28.8.10

MEMÓRIA: Os 700 anos da Vila de Nisa (1)

1981 foi ano de comemorações dos 700 anos da Vila de Nisa. Um programa cultural recheado e diversificado teve o seu ponto alto com a visita do primeiro Presidente da República pós 25 de Abril, o general Ramalho Eanes, que homenageou publicamente o Dr. António Granja com o descerramento do busto em sua memória no largo da Porta da Vila.

26.8.10

ALPALHÃO: Artilheiros/as de 1954 em convívio




Os "artilheiros" e as "Artilheiras" de 1954, nascidos em Alpalhão, promoveram no passado dia 8 de Agosto mais uma jornada de convívio e de confraternização.
O almoço anual teve lugar no restaurante "Regata" e da alegria e animação entre os artilheiros/as de 1954 "falam" as fotos que publicamos.
Aos 56 anos sabe bem recordar tantas e tantas histórias e emoções, reproduzindo-as num encontro que é também, todos os anos, de reencontro.

21.8.10

75 Anos do Sport Nisa e Benfica (II)

O Sport Nisa e Benfica completa no próximo dia 1 de Outubro, 75 anos de existência.
Em 1985 e a propósito das comemorações das Bodas de Ouro (50 anos), o jornal Fonte Nova editou um destacável sobre a efeméride (edição nº 46 - 9/10/1985), no qual tive o gosto de colaborar. Hoje, recordamos aqui a capa do suplemento e a mensagem da direcção, na altura liderada por José Maria Sales Ferreira Pereira.

Mensagem da Direcção
O Sport Nisa e Benfica “velhinha” colectividade fundada com o nome de Sport Lisboa e Nisa, perfaz em 1 de Outubro, 50 anos de vida.
São 50 anos de trabalho, esforço e dedicação constante em prol do desporto, do engrandecimento da nossa vila e concelho, que sucessivas gerações de nisenses tomaram em suas mãos, dando sempre o melhor de si, numa demonstração de amor clubista ao Nisa e Benfica.
Ao longo destes 50 anos através do Sport Nisa e Benfica formaram-se, contribuindo para o seu rico historial, centenas e centenas de atletas, muitos deles de excelente nível técnico e que ganharam, inclusive, projecção a nível nacional tendo, noutras colectividades, sabido elevar bem alto o nome de Nisa e do seu clube de origem: o Nisa e Benfica.
Nesta data em que comemoramos 50 anos de existência, como colectividade desportiva que sempre soube dignificar o desporto, é com grande orgulho e elevada satisfação que a Direcção do Sport Nisa e Benfica recorda a plêiade de várias gerações de nisenses (ou a Nisa ligados) que souberam com a sua dedicação, desportivismo e abnegação, criar e desenvolver uma colectividade que honra Nisa, os nisenses e o seu concelho.
Uma palavra de saudação também para todos os sócios e adeptos do Desporto em geral, que ao longo dos anos nunca regatearam esforços para o engrandecimento do seu clube.

18.8.10

Evocação de Cruz Malpique (III)

Arabescos em Água Corrente – PICASSO
O casamento e a mortalha no céu se talha.
E parece que a vocação também. É como se no ventre materno já estivesse definida, com minguadas ou largas perspectivas. A mão de Picasso, dizia-lhe, em menino, acompanhando-o nas suas actividades, as concretas e as dos espírito: “ se fores soldado, a minha profecia é que acabarás em general. E se fores frade, acabarás em Papa”.
Poderia, ele, então, perguntar: E se manejar o lápis, o pincel ou o cinzel?
Se tal acontecer, serás... Picasso. O único. O inconfundível. O inimitável. O implagiável.
A intuição materna deu no vinte.
CRUZ MALPIQUE

12.8.10

NISA: No rastro da memória

Nisa, 1985, ano de eleições autárquicas. José Manuel Basso e a APU tentavam a renovação da presidência da Câmara Municipal. Pela primeira vez, PS e PSD concorriam em lista única sob a sigla do PS, encabeçada por José Luís Tomás Bruno. O PRD apresentava como cabeça de lista à Câmara, o último presidente socialista (1979-1982), Carlos Bento Correia.
A APU venceu com maioria absoluta e a campanha eleitoral registou a visita a Nisa de históricos dirigentes partidários. Entre estes, Álvaro Cunhal, na foto, que foi capa de edição de "O Diário".
Vinte e cinco anos depois e atentando na foto, vêem-se ali muitas caras conhecidas e algumas pessoas já desaparecidas do nosso convívio.

