31.1.18
Quercus lança hoje acção nacional em 12 distritos de Portugal Continental
“12 meses / 12 iniciativas”
No início de mais um ano, a Quercus – Associação Nacional
de Conservação da Natureza, Organização Não Governamental de Ambiente com maior
intervenção à escala nacional, e que há 32 anos defende o Ambiente e as
populações, lança uma acção nacional denominada “12 meses / 12 iniciativas”. Esta
acção, que se vai desenvolver ao longo dos 12 meses do ano de 2018, pretende
chamar a atenção para 12 problemas ambientais que ocorrem em território
nacional, e para os quais urge encontrar soluções.
Apesar das melhorias que Portugal tem registado a nível
ambiental, sobretudo nos últimos 20 anos, em áreas tão diversas como os
resíduos, a água ou o tratamento de efluentes domésticos, existem ainda
diversos problemas ambientais que teimam em persistir em várias regiões do
país. Descargas ilegais de efluentes industriais nos nossos rios, excesso de
monoculturas agrícolas intensivas, povoações sem tratamento de esgotos e uma
área florestal de eucalipto em expansão, são apenas alguns exemplos que têm
provocado impactes gravíssimos no país, tais como a poluição no rio Tejo, a
degradação do solo, as vagas de incêndios florestais e o despovoamento do
território.
Assim, a Quercus decidiu no início deste ano lançar a
acção “12 meses / 12 iniciativas”, que pretende chamar a atenção para 12
problemas ambientais que ocorrem em território nacional, e para os quais urge
encontrar soluções. Ao longo dos 12 meses do ano, 12 dos 18 Núcleos Regionais
da Quercus, com o apoio dos Grupos de Trabalho técnicos da Associação, vão
tornar públicas 12 situações ambientais graves na área dos seus distritos,
esperando conseguir mobilizar as populações com os seus alertas e exigindo que
as autoridades nacionais tomem medidas urgentes para a sua resolução. O
calendário das acções a realizar (que terão formatos diversificados e poderão
passar por tomadas de posição públicas, acções no terreno ou debates) será a
seguinte:
A Quercus apela à população para que, no âmbito destas
iniciativas, continue a fazer chegar à Associação as suas queixas e denúncias
sobre as problemáticas em debate, de modo a que as mesmas possam ser analisadas
e enquadradas na acção a desenvolver, tornando públicas as situações mais
críticas e exigindo dos decisores políticos medidas mais firmes e corajosas na
defesa dos nossos recursos naturais e da qualidade de vida das populações.
Lisboa, 31 de Janeiro de 2018
A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
30.1.18
OPINIÃO: As vistas curtas do Partido Socialista
Só p´ra rir - Cartoon de Henrique Monteiro in http://henricartoon.blogs.sapo.pt
Mais um janeiro que termina, mais um brilharete de Mário
Centeno, transformado em mantra pelo Partido Socialista. Já ninguém se lembra
do objetivo aprovado no Parlamento para o défice em 2017, mas o importante é
que este tenha ficado abaixo do então previsto. Mais de dois mil milhões de
euros (em contabilidade pública). Foi quanto custou ao país a inscrição na liga
da elite europeia das Finanças de 2017. Dirá o Governo, não sem razão, que este
resultado se deve ao crescimento económico. Mas não explica porque preferiu
usar esse crescimento para reduzir o défice além do prometido às instituições europeias,
em vez de o investir em saúde, educação ou infraestruturas. Os valores do
investimento público deste Executivo são humilhantes e mostram o paradigma de
um Governo bloqueado pelo sucesso do seu próprio ministro das Finanças.
Não quero contar a história de um país que não existe.
Portugal mudou desde 2015 e isso é visível. Fomos longe, comparando com a visão
pequenina da Direita rendida à humilhação e à ideia daquele país que nunca
poderá viver acima da possibilidade dos baixos salários. Mas a soma de algumas
boas medidas não constitui, por si só, uma alternativa de futuro.
O efeito da devolução de rendimentos no crescimento e
criação de emprego é inegável. Mas, sem alterar as leis laborais, o trabalho
continua precário, e trabalho precário é garantia de baixos salários e
estagnação salarial.
