31.5.23

NISA: 42ª Feira do Livro

 

NISA: "A minha lancheira" premeia turma da Escola básica de Nisa no Desafio 2022-2023 : "Caminhada pela saúde"

O projeto “A minha Lancheira”, promovido pela Administração Regional de Saúde do Alentejo, IP, através do Programa Regional do Alentejo de Promoção da Alimentação Saudável (PRAPAS), conta, no ano letivo corrente, com a participação de 4203 alunos do pré-escolar e ensino básico, distribuídos por 213turmas em 97 escolas.
Em resposta ao desafio lançado, 16 turmas organizaram uma "Caminhada pela saúde", com a participação do jardim de infância/escola e de uma estrutura de apoio a idosos. A atividade, aberta à comunidade, previa a elaboração de cartazes de divulgação, a criação de um adereço, a publicação da notícia e o registo fotográfico de todos os momentos. Tratou-se, sobretudo, de um desafio que pretendeu possibilitar encontros intergeracionais, tão importantes na partilha do saber, no fortalecimento das relações humanas e dignificação da existência. 
O júri constituído por representantes do PRAPAS e da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares – Direção de Serviços da Região Alentejo, teve ainda como elemento convidado a enfermeira Carmen Garcia, autora da página "A mãe imperfeita" e de vários livros.
As turmas do 3º ano da Escola Básica de Nisa foram as grandes vencedoras e vão receber jogos de bowling e ainda um exemplar dos livros “Uma lição de amor”, “Uma lição de paz” e “Uma lição vinda do mar”, gentilmente oferecidos por Carmen Garcia.
O Grupo de Trabalho do PRAPAS agradece a todos a participação e empenho.

VILA VELHA DE RÓDÃO: Feira das Cerejas e Encontro de Associações no Campo de Feiras

O Campo de Feiras de Vila Velha de Ródão recebe mais uma edição da tradicional Feira das Cerejas no próximo domingo, dia 4 de junho, um evento que coincide com a realização do I Encontro de Associações de Vila Velha de Ródão, um projeto que pretende promover o convívio e um conjunto de dinâmicas entre as associações do concelho.
Com início previsto para as 9h00, este primeiro encontro desafia os sócios das diversas associações do concelho a participarem num conjunto de iniciativas inspiradas nos Jogos Tradicionais Portugueses e Mundiais, praticados em sistema de campeonato por equipas, como é o caso da malha, da sueca ou de jogos populares, como a tração com corda, a corrida de andas ou a corrida de carrinhos de mão.
Para cada jogo, a equipa de cada associação seleciona o jogador ou jogadores necessários, sendo a classificação final do torneio atribuída pela soma dos resultados parciais alcançados em cada jogo.
Após um almoço convívio, o programa deste I Encontro de Associações de Vila Velha de Ródão prolonga-se durante a tarde com a atuação do Grupo Etnográfico Danças e Cantares Vila Velha de Ródão, às 16h00, e a cerimónia de entrega de prémios.
Através deste projeto, promovido pelo Serviço de Desporto e Tempos Livre do Município de Vila Velha de Ródão, pretende-se motivar o trabalho de equipa e a competição saudável entre os associados, com vista ao desenvolvimento de novas competências e de estratégias de coordenação e resolução de problemas, que contribuam para o fomento dos laços de camaradagem num ambiente divertido e saudável, onde se reconhecem ou aprendem as tradições e a cultura de jogos muitas vezes esquecidos.
Paralelamente a esta iniciativa, ao longo do dia, decorre também no Campo de Feiras a tradicional Feira das Cerejas, para a qual o Município de Vila Velha de Ródão disponibiliza, como habitualmente, o transporte gratuito entre as freguesias e a sede de concelho e cujos horários são disponibilizados nos locais habituais.

OPINIÃO: As sete vidas de um socialista

1. Alberto Núñez Feijóo e o Partido Popular (centro-direita) foram os grandes vencedores das eleições locais em Espanha. E são os favoritos para as eleições nacionais de julho. Mas, uma coisa é ser o partido mais votado (parece ser quase inevitável), outra é chegar à presidência do Governo. Seja através da extrapolação dos resultados das regionais e das municipais, seja através das sondagens mais recentes, percebe-se que o PP só conseguirá uma maioria no Parlamento com o apoio da extrema-direita do Vox. Mesmo que o ecossistema político-partidário seja diferente do português, Feijóo tem um dilema parecido com o presidente do PSD, Luís Montenegro, relativamente ao Chega. E a tática do espanhol tem sido similar. Não fecha a porta, mas também não a abre. Ontem mesmo, encenou uma celebração, rodeado de todos os seus barões, incluindo os que dependem da extrema-direita para chegar ao poder, mas fugiu a falar sobre pactos. Diz-se em Espanha que não há pressa. E que o PP fará o que puder para adiar acordos com o Vox para lá de 23 de julho, o dia das eleições nacionais. A posição é equívoca, mas tudo indica que haverá viragem à Direita no Governo de Espanha.
2. Pedro Sánchez é um político que aposta em soluções que parecem desesperadas. Mesmo que esteja encurralado, joga sempre um último trunfo. E não se tem dado mal com isso. Foi de forma heterodoxa que chegou e se manteve no poder no PSOE e no Governo. Um pouco como António Costa, que inventou a "geringonça". E, no rescaldo da derrota de domingo, voltou a surpreender, antecipando as eleições. O socialista aposta tudo na ameaça de o centro-direita voltar ao poder na companhia da extrema-direita (soa-lhe a algo familiar?), esperando mobilizar, quer o eleitorado de esquerda, quer os centristas. É possível que o PSOE consiga estancar perdas e até reforçar o seu peso relativo no Parlamento. O problema é que o sócio de governação, o Podemos, arrisca ser varrido do mapa. Como escreveu o El País, "as candidaturas de Esquerda transformaram-se numa sopa de letras que competem entre si". E é pouco credível que o Podemos (com este ou outro nome arranjado à pressa) evite novo desaire. Em julho, veremos se Sánchez já esgotou as suas sete vidas.
* Rafael Barbosa in Jornal de Notícias - 31.5.2023

PORTALEGRE: 1ª Edição do "São Mamede Clássicos" vai ter lugar nas instalações da NERPOR - 30Jun a 2Jul

Exposição e venda de peças para automóveis, motociclos e bicicletas, gastronomia, animação musical e provas desportivas, são alguns dos atrativos de uma feira que vai decorrer de 30 de junho a 2 de julho nas instalações da NERPOR, em Portalegre.
    A iniciativa, designada de São Mamede Clássicos, que se realiza pela primeira vez, é promovida pelo Clube Clássicos do Alto Alentejo, e integra ainda uma exposição de automóveis clássicos, demonstração de mecânica, exibição de pop-cross e perícia automóvel.  
O evento, aberto à população em geral, tem entradas gratuitas.

