30.6.15

AMIEIRA DO TEJO: Arraial Rainha Santa Isabel

A Santa Casa da Misericórdia de Amieira do Tejo, tem o prazer de vos convidar a participarem no Arraial Rainha Sta. Isabel que se irá realizar no dia 1, 2 e 3 de julho de 2015 na Praça Nuno Álvares Pereira em Amieira do Tejo.
Ajudem-nos a divulgar esta iniciativa. Prometemos muita ANIMAÇÃO… Visitem-nos.

NOTA: O horário das marchas séniores foi alterado para as 17H00.

Mulheres de Nisa também dão sangue



Anormal movimento se fez sentir na zona do quartel dos Bombeiros de Nisa naquela manhã de sábado,
anterior ao solstício de Verão. Por um lado as ambulâncias não pararam devido a doenças súbitas. Por outro ali teve lugar uma colheita promovida pela Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP.
Tratou-se de uma acção que juntou 34 pessoas, 19 das quais mulheres (55,88%). E foram recolhidas 29 unidades de sangue: assim ditaram os exames de saúde efectuados aos potenciais doadores.
António Eustáquio, Presidente da Associação, mostrou-se bem impressionado pela dinâmica havida e saúda, de um modo particular, os voluntários do sexo feminino que estiveram em franca maioria. Assim se demonstra que doar sangue é tarefa de todo e qualquer ser humano.
Efectuou-se, num restaurante local, o almoço convívio, comparticipado pela Câmara Municipal de Nisa.
04 Julho em Montargil
Em termos das brigadas que se seguem, agendadas pela ADBSP, iremos estar em: Montargil (Ponte de Sor) no Centro de Saúde, a 04 de Julho; Castelo de Vide, no Centro de Saúde, a 11 de Julho; São Salvador da Aramenha (Marvão), no salão da Junta de Freguesia, a 18 de Julho.
Compareça num destes sábados de manhã. Estamos sempre desejosos da sua colaboração, ainda por cima agora que é Verão!
JR

Jaime Crespo encabeça lista de candidatos às Legislativas pelo Livre Tempo de Avançar em Portalegre

Jaime Crespo (Tolosa-Nisa) e Graça Felipe (Póvoa e Meadas – Castelo de Vide) serão os dois candidatos do Livre – Tempo de Avançar pelo círculo eleitoral de Portalegre às próximas eleições legislativas, na sequência dos resultados das recentes eleições primárias realizadas há uma semana. Como suplentes figuram Nuno Araujo e Joaquim Castanho.
No distrito de Portalegre participaram nestas primárias Adriano Barrias, Alexandra Ávila Trindade, Carlos A. Gomes, Cátia Gomes, Gonçalo Pardal Monteiro, Graça Felipe, Jaime Crespo, João Paulo Guimarães, Joaquim Castanho, Joaquim Miranda da Silva, Luis Barcelos, Manuel Muacho, Margarida Santos, Nuno Araújo, Paulo Fidalgo e Sofia Cordeiro.
Jaime Manuel Basso Pequito Crespo nasceu em 6/7/1963 em Tolosa – Nisa, onde fez os seus estudos primários. Frequentou depois o ciclo na Escola Professor Mendes dos Remédios em Nisa e o ensino unificado, até ao 11º ano na Escola Industrial e Comercial de Portalegre, mais tarde renomeada Escola Secundária de São Lourenço. Concluiu o curso do magistério primário em Portalegre entre 1983 e 1986. e mais tarde licencia-se em estudos portugueses, variante de ensino do português como língua estrangeira, na Universidade de Macau, Em 1997 e 1998, respetivamente, completa o curso de componente de formação em ciências da educação para os grupos 1º e 8º A de docência, obtendo em ambos a classificação final de 14 valores, na Universidade Aberta Internacional da Ásia, em Macau. Ainda em Macau, foi o vencedor do prémio literário do concurso “Macau, 1999”, atribuído pelo jornal “Ponto Final” e pela STDM. É casado e tem uma filha. exerce há 25 anos a profissão de professor do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Maria da Graça Alves Felipe nasceu em Póvoa e Meadas em 18 de Novembro de 1945.
Estudou no Liceu de Portalegre e nessa cidade concluiu o curso do Magistério Primário. Leccionou apenas 2 anos, fez um curso de documentalista e trabalhou no Centro de Documentação da EDP durante 15 anos. Foi delegada sindical do Sindicato das Industrias Eléctricas do Sul e Ilhas. Em 1982 foi com a família para Macau onde ingressou no quadro da Administração Pública do Território. Aí desempenhou vários cargos, alguns de chefia. Licenciou-se em Administração Pública pela Universidade de Macau. Voltou em 1999 e em Janeiro de 2000 foi integrada no quadro da Administração Pública. Reformada desde 2004, foi militante do PCP de 1969 a 1999.

