: Memória do Cine Teatro (Janeiro 1939)





Em Janeiro de 1939, a empresa do Cine Teatro Nizense Lda exibiu três filmes, com destaque para a apresentação do filme português "A Canção da Terra", de Jorge Brum do Canto que teve uma assistência de 461 espectadores.
A Canção da Terra surgiu a partir do argumento original de Jorge Brum do Canto. Neste filme, que data de 1938, Brum do Canto foi também realizador, e contou com a colaboração, ao nível da fotografia, de Aquilino Mendes. A direção musical esteve a cargo de Affonso Corrêa Leite e Armando Rodrigues. Trata-se de uma película a preto e branco, com uma duração de 1h 42m. Teve como intérpretes Elsa Rumina, Barreto Poeira, Óscar de Lemos, João Manuel Pinheiro e José Celestino, entre outros. A produção sofreu vicissitudes várias, o que provocou, inevitavelmente, um atraso na conclusão da longa-metragem.A ação decorre na Ilha de Porto Santo. Conta-se uma história da gente local, dos seus costumes e conflitos. Em contraste com a paisagem florida da Ilha da Madeira, o realizador mostra-nos uma terra árida, sinuosa e carecida de água. Para completar o cenário, Brum do Canto não hesitou em preencher este drama em tom de western com uma história de amor, perseguições e outras cenas plenas de ação. Ao mesmo tempo, trata-se de um filme com características de documentário, pois revela aspetos da realidade do povo porto-santense.
Sendo esta a primeira longa-metragem de Jorge Brum do Canto, A Canção da Terra não constituiu, porém, a estreia deste autor no cinema. Havia já sido assistente de Leitão de Barros em As Pupilas do Senhor Reitor (1935).
A Canção da Terra teve como protagonistas: Elsa Romina, Barreto Poeira, Óscar de Lemos, João Manuel Pinheiro e Maria Emília Vilas, entre outros.
NOTA: Já passou um mês desde aprovação pela Câmara da proposta para retomar as sessões de cinema em Nisa. A proposta referia, aliás, a "exibição de filmes na quadra natalícia", pelo que ficamos sem saber a que Natal se referia a deliberação: o de 2013? o de 2020?.
Aguardamos que alguém com bom senso dentro da autarquia nos informe e elucide sobre estas decisões. Ao menos para que as mesmas não se tornem letra morta ou mais um "filme fantasma"...

AMIEIRA DO TEJO: II Workshop Execução de Vestuário Medieval


18.1.13

Hotel abre em Nisa para dar resposta ao turismo de saúde e bem-estar


Um hotel de quatro estrelas vai ser inaugurado em Nisa (Portalegre) no final deste mês, num investimento superior a 3,5 milhões de euros, para dar resposta ao turismo de saúde e bem-estar, anunciaram esta quarta-feira os promotores, citados pela agência Lusa.
“A abertura do hotel estava prevista para Maio de 2012, mas devido à falta de financiamento só agora é possível abrir, no dia 31 deste mês”, explicou à agência Lusa Rui Lopes, administrador da empresa R. D. Lopes, Lda, promotora do projecto.
 O hotel, denominado Monte Filipe Hotel & Spa, foi construído na freguesia de Alpalhão, no concelho de Nisa, numa zona a cerca de cinco quilómetros do Complexo Termal da Fadagosa.
De acordo com o responsável, o atraso na abertura do espaço deveu-se à falta de financiamento por parte de uma entidade bancária, que apenas desbloqueou a verba em Julho do ano passado.
“Nessa altura, conseguimos desbloquear a verba que, infelizmente, não era a que tínhamos inicialmente previsto, era inferior, o que condicionou também a obra e alguns atrasos de pagamento ao empreiteiro”, explicou.
O turismo de saúde e bem-estar é um dos sectores que o hotel quer conquistar, uma vez que, a oferta nessa área é “escassa” e conta com uma “enorme procura”, realçou o responsável.
Daí, o investimento da empresa naquela região para conquistar o mercado que gira em torno do Complexo Termal da Fadagosa, em Nisa.
O investimento, superior a 3,5 milhões de euros, contou com uma comparticipação de 75% de fundos comunitários.
Esta unidade hoteleira está associada ao Geoparque da Naturtejo, o que lhe vai permitir beneficiar de uma estratégia de promoção integrada.
A empresa promotora espera ainda que o hotel venha a ser reconhecido como "Empreendimento Turístico de Natureza", pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A memória descritiva do projecto refere que o hotel contempla os critérios legalmente previstos para a obtenção dessa classificação, visto inserir-se numa área com valores naturais, potenciando a visitação de áreas naturais, o desporto de natureza e a interpretação ambiental.
A unidade hoteleira, que cria, "à partida", 14 postos de trabalho, é composta por três pisos, sendo o primeiro ocupado por 38 quartos duplos e duas suites.
Com uma capacidade máxima para 120 hóspedes, o hotel vai ter ainda mais 10 quartos, situados no rés-do-chão, onde, entre outras valências, estão concentrados o restaurante, sala de formação e convenções e loja de artesanato.
Na cave do hotel, está prevista a instalação de um Spa com quatro gabinetes para massagens, tratamentos de beleza e bem-estar, sauna, banhos turcos, jacuzzi, piscina interior e exterior biológica, hidromassagem e banho “Vichy”.
in www.rcmpharma.com

