19.11.08

Quando a net reforça a saudade...

Senhores do Jornal de Nisa:
Meu nome é Omar Ruben TREMOCEIRO, neto de Francisco Carrilho Tremoceiro, quem em vida fora irmao de Adriano Carrilho Tremoceiro, nasci e sou Argentino, mas nos ultimos dias obtuve a cidadania Portuguesa, faz tempo que estou procurando informaçao de meus familiares em Portugal, muito agradeceria voces podam me contatar con Paula Carrilho ou outras das pessoas que reuniramse com motivo do honenagem realizada no passado sábado, dia 1 de Novembro, assinalado uma das ruas da sua aldeia natal, a Vinagra.
Podem ligar comigo pelo correio saosimao@hotmail.com ou tel. XXXXXXXXX
Com meus cumprimentos saludo voces e felicito pelo conteudo do seu site na web e por encher meu coraçao com noticias da minha terra, o Portugal de meu avo.

10.11.08

POETAS DO CONCELHO DE NISA

Força de Viver
Há quem não nasça ensinado
Eu, por exemplo, nasci
Mas que culpa tenho eu
De não ser tudo igual a mim?

Esta força de viver
Dia a dia com mais esperança
Com tantos anos de idade
Parece que sou criança!

Criança e brincadeiras
De outros tempos de então
E os amigos de infância
Que tenho no coração.

Fui criança, fui mulher
Fui mãe, primeiro, depois esposa
Pedi tanto, tanto a Deus
Que dele obtive esta força!

Mas deslizes nesta vida
Qualquer ser humano tem
Levei tantos empurrões
Sem fazer mal a ninguém.

Mas fui recompensada
Não liguei nada ao desdém
Por tudo tenho lutado
Sem pedir nada a ninguém.

Passo na rua a sorrir
À criança, aos velhos e de meia idade
E pensar que nos olhos deles
Houve em tempos, maldade.

Tropecei mas não caí
Porque alguém me amparou
A minha mãe tão querida
Que comigo tanto chorou.

A nossa vida é um fado
Guitarra encostada ao peito
Por mais sério que se seja
Há sempre qualquer defeito.
Maria Dinis Pereira
Sou da vila de Nisa
Eu sou da vila de Nisa
Terra do Alto Alentejo
Meus olhos choram de dor
Nos dias que te não vejo

Há anos que cá não vinha
Muito admirado fiquei
Não vi fonte, nem jardim
E de tristeza chorei.

Já vi que não há respeito
Pelo povo desta terra
Querida “Árvore da Mentira”
Olha o que te fizeram!

Mas que fez o meu povo
O que fez ele de tanto mal?
Os jarrões do nosso jardim
Devem estar lá pró Curral!

Triste regressei a casa
E num pranto derradeiro
Tive muitas saudades
Do ti Luís Jardineiro.
Gabriel Giesta

NISA
Não sei o que Nisa tem,
Que mago sonho a domina
Feito de luz purpurina,
Quando o sol se esconde além!...

Rasgam-se as nuvens também
P´ra tornar a luz mais fina
Como auréola cristalina
Que só aqui se detém...

Em cada viela ou praça,
Na rua mais pobrezinha,
Há jogos de luz e graça.

Oh! Nisa tão louçainha,
Tens mais graça quando passa
O Sol, por ti, à tardinha.
Padre Alfredo Magalhães - 7 Março 1957

AS VELHAS FONTES DE NISA
Centenas de anos a fio,
Vossa linfa preciosa
De refrigério serviu
À minha Nisa formosa.

Quantas gerações passaram,
Caídas na sepultura,
Que os seus filhos baptizaram
Com vossa água santa e pura!

Em noites de luar silentes,
Tão propícia ao amor,
Nas vossas bicas fluentes
De murmuroso frescor,

Lindas moças iam dantes
Com seus pares, de mãos dadas,
Entre risos e descantes,
Encher as bilhas pedradas.

