29.11.22

ELVAS: Natal Solidário

 
O Coliseu Comendador Rondão Almeida recebe, a 17 de dezembro, o Natal Solidário, uma festa natalícia para celebrar a quadra e com caráter solidário.
A iniciativa conta com a presença da Banda Hybrid Theory – The Linkin Park Tribute e I Love Reggaeton, a partir das 22 horas.
A entrada é feita mediante o pagamento de dois euros,e um ou mais bens alimentares, e terão direito ao copo reutilizável.
Os bens alimentares serão entregues no âmbito da iniciativa Natal Rock Solidário.
Os bilhetes estão à venda no Posto de Turismo e também online, em Ticketline.pt

PORTALEGRE: Workshop sobre novo Caminho de Santiago

A 7 de dezembro terá lugar, no Museu da Tapeçaria de Portalegre - Guy Fino, um workshop sobre o novo Caminho transfronteiriço de Santiago, que liga Badajoz ao Caminho Nascente em Estremoz.
Inscreva-se já através do formulário: https://forms.gle/xpVo8g3CyB6RsqAn6
Inscrições obrigatórias, abertas e gratuitas.
Esta é uma iniciativa dirigida à comunidade, entidades públicas e privadas locais e regionais e conta com diversos oradores em sessões de sala.
WORKSHOP PORTALEGRE - 7 de dezembro: manhã (10h00 às 13h00)
Org: Entidade Regional de Turismo do Alentejo.

28.11.22

ALVITO: Lançamento do livro “Adegas do Alentejo”

Lançamento e apresentação do Livro "Adegas do Alentejo 2" de Jerónimo Heitor Coelho, na Pousada do Castelo de Alvito.
O prefácio e apresentação do livro do vilanovense estão a cargo de Domingos Amaral.
Reserve já o seu lugar para dia 29 de novembro, às 18h.

Crato reuniu 31 dadores de sangue

Para mais uma colheita, a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre (ADBSP), em colaboração com a Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSNA, rumou até terras do Priorado do Crato.
A ação teve lugar no centro de saúde e responderam ao apelo 31 pessoas, entre elas 11 mulheres. 
Depois de consultados, alguns não puderam concretizar a dádiva. Mas sempre foram 27 as unidades de sangue total obtidas.
De regozijar o facto de terem doado pela primeira vez o precioso tecido humano seis voluntários, sendo quatro do sexo feminino.
Apoiou a realização do almoço convívio, a Câmara Municipal do Crato.
Monforte
A última brigada ADBSP 2022 vai acontecer a 17 de dezembro no quartel dos Bombeiros de Monforte. Já a primeira colheita 2023 vai ser a 07 de janeiro e no centro de saúde de Nisa. Sábados, de manhã, têm lugar as nossas iniciativas solidárias. Esperamos por todos e sempre de braços abertos! E leia também: https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/ 
JR

LABORAL: Trabalhadores das cantinas concessionadas hoje em greve

 
Os trabalhadores das cantinas concessionadas estão hoje, dia 28 de Novembro, em greve.
Esta greve foi convocada pela FESAHT- Federação dos Trabalhadores da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e abrange os trabalhadores que prestam serviço em todas as empresas e estabelecimentos no sector das cantinas e refeitórios.
Estes trabalhadores estão em luta pela negociação imediata do Contrato Colectivo de Trabalho sem perda de direitos, que contemple o aumento do salário em 10%, no mínimo 100 Euros por trabalhador, valorização da antiguidade, do trabalho por turnos e ao fim de semana, 35 horas semanais, 25 dias de férias. Os trabalhadores estão em ainda em luta contra a precariedade, em todas as suas formas, contratos de trabalho a termo certo e incerto e através de empresas de trabalho temporário, em postos de trabalho permanentes e denunciam, ao mesmo tempo, a falta de trabalhadores e a intensificação dos ritmos de trabalho.
Esta greve vai ter expressão de rua, com uma concentração dos trabalhadores frente à sede da AHRESP - Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal (associação patronal do sector) em Lisboa, que há anos mantém um bloqueio à negociação colectiva com a FESAHT.
Em Portalegre, as trabalhadoras da cantina, do bar e do refeitório do Hospital Dr. José Maria Grande, concessionados à Uniself, realizaram uma concentração frente ao Hospital, dando a conhecer a trabalhadores e utentes as razões do seu descontentamento e da sua adesão a esta greve nacional (foto em anexo).

O Depº de Informação da USNA/cgtp-in


TRADIÇÃO ORAL: Provérbios de Novembro (IX)

- Em dia de São Martinho vai à adega, prova o vinho e faz o teu magustinho.
- Em Novembro põe tudo a secar que pode o sol não voltar.
- Em São Martinho tapa o teu portalzinho, ceva o teu porquinho e fura o pipinho.
- Em São Martinho, mata o teu porco, assa castanhas e prova o teu vinho.
- No dia de Santo André diz o porco, quié-quié.
- No dia de Santo André vai à esquina e traz o porco pelo pé.
- No dia de Santo André, pega o porco pelo pé; se ele disser quié-quié, diz-lhe que tempo é; se ele disser que tal-que tal, guarda-o para o Natal.
- No dia de Santo André, quem não tem porco mata a mulher.
- No dia de São Martinho fura o teu pipinho.
- No dia de São Martinho mala o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.