16.1.13

NISA: Jovem baleado faleceu no Hospital de Portalegre

O jovem de 25 anos, baleado ontem à noite, numa rua do centro histórico de Nisa, acabou por falecer no Hospital Dr. José Maria Grande, de acordo com a notícia da Rádio Portalegre, que transcrevemos.

"Um homem de 25 anos foi terça-feira mortalmente atingido com quatro tiros de pistola, numa rua da vila de Nisa, disparados por um outro homem, de 34 anos, alegadamente por motivos passionais.
A vítima, que acabou por falecer no Hospital de Portalegre, foi atingida em várias partes do corpo, tendo uma das balas ficado alojada no pescoço.
O crime ocorreu pelas 20h35, na rua D. António Lobo da Silveira, no centro histórico de Nisa.
 Segundo noticia o Jornal O Correio da Manhã, o agressor, não suportava o relacionamento da vítima com a mãe da sua única filha.
 Na sequência de uma discussão, puxou de uma pistola de calibre 6.35 mm e disparou quatro tiros contra o jovem de 25 anos, que morava há pouco tempo naquela vila alentejana.
O autor dos disparos foi depois entregar-se no posto da GNR local. A vítima foi ainda assistida no local pelos bombeiros, tendo sido transportada para o hospital distrital, onde chegou "em paragem cardiorrespiratória", numa Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), tendo sido reanimado "momentaneamente" e enviado para o bloco operatório para uma operação de urgência.
 A Policia Judiciária já está a investigar o caso e o alegado autor dos disparos será hoje presente a tribunal, para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.

15.1.13

Homem baleado em Nisa com quatro tiros ficou em estado grave


Um homem de 25 anos ficou gravemente ferido, esta terça-feira, após ter sido baleado com quatro tiros de pistola, em Nisa, no Alto Alentejo, por outro homem, que já se entregou às autoridades.
 De acordo com fonte da GNR, citada pela Agência Lusa, o incidente ocorreu na sequência de uma discussão, cerca das 20.45 horas, em pleno centro histórico daquela vila do distrito de Portalegre.
A mesma fonte adiantou que o alegado autor dos disparos, de 34 anos, terá desferido quatro tiros de pistola de calibre 6.35 milímetros, entregando-se de seguida no posto da GNR de Nisa.
Contactada pela Lusa, fonte do Hospital de Portalegre indicou que a vítima encontra-se no bloco operatório da unidade em estado considerado grave.
Segundo a mesma fonte, o homem apresenta ferimentos um pouco todo o corpo, tendo uma bala alojada no pescoço.
 A Policia Judiciária já está a investigar o caso e o alegado autor dos disparos será presente a tribunal na quarta-feira.
 Fonte: Jornal de Notícias 

ALPALHÃO: Inauguração do Centro Cultural


Em Alpalhão (Nisa), ocorrerá no próximo dia 19 de janeiro (sábado), às 15 horas, a inauguração do Centro Cultural Professor José Maria Moura.
Com a concretização do Centro Cultural, Alpalhão disporá de um pólo de dinamização social e cultural. Pretende-se que este complexo seja um complemento à escola (situada no terreno adjacente), dando desta forma cumprimento às novas exigências curriculares do ensino básico, em paralelo constituir-se-á também como um equipamento de apoio à população, proporcionando um acesso otimizado à cultura e ao lazer.
As instalações contemplam uma sala polivalente, um espaço de exposições, biblioteca, espaço Internet, zonas técnicas e administrativas, um refeitório, cozinha e instalações sanitárias.
O projeto do Centro Cultural foi elaborado pelo gabinete “Inplenitus, Arquitectura e Soluções, Lda” e a obra executada por “ Constrope-Construções S.A./Gigabeira – Instalações Especiais, Lda”. Para financiamento da obra foi feita uma candidatura ao QREN / INALENTEJO. O financiamento elegível teve o valor de €1095129,36, e a comparticipação de fundos comunitários foi de 80%.
A edificação de um espaço cultural, lúdico e educativo em Alpalhão foi uma proposta do professor José Maria Pinheiro Moura. O professor Moura destacou-se como atleta, como técnico e dirigente desportivo, como professor, como o autarca, como cidadão, … como ser humano autêntico! Presenteou todos os que tiveram o privilégio de o conhecer com uma alegria contagiosa, usando a sua capacidade de comunicação, bom senso, ponderação e pró-atividade em prol do desenvolvimento de Alpalhão e do concelho de Nisa. Com a atribuição do nome de José Maria Moura ao Centro Cultural de Alpalhão pretende-se homenagear a sua memória e o seu papel relevante como Presidente da Junta de Freguesia de Alpalhão, membro da Câmara e da Assembleia Municipal de Nisa e como cidadão.
Fonte: CM Nisa