30.5.23

TRADIÇÃO ORAL: Provérbios de Maio (XIV)

 
- Chuvas da Ascensão, bebem vinho e comem pão.
- Chuvinha da Ascensão, até da palha faz pão.
- De Maio a Abril, ainda que te pese, me hei-de rir.
- De Maio a Abril, há muito que pedir.
- De Maio a Abril, não há muito que rir.
- De Maio a Abril, pouco vai que rir.
- Deixa lenha para Maio, que a fome de Maio sempre veio e há-de vir.
- Depois de Maio, a lampreia e o sável dai-o.
- Dia de Maio, dia de má ventura, mal amanhece, logo escurece.
- Dias de Maio, dias de amargura, ainda não é dia, já é noite escura.
- Dias de Maio, dias de amargura, mal amanhece é logo noite escura.
- Diz Maio a Abril: ainda que te pese, me hei-de rir.
- Do mês de Maio o calor, de todo o ano, o valor.
- Em Abril, águas mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril dorme o moço ruim e em Maio dorme o moço e o amo. 
* Hernâni Matos in https://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com


SÉRGIO GODINHO - "75 CANÇÕES"

ANATOMIA DO CANCIONEIRO PORTUGUÊS
 Assírio & Alvim publica 75 Canções, um livro de grande formato que reúne partituras, letras, cifras e fotografias de Sérgio Godinho
Há uma canção de Sérgio Godinho para cada momento das nossas vidas. Basta folhear 75 Canções para disso ganharmos (ainda mais) consciência. Este é «um livro dinâmico, como a música deve ser», a expansão de um projeto que começou por abarcar 55 canções, depois 60, e agora 75.
Com transcrições musicais de João Cabrita, este volume celebra a carreira de mais de cinco décadas de um dos maiores cantautores portugueses. Disseca não só poemas e músicas concebidos e interpretados a solo, mas também uma mão-cheia resultante de cumplicidades e partilhas com artistas de múltiplas gerações e vários estilos musicais. Armadilha, Grão da mesma mó, O sopro do coração, O novo normal ou Tudo no amor são apenas algumas das novas aquisições.
Momentos para apreciar à lupa. E depois espalhar a notícia.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 18 de maio.
"Foi há tantos anos que ainda me lembro: adolescente, eram livros como este que me levaram a experimentar as primeiras (e rudimentares) formas de escrita; e, desde aí, nunca me têm largado. Ou seja, tenho-os à mão e eles têm-me à perna. O acesso prático aos mecanismos que outros usaram para criar (ou criaram para usar…) nunca deixou de me trazer luzes e dicas importantes, neste ofício intermitente da feitura de canções.
Imitamos, transformamos, inventamos, emperramos e solucionamos, mas nunca a partir do nada — há sempre, num ponto de partida, de percurso ou de chegada, o que nos foi sugerido por outros saberes. Com livro ou sem livro, com ou sem Internet. Mas é destes manuais que falamos: sabemos como, em Portugal, são, infelizmente, aves raras. Começam agora algumas a pousar, e serão cada vez mais bem-vindas. Que prenda para todos os que praticam estas coisas, ter um dia acesso a toda a música portuguesa (enfim, não exageremos…) neste formato, ou noutros que se vão inventa! ndo. Estatisticamente, o meu contributo passaria a ser muito menor, e eu com isso no maior contentamento."
Sérgio Godinho


ÉVORA: Encontro Nacional de Veículos Eléctricos

O ENVE é o Encontro Nacional de Veículos Elétricos e este ano realiza-se na cidade de Évora. O ENVE apoia-se em três pilares fundamentais:
Os Utilizadores – Encontro dos utilizadores de veículos elétricos em Portugal para troca de experiências e esclarecimento de dúvidas.
As Marcas / Veículos – Exposição de veículos elétricos de 2 e 4 rodas, de passageiros e de mercadorias, ligeiros e pesados, mobilidade suave elétrica (trotinetes, bicicletas e bicicletas de carga elétricas).
As Famílias – Atividades para todas as idades, com test drives, karts elétricos, bumper cars elétricos, kid karts elétricos, atividades e sorteios.
O ENVE é um evento gratuito e aberto a todos.
data: 3 junho 2023 - 4 junho 2023
horáriosábado 3 de junho, das 10:00 às 19:00 | domingo 4 de junho, das 10:00 às 18:00
Praça 1º de maio, Évora
entrada gratuita

ÁGUA PÚBLICA: População em luta contra o aumento do custo da água


A União dos Sindicatos do Norte Alentejano tem acompanhado o descontentamento da população de 10 dos concelhos do distrito de Portalegre, que foi confrontada com o aumento abrupto do custo da água, após a entrada em funcionamento da nova empresa intermunicipal de gestão da água, a empresa AAA- Águas do Alto Alentejo.
Foi criada uma plataforma de defesa da gestão pública da água no distrito de Portalegre, constituída pela Associação Água Pública, o Movimento Os Mesmos de Sempre a Pagar e Comissões de Utentes de Fronteira, Sousel, Montargil e Foros do Arrão e Ponte de Sôr, com o objectivo de dar expressão a este descontentamento.
A população de Alter do Chão, Arronches, Castelo de Vide, Crato, Fronteira, Gavião, Marvão, Nisa, Ponte de Sôr e Sousel, tem aderido ao abaixo-assinado dinamizado por esta plataforma e que reclama que a gestão da água regresse à esfera municipal.
Tiveram já lugar 2 tribunas públicas que permitiram recolher testemunhos do aumento do custo da água, em alguns casos para o dobro ou triplo, mas também do custo de serviços. A estas tribunas, que tiveram lugar em Ponte de Sôr e em Gavião, seguir-se-á uma terceira em Nisa já esta quinta-feira, dia 25, junto ao Mercado Municipal a partir das 10h.
O abaixo-assinado, que reúne já mais de 2000 assinaturas e que tem sido divulgado nas tribunas realizadas mas também pela própria população e comissões de utentes, vai ser entregue no dia 29 de Maio, pelas 10h30, nos serviços da Câmara Municipal de Ponte de Sôr, presidida, como é sabido, pelo actual presidente da CIMAA – Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, entidade a partir da qual, este modelo de gestão empresarial da água, foi construído.
O Depº de Informação da USNA/cgtp-in