27.11.22

AVIS: 38º Corrida de São Silvestre

Avis vai receber, no dia 31 de dezembro de 2022, entre as 10h30 e as 13h00, a 38.ª edição da Corrida de S. Silvestre, uma prova de Atletismo organizada pelo Município de Avis, Casa do Povo de Ervedal, Associação Desportiva e Recreativa “Amigos do Atletismo de Avis” e Centro Cultural de Figueira e Barros, com a colaboração técnica da Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre (AADP).
A participação nesta corrida de fim-de-ano estará aberta a atletas federados e não-federados, de ambos os sexos, em representação individual ou coletiva, devendo os interessados fazer a sua inscrição em formulário próprio, disponível em www.aadp.pt até ao próximo dia 28 de dezembro.
O evento, parte integrante do Circuito de Corridas A.A.D.P., recebe também o Campeonato Distrital de Estrada (ver regulamento em www.aadp.pt ).

Portugal é um dos destinos da Igreja Católica para proteger padres pedófilos

Portugal está entre os destinos da Igreja Católica para proteção de padres pedófilos. A investigação de uma jornalista brasileira foca-se no Haiti como o principal “santuário”.
A investigadora e escritora brasileira Iara Lemos acusa a Igreja Católica de usar o Haiti para proteger religiosos pedófilos que abusaram de centenas de crianças no país, funcionando como santuário para “pedófilos do mundo inteiro”.
“O Haiti é um ponto de colocação de padres pedófilos do mundo inteiro”, afirmou em entrevista à Lusa a também jornalista.
“O sistema de proteção criado Igreja Católica envolve Haiti, Brasil, Estados Unidos, Portugal e vários outros países. A Igreja Católica usa um esquema criminoso para deslocar, esconder e proteger os religiosos acusados de pedofilia”, referiu.
A jornalista brasileira esteve esta semana em Portugal para apresentar a segunda edição do seu livro ‘A Cruz Haitiana’, pela editora In-Finita, numa versão atualizada e em português europeu que aborda como a Igreja Católica usa o seu poder para esconder religiosos acusados de pedofilia, nomeadamente no Haiti.
A primeira edição do livro foi lançada no Brasil em 2020 e em Portugal no início deste ano.
Iara Lemos cita no seu livro o caso de um padre português, João Duarte [conhecido como John Duarte], que foi detido na República Dominicana e hoje cumpre pena de prisão no Canadá por casos de pedofilia no Haiti. Este padre português, segundo Iara Lemos, “abusou sexualmente de dezenas de jovens e crianças no Haiti”.
A jornalista brasileira referiu também a importância da Comissão Independente que investiga abusos sexuais na Igreja em Portugal, que já recebeu 424 queixas de abuso sexual, nomeadamente para expor e levar à justiça os responsáveis por estes crimes.
“A história do ‘A Cruz Haitiana’ começou em meados de 2008, na primeira vez que estive no Haiti. Fui para fazer uma reportagem sobre o trabalho humanitário desenvolvido por um grupo de freiras da Congregação do Imaculado Coração de Maria no interior do país”, declarou.
Durante esta viagem, segundo a autora, recebeu as primeiras denúncias de casos de pedofilia relacionados com religiosos da Igreja Católica.
“A partir de então, fui em busca de informações e testemunhos de casos de pedofilia no seio da Igreja Católica no Haiti”, disse, acrescentando que, além dos depoimentos, procurou “documentação que sustentasse todas as informações” que recebeu de várias fontes, inclusivamente das freiras que foi entrevistar.
“Foi um trabalho longo, que durou mais de dez anos”, relatou.
Iara Lemos consultou também arquivos da Justiça do Canadá, dos Estados Unidos, da República Dominicana e documentos do Vaticano.
Os abusos sexuais contra crianças e jovens cometidos ao longo de décadas pelos religiosos no Haiti só começaram a ser expostos depois do ano 2000.
“Muitas denúncias realizadas no Haiti foram completamente ignoradas pela Igreja Católica. Como no caso de uma escola em Cabo Haitiano, em que o religioso Douglas Perlitz violentou sexualmente 113 rapazes”, declarou.
“Estes jovens conseguiram colocar uma ação na Justiça dos Estados Unidos, com a ajuda do advogado Mitchell Garabedian [que aparece no filme “Spotlight”, sobre a investigação do jornal norte-americano Boston Globe dos casos de abusos na Igreja Católica naquela cidade da costa leste], e acabaram por vencer. A Igreja Católica pagou 60 milhões de dólares de indemnização aos rapazes” e o religioso foi condenado a mais de 20 anos de prisão em 2010, indicou a jornalista brasileira.
“A forma como tudo se processou, como a Igreja Católica pagou a indemnização, revela uma admissão de culpa”, declarou Iara Lemos, sublinhando ainda que Garabedian a ajudou muito enquanto estava a trabalhar para escrever o seu livro.
“O Haiti tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-ONU) das Américas, é um país muito pobre, extremamente violento devido aos ‘gangs’, com um povo muito sofrido. Praticamente 70 por cento da população não é alfabetizada e em poucas cidades há acesso a água potável e energia elétrica”, sublinhou.
“No caso destas crianças e jovens haitianos pobres que acreditavam que a Igreja estava lá para os auxiliar ao entrarem para uma instituição católica, com o intuito de aprender e ter uma oportunidade na vida, acabaram por serem violentados por religiosos”, declarou.
“O trabalho, apesar de o livro já estar publicado, está em constante movimento, porque as denúncias continuam a chegar”, disse ainda a autora brasileira.
   ZAP // Lusa - 27 Novembro 2022