NISA: Feliz aniversário D. Lurdes







Maria de Lurdes Marques completou no passado dia 4 de Agosto, 80 risonhos anos.
Natural de Nisa e casada com João Castanho Paralta, o casal teve honras de notícia no Jornal de Nisa, por ocasião do cinquentenário do seu matrimónio.
O dia da festa de aniversário, começou com um almoço em família com o marido João Castanho Paralta e a filha Zárita (nome familiar) e o genro Henrique no restaurante "Regata" em Alpalhão, mas devido ao imenso calor que se fazia sentir não puderam viajar para outros sítios mais frescos e de de eleição, como é a zona da Portagem e Castelo de Vide.
Ao entardecer, já o sol se escondia e o calor já não apertava tanto, a família Paralta decidiu fazer a "festinha familiar", com primos, vizinhos, sobrinhos e amigos no jardim da casa.Para completar este ambiente festivo só faltou mesmo os dois filhos, noras, netos e bisneto que, por motivo de férias estavam ausentes.
Apesar da doença do casal, "é bom tê-los connosco e poder proporcionar-lhes momentos únicos e felizes que ficarão para SEMPRE", confessa, comovida, a filha Zarita.
Parabéns, D. Lurdes e mantenha, sempre, esse sorriso!

8.8.10

NISA: Vemos, Ouvimos e Lemos

Por terras de barro e xisto

Jardim central e igreja do Calvário, sec. XVIII.
Seguramente há mais de trinta anos que não passava em Nisa, a IP2 que liga Portalegre com a A23, via Barragem do Fratel, desviou da N364 e da N18 a maior parte dos viajantes que dantes por ali circulavam em demanda de terras da Beira Alta.

Loja de olaria e bordados ao pé do cine-teatro de Nisa.
No passado dia 16, sexta-feira, conduzido por uma jovem latifundiária alfacinha aí vou eu pela A1 apanhar a A23 para depois, saindo, seguir pela IP2 até às proximidades de Amieira do Tejo, e então pela N364, via Arez, alcançar a simpática vila alentejana a quem D. Manuel I deu foral em 1512. Famosa pela sua olaria cuja técnica decorativa do empedrado a distingue das demais louças regionais do país; ao barro e pequenos fragmentos de quartzo branco da região vão os oleiros da terra recolher o produto de que se servem para fazer verdadeiras peças de arte: a louça de Nisa.

Louça de Nisa
Mas para um transmontano de Basto saber que como em Mondim também na vila de Nisa, NS da Graça tem ermida e dá o nome a um dos mais importantes miradouros desta alentejana zona de trasinção me dá particular regosijo.
Nossa Senhora da Graça, que se venera em Nisa (Portalegre)

Zona de barros, mas também, como na minha, de muitos calhaus... de granito
O destino desta viagem não era demorar em terras do Alentejo, nem da Beira Baixa, mas de passar o fim de semana em terras de Leiria, onde na Bajouca, também capital do barro leiriense, ia decorrer até domingo, dia 18, a já tradicional Feiriarte, certame que a ABAD, uma associação local ali promove anualmente. Quer isto dizer que logo após a visita à herdade da minha condutora e de um breve passeio pelo centro da vila foi o apanhar de imediato a N18 e a caminho de Vila Velha do Rodão descer e deixar para trás a ribeira e as famosas curvas de Nisa de que já tinha saudades.

O Tejo que dantes entrava ligeiro pelas Portas do Ródão é hoje uma banheira de água choca.
Os ares da serra e o embalar das curvas de Nisa fizeram-se reflectir no abrir-me o apetite. A hora também começava a convidar pois eram cerca das 12h30 quando estava a atravessar a Ponte de Vila Velha, paralela às "Portas do Ródão". Lembrei-me então do famoso restaurante que, agora em ruínas, ali junto à ponte servia o apreciado arroz de lampreia e atraía turistas das mais diversas proveniências. A barragem deu cabo de tudo e a fábrica de celulose ajudou. É um "bom" exemplo para apontar aos defensores das barragens nos rios de Portugal.
in http://aocorrerdapena.blogs.sapo.pt/