Com o crescimento a pressionar os preços não há garantias
de aumento de poder de compra sem significativos aumentos salariais no público
e no privado. E não deixemos que o sucesso nos tolde a visão: uma parte deste
crescimento, que também se reflete nas contas públicas, resulta da preocupante
sobre-especialização no turismo. Outra parte anda a par e passo com o elefante
que já mal cabe na sala: a bolha imobiliária que está a tornar a habitação num
inferno e de que ninguém quer falar para não estragar a festa.
Os desafios que o país enfrenta são muitos. Uma mudança
na política monetária do BCE pode rapidamente expor o erro de ignorar o
problema da dívida pública. A regras do euro andam no lodo entre o mesmo e o
pior. Os mercados financeiros internacionais sobreaqueceram sem justificação no
investimento e emprego.
O nosso problema estrutural nunca foi o défice. É a
insustentável leveza com que se trata o peso da dívida pública. É a debilidade
da economia, historicamente conduzida ao sabor dos interesses dos gigantes
empresariais rentistas e assente num débil tecido produtivo, marcado pela
precariedade, pelas baixas qualificações e salários. É a paralisia de um Estado
condenado a gerir o pouco que conservou, entre imposições europeias e
interesses económicos.
Se de facto quisesse romper com este modelo, o Partido
Socialista precisaria de ver muito além dos brilharetes orçamentais. As vistas
curtas de Mário Centeno não chegam para a mudança necessária.
Mariana Mortágua in "Jornal de Notícias" - 30/1/2018
29.1.18
NISA: Postais do Concelho - O Castanheiro da Cevadeira
Era assim, há seis anos, o castanheiro da Cevadeira na Zona F, na rua há muito designada e oficializada como Rua Padre Álvaro Semedo mas que o executivo camarário (este e o anterior) teima em não identificar capazmente. Falávamos do castanheiro. Hoje está muito maior, mais frondoso e com os frutos a serem colhidos e apreciados por quem ali passa. O "castanheiro da Cevadeira" é uma árvore bonita e única, ali nascida naquele canto junto ao quintal do antigo Grémio e antiga Nisacoop, hoje sede da União das Freguesias de Nisa.
O mais interessante é que o castanheiro, surpreendente para quem lhe passa ao lado, nasceu ali espontaneamente e da mesma forma foi crescendo, acarinhado e admirado pelos moradores e outros visitantes do local. A natureza tem destas coisas...
MONTALVÃO: Crónicas Raianas
Pedaços de vida que por cá levamos
Alentejo… Esta terra que me viu nascer, crescer, partir e
à qual um dia quero e hei-de voltar.
O dia até tinha corrido bem, foi aí por alturas do
Entrudo, três ou quatro dias antes; andávamos a remodelar uma loja ali para os
lados do Saldanha/Campo Pequeno, no coração de Lisboa, eram mais ou menos
quatro da tarde, o trabalho estava a correr lindamente, estávamos todos satisfeitos,
o dia estava bonito, o sol brilhava, só eu não estava nos meus dias e o mais
engraçado era que não sabia o porquê do meu mal estar. Nisto, digo para o
pessoal:
- Vou-me embora!
- Já? Responderam eles quase em coro, ao mesmo tempo que
sorriam; já tinham notado que eu não estava no meu melhor. Se bem pensei,
melhor o fiz; arrumei as minhas coisas, despedi-me e… ala que se faz tarde!
Desci a Fontes Pereira de Melo, subi o famoso Túnel do
Marquês, passei as Amoreiras, atravessei o Viaduto Duarte Pacheco e comecei a
subir para o Parque de Monsanto. Ao chegar ao alto onde se começa a descer e se
avista Miraflores, o que vejo eu? O trânsito parado, filas até mais não, até
perder de vista… Já estou tramado – penso cá para comigo – Só me faltava esta javardice.
Quinze minutos, meia hora, eu ali parado, e estas filas
que não andam nem desandam… Nisto, olho para a minha direita, ali a seis metros
estava uma amendoeira em plena flor, era o renascer da vida, era a Primavera
que se anunciava, era o equinócio que vinha a caminho. Nela saltitava um casal
de chapins azuis, e eu ali parado a apreciar a cena, ouço apitar e olho para o
lado.
- Estás a olhar para onde, que não andas, estás na lua ou
quê?
A fila tinha começado a andar sem eu me ter apercebido e
eu acenei de cá a pedir desculpas. Olhou para mim, sorriu, acenou de lá como
quem diz “estás desculpado”… Tinha-me estado a observar e compreendeu que eu
embora estivesse ali fisicamente, a mente estava noutro lugar.