25.6.15

NISA: S. João à porta o temos







É um santo popular que a tradição associa ao namoro e casamento. Em Nisa, desde há muito que é festejado, com festas, fogueiras, arraiais e convívios entre as pessoas que ostentam este nome.
Fomos à procura e descobrimos, no "baú das memórias", fotos e recortes de festas e convívios que se realizaram em Nisa. Recordar é viver! Por isso, recordamos aqui algumas fotos e eventos, pessoas (muitas e algumas bastante jovens) que já partiram do nosso convívio.
Viva o S. João!

24.6.15

NISA: João continua a ser nome de festa e convívio




Cerca de 50 pessoas, com o nome de João, participaram no convívio onomástico realizado em Nisa no dia 17 de Junho. Entre novos e menos novos, o mais idoso João com 88 anos e o mais novo, com apenas 1 ano, todos se envolveram numa festa comemorativa que já ganhou o estatuto de tradicional e popular, ou não fosse "patrocinada" pelo S. João.

TOLOSA: Festa de Verão da Ajita


23.6.15

Apontamentos sobre a Queijaria de Nisa e Castelo de Vide * - O Passado e o Presente (1)

 No passado distante, cerca de meio século, existiam as queijarias na Zona das Areias do nordeste alentejano, em que se integram os concelhos de Nisa e Castelo de Vide. Cada lavrador tinha a sua queijeira, para laborar em queijo o leite das suas ovelhas e cabras.
A queijeira constituía uma actividade complementar da exploração agro-pecuária.
Essas unidades estavam instaladas em casas do campo, dos quintais, adaptadas para o efeito, e nas residências dos produtores de pequena dimensão.
O leite de ovelha e de cabra para queijar, era obtido da ordenha, após o desmame das crias. A laboração era temporária, decorria do início de Março aos fins de Junho – até ao S. Pedro, como por lá se dizia.
Os lavradores ou produtores procuravam que a queijeira ficasse dentro ou perto da folha em alqueive, para encurtar a distância do transporte do leite e para melhor se aproveitar o estrume da pernoita do rebanho no bardo volante, do alavão durante a ordenha no aprisco e da dormida do fato cabrio.
Na zona só se vendia o pouco leite de cabra que se bebia. O leite para consumo directo era proveniente, normalmente, de cabras de porta, na sua grande maioria de raça serrana, adquiridas no termo da gestação ou de recente parição, aos pastores da Gardunha que, de tempos a tempos, deambulavam pelas povoações dos confins do Alentejo, com o fito do negócio.
O roupeiro era quase sempre o pastor da casa agrícola, por vezes ajudado pela sua mulher. Num ou outro caso o roupeiro –homem ou mulher – era estranho ao rebanho, isto é eram recrutados para esse fim.
O cargo de roupeiro era trabalhoso, exigia aplicação, saber, esmero e até paciência. “O queijo quer a mão do roupeiro, no fazer e na curado queijo”.
Recordo-me que nas férias da Páscoa, dos primeiros anos liceais, ia cedo para a queijeira da nossa casa, na Tapadinha ou nos Barrinhos, para ver fazer os queijos e á tarde ver com os Rabaças – pai e filho – pastor do alavão e cabreiro, os ninhos de perdiz que tinham achado.