NISA, em Portalegre, perde mais de um quinto da população em 10 anos

 
O concelho de Nisa, no distrito de Portalegre, perdeu mais de um quinto da sua população, nos últimos 10 anos, num total de quase 1.500 pessoas, revelam os dados definitivos dos Censos 2021.
Num distrito em que todos os 15 concelhos recuaram no número de residentes, segundo os resultados finais do estudo, o de Nisa foi o que registou a maior percentagem de decréscimo populacional, com uma quebra de 20,2%.
Este concelho raiano, segundo os dados dos Censos 2021 agora divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), passou de uma população de 7.450 pessoas, nos Censos de 2011, para 5.952, em 2021, pelo que a diminuição, neste período, foi de 1.498 pessoas.
Já Portalegre, o concelho da capital de distrito e o mais populoso, foi o que perdeu mais pessoas em termos absolutos, com menos 2.590 habitantes, pois passou de uma população de 24.930, em 2011, para 22.340, em 2021, o que corresponde a -10,4%.
No total do distrito, a quebra populacional foi de 11,5%, já que vivem nos 15 concelhos que o compõem 104.923 pessoas, quando, em 2011, eram 118.506, o que significa que houve um recuo de 13.583 habitantes.
Apesar de também registar uma diminuição da população, o concelho de Campo Maior foi o que, ainda assim, registou uma menor percentagem de quebra populacional (-4,9%), porque transitou de 8.456 habitantes, em 2011, para 8.042, em 2021.
Seguem-se, neste 'ranking' dos que tiveram menores quebras, os concelhos de Castelo de Vide (-8,6%), Ponte de Sor (-8,9%) e Elvas e Monforte, ambos com -10,2% de população.
Na lista dos cinco concelhos com maior percentagem de diminuição de residentes, atrás de Nisa, encontram-se Gavião (-17,9%), Avis (-16,7%), Fronteira (-16,2%) e Alter do Chão (-14,6%).
Os restantes concelhos do distrito, com percentagens de perda populacional que os colocam a meio da tabela, são Arronches (-11,8%), Crato (-13,1%), Marvão (-14%) e Sousel (-14,1%).
Portalegre continua a ser o concelho mais populoso do distrito, com 22.340 pessoas, seguido de Elvas, com 20.730, Ponte de Sor, que tem 15.248 residentes, Campo Maior, com uma população de 8.042, e Nisa, que conta 5.952 residentes.
Já os que têm menos habitantes são Arronches (2.789 pessoas), Fronteira (2.858), Monforte (2.992), Marvão (3.021) e Alter do Chão (3.044).
De acordo com os dados definitivos dos Censos de 2021, Portugal perdeu 2,1% da população nos últimos 10 anos, passando para 10.343.066 no dia 19 de abril de 2021 e invertendo a tendência de crescimento registada nas últimas décadas.
A fase de recolha dos Censos 2021 decorreu entre 05 de abril e 31 de maio e os dados referem-se à data do momento censitário, dia 19 de abril.
in Lusa

ELVAS: Detido por tráfico de estupefacientes

O Comando Territorial de Portalegre, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Elvas, no dia 22 de novembro, deteve um homem de 25 anos por tráfico de estupefacientes, no concelho de Elvas.
Na sequência de uma operação direcionada para o combate ao tráfico de produtos estupefacientes, os militares da Guarda abordaram uma viatura e no decorrer das diligências policiais foi possível apurar que o suspeito estava na posse de produto estupefaciente, nomeadamente, 14 doses de cocaína, motivo pelo qual foi detido em flagrante.
Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas.
A operação contou com o reforço do Destacamento de Intervenção (DI) do Comando Territorial de Portalegre, Destacamento de Trânsito (DT) de Estremoz e Portalegre, Posto Territorial de Elvas e uma equipa do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Elvas envolvendo um total de 17 militares.
Através da realização destas operações, a Guarda Nacional Republicana pretende combater a criminalidade e fortalecer o sentimento de segurança da população, procurando ainda prevenir ilícitos criminais.

26.11.22

TRADIÇÃO ORAL: Provérbios de Novembro (VIII)

 
- Por Santo André o Sete-Estrelo posto é.
- Por Santos semeia trigo e colhe cardos.
- Por São Clemente, alça a mão da semente.
- Por São Martinho mata o teu porco e prova o teu vinho.
- Por São Martinho semeia o teu linho.
- Por São Martinho, nem favas nem vinho.
- Por São Martinho, prova teu vinho.
- Por São Martinho, semeia fava e linho.
- Por São Martinho, todo o mosto é bom vinho.
- Por Todos-os-Santos, semeia trigo, colhe castanhas.
- Por Todos-os-Santos, neve nos campos.
- Por Todos-os-Santos, semeia trigo e colhe cardos.
- Se em Novembro ouvires trovão, o ano que vem será bom.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo São Martinho.
- Se o Inverno não erra o caminho, cá virá no São Martinho.
* Hernâni Matos in https://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com

VILA VELHA DE RÓDÃO: Município apoiou instituições de solidariedade social do concelho na aquisição de viaturas

 