Nessa tarde, nesse dia, enquanto o trânsito recomeçava
lentamente a andar, o sol ao longe punha-se no horizonte. A emoção tomou conta
de mim. Senti e tive mais saudades que nunca do Alentejo, da notável vila de
Nisa, da aldeia que me viu nascer, dos lugares que me são queridos, do sabor da
água fresca das nascentes, do aroma dos poejos, do cheiro do alecrim e do
rosmaninho nas barreiras do Sever, da carqueja na charneca, da giesta branca e
amarela em flor, do odor das xaras, do piar do mocho galego ao escurecer, do
bramir dos gados ao entardecer pelas azinhagas em redor da aldeia em direcção
aos palheiros e currais para passar a noite, da brama dos veados nas noites
cálidas de Setembro, do bater do sino na Igreja Matriz, enfim… de mil e uma
coisas que fazem com que me sinta bem quando aí vou.
Escusado será dizer que cheguei a casa já noite escura,
de nada me valeu ter saído mais cedo. Minha mãe, ao entrar, olha-me e diz-me:
- Vens triste. O trabalho está a correr mal?
Nessa altura já eu sabia o que tinha.
- Vou ali ao café da Isabel e venho já, digo-lhe.
A noite ainda me reservava muitas surpresas.
- Olha que ricas prendas aqui estão e não me diziam nada
- digo eu para eles ao entrar.
Eram o João do Cabeção, o Leandro da Póvoa e Meadas e o
Rafael de Idanha-a-Nova.
- Aníbal! Estás bom? Ao tempo que a gente não se via… Que
cara é essa? Estás doente? – diz-me o João.
Nem lhe respondi, ao mesmo tempo que os cumprimentava e
me ia a sentar olhei para a mesa onde estava um prato com batatas fritas e umas
cervejas e digo-lhes:
- Esperem aí um bocadinho que eu vou ali a casa buscar um
queijo de Nisa.
Ora, era isso que eles queriam ouvir, ficaram logo em pulgas. A noite
prometia…
- Eu também vou lá a casa buscar um painho da Beira Baixa
que trouxe lá da Idanha, diz o Rafael. A noite estava-se a compor.
Estavam as coisas arranjadas; sentámo-nos, comemos e
bebemos com apetite. A certa altura, já com os estômagos aconchegados digo para
eles:
- Então? Vamos ao Alentejo aos tortulhos?
- Olha do que tu te foste lembrar… Digam lá a um cego se
quer ver…
- Vamos! O que é que levemos para a merenda? Sim, que
isto de ir aos cogumelos e não levar uma boa pinga do nosso Alentejo e um bom
petisco no farnel não tem graça nenhuma.
A mesa já estava vazia, a Isabel que sabe que se não
trata a gente bem batemos as asas e mudamos de poiso, vendo isto diz lá do
balcão:
- Vocês querem dobrada?
- Venha ela!! – diz logo o Leandro.
- Já cá está ou vem a caminho? – diz o João.
Falámos das “nossas” terras, das gentes que lá deixámos,
dos costumes e tradições, dos comeres. Rimos, bebemos, comemos, brindámos. O
tempo passou, quando demos por ela já era meia-noite. Fizemos mais um brinde,
despedimo-nos e cada um foi para casa, mais alegre e satisfeito. A noite foi
completa, amanhã era dia de trabalho.
Cheguei a casa, pus as coisas no sítio do costume e
deitei-me.
Estava quase a adormecer, ouço o cão lá fora no quintal a
ladrar e pensei: Anda ali alguém…
Era o meu vizinho do lado a tocar à campainha.
- Aníbal, tens as luzes da camioneta acesas.
- Ora bolas para isto, que mais me irá acontecer hoje?
Lá tive de me levantar. Finalmente deitei-me. Enquanto
não adormecia, pensei cá para mim: Isto hoje foi um dia e peras… poças, foi de
mais.
Adormeci a pensar que dias melhores e piores virão; temos
de ser realistas, acima de tudo há que ter esperança.
Nessa noite sonhei que estava no Alentejo, acordei mais
bem disposto pela manhã, pronto mais uma vez para o que der e vier.
