A Área Arqueológica do Conhal também referida como Conhal
do Arneiro, no Alentejo, localiza-se no topo norte da freguesia de Santana, no
concelho de Nisa, distrito de Portalegre, em Portugal. Ocupa
mais de 90 hectares
delimitados pelo ribeiro do Arneiro, pela margem esquerda do Tejo e pelas
Portas de Ródão (Serra das Talhadas).
Esta área apresenta indicadores de uma actividade mineira
antiga de exploração de jazigos secundários de ouro situados em terraço
fluvial, que atingiu o auge no período romano, mas terá continuado em menor
escala em épocas subsequentes.
A exploração das formações sedimentares auríferas foi
feita por acção hidráulica (ruina montium ou arrugia). A água utilizada no
desmonte e posterior lavagem dos sedimentos e evacuação dos estéreis seria
transportada desde a ribeira de Nisa em canal ou canais (corrugi) escavados nas
encostas da serra das Talhadas (ou serra de São Miguel) até depósitos (piscinae
ou stagna) situados a montante das formações a desmontar.
Os amontoados cónicos de grandes calhaus rolados – conhos
– retirados manualmente dos canais de lavagem (agogae), e que podem atingir
mais de cinco metros de altura, constituem o indicador mais visível desta
actividade mineira. Subsiste ainda, próximo do extremo norte do conhal, o
Castelejo, um relevo de 15
metros de altura que ocuparia uma posição central entre
os canais de evacuação.
É um dos geossítios do Geoparque Naturtejo da Meseta
Meridional.
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