13.1.13

NISA: Memória do Cine Teatro (Janeiro 1938)



Janeiro de 1938. Um novo ano começava e intensificava-se a acção de propaganda do Estado Novo. No dia 1 de Janeiro, em Nisa, o padre Sebastião Martins Alves promovia mais uma das suas habituais conferências, esta dedicada à "Acção Católica". A empresa do Cine Teatro, cedeu a sala gratuitamente, tendo recebido 84 escudos para as despesas com luz e limpeza.
Nos dias 22 e 23, exibiu-se "A Revolução de Maio", duas sessões a que assistiram 599 espectadores e uma receita de 1566$00.
"A Revolução de Maio", uma longa-metragem portuguesa, foi realizada por António Lopes Ribeiro, no ano de 1937, com estreia no Tivoli, em Lisboa, no dia 6 de Junho de 1937.  Trata-se do mais emblemático - e, muito provavelmente, o único - filme de propaganda ideológica feito pelo salazarismo: nele, a personagem principal, um homem com inclinações comunistas, apaixona-se por uma senhora bastante afecta à ideologia implementada pelo 28 de Maio. Desenrola-se então uma espécie de luta de bem contra o mal, i.e., das ideias do salazarismo contra as do comunismo. No fim, o homem acaba por abandonar os seus antigos pontos de vista e abraçar a causa de Salazar. O filme foi financiado pelo Secretariado de Propaganda Nacional de António Ferro.
A Revolução de Maio, de António Lopes Ribeiro, teve como actores: Luís Campos, Ricardo Malheiro, Emília de Oliveira, Francisco Ribeiro (Ribeirinho), António Martínez, Eliezer Kamenescky, Maria Clara, Alexandre Azevedo, Clemente Pinto, José Gamboa.

OPINIÃO: Ora diga lá...


O que espera de 2013?

Maria da Piedade Cebola – Comerciante – 49 anos 
Espero que o novo ano nos traga saúde, muito trabalho, alegria e paz. Que seja um ano mais positivo do que 2012, apesar de recear que a crise possa afectar o negócio. Apelo aos nossos governantes para baixarem o IVA, principalmente na restauração e que criem postos de trabalho. Sem isso o nosso interior está condenado a desaparecer.”

João José Rufino Lopes – Serralheiro – 50 anos  
“Gostava que este ano fosse bastante melhor do que o de 2012. As perspectivas terão de ser, necessariamente, de esperança. A bem da verdade e face à situação conturbada que o país atravessa, espero que possamos levar por diante os mais acérrimos propósitos.
Bom seria que lutassem todos em prol de tão nobre nação, com a dignidade e respeito que, julgo, os portugueses fazem por merecer”.

Luís Manuel Margarido Ramalho Bilé – 58 anos  
Não espero grande coisa de 2013. Com tantos despedimentos e impostos, as pessoas vivem com a corda na garganta. Andamos há anos a viver acima das nossas possibilidades, os governos a fazerem obras desnecessárias e agora nós é que estamos com as dívidas às costas. Eu acho que, quanto mais dependerem da troika, mais nos enterramos”.

Emília da Silva G. Guerra Correia – Empregada de panificação – 60 anos 
“ Penso que vai ser uma ano ainda pior, devido às exigências cada vez maiores que estão a colocar aos pequenos comerciantes e industriais. Há cada vez mais burocracias e em vez de ajudarem o pequeno comércio, os governantes vão-no matando a pouco e pouco. Faço votos para que o Governo mude de atitude, acabe com tantas exigências e que olhe com outros olhos para o interior do país que está a ficar cada vez mais pobre e sem gente.”
Mário Mendes in "Alto Alentejo" - 9/1/2013