MARVÃO: Concurso de Fotografia

🇵🇹 🇪🇸 Património Monumental da Rede de Cidades e Vilas Medievais 
✔ Participe até dia 18 de junho. Basta tirar uma fotografia do património monumental de Hondarribia, Sigüenza, Marvão, Almazán, Jerez de los Caballeros, Estella-Lizarra ou Laguardia;
✔ Seguir a página de Instagram: @villasmedievales;  
✔ Publicar a fotografia no Instagram e indicar o local com a hashtag #ConcursoFotoRed; 
✔ Identificar a página @villasmedievales na publicação.
👉 Prémio: Uma noite de alojamento (para duas pessoas), com pequeno almoço, uma refeição e visita guiada a uma das integrantes da Rede de Cidades e Vilas Medievais.
👉 Consulte o regulamento do Concurso em: https://villasmedievales.com/.../iii-concurso-de-fotograf...

OPINIÃO: Crise, lucro e falta de ética

 
Durante a leitura dos jornais de fim de semana deparo com um título que diz "Se os gestores fossem movidos por valores éticos não teríamos a crise que vivemos hoje". E à cabeça vêm-me de imediato as últimas contas dos bancos portugueses, resultados que nos mostram o imenso paradoxo que são os tempos que vivemos.
As últimas contas, apresentadas a meio do mês, revelam que "os seis maiores bancos portugueses registaram lucros de 617,4 milhões de euros", no primeiro trimestre, mais do que duplicando os resultados quando comparados com os 303,7 milhões atingidos entre janeiro e março de 2021. Temos ouvido e, sobretudo, temos sentido, estar a viver, outra vez, em crise. Será? Não há como negá-lo. A nossa crise é a riqueza do setor financeiro. E isso é dramático.
Numa altura em que muitos de nós não sabem onde mais cortar para chegar ao fim do mês sem se endividarem ou sem terem de entregar a casa ao banco por não conseguirem responder à subida da prestação provocada pelo aumento das taxas de juro, os bancos anunciam com orgulho lucros mais que milionários, fruto da total insensibilidade em relação aos seus clientes, revelando um comportamento agiota, apenas. É das dificuldades dos portugueses que resulta o bom desempenho da banca. Tal e qual o título com que esbarrei na leitura dos jornais do fim de semana. Agiotas como são, nem sequer refletiram a subida das taxas de juro nos depósitos que os portugueses lhes confiam. E embora os gestores contestem a imoralidade destes lucros, alegando que em Portugal há uma aversão ao lucro e é isso que explica os baixos salários, os números que nos chegam da Europa bastam para desmentir esse argumento. Portugal foi o país europeu em que a margem financeira mais aumentou. E nem por isso os nossos salários cresceram.
* Paula Ferreira in Jornal de Notícias - 29.5.2023

Quercus alerta para proliferação de cianobactérias na Albufeira do Maranhão – Avis

O Núcleo Regional de Portalegre da Quercus vem alertar para a ocorrência de grandes manchas de cianobactérias na Albufeira do Maranhão, concelho de Avis, que ao longo das últimas semanas se têm depositado ao longo das suas margens.
Esta é uma situação que se tem, infelizmente, repetido ao longo dos últimos anos e que poderá trazer riscos à saúde humana, à saúde animal e ao ambiente em geral, uma vez que algumas das espécies de cianobactérias produzem toxinas, com efeitos negativos, por contacto ou ingestão. Algumas cianotoxinas são cancerígenas e podem inclusive ser letais a partir de determinada dose.
Perante este cenário, a Quercus exige a intervenção imediata das Autoridades competentes, de modo a que situação em causa seja rapidamente analisada e possam ser determinadas as causas deste fenómeno. Apela também a que as Autoridades locais, como medida de prevenção e até a que existam conclusões relativamente às análises que certamente serão realizadas, impeçam o acesso público aos locais de concentração destas cianobactérias, pelos perigos que as mesmas podem representar.
A Quercus relembra também que ao longo dos últimos anos foram instalados milhares de hectares de olival intensivo e superintensivo nas margens da Albufeira do Maranhão, pelo que insta as entidades competentes a estudar uma eventual relação causa-efeito entre esta instalação e o fenómeno que está a ocorrer, dado que a proliferação de cianobactérias pode ter origem em processos de eutrofização, devido ao excesso de nutrientes que são utilizados na agricultura.
Portalegre, 25 de Maio de 2023
A Direcção do Núcleo Regional de Portalegre da Quercus – ANCN 

SAÚDE: Há seis sinais de alerta a que deve estar atento que podem estar relacionados com cancro do pâncreas, explica especialista

Ser capaz de detetar um cancro precocemente pode significar a diferença entre a vida e a morte. No entanto, o corpo começa a dar sinais que deve prestar atenção e que, em muitas ocasiões, podem mesmo passar despercebidos.
No caso do cancro do pâncreas, os sinais não são estimulados nos estágios iniciais – entre 80 e 90% dos pacientes são diagnosticados num estágio tardio, quando o cancro já está avançado. “Como se apresenta tarde, o prognóstico do cancro pancreático é mau”, sublinhou Deborah Lee, da ‘Dr. Fox Online Pharmacy’, citada pelo tabloide britânico ‘Daily Express’.
No entanto, há sintomas que podem ajudar a fazer soar o alarme. “Estudo mostram que 25% dos pacientes apresentam sintomas abdominais superiores nos seis meses anteriores ao diagnóstico de cancro pancreático”, explicou a especialista, reforçando: “E outros 15% apresentam sintomas ainda antes disso.”
E que sintomas são esses?
– cólicas;
– diarreia;
– constipação;
– outras alterações nos movimentos intestinais;
– inchaço;
– náusea.
De acordo com Deborah Lee, a dor abdominal pode ocorrer “no início” da doença, dependendo da localização exata do tumor cancerígeno. “A dor pode irradiar da parte superior do abdómen para as costas, por exemplo, se o tumor estiver a pressionar a coluna”, relatou. “O cancro do pâncreas também pode causar dor se estiver a pressionar outros órgãos ou nervos. Num terço dos pacientes, a dor é considerada leve a moderada e, em outro terço, a dor é intensa.”
“A dor pode ser intermitente e muitas vezes piora ao comer e beber, especialmente alimentos gordurosos, e ao deitar-se, e melhora ao inclinar-se para a frente”, apontou a médica.
Embora esses sintomas possam dar sinal, não garantem que tenha cancro. “Muitos desses sintomas são semelhantes e muitas vezes são confundidos com a síndrome do intestino irritável (SII)”, explicou a especialista, que sublinhou que é importante falar com o seu médico sobre quaisquer alterações incomuns para descartar problemas sérios. “Deve manter-se vigilante e relatar qualquer nova dor abdominal leve/moderada ao seu médico se não desaparecer em 7 dias”, concluiu a médica.
* Francisco Laranjeira - 30 Mai 2023