7.8.10

NISA: No rastro da memória

A Feira de Artesanato e Gastronomia de 1990
Há 20 anos, de 27 a 31 de Julho realizou-se em Nisa, mais uma edição da Feira de Artesanato, Gastronomia e Outras Actividades Económicas.
Com um programa de animação que procurou destacar e promover os artistas e associações do concelho, a Feira de Artesanato de 1990 cumpriu o seu papel de divulgação das potencialidades de Nisa e da “Corte das Areias”, nomeadamente a nível do artesanato, produtos tradicionais e gastronomia, para além de promover o encontro e convívios entre os residentes e ausentes.
Como nota negativa, nesta como noutras edições anteriores, as condições do piso com o pó que levantava, prejudicando, quer os participantes com os seus stands, quer os próprios visitantes.
À parte este aspecto, o programa de animação trouxe até nós, no primeiro dia, a Orquestra Ligeira de Alegrete, que pode apreciar o Festival de Acordeão de músicos do concelho de Nisa.
A 28 de Julho, teve lugar o Festival de Folclore, organizado pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo de Nisa, hoje, extinto e com a participação de 9 grupos folclóricos representando distintas regiões do país.
No terceiro dia da Feira, destaque para as actuações da Banda Filarmónica 1º de Dezembro de Campo Maior, Grupo de Cantares de Belver e o ti João Louro, já falecido, músico popular e tocador de harmónio.
A animação do dia 30 de Julho foi integralmente preenchida com artistas nisenses, com os grupos da Sociedade Musical Nisense (Orquestra Ligeira, Grupo de dança, Grupo de Música Popular) e Maria André.
O último dia da Feira de Artesanato e Gastronomia foi dedicado a artistas e associações do concelho, tendo, actuado a Banda da Sociedade Filarmónica de Tolosa ( que pena ter-se perdido o contributo desta associação), Banda da Sociedade Filarmónica Alpalhoense, Marcha Popular de Alpalhão, José Dinis (músico popular, tocador de harmónio) e a encerrar a festa o Rancho Típico das Cantarinhas de Nisa.
Sem pretensões de “internacional”, gastos exorbitantes e sem “valquírias” no horizonte, eram assim, na Alameda, as Feiras de Artesanato e Gastronomia do concelho de Nisa.
Não seriam um exemplo de organização, haveria falhas que todos os anos se procuravam corrigir; a gastronomia nem sempre chegava para todos os pretendentes, mas o povo, residente e ausente, juntava-se em fraternal convívio, sob as folhas frescas e protectoras dos plátanos do Rossio.
Os mesmos que foram plantados há 100 anos, anunciando a auréola da República e de um tempo novo. Os mesmos que, passado um século, após terem escapado “à fúria devastadora” que quase arrasou o Rossio, ali permanecem, altivo e orgulhosos, como imagem e memória de um tempo em que se procurava desenvolver Nisa, harmonizando passado e presente, com rigor e respeito pelas contas públicas.
Tal como agora, afinal...
Mário Mendes

SANTANA: Festas da Senhora Santa-Ana

A freguesia de Santana e as povoações de Pardo, Duque e Arneiro, vão estar em festa nos dias 13, 14, 15 e 16 de Agosto.
Celebram-se os tradicionais festejos em honra da Senhora Santa Ana, com um programa onde não faltam as manifestações de carácter religioso e a animação musical, a par de uma excelente oferta gastronómica. O programa aqui fica com o convite a uma visita a Santana, uma freguesia que sabe receber como poucas.
PROGRAMA
Sexta-feira, dia 13 de Agosto
13h30: Abertura do recinto das festas e do bar.
21h00: Abertura da quermesse.
22h30: Actuação do conjunto musical “Trio Onda Musical”.
Sábado, dia 14 de Agosto
10h30: Continuação das festas de Santa-Ana, durante todo o dia.
15h30: Inicio do arraial com o “Grupo de precursão gentes de Ródão”.
18h00: Jogos Tradicionais.
21h00: Abertura da quermesse.
22h30: Actuação do conjunto musical “Clã 6030” de Vila Velha de Rodão.
Domingo, dia 15 de Agosto
08h00: Alvorada com a “Banda da Sociedade Musical Nisense”, que vai percorrer as ruas da freguesia de Santana.
10h30: Continuação das festas de Santa-Ana, durante todo o dia.
16h30: Missa em Honra da padroeira “Santa-Ana” seguida de procissão.
17h30: Actuação do “Rancho Folclórico de Castelo de Vide”.
21h00: Abertura da quermesse.
22h30: Actuação do conjunto musical “Megamix”.
Segunda-feira dia 16 de Agosto
10h30: Continuação das festas de Santa-Ana, durante todo o dia.
16h00: Continuação dos jogos tradicionais de Sueca e Malha.
21h00: Abertura da quermesse.
22h30: Actuação do dueto “Sónia e Patricia”.
00h00: Entrega de Troféus e nomeação da comissão de festas para 2011.
01h00: Continuação da actuação do dueto “Sónia e Patricia”.
04h30: Encerramento das festas.