O ti Motaco, era o decano dos roupeiros e dos pastores da aldeia. Um profissional considerado e um bom homem. Tinha paciência, aturava-me. Se chegava a horas fazia um queijo mais pequeno e menos feito da mão para eu comer ao almoço, outras vezes sopas de zambana ou atabefe, na fala local, de que eu gostava.
A zambana ou atabefe, é o almeice ou alméce doutras regiões, é feita do soro e dos pequenos fragmentos da coalhada, que se escapam durante a compressão manual do queijo durante a “feitura”.
Este sub-produto era apreciado e vendia-se na aldeia, mas o seu destino principal era a alimentação de suínos.
Não me esqueço do temor do roupeiro pelo vento “suão”. Dizia: “é muito ruim para o queijo!”. Nos dias em que soprava o “maldito vento” mantinha as portas fechadas e calafetava a “frincha” da soleira da porta de entrada com sacas velhas.
Não resisto à tentação de contar a cena a que assisti na queijeira dos Barrinhos. Em dia quente de Junho, entre o S. João e o S. Pedro, apareceu à tarde o carreteiro da casa, Brites a pedir uma “latoada” de zambana. O ti Motaco, solícito, acedeu e ao dar-lhe o latão disse: “Olha a barriga!”. O Brites consolou-se e pediu outra dose. A nova advertência do roupeiro, o Brites respondeu: “O que sabe bem, nunca fez mal a ninguém!”. Não andou cem metros para ter de arrear as calças. Da porta da queijeira o Motaco gritou: “Eu bem te dizia”, e o Brites no mesmo tom, respondeu: “Tal é cá a porcaria, tão bem que sabe e tão mal que faz!”.
O soro do queijo e depois a zambana adquirem propriedades laxativas, de acção, logo que as cabras ingerem bagas de piorno, ricas em nitrato. As cabras são gulosas por essa baga. Isso acontece a partir de Junho.
À margem do assunto e a título de divulgação que sempre usei na actividade profissional, não deixo de referir que o temo do vento suão tinha razão de ser. Pelo que aprendi nos dois cursos de lacticínios que fiz post-escolar e por experiência própria, reconheci que os ventos secos – o suão, o nordeste, a nortada (a vassoura do céu) do litoral do noroeste, abreviam a secagem da superfície do queijo, levam à formação prematura da casca, comprometem a reima – o suor do queijo – e impedem a conveniente expurgação do soro, na fase inicial da cura do queijo. Como consequência, os queijos racham-se e a massa fica esbroadiça , não se une.
Os queijos defeituosos e “ broeiros “ dos roupeiros aproveitam-se ainda que no consenso geral os queijos de Março são tidos como os melhores. As razões dessa melhoria filiam-se nas condições climáticas mais favoráveis – temperatura mais baixa, humidade mais alta – na recolha e no transporte do leite e no interior da queijeira. Acresce a influência das pastagens – composição florística, estado vegetativo, digestibilidade – na qualidade do queijo.
Nestas breves notas tentei recordar as queijeiras, as tão tradicionais casas do queijo. Esse o meu propósito. As notas à margem são evocações que me são gratas e que deixo à curiosidade dos leitores.
José Carrilho Ralo
* Este trabalho que iremos publicar, por capítulos, é da autoria do Dr. José Carrilho Ralo (já falecido) e foi entregue num caderno, escrito à mão, em Junho de 1997. Julgamos importante a sua divulgação, tanto pelo tema como pela autoridade profissional e científica do conhecido veterinário natural de Póvoa e Meadas.