O Município de Vila Velha de Ródão deu apoio à aquisição de duas viaturas por parte da Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão e do Centro Comunitário da Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Fratelense, de forma a garantir que estas instituições possam continuar a prestar à comunidade os serviços inerentes às suas várias valências, mantendo a qualidade dos mesmos, particularmente num momento em que estas veem a sua situação financeira deteriorar-se face ao aumento da inflação que se tem verificado.
Esta medida foi assegurada no âmbito do Regulamento de Apoio ao Associativismo da autarquia rodanense e traduziu-se na atribuição de um subsídio à Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Ródão e ao Centro Comunitário da Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Fratelense no valor de, respetivamente, 21.250,00 € e 26.291,69 €, o correspondente ao valor dos veículos.
✅ A entrega das viaturas aos novos proprietários teve lugar na segunda-feira, 21 de novembro, no Campo de Feiras de Vila Velha de Rodão, numa cerimónia simbólica em que, para além dos presidentes das duas instituições apoiadas, marcou também presença o presidente do Município de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira.
“Em momentos difíceis como o que vivemos, em que o aumento da inflação e dos custos energéticos tornam mais difícil a gestão financeira destas instituições e das famílias e o Estado nem sempre disponibiliza apoios necessários para lhes fazer face, é essencial que os municípios reconheçam e apoiem o trabalho meritório que tem sido desempenhado por elas. Em concelhos com uma população reduzida e muitas vezes envelhecida, como é o nosso caso, estas instituições assumem-se como parceiras fundamentais dos municípios no apoio à comunidade e a aquisição destas viaturas vem permitir a continuidade desse trabalho, estimulando-as a fazer mais e melhor”, justificou Luís Pereira, agradecendo o seu contributo para a melhoria da qualidade de vida da população do concelho.

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 
Os adeptos | cartoon editorial da revista @revistasabado - Vasco Gargalo


ESTREMOZ: Colóquio "Caminho de Santiago - Alentejo"

 
O Alentejo vai ter um novo Caminho de Santiago transfronteiriço que liga Badajoz ao Caminho Nascente em Estremoz.
Vai decorrer no dia 16 de dezembro, pelas 10:00 horas, na Biblioteca Municipal de Estremoz, um Colóquio, seguido de uma caminhada de Experimentação do Caminho, pelas 14:30 horas, sobre o novo Caminho de Santiago transfronteiriço.
No âmbito do projeto Caminhos Jacobeus do Oeste Peninsular, apoiado pelo INTERREG V A España Portugal (POCTEP), que tem como objetivo identificar e promover os itinerários jacobeus transfronteiriços, a Turismo do Alentejo e Ribatejo efetuou a ligação transfronteiriça, de cerca de 70 km de extensão, do Caminho de Santiago Português Nascente e o Caminho Português da Raia, entre Elvas, Vila Viçosa, Borba e Estremoz com Badajoz.
Esta iniciativa visa a sinalização, dinamização e valorização do património histórico, paisagístico e cultural deste território no sentido de promover esta variante e melhorar a experiência do viajante. 
Vão acontecer vários colóquios e workshops que decorrerão entre os dias 06 e 16 de dezembro, promovidos pela Turismo do Alentejo e Ribatejo, com o apoio dos Municípios de Elvas, Vila Viçosa, Borba, Estremoz e Portalegre e abordarão temáticas de Estruturação | Conhecimento | Experienciação | Dinamização dos Caminhos de Santiago no Alentejo.
Esta iniciativa é dirigida à comunidade, a entidades públicas e privadas locais e regionais, e contará com diversos oradores em sessões de sala e caminhadas. 
As Inscrições são obrigatórias e limitadas a 50 lugares: https://forms.gle/BemSmYvFNbVrY2d69.
Colóquio | Caminho de Santiago - Caminhos Jacobeus do Oeste Peninsular | Alentejo
Escolha o(s) Colóquio(s) do seu interesse
06 Dez. - Elvas  - 10H00 às 13H00 - Sessão na Biblioteca Municipal de Elvas Dra. Elsa Grilo
06 Dez. - Elvas  - 14H30 às 16H00 - Experimentação de um troço do caminho
16 Dez. - Estremoz  - 10H00 às 13H00 - Sessão no Auditório da Biblioteca Municipal de Estremoz
16 Dez. - Estremoz  - 14H30 às 16H00 - Experimentação de um troço do caminho

MORA: Mostra Gastronómica da Caça

 
Inicia-se no dia 26 de novembro a Mostra Gastronómica da Caça, prolongando-se até 11 de dezembro.
Este é um evento que dura há 27 edições, pelo que já faz parte da tradição gastronómica do Concelho.
A Mostra Gastronómica de Caça do Concelho de Mora é um contributo para o desenvolvimento turístico e económico local, através da tão importante valorização da gastronomia típica de excelência. O aproveitamento das espécies cinegéticas existentes é a base para a realização do evento, sendo que os pratos de caça que fazem parte das diversas ementas são em tudo variados. 
Saiba mais sobre o evento em: https://www.cm-mora.pt/.../xxvii-mostra-gastronomica-da.../ 