5.8.10

AMIEIRA DO TEJO: Recuperação das telas da capela do Calvário

Caros Amieirenses, amigos da Amieira e não só… Todos os outros saberão com certeza que é a eles que também me dirijo.
Pois é!.. Cá estou eu novamente com o assunto: as telas do calvário de Amieira do Tejo, mas desta vez não à procura de uma entidade que queira ajudar à sua recuperação nem mesmo do “tal” mecenas que tantas vezes procurei, mas nunca encontrei!
O que sim me trás a vós é mostrar a minha enorme satisfação e grande alegria que obtive através de uma noticia que li no jornal de Nisa no qual dizem que: as festas em honra de Nossa Senhora da Sanguinheira de Amieira do Tejo realizam-se este ano nos dias 10, 11 e 12 de Setembro e têm por objectivo a angariação de fundos para a recuperação das telas do calvário, só posso dizer que como filha desta terra não coube em mim de contente e acredito que como eu muitos mais, pois como sempre disse: o nosso património faz parte da nossa história, das nossas raízes e é no fundo aquilo que um dia mais tarde cá deixamos, ele faz parte de nós, e como tal compete-nos a todos ajudar, uma vez que as entidades competentes nada fazem para salvar o nosso património, a nossa história, seremos então nós os ditos “cidadãos anónimos” a fazer-mos algo por aquilo que é nosso, por aquilo que nos pertence!
Desde já quero enaltecer e agradecer esta atitude por parte da comissão que organiza os festejos da freguesia, em meu nome, e em nome de todos os outros que são muitos, o nosso muito obrigado.
E sendo nós muitos apelo então para que estejam presentes nos festejos de verão para que deste modo todos juntos possamos angariar uma grande quantia de “euros” para que seja possível a recuperação das telas do calvário.
Gostaria também de frisar que um “donativozinho” extra vindo por parte de todos nós, mesmo pouco que seja também já ajudava à festa, pois do pouco se faz muito.
P.S: Ao cuidarmos e salvarmos o nosso património só estamos a valorizar e a enriquecer as nossas aldeias, vilas e cidades, e é isso que vamos fazer com Amieira do Tejo, e a certeza que eu tenho é que a sensação que vamos sentir é que esta aldeia tem e vai ficar com um património mais rico, e sendo Amieira uma aldeia histórica vamos então preservar a sua história!
Sem mais assunto subscrevo-me deixando o meu muito obrigado e um grande Bem Hajam a todos os que estão disponíveis em ajudar, muito em especial à comissão se festas.
Ana Paula Mendes Nunes da Conceição Horta - 4 de Agosto de 2010

Evocação de Cruz Malpique (II)

Arabescos em Água Corrente – OPINIÕES
Meio mundo presume de ter opinião sobre alhos e bugalhos. E tanto mais arreigada, mais senhora de si, quanto mais parvajola for aquele que a emitir. A opinião emitida na clave do talvez, do parece-me, do se não erro é própria do homem superior. A opinião dogmática (sem direito nem avesso, à prova de toda a crítica) é a opinião própria dos parvajolas, que se têm por infalíveis: já o eram mesmo no ventre materno.
O homem superior, mais do que ninguém, pratica a auto-ironia. O parvajola de todos rirá, menos de si próprio. Faz escandaloso namoro à sua pessoinha. É um crisóstomo. Um boca de ouro. A sua palavra ele a tem por oracular.
A seus olhos, a vela de estearina da sua inteligência é sempre um sol rutilante. Apagá-la é deixar o planeta às escuras.
Não discutam com parvajolas. As suas opiniões são pregos de ponta afiadinha. Quanto mais se lhes bate mais se cravam. São opiniões de j´y suis j´y reste.
“ É de pau bem bonito, é de pau e tenho dito”.
Cruz Malpique