NISA: Exposição de pintura de Dulce Ventura


22.6.15

CASTELO DE VIDE: A anta dos Currais do Galhordas entra na fase final do seu estudo

 Está em curso até ao dia 4 de Julho pp. a 3ª campanha de escavação arqueológica na Anta dos Currais do Galhordas, Castelo de Vide, coordenada por Sérgio Monteiro Rodrigues, professor da Universidade do Porto, em que participam estudantes da licenciatura em Arqueologia da Faculdade de Letras daquela mesma Universidade, bem como funcionários da Secção de Arqueologia da Câmara Municipal de Castelo de Vide, que desde 2012 têm aqui desenvolvido este projeto fundamental no contexto do estudo da Pré-História da região.
Estes trabalhos decorrem no âmbito de um projecto promovido pelo Município de Castelo de Vide, que visa a valorização turística, cultural e ambiental da envolvente da albufeira da barragem de Póvoa e Meadas, contemplando, entre outros aspetos, o restauro e o estudo científico de alguns elementos patrimoniais da área, nomeadamente os chamados monumentos megalíticos.
A Anta dos Currais do Galhordas – uma espécie de “jazigo” pré-histórico – terá sído construída na fase final do Neolítico, há mais de 5000 anos (cerca de 3200 antes de Cristo), sendo posteriormente reutilizada durante o Calcolítico (cerca de 2500 antes de Cristo) e durante a Idade do Bronze (cerca de 1600 antes de Cristo).
Durante este período de cerca de 1500 anos, as comunidades humanas que edificaram a Anta dos Currais do Galhoradas viviam em acampamentos, que foram crescendo ao longo dos tempos até surgirem pequenas aldeias, e obtinham os seus alimentos a partir da agricultura, da criação de gado, da caça, da pesca e da recoleção de produtos selvagens.
No decurso da primeira e da segunda campanha de escavação recolheram-se na Anta dos Currais do Galhordas diversos utensílios em pedra (por exemplo, machados de pedra polida) e vários vasos cerâmicos muito bem conservados. Em três deles foi possível identificar – através de um procedimento laboratorial denominado cromatografia gasosa com deteção por massa – resíduos de leite, de peixe e de frutos vermelhos. Estes produtos seriam colocados nos vasos supostamente durante os rituais fúnebres, acompanhando os mortos no momento em que estes eram depositados no interior da câmara funerária. Durante as referidas campanhas de escavação foi também possível compreender as sofisticadas técnicas usadas na construção da Anta.
Estes trabalhos de escavação e de restauro, as datações pelo radiocarbono já realizadas, bem como os estudos complementares que permitiram identificar os conteúdos orgânicos nos vasos cerâmicos foram integralmente financiados pela Câmara Municipal de Castelo de Vide.
A 3ª campanha de escavação – a que está em curso – tem como principais objectivos o restauro do monumento e a delimitação de certos setores que não foram anteriomente intervencionados.
Durante a semana corrente será possível visitas abertas à Comunicação Social.

REPORTAGEM: "O meu filho ficou lá!"

É uma reportagem com a qualidade a que a SIC e a Cândida Pinto nos habituaram. Passou no "Jornal da Noite" de quinta-feira, dia 28 e só ontem, sábado, me chamaram a atenção para o seu conteúdo e o principal interveniente. É um alentejano, um nisense, há muitos anos radicado em Vendas Novas e mais que tudo, meu "artilheiro". Fosse pela história, comovente até às lágrimas, pela ternura, e - por que não dizê-lo - pela coragem revelada pelo António da Graça Bento, pela beleza e nostalgia que emana de toda a reportagem, sei é que não consegui conter a profunda emoção que o filme me causou. Ponho-me a pensar quantas e quantas histórias como esta, mas sem um final tão feliz ficaram por contar... 
O António Bento fez hoje, domingo, a capa do jornal "Público", outro dos parceiros desta reportagem. A foto mostra, em toda a sua alegria e ternura, a feliz expressão do encontro entre um pai e um filho, quarenta anos depois.
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A Guerra Colonial levou milhares de soldados portugueses para África e deixou por lá muitas crianças sem pai, filhos de militares portugueses que acabaram as suas comissões de serviço e regressaram a Portugal. Há quem desconheça que por lá deixou um filho, há quem o esconda porque construiu uma nova família e há quem nunca esqueça o que se passou. António Bento apaixonou-se enquanto esteve em Angola de 73 a 75. Dessa relação nasceu um filho que hoje tem a idade de Angola independente: 40 anos. "O meu filho ficou lá" é a Grande Reportagem que pode ver hoje no Jornal da Noite, a viagem de António Bento até ao interior de Angola e à emoção de um primeiro encontro entre um pai e um filho. Uma reportagem em parceria jornal Público / SIC.