Haja saúde, amigos, um dia destes vou aí às origens, às
raízes amolecer estas saudades e carregar as baterias que andam a ficar
fracalhotas.
Até qualquer dia.
* História baseada em factos passados na vida real,
personagens, locais e nomes verdadeiros.
Aníbal Castelo Augusto in "Jornal de Nisa" -
nº 253
27.1.18
Observatório de Turismo Sustentável do Alentejo integra rede internacional da OMT
Zurab Pololikashvili, Secretário-Geral da Organização
Mundial de Turismo, por ocasião da sua visita oficial a Portugal, anunciou a
integração do Observatório de Turismo Sustentável do Alentejo na rede
internacional de observatórios da OMT.
Este facto concretiza uma das medidas de sustentabilidade
previstas pelo Turismo de Portugal na estratégia turística nacional até 2027.
Trata-se de um projecto que anda a par de projectos como
o Tourism ALL for ALL, de turismo inclusivo; Portuguese Waves, de gestão
sustentável das praias “surf spots”; Portuguese Trails, programa de valorização
e sustentabilidade dos traçados âncora de Cycling Walking das regiões
turísticas portuguesas; parcerias com ONG’s para promover a sensibilização
ambiental dos agentes do sector; e ainda Programa Valorizar, centrado na
regeneração e reabilitação dos espaços públicos com interesse para o turismo, a
valorização turística do património cultural e natural do país, promovendo
condições para a desconcentração da procura, a redução da sazonalidade e a
criação de valor.
O objectivo, em 2027, é afirmar o turismo como hub para o
desenvolvimento económico, social e ambiental em todo o território,
posicionando Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos e
sustentáveis do mundo.
Zita Ferreira Braga in www.hardmusica.com
26.1.18
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA BANDA DE NISA (1)
Banda de Nisa - Ecos de um vida
INAUGURAÇÃO DOS CAMINHOS DE FERRO - 1891
A Philarmonica Nizense este presente na inauguração do troço
da linha de caminhos de ferro, entre Abrantes e Covilhã (Linha da Beira Baixa)
em 5 de Setembro de 1891, conforme se dá conta, na "Descrição de
Nisa", de António Goulão.
"Houve grandes festejos em Castelo Branco , a
que assistiu a Família Real, os então ministros Mariano de Carvalho e João
Franco Castelo Branco e muitos altos funcionários, além de muito povo.
Abrilhantou estes festejos a Filarmónica de Nisa. Por esta ocasião fez-se uma
distribuição de vinho, aliás invulgar. Um opulento proprietário albicastrense
mandou que se desse vinho em abundância a quem quisesse, que o bebia saído dum
repuxo!
INVENTÁRIO - 1903
De um inventário de "tudo quanto pertence à Sociedade
Philarmonica Nizense", feito em 29/12/1903, destacava-se, o referente a
instrumentos:
Cornetins (2 velhos): 3; trompas: 3; barítonos: 3;
contrabaixos: 2; trombones: 3; Saxophone: 1; clarinetes: 3; requintas: 2;
flautins ( 1inutilizado): 3; flauta (tercia): 1; caixas c/ correias: 3;
baguetas das caixas: 4; bombo com as correias: 1; macetas (1 velha): 3; pratos (1 velho): 2; ferrinhos:
1; castanholas: 1; pandeireta: 1; guisada: 1
Deduzia-se do documento, a existência de mais de duas
dezenas de músicos, pois eram 25 os bonets (bonés) inventariados.
1907 - HINO DA CARTA -
"Ainda em 25 de Setembro, a Phylarmonica Nizense
percorreu as ruas da vila tocando o Hino da Carta, para celebrar a vitória das
nossas tropas sobre os cuamatos."
CONCERTO NO ROSSIO - 1908
"No dia 16 de Fevereiro, sob um sol de plena primavera,
embora esta ainda ficasse distante, a nossa Filarmónica, regida pelo Sr.
Madeira, executou no Rossio, o seguinte programa:
1ª parte: Um passeio ao Reguengo, ordinário, Madeira;
Sourire d´Avril, valsa, Paitres; Um viva aos vitoriosos do sul de Angola,
fantasia, Madeira; Cavatine, Biatrice di Tenda, variações de cornetim.
2ª parte: Florinda; valsa, Madeira; Ecos do povo, rapsódia,
Madeira; Laura, mazurka de
cornetim, Morais; Mourisco, ordinário, Calado.