MARVÃO: Assembleia Municipal aprova Moção de Censura

Presidente da Câmara Municipal mais isolado
"A Assembleia Municipal de Marvão reuniu-se ontem, dia 25 de novembro, para discutir, entre outros assuntos, a Moção de Censura ao Presidente da Câmara, Luís Vitorino, proposta pelo grupo municipal do PS.
A decisão do Tribunal Judicial de Portalegre, de aplicar ao Presidente da Câmara uma pena de três anos de prisão, suspensa por igual período, e perda do atual mandato, por crime de corrupção passiva, constituía o tema de maior interesse desta sessão.
Na discussão sobre os factos reproduzidos no acórdão condenatório,  dados como provados em julgamento, que e conduziram e fundamentaram a condenação de Luís Vitorino, foram reconhecidos os problemas de credibilidade, causados pela falta de transparência e de isenção no exercício do cargo, mediante o favorecimento de empresas na adjudicação de trabalhos pela Câmara Municipal.
Durante o debate, transmitido na página de Facebook do Município, ficou a saber-se que o Presidente da Câmara dera instruções, à revelia do Presidente da Assembleia Municipal, para que se fossem desativados os comentários, uma atitude antidemocrática que causou a indignação de todos presentes.
A votação da proposta foi aprovada por uma expressiva maioria, com os votos a favor dos eleitos do Partido Socialista e a abstenção dos cinco elementos eleitos para a Assembleia Municipal na lista do PSD.
Este resultado foi um sinal evidente que o Presidente deixou de contar com a confiança dos eleitos na Assembleia Municipal e dos marvanenses, inclusive aqueles que apoiaram a sua eleição. Neste sentido, ficou claro que a Presidente não possui condições para se manter em funções, apesar da sua recusa em aceitar esta situação."
* Grupo Municipal do PS


25.11.22

PORTALEGRE: Itinerários Napoleónicos

 
Os Itinerários Napoleónicos decorrerão no próximo sábado, dia 26 de novembro, no Portalegre Palace Hotel.
Pelas 17h00, haverá uma palestra, conduzida pelo Prof. Doutor António Carrilho, que abordará a carreira de Jorge Avilez Juzarte de Sousa Tavares. 
Elevado ao título de 1.º Conde de Avilez, ascendeu fulgurantemente numa carreira notável ao longo de 30 anos, contribuindo para a restauração da soberania nacional. Os seus descendentes foram igualmente importantes servidores de Portalegre. 
Pelas 20h00, haverá um jantar pelo Chef Mickael Moreira. Chef português com uma costela francesa, Mickael Moreira é um dos Chefs Supper Stars que estará presente no Portalegre Palace Hotel para confecionar um jantar soberbo. 
Inscrições para a Palestra (gratuita):
Posto de Turismo de Portalegre, através do contacto 245 307 445.
Reservas para o Jantar (30€ sem harmonização de vinhos / 35€ com harmonização de vinhos):
Portalegre Palace Hotel, através do email info@portalegrepalace.pt ou do contacto telefónico 245 035 300 (jantar condicionado a 30 pessoas).

TRADIÇÃO ORAL: Provérbios de Novembro (VII)

 - No dia de São Martinho mata o porquinho, abre o pipinho, põe-te mal com o teu vizinho.
- No dia de São Martinho mata o teu porco, chega-te ao lume, assa as castanhas e bebe o teu vinho.
- No dia de São Martinho, castanhas, lume e vinho.
- No dia de São Martinho, fecha a adega e prova o teu vinho.
- No dia de São Martinho, mata o porco e prova o teu vinho.
- No dia de São Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.
- No dia de São Simão, semear, sim, marear, não.
- No São Florêncio, o Inverno vai-se ou volta.
- No São Martinho, fura o teu pipinho.
- Novembro à porta, geada na horta.
* Hernâni Matos in https://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com

VILA VELHA DE RÓDÃO: CLDS 4G promove sessões de gestão emocional para famílias com crianças dos 5 ao 10 anos

✅ No fim de semana de 26 e 27 de novembro, o CLDS 4G de Vila Velha de Ródão, programa cofinanciado pelo Fundo Social Europeu, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão e as Juntas de Freguesia de Fratel, Perais, Sarnadas de Ródão e Vila Velha de Ródão, irá promover quatro sessões, uma em cada freguesia, sobre gestão emocional para famílias com crianças dos 5 aos 10 anos.
✅ Inseridas na ação “FamiliarMente” do CLDS 4G, estas sessões serão dinamizadas pela Educadora Emocional Marisa Mota, que, para além de professora de yoga para bebés, crianças e famílias, é facilitadora de meditação e mindfulness, facilitadora da Jornada das Emoções e especialista em Inteligência Emocional nas crianças.
✅  Esta ação visa promover o tempo em família e estabelecer um momento de conexão entre todos, fortalecendo os laços que unem pais e filhos. 
As sessões serão divididas, ao longo do fim de semana, pelas quatros freguesias do concelho, com a primeira a ter lugar a 26 de novembro, às 10h00, na Junta de Freguesia de Vila Velha de Ródão. No mesmo dia, decorre ainda uma sessão na Junta de Freguesia de Sarnadas de Ródão, às 14h30, e outra na Junta de Freguesia de Perais, às 16h30. A última sessão realiza-se no dia 27 de novembro, às 10h00, na antiga Escola Primária de Fratel.
✅ A participação nesta iniciativa é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória, através da página de Facebook do CLDS 4G de Vila Velha de Ródão, do endereço de e-mail clds.vvrodao@gmail.com ou do telefone 272 541 075.

CRATO: São Silvestre do Crato

23ª Corrida e 8ª Caminhada
17 de dezembro de 2022 | Jardim Municipal | 15h00
Informações / Regulamento
Setor de Desporto da Câmara Municipal do Crato e Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre
Tel: 969 234 607 / 245 202 133
e-mail: desporto@cm-crato.pt - cm-crato.pt
www.aadp.pt
Inscrições
www.aadp.pt
- Corrida: 2,00€
Filiados na AADP: Gratuito
- Caminhada de São Silvestre
Setor de Desporto da CMC - Gratuito
Data-Limite de inscrições
até às 18h00 do dia 14 de dezembro
- Prémios monetários
- Troféu aos 3 primeiros absolutos masculinos e femininos;
- Medalha aos 3 primeiros classificados de cada escalão;
- Troféu às 5 primeiras equipas;
- Medalha aos 3 primeiros classificados do concelho de cada escalão;
- T-shirt a todos os participantes.
Programa/Horários
15h00 - Benjamins A
15h05 - Benjamins B
15h15 - Infantis
15h25 - Iniciados
15h35 - 8ª Caminhada de São Silvestre
15h40 - Juvenis (Masculinos e Femininos) e juniores (Femininos)
16h00 - Juniores, Seniores e Veteranos
17h30 - Cerimónia de Entrega de Prémios