29.5.23

TRADIÇÃO ORAL: Provérbios de Maio (XIII)

- Maio pardo, ano farto e ventoso, ano formoso.
- Maio pardo, ano farto.
- Maio pardo, centeio grado.
- Maio pardo, enche o saco.
- Maio pardo, faz o pão grado.
- Maio pardo, Junho claro, fazem o lavrador honrado.
- Maio pardo, Junho claro.
- Maio pardo. Junho claro, fazem pão grado.
- Maio pedrado destrói os pastos e não farta o gado.
- Maio pequenino, de flores enfeitadinho.
- Maio que não der trovoada, não dá coisa estimada.
- Maio que não rompe uma croça, não é Maio.
- Maio que seja de gota e não de mosca.
- Maio rompe uma croça.
- Maio serôdio ou temporão, espiga o grão.
* Hernâni Matos in https://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com


XXX Encontro Nacional de Homenagem aos Combatentes

A Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes 2023 promove no próximo dia 10 de Junho, junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém, o seu XXX Encontro Nacional. As cerimónias que ali terão lugar têm por objectivo reunir os Portugueses que queiram celebrar Portugal e prestar homenagem a todos aqueles que, ao longo da nossa História, chamados a servir o seu País, combateram em defesa dos valores e da perenidade da Nação Portuguesa.
Programa
10h30 – Missa por intenção de Portugal e de sufrágio pelos Combatentes que tombaram pela Pátria, celebrada por Sua Excelência D. Rui Manuel Sousa Valério, Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, na Igreja de Santa Maria, Mosteiro dos Jerónimos;
12h15 – Abertura da Cerimónia junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, Forte do Bom Sucesso, em Belém;
12h16 – Palavras de abertura do Vice-Almirante António Carlos Rebelo Duarte, Presidente da Comissão Executiva;
12h19 – Leitura da mensagem de Sua Excelência o Presidente da República;
12h23 – Discurso alusivo à cerimónia pelo Prof. Dr. Rui Manuel Monteiro Lopes Ramos;
12h31 – Cerimónia inter-religiosa (Católica e muçulmana);  
12h39 – Homenagem aos Mortos e deposição de flores;
13h02 – Hino Nacional pela Banda da GNR. Salva protocolar por navio da Armada;
13h10 – Passagem final pelas lápides;
Fim das cerimónias – Passagem de aeronaves da Força Aérea;
Almoço-convívio nos terrenos frente ao Monumento.
A Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes 2023, convida os Portugueses a participarem, no Dia de Portugal, nas comemorações em memória dos seus Combatentes. As cerimónias decorrerão na Igreja de Santa Maria de Belém, nos Jerónimos, e junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém.
 Celebrar a Pátria honrando os nossos Combatentes!
Para mais informações contactar:
Secretário da Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes 2023
Coronel Eng. Ref. José Evaristo | Tlm. 932 636 564 | 

BELVER (Gavião): Vem aí a Feira Medieval!

 

OPINIÃO: Um tiro nas festas populares

Aumentar as condições de segurança de eventos festivos e prevenir acidentes são princípios que, enunciados em termos teóricos, não merecerão discordância de ninguém. Contudo, a mais recente norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre eventos populares revela bem a distância que vai entre as boas intenções e as suas consequências práticas, sendo um exemplo acabado das decisões tomadas a regra e esquadro a partir de gabinetes em Lisboa.
A norma já entrou em vigor, embora a DGS admita que só agora estão em curso reuniões com diversas entidades, com o objetivo de "prestar esclarecimentos" e proceder à "implementação", essa bendita palavra que na prática significa enfrentar aquilo em que não se pensou no recuo dos grupos de trabalho. Ou, dito de outra forma, que mais uma vez se decide antes de ouvir quem está no terreno - os municípios, através da ANMP, não foram consultados, tal como não houve nenhum representante da Proteção Civil no grupo decisor.
Diz a norma que eventos com mais de mil pessoas, como festas populares, concentrações religiosas e celebrações desportivas, vão ser obrigadas a ter o apoio de bombeiros, ambulâncias com suporte básico de vida e equipa de enfermagem. Numa primeira leitura, diversos autarcas mostram apreensão com a complexidade das regras e evidenciam o óbvio: o cumprimento será particularmente difícil no interior do país, onde escasseiam os meios de assistência e saúde.
Qualquer festa de aldeia exigia já um número elevado (e caro) de licenças que contribui para que gradualmente muitas deixem morrer eventos tradicionais. Além do tema essencial dos recursos, a própria análise de normas e burocracias exigidas torna-se mais difícil em territórios menos povoados. Está na moda dizer que num país tão pequeno e próximo da costa falar de interior é um disparate. Em teoria a frase é muito interessante, na prática é desmentida pelas evidências: se não lhe querem chamar interioridade, chamem-lhe assimetria, mas que o país é desigual é uma evidência indesmentível.
* Inês Cardoso in Jornal de Notícias - 28.5.2023

HUMOR EM TEMPO DE CÓLERA

 

Língua venenosa | cartoon editorial da @revistasabado - Vasco Gargalo


28.5.23

PONTE DE SOR: Mês do Associativismo

Sob o mote 𝘊𝘦𝘭𝘦𝘣𝘳𝘢𝘳 𝘰 𝘈𝘴𝘴𝘰𝘤𝘪𝘢𝘵𝘪𝘷𝘪𝘴𝘮𝘰 surge a iniciativa o 𝗠ê𝘀 𝗱𝗼 𝗔𝘀𝘀𝗼𝗰𝗶𝗮𝘁𝗶𝘃𝗶𝘀𝗺𝗼 𝗱𝗲 𝗣𝗼𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗲 𝗦𝗼𝗿 traduzido no convite à comunidade para assistir, participar e colaborar nas atividades e ações que as nossas Associações irão promover e dinamizar.
👉 Consulte o programa completo com múltiplas atividades 🔗 www.cm-pontedesor.pt/eventos/mes-do-associativismo


