Assinalou-se ontem, dia 11 de Junho, dez anos sobre a morte do general Vasco Gonçalves, um dos políticos mais carismáticos da Revolução de Abril. Vasco Gonçalves esteve em Nisa, conforme mostra o programa da iniciativa levada a cabo pela Câmara Municipal, no dia 26 de Abril de 1995, com uma sessão-debate na Biblioteca Municipal, na altura ainda designada, também, por Casa da Cultura, após um jantar comemorativo do 21º aniversário da "Revolução dos Cravos", jantar que decorreu no restaurante "O Pôr do Sol", actualmente encerrado.
Quem foi Vasco Gonçalves
Vasco
dos Santos Gonçalves (Lisboa, 3 de Maio de 1921 — Almancil, 11 de Junho de
2005) foi um militar (General) e um político português da segunda metade do
século XX. Foi primeiro-ministro de Portugal dos II, III, IV e V Governos
Provisórios, de 18 de Julho de 1974 a 19 Setembro de 1975, no período que ficou conhecido como Processo Revolucionário em
Curso (PREC).
A
1 de Abril de 1961 foi feito oficial da Ordem Militar de Avis .
Ao
tempo coronel, surgiu no Movimento dos Capitães em Dezembro de 1973, numa
reunião alargada da sua comissão coordenadora efectuada na Costa da Caparica.
Coronel de engenharia, viria a integrar a Comissão de Redacção do Programa do
Movimento das Forças Armadas. Passou a ser o elemento de ligação com Francisco
da Costa Gomes.
Membro
da Comissão Coordenadora do MFA, foi, mais tarde, primeiro-ministro de
sucessivos governos provisórios (II a V). Tido geralmente como pertencente ao
grupo dos militares próximos do PCP, perdeu toda a sua influência na sequência
dos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975.
Como
primeiro-ministro, foi o mentor da reforma agrária, das nacionalizações dos
principais meios de produção privados (bancos, seguros, transportes públicos,
siderurgia, etc.) e do salário mínimo para os funcionários públicos, bem como o
subsídio de desemprego, este através do decreto-lei n.º 169-D/75, de 31 de
Março.
O
seu protagonismo durante os acontecimentos do Verão Quente de 1975 levou os
apoiantes do gonçalvismo, na pessoa de Carlos Alberto Moniz, a inclusive
comporem uma cantiga em que figurava o seu nome: «Força, força, companheiro
Vasco, nós seremos a muralha de aço!».
Morreu
a 11 de Junho de 2005, aos 84 anos, quando nadava numa piscina, em casa de um
irmão em Almancil, aparentemente devido a uma síncope cardíaca. in wikipédia.org
Recordamos aqui o homem, o democrata e o revolucionário sincero e corajoso, que tentou, à sua maneira, construir uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
Viva o 25 de Abril!