Como sempre, o concerto agradou imenso. Hoje...
contentemo-nos com a saudade desses ditosos tempos. Depois de cem anos de vida,
a Banda de Nisa, de tão brilhantes tradições... deixou de existir!...
in "Correio de Nisa" - 10 /10/1945
ACLAMAÇÃO DE D. MANUEL II - 1908
"No dia 6 de Maio, por motivo de aclamação do novo rei,
houve várias manifestações de regozijo. De manhã ao meio-dia, repicaram os
sinos das torres das duas freguesias e estralejaram os foguetes. Às seis horas,
saíu a Philarmonica Nizense em direcção aos Paços do Concelho, onde executou o
Hino da Carta, ao ser arvorada a bandeira do Município. Levantaram-se alguns
vivas. Em seguida, a mesma corporação percorreu as principais ruas da vila,
sempre acompanhada de muito povo. De tarde, a Câmara Municipal reuniu em sessão
solene, de cuja acta, em que se expressaram as congratulações da edilidade e os
votos pela felicidade do monarca, se enviou cópia a sua Majestade. Às nove
horas da noite houve arraial na Praça do Município. Depois do arraial, que
terminou pelas 11 horas, organizou-se um baile na sala das sessões da Câmara,
que decorreu muito animado até de manhã."
(in "Correio de Nisa" - 4 Nov. 1945)
25.1.18
NISA: Poetas populares do concelho
O botão de rosa
Que lindo botão de rosa
Aquela roseira tem
De baixo não se lhe chega
Acima não vai ninguém
No muro de uma vivenda
Está uma jovem sentada
Prazenteira e descuidada
Comendo a sua merenda
Usava saias de renda
A rapariga formosa
Mas era tão graciosa
E por baixo o namorado
Dizia entusiasmado:
Que lindo botão de rosa!
A jovem não reparava
Na testemunha indiscreta
Olhando o prado quieta
Com gosto a broa trincava
Mas o rapaz que olhava
E analisava também
Os encantos do seu bem
E murmurava baixinho:
Olha que tanto espinho
Aquela roseira tem!
Por fim a mocinha linda
O rapaz intruso viu
Mas disfarçou e fingiu
Não o ter topado ainda
A merenda estava linda
Mas ela não se conchega
Entre a posição de pega
Ele diz todo airoso:
Aquele botão formoso
De baixo não se lhe chega!
Ela ouviu isto e com ronha
Sorrindo pouco se ensaia
Ainda mais ergueu a saia
Fingindo não ter vergonha
Numa enrascação medonha
O rapaz cora, porém
Ela o riso não sustém
E olhou para baixo trocista:
Goza meu amor com a vista
Mas acima não vai ninguém!
António José Belo
24.1.18
NISA: Vem aí a 21ª edição do Rally Paper
Mais um Ano! Mais Um Carnaval!
Vem participar neste grande evento da Vila de Nisa!
Esta é a 21ª Edição, VAIS FALTAR???
Vem divertir-te connosco!!!
Informações e inscrições até dia 3 de fevereiro no Oc´Opus Bar
MONTALVÃO: Caminhada do Entrudo no PR8 NIS
Informações
Condições de participação: a participação é gratuita, mas de inscrição obrigatória até 13 de fevereiro.
A Ficha de Inscrição depois de preenchida deverá ser
entregue:
- Presencialmente na Loja do Munícipe em Nisa, entre as
9h e as 16h.
- On-line, fazendo o download em www.cm-nisa.pt e
enviando para o e-mail sociocultural@cm-nisa.pt
A INSCRIÇÃO INCLUI
Participação no evento, seguro de acidentes pessoais,
reforço alimentar,
documentação, transferes de ligação ao percurso, viatura
de apoio,
enquadramento técnico e acompanhamento por guias.
ALMOÇO CONVÍVIO NO FINAL DA CAMINHADA
O almoço é facultativo e terá lugar na Marisqueira
Snack-Bar “O Rei do Camarão”, em Montalvão.
EMENTA: Sopa de Legumes, lombinhos com batatas fritas,
salada, bebidas, sobremesa, café (10€ p/pessoa, pago no local).
ATENÇÃO: As reservas que sejam canceladas após dia 14 de
Fevereiro, implicam o pagamento integral do valor do almoço.