TRADIÇÃO ORAL: Provérbios de Maio (XII)

- Maio ventoso, ano formoso.
- Maio ventoso, ano rendoso.
- Maio venturoso, ano venturoso.
- Maio, ao princípio chuvoso e no meio pardo, enche o saco.
- Maio, cava de raio.
- Maio, come o trigo e Agosto, bebe o vinho.
- Maio, engrandecer; Junho, ceifar.
- Mal vai ao Maio se o boi não bebe na pegada.
- Março amoroso, Abril chuvoso, Maio ventoso, São João calmoso, fazem o ano formoso.
- Março amoroso, Abril ventoso e Maio remeloso, fazem o ano formoso.
- Mês de Maio, mês de má aventura, apenas anoitece é logo noite escura.
- Mês de Maio, mês das flores, mês de Maria, mês dos amores.
- Não há luar como o de Maio, mas lá virá o de Agosto que lhe dará no rosto.
- Não há Maio sem trovões, nem homem sem calções.
- O Maio me molha, o Maio me enxuga.
* Hernâni Matos in https://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com


REGUENGOS DE MONSARAZ: Município realiza ação promocional durante quatro dias em Lisboa

O Município de Reguengos de Monsaraz vai realizar de 1 a 4 de junho uma ação promocional em Lisboa. O programa inicia-se no dia 1 de junho, às 10h30, na biblioteca da Casa do Alentejo, com uma mesa redonda sobre “Água e Agricultura: Bloco de Rega de Reguengos enquanto base da sustentabilidade de uma região”.
Nesta mesa redonda vai estar Marta Prates, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Pedro do Carmo, Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, José Pedro Salema, Presidente da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, José Gonçalves, agricultor e colunista no site Agroportal, Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da Confederação de Agricultores de Portugal e Bruno Pateiro, empresário agrícola de Reguengos de Monsaraz. Pelas 13h, na Sala Agostinho Fortes da Casa do Alentejo, será servido um almoço confecionado por Luís Leitão, do Restaurante Moira. O artesanato e os produtos regionais do concelho vão ser promovidos a partir das 17h30 na Assembleia da República, numa mostra que terá a atuação do Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz.
No dia 2 de junho, entre as 11h e as 13h, decorrerá uma ação de divulgação do concelho de Reguengos de Monsaraz na Estação de Santa Apolónia. Também às 11h, a biblioteca da Casa do Alentejo terá a apresentação da Capital Europeia da Cultura de 2027, que vai acontecer em Évora.
Pelas 17h vai ser inaugurada uma exposição de artesanato na Casa do Alentejo, que terá peças produzidas no Centro Oleiro de São Pedro do Corval, mantas de Reguengos, chocalhos e mobiliário com pintura alentejana, mas também uma mostra de vinhos dos 11 produtores do concelho. Às 18h30, na biblioteca da Casa do Alentejo, decorre o lançamento da segunda edição do livro “Monsaraz – Reconstruir Memória”, de Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional da Cultura do Alentejo, seguindo-se a partir das 20h um jantar na Sala Agostinho Fortes, confecionado por José Manuel Morgado, do restaurante Taberna Al-Andaluz.
No sábado, dia 3 de junho, pelas 11h, na biblioteca da Casa do Alentejo haverá um encontro com jovens reguenguenses que trabalham ou estudam em Lisboa. A partir das 15h realiza-se um concerto com Sérgio Galante e Leonor Batista, na Taberna da Casa do Alentejo.
Neste dia, entre as 15h e as 17h, haverá uma demonstração de artesanato e uma prova de vinhos na Rua das Portas de Santo Antão. Os fados de Alberto Janes, compositor de Reguengos de Monsaraz que foi autor de algumas das mais conhecidas canções de Amália Rodrigues, vão ser interpretados das 18h30 às 20h30 por Luís Caeiro, Vera Varatojo e Cajó Soares, na Taberna da Casa do Alentejo.
No dia 4 de junho, às 11h, o Município de Reguengos de Monsaraz vai realizar arruadas desde as Portas de Santo Antão até à Praça do Comércio, com as atuações do Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz, Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense e Banda da Sociedade Filarmónica Corvalense. Na Praça do Rossio, a autarquia vai realizar das 11h às 13h uma ação de divulgação do concelho com degustação de produtos regionais.
Pelas 13h será servido um almoço na Sala Agostinho Fortes da Casa do Alentejo confecionado por Luís Fonseca, do restaurante Monte de Palaios. Jacinto Fernandes Palma (1895-1968), natural de Reguengos de Monsaraz e fundador da Casa do Alentejo, vai ser homenageado às 15h30, seguindo-se pelas 16h15 um concerto na Casa dos Espelhos com o Coro Polifónico e a Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense, Coro Polifónico e a Banda da Sociedade Filarmónica Corvalense, Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz e Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz.