MONFORTE: XXVII Jogos Florais

Entrega de Trabalhos até 31 de dezembro de 2022


23.11.22

TRADIÇÃO ORAL: Provérbios de Novembro (VI)

- Pelo São Martinho prova o teu vinho; ao cabo de um ano já te não faz dano.
- Pelo São Martinho prova teu vinho.
- Pelo São Martinho semeia o teu cebolinho, que o meu já está nascidinho.
- Pelo São Martinho, lume, castanhas e vinho.
- Pelo São Martinho, mata teu porco e bebe teu vinho.
- Pelo São Martinho, nem nado, nem no cabacinho.
- Pelo São Martinho, semeia fava e linho.
- Pelo São Martinho, semeia o teu cebolinho.
- Pelos Santos, favas por todos os cantos.
- Pelos Santos, neve nos campos. 
* Hernâni Matos in https://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com


MEMÓRIA - Cheias de 1967: A miséria que a natureza esmagou e a ditadura encobriu

 
Na madrugada do dia 26 de Novembro de 1967, uma torrente lamacenta provocou milhares de vítimas, entre operários e camponeses, na Grande Lisboa. Apesar da tragédia, a ditadura de Salazar continuou indiferente ao sofrimento do povo e censurou-o.
Foi a maior inundação que a região da Grande Lisboa alguma vez conheceu mas, fruto da censura que suportava o governo fascista de Salazar, a dimensão da calamidade nunca foi oficialmente conhecida ou revelada.
Estima-se que a forte chuva, que assolou os concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Alenquer tenha provocado mais de 700 mortos, milhares de desalojados e um sem-número de habitações destruídas.
Fernanda Silva, então a morar na Castanheira do Ribatejo, assume que os números nunca estiveram correctos. «Na aldeia de Quintas, o número não está correcto de certeza porque eu sei de uma família de Coimbra, um casal e dois filhos pequenos, que tinha vindo passar o fim-de-semana com familiares que tinham ali e também morreram», revela.
A aldeia de Quintas (Castanheira do Ribatejo) foi a que mais vítimas deu à tragédia. Fernanda assume que «lá morreu praticamente toda a gente». Lá morreu Elvira, uma colega da fábrica de confecções onde trabalhava, às portas da Castanheira do Ribatejo.
«Recordo-me perfeitamente, eu era encarregada nessa fábrica e ela chamou-me e disse-me: "Sabe, hoje estou muito feliz porque consegui arrendar casa e já posso marcar a data do casamento". Isto foi no sábado de manhã, à noite aconteceu aquela tragédia e ela morreu em casa com os pais e um irmão».
Aquilo a que milhares de operários chamavam casa eram na verdade barracas em zonas baixas e permeáveis a inundações, construídas pelos próprios com madeira e lata, e chão de terra. No lugar de Quintas, João Manquinho, morador de Vila Franca de Xira, conta que algumas já eram casas de tijolo mas, além de estarem situadas no vale, tinham sido construídas sobre as linhas de água, por descuido ou desconhecimento.
Ali moravam acima de mil pessoas, na sua maioria camponeses mas também operários de fábricas localizadas na região. Morreram quase quinhentas. Nalguns casos, famílias inteiras. «No fundo, quem foi afectado por aquela desgraça foram as camadas mais pobres, mais humildes, aquelas que tinham menos possibilidade de se defender. Os edifícios com melhor construção e com capacidade de resistência, esses não foram afectados», reconhece Manquinho.  
Mas não eram só as casas térreas dos camponeses e operários das Quintas que padeciam de más infra-estruturas. O bairro da Urmeira (Odivelas), de habitação pública, conta-se entre os que foram destruídos pelas cheias.
Mandado construir pelo ex-governador civil de Lisboa, Mário Madeira, integra o lote de conjuntos habitacionais com deficientes condições de habitabilidade, destinados a milhares de trabalhadores que não conseguiam pagar as rendas dos bairros residenciais de Lisboa (que se mantiveram intactos).
«Um balde de água gigante»
A chuva caía há já alguns dias, quase ininterruptamente. Na madrugada de 26 de Novembro, pelas 3h da manhã, uma tromba de água muito forte «foi o culminar de toda a situação», admite Manquinho.
Na aurora desse dia, diz que «Vila Franca parecia uma terra fantasma que tinha sido varrida por um ciclone». «Havia pessoas desaparecidas, muito lixo pelas ruas, muita lama, a linha do comboio estava cheia de escombros e de animais mortos», adianta.
A forte chuva rebentou com as ribeiras, o lixo das ribeiras impediu que a água seguisse para o Tejo e geraram-se enormes inundações, não apenas no concelho de Vila Franca de Xira, mas também noutros lugares como Arruda dos Vinhos, Alenquer, Alhandra, Alverca, Sacavém, Loures e Odivelas.
No trágico lugar de Quintas, em pleno vale, a inundação das casas abarracadas começou quando a maior parte das pessoas estava a dormir. Apenas os que conseguiram fugir para o telhado sobreviveram.
Mais tarde, Fernanda diz ter ouvido na televisão «um senhor do Instituto de Meteorologia dizer que o fenómeno tinha sido – para as pessoas perceberem –, um balde de água gigante que lançaram sobre esta zona».
A incúria do Estado
As cheias no Ribatejo eram um fenómeno vulgar, do qual decorriam fortes prejuízos para os camponeses. Sistematicamente eram exigidas medidas, tais como desassoreamento dos rios e a construção de diques, mas a incúria do governo fascista de Salazar prevaleceu, apesar das reivindicações e alertas.
O mesmo senhor que Fernanda ouviu falar na televisão, «revelou que se sabia que aquilo iria acontecer. Só não sabiam onde e estavam com esperança que fosse no mar, assim não provocava tantos problemas». A informação ficou, no entanto, reservada e ninguém – comunicação social e forças de segurança (que eram ágeis, mas na repressão) – avisou a população do perigo que se avizinhava.