Já na parte final do conflito, António Bento foi enviado, por dois anos, para Angola onde prestou serviço militar entre 1973 e 1975. Foi colocado no interior de Angola, na província de Luena, perto da fronteira com a Zâmbia.
Durante a comissão de serviço, António Bento apaixonou-se pela angolana Esperança. O soldado chegou mesmo a mudar-se e a ir viver para casa de Esperança, numa aldeia perto do quartel. Mas no início de 1975, a comissão de serviço termina e António Bento regressa a Lisboa pouco antes do filho de ambos nascer. O ex-combatente nunca esqueceu que se tinha despedido de uma mulher grávida.
A longa guerra civil em Angola e as dificuldades de comunicação com o interior do país foram algumas das barreiras que impediram António Bento de descobrir o paradeiro do filho. Mas nunca desistiu.
Hoje "Zito", o filho de António e de Esperança, tem 40 anos, a mesma idade de Angola independente. E só ao fim de 4 décadas pai e filho encararam-se, pela primeira vez, olhos nos olhos.     
"O meu filho ficou lá " é a história de uma viagem ao interior de Angola e à emoção do primeiro encontro entre um pai e um filho. Uma Grande Reportagem em parceria jornal Público /SIC.
Reportagem : Catarina Gomes; Ricardo Rezende (imagem e som)
Edição: Ricardo Rezende; Rui Berton
Coordenação: Cândida Pinto

20.6.15

AMBIENTE: O Tejo/Tajo está a morrer

“O Tejo está a morrer e ninguém faz nada.” Escrevia no facebook onde também apresentava um vídeo feito pelo próprio, um cidadão da comunidade ribeirinha da Ortiga concelho de Mação. Todos os dias somos bombardeados com noticias deste teor. Os pescadores do Arneiro, concelho de Nisa, estão revoltados, só retórica, é o seu ganha-pão na apanha do lagostim, até estes morrem com o veneno, como diz Hugo Sabino, barqueiro de Santana e pescador, o “último dos barqueiros do Tejo”.
 Há uns anos atrás, quando da instalação da Celtejo-Celuloses do Tejo, inaugurada em 1971, o lagostim do Luisiana foi introduzido, tendo-se adaptado à poluição enquanto algumas espécies se extinguiram, pescam agora lagostim que vendem para entreposto espanhol com sede em Vila Velha de Ródão.
A Celtejo-Celuloses do Tejo, de Luís Martins, teve alvará concedido por Salazar em 1966, no inicio só trabalhavam com pinheiro, mal menor. Só mais tarde foi adaptada ao eucalipto com o apoio do leader/consultor mundial de celuloses Jaakko Pöyry. A partir daí “envenenou-se” o rio e toda a área circundante no alto Tejo com eucaliptos, lembram-se dos fogos de 2003? Com este governo piora-se a situação, é aprovada legislação que promove a sua plantação. Há até quem diga, que nos começaremos a chamar Eucaliptal.
Mas os problemas da morte do Tejo, não estão só aqui no Alto Tejo em Portugal, a seca veio pôr mais a descoberto a grave situação, é preciso rever com Espanha, a Convenção de Albufeira que rege as águas dos rios entre os dois países, esta não é revista há quase 20 anos, desde 1998.
 Logo no início as águas são desviadas para o rio Segura para regar a agricultura intensiva no sul de Espanha. Ao entrar em Toledo, os caudais do rio Jarama, que recolhe todos os esgotos da capital e dos seus dormitórios suburbanos, representando até "80% do volume total do rio Tejo.
Muitos outros problemas existem, como a poluição invisível resultante da laboração da reaproveitada Central Nuclear de Almaraz a pouco mais de 100km da fronteira. E nós aqui permanecemos impávidos e serenos.
A AZU, Associação Ambiente em Zonas Uraniferas, desde há muito que tem vindo a acompanhar a situação do rio Tejo, a Associação integra o movimento proTejo e preocupa-nos também mais um possível atentado ao grande rio, a possível exploração de urânio em Nisa. (Movimento Urânio em Nisa Não)
É urgente rever a Convenção de Albufeira, aumentar o caudal anual manifestamente insuficiente, estabelecendo periocidade dos caudais semanais e trimestrais próxima do valor estabelecido anualmente. Assim só libera mais água fora das estações das chuvas. Definir um caudal ecológico. Imediato controlo da água à entrada de Portugal, a seguir à Barragem de Cedilho. Coimas mais pesadas e sanções ambientais para os incumpridores da Convenção de Albufeira segundo o princípio da prevenção e do poluidor pagador, assim como responsabilização aos dirigentes das autarquias que licenciam e vigiam os licenciamentos das actividades relacionadas com o Tejo.
AZU, Associação Ambiente em Zonas Uraniferas
Nisa 19-06-2015