27.5.23

CARLOS ALVES, NA PRIMEIRA PESSOA: A Cultura e a Educação transformam as pessoas

Aos 16 anos, estudante do Conservatório de Castelo Branco, assumiu também as funções de professor assistente de António Saiote naquela instituição. Carlos Alves, Clarinete Principal Associado na Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, é um dos músicos portugueses mais conceituados internacionalmente. Professor principal de Clarinete na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART), foi artista e professor convidado da Universidade do Estado do Arizona (EUA) em 2009 e 2010 e é o diretor de um dos principais festivais internacionais de clarinete que se realizam no nosso país.
“Não tenho ninguém na família músico. Quando estudava na segunda classe apareceu um menino a dizer que se tinha inscrito na escola de música. Ao final da tarde fomos todos inscrever-nos também. A Sociedade Artística Nisense estava a dar os primeiros passos, com o professor António Maria Charrinho, e criou-se um projeto de uma orquestra ligeira”, começa por recordar Carlos Alves, um dia depois de ter recebido uma distinção por parte da autarquia de Nisa, a sua terra natal.
Na banda, o clarinete foi-lhe imposto. “Queria tocar trompete ou saxofone, como todos os meus colegas. Mas quem sabia mais de solfejo normalmente ia para o clarinete”, diz enquanto recorda que o “primeiro concerto que fiz tinha 9 anos. Tive a sorte de ter um irmão que estudava em Castelo Branco e que me referiu que iria abrir o curso de clarinete no Conservatório. Na altura o professor António Saiote estava a regressar do estrangeiro e o Conservatório albicastrense foi a primeira escola para a qual foi convidado para dar aulas. Fui dos seus primeiros alunos e fui-me aguentando, pois era muito exigente”.
Seria em Castelo Branco, aos 16 anos, que teve um desafio invulgar que o marcaria no seu percurso. “O António Saiote deixou de poder vir dar aulas ao Conservatório. Disse para a então diretora, Maria do Carmo, que não queria deixar o seu lugar de docente, pois gostava muito da escola, mas que não tinha tempo. Sugeriu então o meu nome, que era aluno dele, para dar aulas, em termos musicais, e que ele se responsabilizava pelos exames”.
O compromisso assumido obrigava Carlos Alves a ir ter aulas com António Saiote a Lisboa. “Pedagogicamente era um bocadinho complicado para mim, pois eu falava para os alunos de 10 anos com uma linguagem que não era a mais apropriada. Por exemplo, dizia-lhes que tinham que ter um som mais redondo e aveludado, quando isso para uma criança é difícil de perceber. O mesmo acontecia com outras classes de alunos mais velhos, alguns casados, em que eu replicava aquilo que o António Saiote me dizia: vocês não estudam o que é que querem fazer da vossa vida… e eles olhavam para mim e perguntavam-me se eu estava bem…”, lembra.
Terminados os estudos no ensino secundário, prossegue a sua formação em Lisboa e Paris, ingressando na Orquestra do Porto. O percurso, diz, não foi fácil. “Vinha à boleia de Nisa, com o braço estendido, para Castelo Branco, e aos fins-de-semana, com 14 anos, ia sozinho, de comboio, para Lisboa. Este sacrifício de vida também nos faz mais fortes”, explica.
Carlos Alves esteve também ligado ao início da Escola Profissional da Covilhã. Até chegar à ESART, deu aulas em várias universidades portuguesas. “Acabei por regressar a Castelo Branco, primeiro porque sou do interior, mas também porque entendi que aqui também deveriam existir bons professores. Naquela altura eu estava na Universidade Católica, era solista da Orquestra do Porto e ainda era docente na ESMEL. Fui convidado pelo então presidente do Politécnico, Valter Lemos, e pelo diretor da escola, Fernando Raposo. Foram ter comigo ao Porto e disseram: nós queremos ter em Castelo Branco a melhor escola de música do país. Na altura eu vim, assim como outros músicos, como o Abel Ferreira, que agora está em Washington e é um dos melhores trompetistas internacionais ou o violinista Daniel Rowland. A Maria João Pires era a professora de piano, por exemplo”.
Carlos Alves sublinha a importância de escolas como a ESART no interior do país, no seu papel não apenas formativo, mas de promoção e dinamização da cultura no território. “Eu não venho apenas dar aulas à ESART. Por isso toquei com a Sinfonietta de Castelo Branco e organizo o Festival Internacional de Clarinete de Castelo Branco. Aquilo que é mais importante é que fizemos um trabalho importante. Grande parte dos professores que dão aulas de clarinete no interior do país foram aqui formados. Isto é um trabalho de vida e do qual tenho mais orgulho do que quando faço um grande concerto, pois o mundo está cheio de músicos que fazem bons espetáculos”.
O Festival Internacional de Clarinete surge “como a cereja em cima de um bolo” que foi sendo confecionado nos últimos 20 anos. “É uma iniciativa que marca a cidade e que traz clarinetistas a Castelo Branco. Vamos ter a estreia mundial de uma obra. Pela primeira vez a Sinfonietta atua no festival. Teremos solistas de topo mundial e iremos desafiar todos os clarinetistas da região a participar. É um projeto transversal. Academicamente queremos que todos possam caber no festival. Estamos a estudar uma maneira de que os primeiros 100 inscritos nos masterclasse possam ter alojamento e refeições como oferta nossa. Queremos criar uma vivência em torno do clarinete em Castelo Branco. A cidade vai usufruir de três dias de altíssima cultura, entre 1 e 3 de dezembro”.
Carlos Alves recorda a Cultura Politécnica, um ciclo cultural promovido pelo Politécnico de Castelo Branco, “e dirigido por Fernando Raposo. O projeto da escola quando começou fazia muito sentido, onde os professores participavam com os alunos. Fizemos muitos concertos com os estudantes na região. No primeiro ano, a minha classe fez mais de 100 espetáculos. Procurámos sempre elevar o projeto também fora de portas. A Esart começou com o melhor quadro de professores do que qualquer escola de música ou universidade do país”.
Hoje, diz, “o projeto não é o mesmo”. Carlos Alves considera que há que dar oportunidades àqueles que estão no território. “No Festival Internacional de Clarinete eu poderia trazer a orquestra Gulbenkian ou a do Porto. Mas em Castelo Branco surgiu a Sinfonietta e nós devemos dar-lhe a mão. Do concerto que fiz com eles já saiu a possibilidade de se gravar um disco e uma tourné de concertos”.
Aos 50 anos não tem dúvidas em afirmar que “a cultura e a educação transformam a vida das pessoas. Cada vez mais estou interessado em ajudar a transformar as coisas, de forma anónima, do que fazer mais um concerto. Dou mais valor ao trabalho que fiz academicamente em Castelo Branco do que o desenvolvido nas escolas de Lisboa e do Porto. Este é um princípio de vida, se calhar por ter nascido em Nisa. Hoje somos considerados a escola de clarinete mais forte do mundo. Temos exportado muitos diplomados”.
Carlos Alves deseja que “haja uma uma maior aproximação entre todos, que as pessoas se unam, esqueçam as políticas, e que percebam que há um desígnio maior que é aquilo que nós fazemos. A cultura e a educação estão acima de nós todos. Gostava que houvesse mais dinâmica e que o trabalho que está a ser feito na Esart fosse mais visível. Há muitas coisas que estamos a fazer e que ficam na sala de aula. Há uma quantidade de cultura e conhecimento que deve ser devolvida à comunidade. Castelo Branco é uma cidade fantástica com uma enorme qualidade de vida. Em termos de infra-estruturas tem tudo para dar certo, como cine-teatro, o Centro de Cultura Contemporânea ou o próprio centro cívico”.
Cara da Notícia
Carlos Alves é um dos melhores clarinetistas no panorama internacional. Clarinete Principal Associado na Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, professor principal de Clarinete na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, foi artista e professor convidado da Universidade do Estado do Arizona (EUA) em 2009 e 2010 e é artista Buffet Crampton e Vandoren. O seu percurso, para além de muitos concertos em todo o mundo, foi premiado nos mais importantes Concursos Nacionais, como os primeiros prémios de Jovens Músicos, de  Juventude Musical Portuguesa e do Festival Internacional Costa Verde. Foi ainda premiado nos Concursos Internacional de Roma e Internacional Aurelian Octav Popa na Roménia, abraçando, desde logo, uma intensa carreira solística e de música de câmara, que se expande internacionalmente por países como EUA, Rússia, Alemanha, Áustria, Holanda, Noruega, França, Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Macau ou Brasil, entre outros países.
Tocou a solo com a Orquestra Gulbenkian de Lisboa, Orquestra Clássica do Porto, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Nacional do Porto, a Orquestra Sinfonietta de Castelo Branco, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra do Sul, Orquestra Artave, Orquestra Sinfónica de Constanza na Roménia, Orquestra Sinfonica de Ontélia na Roménia e a Orquestra J. Futura em Itália, Orquestra Templários, Banda Sinfónica de Madrid, Banda da Guarda Nacional Republicana, Banda Sinfónica Portuguesa e Banda Sinfónica da Branca e a Banda de Paramos.
Nos seus trabalhos discográficos destaca-se a gravação para a EMI Classics do Concerto para Clarinete e Orquestra de Mozart com o Maestro Rui Massena e a Orquestra Clássica da Madeira. Gravou também as Integrais II para clarinete solo de João Pedro Oliveira, a convite do próprio compositor. Tem um CD que foi realizado com Caio Pagano, Daniel Rowland, Caterine Stryncx e Paulo Álvarez, com obras de Olivier Messiaen (Quarteto para o Fim dos Tempos) e Béla Bartok (Contrastes) para a etiqueta Numérica. No seu CD gravado nos EUA, Recital in the West (2010), na companhia do consagrado pianista Caio Pagano, a imprensa norte americana encontrou a melhor interpretação da primeira sonata de Brahms. É membro fundador do Arte Music Ensemble com o qual gravou o seu ultimo disco Divine.
No Teatro Nacional de São João, Carlos Piçarra Alves musicou ao vivo Figurantes de Jacinto Lucas Pires e D. Juan de Moliére, destaca-se também a sua participação em Sombras, espetáculos com encenação de Ricardo Pais
in ensino-magazine 23-05-2023