Embora as comunidades ribeirinhas, indefesas, alertassem para os perigos que corriam, tal como as suas colheitas, o jornal Avante!, que à época o PCP fazia circular clandestinamente, denunciava o facto de o governo se manter concentrado noutras prioridades.
Em 1967, um ano antes de Marcello Caetano suceder a Salazar, o Estado gastou 257 mil contos com despesas da NATO e cerca de 7 milhões de contos com a guerra colonial e a repressão. O Avante! sublinhava ainda que, também nesse ano, seiscentos mil contos foram para a Base Aérea de Beja, construída em 1964, «para serviço dos alemães».
No final das contas, não sobrou uma fatia para regularizar as águas do Tejo ou acudir à população afectada.
Para se ter uma ideia do desfasamento entre os valores gastos nas prioridades do governo fascista e o investimento na habitação pública, basta ter em conta que, de 1946 a 1967, a  média anual de despesas do Estado com a habitação foi de 2126 contos. Em 1965, o valor caiu para 992 contos (menos de 5 mil euros).
Apesar de os prejuízos terem sido calculados em 3 milhões de dólares, a preços da época (cerca de 20 milhões a preços actuais), numa nota oficial, divulgada pela imprensa a 30 de Novembro, o governo não assumiu qualquer verba extraordinária para socorrer as vítimas, referindo que seria com o orçamento normal de cada ministério que se iria fazer face às despesas geradas pela catástrofe.
Foi também anunciado que a Caixa Geral de Depósitos estava autorizada a conceder empréstimos aos municípios das regiões atingidas pelas cheias, «nas condições mais favoráveis de juro e amortização». O Avante! alertava, no entanto, que, «esse empréstimo atinge a ridícula soma de 70 000 contos que reentrarão nos cofres das Câmaras Municipais, pagos pelo povo, sob a forma de novas taxas, de novas alcavalas, de novos impostos».
O espírito benemérito do governo de Salazar ficava-se por aqui, empurrando para a caridade o dever de assistir as milhares de vítimas.
Número de mortos censurado
Numa altura em que a informação não fluía ao ritmo que conhecemos actualmente, as notícias corriam sobretudo de boca em boca e pela comunicação social, mas sob a prévia supervisão dos serviços censórios.
Fac-símile da capa da edição n.º 386, de Dezembro de 1967, do jornal «Avante!» Créditos
«Muita coisa foi abafada», recorda João Manquinho, mas «os jornais O Século e o DN, que eram os jornais com maior incidência na altura, tinham que publicar fotografias senão era um escândalo».
E publicaram, mas a Direcção da Censura começou a controlar as publicações assim que os contornos da tragédia se começaram a definir. A 27 de Novembro, informava-se num telegrama que: «Gravuras da tragédia: é conveniente ir atenuando a história. Urnas e coisas semelhantes não adianta nada e é chocante. É altura de acabar com isso. É altura de pôr os títulos mais pequenos».  
Na quarta-feira a seguir à tragédia, nova indicação chegou às redacções: «Inundações: os títulos não podem exceder a largura de meia página e vão à censura. Não falar no mau cheiro dos cadáveres.»
Apesar dos 50 anos volvidos, o cheiro e a imagem dos cadáveres permanece gravada na memória de João Manquinho, então com 24 anos de idade. «Lembro-me de ir ao Largo da Misericórdia, onde está uma igreja antiga, e de ver as camionetas a chegarem das Quintas com a aurora a romper, cheias de corpos inchados, disformes e cheios de lama, com expressões de aflição e em posições dramáticas». Depois de lavados, os corpos eram reconhecidos por familiares e alguns levados para as suas terras.
Na Castanheira do Ribatejo, Fernanda assistiu a 17 funerais. Recorda, no entanto, que «a gente não podia entrar no cemitério». «Tínhamos que ficar longe porque o chão estava tão instável que eles não queriam ninguém a passar onde fizeram os buracos porque aquilo podia ruir», explica.
O despertar de consciências
Apesar da censura, a informação sobre a tragédia levou milhares de estudantes a organizarem-se para prestar o auxílio negado pelo Estado. Havia falta de água, de alimentos, de abrigos para os milhares de desalojados e de cuidados médicos. Em contrapartida, sobravam escombros e muita lama, que muitos homens e mulheres retiravam às pazadas.
Antevendo, porém, as consequências que o confronto com a realidade podia surtir em muitos dos jovens estudantes, citadinos e de diferentes classes sociais, a ditadura de Salazar reprimiu esses movimentos, assim como o eco que poderiam ter através dos meios de comunicação social. Na informação enviada às redacções, no dia 29 de Novembro, a Direcção da Censura acrescentava: «Actividades beneméritas de estudantes – Cortar».
Salazar não temia apenas que os jovens se apercebessem da indiferença com que lidava com os mais desprotegidos, temia, isso sim, a criação de consciência política, o que veio a acontecer.
Numa análise aos dados do Serviço Meteorológico Nacional, o boletim Solidariedade Estudantil, criado pelos estudantes que se organizaram para auxiliar as vítimas da tragédia, revelava que, apesar das mortes terem ocorrido nas zonas desfavorecidas de Lisboa e do Ribatejo, foi na zona abastada do Estoril que se registou a maior precipitação.
Sem rodeios, o Comércio do Funchal declarava que, mais importante do que a chuva que caiu na madrugada do dia 26 de Novembro, «foi a miséria, miséria que a nossa sociedade não neutralizou, quem provocou a maioria das mortes. Até na morte é triste ser-se miserável. Sobretudo quando se morre por o ser».
in Abril Abril - Nov. 2017
IMAGENS: Exposição da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira sobre os 50 anos das cheias de 1967