FICHA TÉCNICA DO PERCURSO
Breve descrição do itinerário: Montalvão – Chafariz de
Paulos – Monte da Queijeira – Monte da Pobreza – Foz da Ribeira de S. João
– Rio Sever – Azenha do Moinho Branco – Ribeira do Lapão – Capela de
Santa Margarida - Montalvão.
Principais Pontos de interesse: Chafariz de Paulos,
Ribeira de S. João, Rio Sever, Pontão da Ribeira do Lapão, Azenha do Moinho
Branco, Abrigo em xisto e Ruínas da Capela de Santa Margarida.
CAMINHADA DO ENTRUDO - PR8 NIS / MONTALVÃO 12,4km
Distância: 12,4 km , circular.
Duração: +/- 4 horas
Perfil Altimétrico: D+289 m D-289
Desníveis em geral moderados, mais acentuados junto ao
rio Sever.
Grau de dificuldade: III– Algo Difícil
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA MARCHA
- É imprescindível o uso de roupa e de calçado adequado à
prática de
trekking/caminhada (impermeável e respirável, c/ meias de
microfibras s/ costuras)
- Chapéu ou boné
- Mochila cómoda (c/ fruta, comida energética e água)
- Cajado ou bastão articulado
- Máquina fotográfica
PROGRAMA PREVISTO
Ponto de Encontro: Cineteatro de Nisa
08h15: Partida em autocarro para Montalvão
08h45: Boas vindas e briefing técnico
09h00: Início da caminhada
11h00: Reabastecimento (Azenha do Moinho Branco, +/- ao
km 7,5)
13h00: Fim da caminhada. Almoço convívio
15h00: Regresso a Nisa em autocarro
21.1.18
SALAVESSA (Nisa): Comissão de Festas divulga iniciativas para 2018
Festa do "Entrude" no dia 11 de Fevereiro
A Comissão de Festas da Salavessa (Montalvão - Nisa) divulgou o Plano de Actividades para 2018 e algumas das principais iniciativas que pretende levar a cabo no ano que há pouco se iniciou.
Assim os eventos que esta comissão se propõe realizar são:
* 11 de fevereiro de 2018 – Festa de “Entrude” (festa de
carnaval e tradições do carnaval na Salavessa);
* 31 de março de 2018 – Chocalhada
* 14 de abril de 2018 – Festa em honra de S. Gregório
(padroeiro da Salavessa)
* 16 de junho de 2018 – Sardinhada
* No 3.º fim de semana de Agosto – Festa em honra de S. Jacinto
Mais se informa que é intenção desta comissão poder
apresentar ainda, caso lhe seja possível, exposições de fotografia; produtos
regionais da Salavessa, exposições temáticas ou de artistas da Salavessa na sua
sede.
Esta comissão poderá ainda realizar outros eventos, mediante
a disponibilidade ou interesse da população da Salavessa.
Como objectivo principal para o ano de 2018, e para além dos
objectivos que já se encontram anteriormente traçados, esta comissão informa
que pretende conseguir alcançar fundos para o aproveitamento/recuperação do
imóvel que se encontra ao lado da sua sede, para que aí se possa criar um
espaço multi-usos para toda a população da Salavessa.
19.1.18
NISA: Descobrir e Viver os Percursos Pedestres do Concelho (1)
Quando a Primavera despontar e os raios solares se tornarem mais luminosos, junte um grupo de amigos e parta à descoberta dos Percursos Pedestres do concelho. São muitos, variados e com paisagens surpreendentes. Como este, o PR 2 "Descobrir o Tejo" (Chão da Velha) que alunos, professores, funcionários e amigos da Escola Prof. Mendes dos Remédios de Nisa percorreram no dia 5 de Maio de 2007. Já lá vão 10 anos, mas as imagens não deixam de mostrar um tempo de frescura e juventude que a natureza sempre proporciona.
GALERIA: Um Lampião no Conhal (Arneiro - Nisa)
A Área Arqueológica do Conhal também referida como Conhal
do Arneiro, no Alentejo, localiza-se no topo norte da freguesia de Santana, no
concelho de Nisa, distrito de Portalegre, em Portugal. Ocupa
mais de 90 hectares
delimitados pelo ribeiro do Arneiro, pela margem esquerda do Tejo e pelas
Portas de Ródão (Serra das Talhadas).