https://www.ensino.eu/ensino-magazine/entrevista/2023/a-cultura-e-a-educacao-transformam-as-pessoas/?fbclid=IwAR21OPZPgf8g8T0i2TCVlQ5j5NYwXUhWSp43p6jfZUNI2FsCwj6MIojXLwM#


PROENÇA-A-NOVA: Festa do Município

 

26.5.23

ESTREMOZ: Concerto de Palmo e Meio volta a Estremoz

O Museu Berardo Estremoz vai receber, novamente, a ação educativa "Concerto de Palmo e Meio", no dia 3 de junho de 2023, iniciativa destinada a crianças, dos 6 meses aos 9 anos de idade, acompanhadas pelos pais.
O evento vai decorrer em duas sessões, a primeira às 11:00 e a segunda às 15:00 horas, com número limitado de participantes, sendo necessário uma inscrição prévia, até dia 2 de junho, para os seguintes contactos: 268 080 281 e museu.berardo@cm-estremoz.pt
O "Concerto de Palmo e Meio" é uma organização do Município de Estremoz e da Polícia de Segurança Pública, esquadra de Estremoz.

ELVAS: Apresentação de "Fotos Icónicas"

 
A Casa da História Judaica acolhe a apresentação sob o mote "Fotos icónicas", no âmbito da exposição "Ghana Intemporal", do fotógrafo elvense Sérgio Conceição.
A iniciativa terá lugar no próximo dia 27, pelas 16h00, e contará com a presença do fotógrafo e de alguns convidados.
A organização é da Câmara Municipal de Elvas com entrada livre de público.

OPINIÃO: País centralista, até nos apoios aos festivais

Tina Turner esteve duas vezes em Portugal. Em 1990 atuou no Estádio de Alvalade e, em 1996, deu um concerto no Estádio do Restelo. Nessa altura, não era surpreendente que os melhores artistas passassem apenas por Lisboa durante as digressões.
O país esteve arredado dos circuitos internacionais de espetáculos e só nos anos 80 começou a receber grandes concertos, sobretudo na capital. No Porto, contavam-se pelos dedos, mas foi na Invicta que nomes sonantes da música se estrearam em Portugal, como Iggy Pop, Iron Maiden, Lene Lovich, Dexys Midnight Runners, entre outros. Momentos que, pela falta de oferta, eram vividos com entusiasmo e programados pelos espectadores com largos meses de distância. O Pavilhão Infante Sagres, o pavilhão do Académico e o do estádio das Antas testemunharam esses acontecimentos, muitas vezes esquecidos ou ignorados quando se escreve sobre a história do pop-rock em Portugal.
Apesar de um certo centralismo também na música, o Norte do país afirmou-se como um palco natural para eventos desta natureza. E continua a fazê-lo, mesmo que, tal como nos anos 80 e 90, ainda se perceba uma certa distância entre as duas maiores cidades portuguesas. É de refletir sobre a razão pela qual grandes festivais no Norte não têm este ano um patrocinador de relevo, ao contrário dos eventos do género no Sul, e que ainda haja um - Vilar de Mouros - sem cartaz público.
Com mais ou menos esforço, há promotores resistentes que continuam a fazer o seu caminho e que fazem do Porto e do Norte um palco importante para o país e para a Europa. O arranque do North Festival esta sexta-feira é prova disso.
É, pois, incompreensível que ainda se discuta a importância de uma banda como os Coldplay atuar em Coimbra, com argumentos pequenos e de carácter centralista.
Já no Porto continua a faltar uma sala de espetáculos com a capacidade do Altice Arena. A cidade, os seus habitantes e visitantes merecem-no.
* Manuel Molinos - Jornal de Notícias - 26.5.2023