17.6.15

NISA: Festival Jovem de 19 a 21 Junho na Praça da República

Organizado pela Inijovem e União das Freguesias do Espírito Santo, Senhora da Graça e S. Simão, realiza-se neste fim de semana, dias 19, 20 e 21 de Junho, na Praça da República em Nisa, o Festival Jovem, iniciativa de grande animação, com bailes, concertos musicais, torneio de matraquilhos humanos, aula de zumba, caminhada e um concurso do rafeiro do Alentejo.
O Festival Jovem tem o apoio da Câmara Municipal e da Associação de Criadores do Rafeiro do Alentejo.

16.6.15

S. SIMÃO (Nisa): Caminhada "Do Romper da Aurora ao Nascer do Sol"

A INIJOVEM, através da sua Secção de Caminheiros, prepara-se para organizar a 4ª edição do passeio pedestre “Do Romper da Aurora ao Nascer do Sol”, para dar as boas vindas ao solístico de verão e assistir ao romper da aurora e ao nascer do sol no ponto mais alto do concelho de Nisa, o cume da Serra de S. Miguel, a 463 metros de altitude!
A data escolhida será o romper da aurora do próximo dia 21 de Junho de 2015, onde o nascer do sol está previsto para as 06h03 da manhã, precisamente no dia em que ocorrerá o solstício de verão, às 16h38, quando o sol atinge o seu ponto mais a norte do equador, dando as boas vindas ao começo do verão!
A INIJOVEM propõe, desta forma, aos seus associados uma oportunidade e experiência únicas para desfrutarem desta visão no ponto mais alto da Serra de S. Miguel. Para lá chegar o percurso começa no Pé da serra, 1 hora antes do início do nascer do sol, às 05h00 da manhã. Pelo romper da aurora terá lugar a ascensão ao cume da serra pelo caminho do Monte Cimeiro (será imprescindível o uso de lanterna ou de frontal, com recargas), à medida que o dia começa a clarear no horizonte.
Às 06h03 da manhã e já no ponto combinado, perto do céu e em comunhão com a natureza, saudaremos o astro-rei, contemplando-o na sua plenitude e dando as boas vindas ao verão!
Às 06h30 será servido um pequeno-almoço volante a todos os participantes, composto por café e bolos. A atividade culminará com um almoço convívio, em Nisa no evento “Festival Jovem 2015”, organizado também pela Inijovem!
Programa previsto:
- 04H30: Concentração no Pé da Serra (painel da PR5);
(junto à sede d’ “Os Amigos do Pé da Serra”)
- 05h00: Início da caminhada pelo romper da aurora;
- 06h03: Nascer do Sol no cume da Serra de S. Miguel;
- 06h30: Pequeno-almoço junto ao “penoco” (café e bolos);
- 07h00: Reinício da caminhada;
- 11h00: Chegada prevista a Nisa;
- 12h00: Almoço convívio no “Festival Jovem 2015” e participação no evento.
Inscrições até dia 18-06-2015, online via página do evento no FB e mediante o preenchimento da ficha de inscrição.
Taxas de inscrição:
- Sócios Inijovem com licença desportiva FCMP (5,50 euros)
- Sócios Inijovem s/ licença desportiva FCMP (6,50 euros)
- Sócios na hora (9,00 euros)
Inclui: participação na atividade, enquadramento técnico, documentação, seguro, reabastecimento, viatura de apoio, transferes e almoço.