Esta área apresenta indicadores de uma actividade mineira
antiga de exploração de jazigos secundários de ouro situados em terraço
fluvial, que atingiu o auge no período romano, mas terá continuado em menor
escala em épocas subsequentes.
A exploração das formações sedimentares auríferas foi
feita por acção hidráulica (ruina montium ou arrugia). A água utilizada no
desmonte e posterior lavagem dos sedimentos e evacuação dos estéreis seria
transportada desde a ribeira de Nisa em canal ou canais (corrugi) escavados nas
encostas da serra das Talhadas (ou serra de São Miguel) até depósitos (piscinae
ou stagna) situados a montante das formações a desmontar.
Os amontoados cónicos de grandes calhaus rolados – conhos
– retirados manualmente dos canais de lavagem (agogae), e que podem atingir
mais de cinco metros de altura, constituem o indicador mais visível desta
actividade mineira. Subsiste ainda, próximo do extremo norte do conhal, o
Castelejo, um relevo de 15
metros de altura que ocuparia uma posição central entre
os canais de evacuação.
É um dos geossítios do Geoparque Naturtejo da Meseta
Meridional.
in wikipedia.org
18.1.18
NISA: CDU congratula-se com o anúncio da construção do Centro de Saúde de Nisa
E questiona sobre candidatura ao POSEUR para reposição
dos ecossistemas no
Monumento Natural
das Portas de Ródão
Os vereadores Vitor Martins e Fátima Dias – eleitos pela
CDU – apresentaram na reunião da Câmara Municipal de Nisa de 16 de Janeiro,
declarações onde se congratulam com o anúncio da construção do Centro de Saúde
de Nisa e questionam presidente a Câmara sobre a apresentação candidatura ao
POSEUR para proteção e restauro de espécies e habitats no Monumento Natural das
Portas de Ródão.
Os Vereadores da CDU congratulam-se com a notícia
avançada pelo presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde
do Norte Alentejano (ULSNA), João Moura Reis, segundo a qual a construção do
novo centro de saúde em Nisa irá finalmente avançar, num investimento de cerca
de 1,5 milhões de euros.
Recorde-se que esta obra sempre foi uma prioridade da CDU
e sempre contou com o apoio dos eleitos na Câmara e na Assembleia Municipal,
órgãos onde todas as deliberações foram tomadas por unanimidade:
- Em 2009, pela deliberação Nº 131/2009, de 1/4/200, a
Câmara Municipal de Nisa aprovou, por unanimidade, aceitar a doação de terrenos
efetuada pela Santa Casa da Misericórdia de Nisa, destinados à construção do
novo Centro de Saúde de Nisa e, a 24 de abril do mesmo ano, a Assembleia
Municipal deliberou, por unanimidade, a assinatura de um primeiro protocolo
entre o Município de Nisa e a ULSNA;
- Pela deliberação 24/2013, de 15 de maio de 2013, a Câmara aprovou, por
unanimidade, a minuta do contrato para a construção do Centro de Saúde e pela
deliberação 435/2013, de 18 de setembro de 2013, a Câmara vota, por
unanimidade, a ratificação da reprogramação da empreitada de construção do
centro de saúde, num total de 1.073.999,95€. A deliberação Nº 51/2013, da
sessão da Assembleia Municipal de 11 de novembro de 2013, viria a aprovar,
também por unanimidade, esta reprogramação financeira;
- Pela deliberação Nº 357/2016, a Câmara aprovou, por
unanimidade, o Protocolo de Colaboração entre o Município de Nisa e a ULSNA, em
que o Município cede o terreno para a construção do Centro de Saúde,
constituindo-se a ULSNA como dona da obra, tendo em vista a formalização da
candidatura. A deliberação Nº 36/2016 da Assembleia Municipal aprovou, também
por unanimidade, o desdobramento de encargos da construção da obra. Esta
ascenderá a 1.413.619,94€ e será comparticipada em 85% por fundos comunitários
(FEDER), enquanto os restantes 15% serão repartidos em partes iguais pelo
município de Nisa e pela ULSNA E.P.E..
De forma séria e responsável, os eleitos da CDU apoiam e
continuarão a acompanhar o desenvolvimento deste projeto tão necessário e
reivindicado pelas populações do concelho de Nisa.