GAVIÃO: Dia Mundial da Criança

 
📅 1 DE JUNHO 
⌚️ 15h30
📍  Cine Teatro Francisco Ventura

25.5.23

PORTALEGRE: Festa dos Aventais deslocalizada para o Mercado Municipal

A centenária Festa dos Aventais está de regresso, com nova edição, marcada para sábado e domingo, no Mercado Municipal de Portalegre.
    O certame, que teve a sua primeira edição no ano de 1907, esteve inicialmente marcado para o espaço exterior do restaurante “A Lareira da Serra”, na Serra de São Mamede, mas foi deslocalizado devido à previsão de chuva forte para o fim de semana.
    O evento, organizado pelo Grupo Pró-Portalegre, inclui uma programação vasta e a exposição do espólio de cerca de duzentos aventais, confecionados por artesãs portalegrenses.
    Em declarações à Rádio Portalegre, Andreia Ginja, presidente do Pró-Portalegre, realçou a importância de manter e reavivar esta tradição secular.  
    A Festa dos Aventais abre às 14:00 de sábado, estando prevista a atuação do Grupo de Cante Os Lagóias, às 14:30, e um baile com Bruno Pires, a partir das 19:00.
    No domingo, as portas do Mercado Municipal abrem às 12:00, para receber o segundo dia do evento, que integra o workshop “Aventais para crianças”, a cerimónia de nomeação do presidente para a Festa dos Aventais de 2024, um concurso e desfile de aventais, a atuação do Rancho Folclórico de Gáfete, e uma Marcha de Balões, com início agendado para as 19:00.
in Rádio Portalegre

ELVAS: Apreensão de 20 quilos de tabaco e 2 040 cigarros

 
O Comando Territorial de Portalegre através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Elvas no dia 24 de maio, apreendeu 20 quilos de folha de tabaco moída e 2 040 cigarros, no concelho de Elvas.
Durante uma ação de fiscalização rodoviária, junto à fronteira com Espanha, os militares da Guarda abordaram um homem de 58 anos, que não se fazia acompanhar de qualquer documentação comercial e aduaneira comprovativa do pagamento do Imposto Especial Sobre o Consumo do Tabaco e do IVA.
No decurso das diligências policiais foi apreendido:
20 quilos de folha de tabaco moída;
2 040 cigarros.
Foi elaborado o respetivo auto por introdução irregular no consumo de produtos sujeitos a imposto, por uma prestação tributária em dívida de 4 311 euros, em sede de imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e impostos especiais de consumo (IEC).
Os factos foram remetidos à Autoridade Tributária.
A ação contou com o reforço de militares do Destacamento de Trânsito (DT) de Évora.

Festival Língua Terra está de volta a Setúbal

 
Agenda diversificada com concertos, cinema e workshop
A terceira edição do Festival Língua Terra arranca a 3 de junho com uma programação diversificada: concertos, workshop e exibição de documentários irão ocupar nos meses de junho e julho, o Fórum Luísa Todi e o Cinema Charlot – Auditório Municipal,  em Setúbal.
Segundo a fundadora e organizadora Mônica Cosas “o Língua Terra nasceu com o intuito de promover o intercâmbio entre artistas dos países unidos pela língua portuguesa e fomentar conexões culturais e criações artísticas colaborativas, buscando visibilizar a diversidade cultural que compõe os diferentes territórios e contribuir com reflexões sobre um mundo mais justo e igualitário”. 
Assim, esta terceira edição do Língua Terra volta a privilegiar as manifestações culturais do Brasil, dando ênfase à expressão artística feminina, sendo o cartaz composto na sua totalidade por mulheres que encontram na Arte uma fonte de expressão.
A música está muito bem representada por dois grandes talentos da música brasileira: Adriana Calcanhotto (que convidou Salvador Sobral para participar do seu concerto no dia 5 de junho) e por Bia Ferreira, que vai apresentar-se a 2 de julho, ambas em digressão para promoção de seus novos álbuns. E mais:  a artista educadora Dani Zulu vai ministrar o workshop "Iniciação à percussão corporal", a 3 de junho. 
O cartaz completa-se com a exibição dos documentários "Aleluia: O Canto Infinito", dirigido pela cineasta Tenille Bezerra, no dia 7 de junho; "Filhos de João: O Admirável Mundo Novo Baiano", dirigido por Henrique Dantas , a  14 de junho e "Aquilo que Eu Nunca Perdi", dirigido por Marina Thomé, dia 21 de junho.

24.5.23

PONTE DE SOR: Actuação da Orquestra de Sopros do Alto Alentejo

A OSAA - Orquestra de Sopros do Alto Alentejo tem actuação marcada em Ponte de Sor, no Teatro Cinema, no próximo dia 3 de junho, pelas 21.00h, integrada nas comemorações do aniversário da Orquestra Ligeira de Ponte de Sor.

ARRONCHES: IV Quinzena Gastronómica do Bacalhau

O Município de Arronches vai realizar a 4.ª Quinzena Gastronómica do Bacalhau, entre os dias 26 de maio e 4 de junho. Esta é uma iniciativa realizada com o selo de qualidade da marca Arronches com Sabor – Cozinha com Alma.
Nesta quarta edição, os visitantes poderão visitar diversos restaurantes que aderiram a esta iniciativa e poderão saborear variadas iguarias, como por exemplo: Bacalhau no Balho, Migas Gatas, Bochechas de Bacalhau à Bolhão Pato, Caras de Bacalhau Fritas, Folhado de Bacalhau Frito, Focinhos de Bacalhau, Bacalhau dum Santo, Bacalhau com Poejo, entre outros.
Estes e muitos mais deliciosos pratos farão parte da ementa dos oito restaurantes participantes, que são: “A Cabana”, “A Estalagem”, o “Hotel Rural de Santo António”, “O Valentim”, “O Fosso”, a “Sede do Sport Arronches e Benfica”, “O Fartouce” e o “Sossega”.
A Câmara Municipal de Arronches faz o convite a todas as pessoas, utilizando a gastronomia local como começo da visita ao concelho para os que os visitam de outras localidades, sendo que existem mais coisas para visitar, como os museus, o património edificado, a cultura, os costumes, as tradições e a história de Arronches, que não vão querer perder ao visitar este município.
in  Câmara Municipal de Arronches