ESTREMOZ: Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres

O Município de Estremoz, no âmbito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25 de novembro), encontra-se solidário com esta causa e, como forma de assinalar esta data, lançamos uma Campanha Solidária de recolha de bens a serem doados à Misericórdia de Estremoz, no âmbito do acompanhamento a vítimas de violência doméstica. 
Esta campanha decorre entre os dias 14 e 30 de novembro de 2022. Os bens necessários e os pontos de entrega estão indicados no cartaz.


VILA VIÇOSA: CECHAP assinala 1º de Dezembro com várias iniciativas

No dia 1 de dezembro comemora-se um dos acontecimentos mais marcantes para a história e soberania portuguesa. A velha Callipole, pátria do rei D. João IV posto em 1640, sempre celebrou esta data com eventos culturais.
Conheça as atividades culturais da 4.ª edição do 1.º Dezembro. Celebrar a Restauração: História, Arte e Cultura, promovidas pelo CECHAP em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Viçosa e outras entidades para comemorar esta data nos próximos dias 1 de dezembro de 2022.
O nosso programa inclui:
- Lançamento do livro “Uma defesa Espanhola da Restauração Portuguesa de Nicolas Bustillo” com a presença dos autores.
A apresentação do livro decorrerá no Salão Nobre da Câmara Municipal de Vila Viçosa pelas 15h00.
- Inauguração da exposição “Portugal Restaurado. Praças-Fortes do Alentejo”, comissariado por Margarida Valla. A exposição estará patente até dia 15 de janeiro de 2023 na Galeria Aqui D’El Arte, nas instalações da CECHAP.


PORTALEGRE aposta no evento “Vinhos de Altitude, Serra de São Mamede | Portalegre”

Iniciativa terá lugar nos dias 2 e 3 de dezembro, na Igreja de São Francisco
Este evento visa associar as características excecionais da Serra de São Mamede a um dos elementos patrimoniais mais antigos de Portalegre, numa elegia à recuperação de saberes, memórias e patrimónios materiais e imateriais, como forma de capitalizar o valor e a notoriedade dos nossos Vinhos de Altitude, e de todos os vinhos produzidos no concelho, assumindo o Enoturismo como produto estratégico. 
As características naturais do território associadas ao dinamismo que está a ser criado na região em torno da Serra de São Mamede despertam o interesse crescente pelos vinhos de Portalegre e o enorme potencial do sector. 
A Câmara Municipal de Portalegre pretende assim promover este património natural através de um dos produtos estratégicos mais distintivos do concelho, associando aos vinhos os produtos tradicionais.
Para tornar a experiência ainda mais inesquecível, o programa destaca alguns atrativos do evento “Vinhos de Altitude, Serra de São Mamede | Portalegre” como diferentes momentos de animação, com apontamentos musicais e painéis de natureza técnica, com showcooking, degustações, harmonizações e um colóquio, com prova orientada, sobre vinhos e vinhas do terroir de Altitude.
* Câmara Municipal de Portalegre


22.11.22

PORTALEGRE: 16º Aniversário de "Momentos de Poesia"

 

TRADIÇÃO ORAL: Provérbios de Novembro (V)

 
- Pelo Santo André (30/11) agarra o porco pelo pé.
- Pelo Santo André (30/11), neve no pé.
- Pelo São Martinho abatoca o pipinho.
- Pelo São Martinho abatoca o teu vinho.
- Pelo São Martinho bebe o bom vinho e deixa a água para o moinho.
- Pelo São Martinho deixa a água para o moinho.
- Pelo São Martinho larga o soitinho.
- Pelo São Martinho mata o porquinho, prova o teu vinho e não te esqueças do teu vizinho.
- Pelo São Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Pelo São Martinho prova o teu vinho, larga o soito e mata o porquinho. 
* Hernâni Matos in https://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com

ARRONCHES: Grémio Transtagano assinala 46 anos das primeiras eleições autárquicas no Alto Alentejo


Em nome do Grémio Transtagano a que presido tenho o grato prazer de vos convidar e respetivas famílias a participarem na Iniciativa que preparamos para acontecer no próximo dia 8 de Dezembro de homenagem ao Poder Local Democrático e aos primeiros Presidentes de Câmara do distrito, eleitos por voto direto em 1976 mas que permitir-nos-á igualmente um dia de agradável convívio.
Anexo convite e Programa na esperança que possa aceitar o nosso convite. 
Diogo Serra