15.6.15

Poema inédito de Augusto Pinheiro

Arraial d´Alfama
I
Desde a Rua de S. Pedro
Até às Cruzes da Sé
Há movimento no bairro
Para ver o Arraial
Lá na Rua da Galé
II
Abundam os forasteiros
Dos outros bairros castiços
Não falta a Madragoa
O Bairro Alto e a Mouraria
Parece uma romaria
Desde a boquinha da noite
Até ao romper do dia.
 

Oh Alfama!
Bairro de tradições
Tens um povo bairrista
De alma fadista
Para afogar as paixões.
III
Toca a música
Dança tudo, minha gente
Não falta ninguém na roda
Baila o padeiro
Com a mulher e a sogra
Entra o aguadeiro
Com a tia Constança
P´ra fazero seu pé de dança.

Oh Alfama!
Bairro de tradições
Tens um povo bairrista
De alma fadista
Para afogar as paixões.
IV
Segue a noitada
Cada vez mais animada
Ninguém quer arredar pé
Chega a Micas, Rainha do Bairro
Com o seu par a fazer arraial
É a vedeta genial
Levanta a saia
Mostra a liga
De cor garrida, parece uma ortiga
E, tudo isto é uma cantiga.

Oh Alfama!
Bairro de tradições
Tens um povo bairrista
De alma fadista
Para afogar as paixões.
V
Cantigas e fados
Há por todos os lados
E o povo jubila encantado
É já alta a noite
As tascas abertas
Vai alta a maré
E o China não se pode por em pé
Vai em charola
Numa padiola
Com tochas acesas
E capa de burel
P´ro altar de S. Miguel
 

Oh Alfama!
Bairro de tradições
Tens um povo bairrista
De alma fadista
Para afogar as paixões.
VI
Cantam os galos
E esconde-se o luar
Os foliões não querem abalar
Está a romper o dia
Apagam-se as luzes
Há grande gritaria
No Beco do Mexia
Vai haver festa no Beco das Cruzes
Começa a zaragata
Com linguado e pancada
Há gritos “Ó da guarda!”
Vem a polícia
E a Luzia vai prá esquadra!
Augusto Pinheiro (pintor naif e poeta)

Augusto Pinheiro (Nisa, 22 de Agosto de 1905 — Nisa, 18 de Outubro de 1994) foi um pintor português.
Aos nove anos de idade foi para o Entroncamento, trabalhar numa fábrica de rolhas, e daí para Lisboa. Tornou-se empregado de escritório e, após ter trabalhado em várias empresas, estabeleceu-se por conta própria, fazendo negócio de exportação de produtos alimentares.
Já no tarde da sua vida (aos 66 anos), o comerciante que sempre se interessara por arte, resolveu meter-se a pintor. Sem ter preocupações em saber se era de um estilo ou de outro foi pintando à sua maneira, acabando por ser identificado por Mário Oliveira como pintura "naif".
Aquele arquitecto e crítico de arte viria a escrever na apresentação de uma das suas exposições do pintor ingénuo de Nisa "a autêntica arte naïf, nasce no campo anímico da inocência e da simplicidade", considerando-o sem dúvida "a nossa primeira figura dentro desta arte".
Augusto Pinheiro que nunca teve escola, tornou-se uma referência na pintura portuguesa dos nossos dias. Realizou numerosas exposições individuais e participou em inúmeras exposições colectivas.
Foram-lhe atribuídos alguns prémios, nomeadamente o Primeiro Prémio do XIV Salão Nacional (III Internacional) de pintura "naïf", por unanimidade do júri.
Foi-lhe atribuída a Medalha de Prata, pelo município de Nisa, aquando do feriado municipal daquela vila em Abril de 1987.
in wikipédia