Os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Nisa
solicitaram à Presidente da Câmara que
responda sobre as intenções de apresentação de candidatura ao Programa
Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos ( POSEUR), Eixo
Prioritário 3.
Esta candidatura abrange o Concelho de Nisa, nomeadamente
o Monumento Natural das Portas de Ródão, e é específica para a reposição dos
ecossistemas afetados pelos fogos deste verão. Mais especificamente, proteção e
restauro de espécies e habitats prioritários nos parques naturais do Douro
Internacional, de Montesinho e do Tejo Internacional, na reserva natural da
Serra da Malcata e no Monumento Natural das Portas de Ródão, com data de
abertura de 29 de dezembro de 2017 e
data de fecho de 2 de março de 2018.
Estes projetos têm como promotor o ICNF mas, tal como
refere o aviso de candidatura, podem ser efetuados em parceria com as
autarquias locais das áreas mencionadas o que, a acontecer, constituiria uma
mais valia para a recuperação da nossa paisagem natural e cultural, de enorme
potencial turístico, condição determinante para a garantia de sustentabilidade
deste território.
Nisa, 17 de Janeiro de 2018
Os Vereadores eleitos pela CDU
Vitor Martins e Fátima Dias
15.1.18
NISA: Alunas do Agrupamento de Escolas vencem concurso de logótipos Erasmus
Três alunas do 9º ano do Agrupamento de Escolas de Nisa venceram o concurso de logótipos Erasmus, conforme dá conta a notícia publicada no site EscolasdeNisa cujo texto se dá a conhecer.
"Os países que participam no Projeto Erasmus+,
com o código de candidatura 2017-1-EL01-KA219-036146_5 realizaram um concurso,
com a finalidade de escolher um logótipo que, posteriormente, irá identificar o
Projeto no biénio 2017/2019.
E após a votação, Portugal ganhou! A nossa Escola
ganhou!!
É com muito orgulho e satisfação que o Agrupamento de
Escolas de Nisa dá a conhecer o logótipo vencedor no concurso de Logótipos para
representar o Projeto Erasmus+ ”Ceci n’est pas une école, c’est mon école”,
onde estiveram a concurso os logótipos de todas as escolas envolvidas no
Projeto, nomeadamente Grécia, Itália, Espanha, Bélgica e Portugal.
Parabéns às alunas do 9ºA , nomeadamente Ana Isabel
Graça, Júlia Martins e Maria Polido que elaboraram o logótipo vencedor!!
Neste concurso, alcançámos, ainda, o segundo lugar, com
outro logótipo."
NISA: Celeiro é o novo espaço de lazer e restauração
No antigo armazém da Federação
Nacional dos Produtores de Trigo e da EPAC nasceu um novo estabelecimento
comercial de lazer e restauração, dinamizado por dois jovens empreendedores
locais, Sandra Elias e Paulo Poças.
Um amplo espaço, totalmente
aproveitado e onde impera um conceito diferente para satisfazer clientes de
todas as idades, como nos referem os promotores.
“Queríamos instalar um negócio e
este local surgiu quase por acaso. Viemos ver e começámos a pensar que tipo de
utilização podíamos dar a este antigo armazém. O que está à vista foi fruto de
muito trabalho e de diversas opiniões” – diz-nos Sandra Elias.
Assim nasceu o “Celeiro”, nome
por que sempre foi conhecido o edifício e a abertura no passado dia 22, foi
gratificante para os proprietários, dada a boa adesão de público.
“O estabelecimento vai funcionar
como café, sala de petiscos e pequenas refeições, no que se refere à
restauração. No espaço de lazer, temos jogos de mesa, ping-pong, snooker,
matraquilhos e setas. É um espaço vocacionado para diversos tipos de festas
(aniversário e outras), temos uma ampla esplanada e na área circundante
queremos colocar relva e alguns equipamentos destinados às crianças. Julgamos,
tratar-se de uma oferta comercial diferente e como disse, para todas as
idades”.
A vertente cultural também não
foi esquecida, conforme nos garante Sandra Elias.
“Temos intenção de fazer do
“Celeiro” um espaço de dinamização cultural, sobretudo, promovendo iniciativas
de criadores locais, na área das artes plásticas, música, workshops, etc.”
O Celeiro fica na Rua Alexandre
Herculano em Nisa e espera pela sua visita.
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