12.6.15

MEMÓRIA: Vasco Gonçalves em Nisa (1995)

Assinalou-se ontem, dia 11 de Junho, dez anos sobre a morte do general Vasco Gonçalves, um dos políticos mais carismáticos da Revolução de Abril. Vasco Gonçalves esteve em Nisa, conforme mostra o programa da iniciativa levada a cabo pela Câmara Municipal, no dia 26 de Abril de 1995, com uma sessão-debate na Biblioteca Municipal, na altura ainda designada, também, por Casa da Cultura, após um jantar comemorativo do 21º aniversário da "Revolução dos Cravos", jantar que decorreu no restaurante "O Pôr do Sol", actualmente encerrado.
Quem foi Vasco Gonçalves

Vasco dos Santos Gonçalves  (Lisboa, 3 de Maio de 1921 — Almancil, 11 de Junho de 2005) foi um militar (General) e um político português da segunda metade do século XX. Foi primeiro-ministro de Portugal dos II, III, IV e V Governos Provisórios, de 18 de Julho de 1974 a 19 Setembro de 1975, no período que ficou conhecido como Processo Revolucionário em Curso (PREC).
A 1 de Abril de 1961 foi feito oficial da Ordem Militar de Avis .
Ao tempo coronel, surgiu no Movimento dos Capitães em Dezembro de 1973, numa reunião alargada da sua comissão coordenadora efectuada na Costa da Caparica. Coronel de engenharia, viria a integrar a Comissão de Redacção do Programa do Movimento das Forças Armadas. Passou a ser o elemento de ligação com Francisco da Costa Gomes.
Membro da Comissão Coordenadora do MFA, foi, mais tarde, primeiro-ministro de sucessivos governos provisórios (II a V). Tido geralmente como pertencente ao grupo dos militares próximos do PCP, perdeu toda a sua influência na sequência dos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975.
Como primeiro-ministro, foi o mentor da reforma agrária, das nacionalizações dos principais meios de produção privados (bancos, seguros, transportes públicos, siderurgia, etc.) e do salário mínimo para os funcionários públicos, bem como o subsídio de desemprego, este através do decreto-lei n.º 169-D/75, de 31 de Março.
O seu protagonismo durante os acontecimentos do Verão Quente de 1975 levou os apoiantes do gonçalvismo, na pessoa de Carlos Alberto Moniz, a inclusive comporem uma cantiga em que figurava o seu nome: «Força, força, companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço!».
Morreu a 11 de Junho de 2005, aos 84 anos, quando nadava numa piscina, em casa de um irmão em Almancil, aparentemente devido a uma síncope cardíaca. in wikipédia.org
Recordamos aqui o homem, o democrata e o revolucionário sincero e corajoso, que tentou, à sua maneira, construir uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.

 Viva o 25 de Abril!

11.6.15

ALPALHÃO: Cultura e Recreio em Junho e Julho


Rota dos Coretos 2015 com concertos em Alpalhão e Nisa

A Federação das Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre divulgou o programa completo da Rota dos Coretos do Norte Alentejano 2015.
Os concertos que integram a Rota começam em Ponte de Sor no dia 9 de Julho e terminam em Póvoa e Meadas a 27 de Setembro.
O concerto de Alpalhão está marcado para o sábado, dia 18 de Julho, às 19 horas, enquanto o agendado para Nisa realiza-se no dia 13 de Agosto, 5ª feira, pelas 21,30h.
A iniciativa da Federação de Bandas conta com o apoio da Fundação Inatel, das bandas e orquestras filiadas na FBFDP, Municípios e Freguesias.

MEMÓRIA: As festas de Santo António em Nisa






Marcha de Nisa
Letra: Alfredo Serra Magalhães
Música: Domingos Magalhães