Se as fontes falar pudessem,
Tinham muito que dizer,
Se contar elas quisesem
O que ouviram sem querer:

Comadres mexeriqueiras,
Do seu lidar esquecidas.
E, entretendo-se, palreiras,
Desfiando alheias vidas;

Segredos de namorados
Com arrufos caprichosos;
Sonhos de amor enlaçados
Em projectos venturosos

Casos alegres, sombrios,
Ali, todos iam dar,
Com a certeza que os rios
Sempre correm para o mar.

Ó boas fontes velhinhas,
Que pena fazeis agora,
Vivendo assim, tão sozinhas,
Sem o bulício de outrora!

Hoje, em casa, toda gente
Já tem água quanta queira,
Sem custos, prosaicamente:
Basta abrir uma torneira!

Por isso, as fontes de Nisa
Vão chorando a sua mágoa:
Já delas não se precisa,
Ninguém lá vai buscar água!
F. Bagulho – in “Correio de Nisa”

4.11.08

OPINIÃO - Por morrer uma andorinha...(II)



“ferro velho” e sucata
Lemos que se vai proceder à Remoção de “ferro velho” e venda de sucata (in Câmara Municipal de Nisa, folha informativa, 1 de Outubro de 2008, pág. 1).
Nesta remoção/venda estão incluídos os antigos candeeiros que estiveram no que é hoje o jardim camarário de Nisa (ver foto)?
Nesta remoção/venda estão incluídas as grades de ferro que estiveram no que é hoje o jardim camarário de Nisa?
Nesta remoção/venda estão incluídas as pedras de granito das escadas e parapeitos que estiveram no que é hoje o jardim camarário de Nisa?
Nesta remoção/venda estão incluídas as floreiras que estiveram no que é hoje o jardim camarário de Nisa (ver foto)?
Irão, como antiguidades, embelezar jardins particulares!?
Vejam-se as fotografias de candeeiro (parte superior) e floreira que ainda permanecem em centenário jardim público na Praça Marquês de Marialva, em Cantanhede.
Por lá pensa-se de maneira diferente!
Nesta remoção/venda está incluída a lenha das tílias que mataram no que é hoje o jardim camarário de Nisa (ver foto)?
Veja-se a fotografia de lápide (bilhete de identidade) junto ao tronco de uma tília que ainda vegeta, com a idade provável de 65 anos, em centenário jardim público na Praça Marquês de Marialva, em Cantanhede.
Por lá pensa-se de maneira diferente!
Por cá, não haverá outros tipos de ferro velho e sucata que precisem de ser removidos e vendidos?
José Dinis Murta - 19 Out. 2008 in "Jornal de Nisa"

3.11.08

Informações bibliográficas

Em extra-texto nas Página(s) para a nossa História divulgadas nas edições impressas em papel no "Jornal de Nisa" incluíamos informação bibliográfica. Aí dávamos notícia das últimas publicações, que, inteiramente ou em algumas das suas páginas, se debruçavam sobre temáticas de história, cultura e património referentes directamente ao concelho de Nisa ou que com ele se relacionassem.
O "Jornal de Nisa", no seu formato tradicional e sob a direcção de Mário Mendes, foi editado pela última vez em 22 de Outubro de 2008, e, assim, trazemos a este blog a informação de dois títulos insertos no n.º 4 – outono de 2008 de Plátano – revista de arte e crítica de portalegre (lançada hoje, 1 de Novembro de 2008, em Portalegre):
- Dr. Alexandre de Carvalho Costa, da autoria de Carlos Garcia de Castro, págs. 5/13.
- Alexandre de Carvalho Costa – um esquecido portalegrense das letras a quem o tempo (ainda) não apagou a obra, da autoria de Joaquim Castanho, págs. 14/17.
* Alexandre de Carvalho Costa (1908 – 1986) era natural da Alagoa, mas casou em Nisa com Maria do Rosário Nogueira e aqui leccionou no Colégio Nisense e no Colégio Condestável. Na sua vasta bibliografia, alguns títulos reportam-se ao concelho de Nisa, cujo município o homenageou postumamente, aquando do feriado municipal, em 20 de Abril de 1987.
José Dinis Murta - Portalegre, 1/Nov./2008

2.11.08

Uma obra em marcha em Nisa



PAROQUIANOS AJUDAM RECUPERAÇÃO DA IGREJA MATRIZ
As obras de recuperação da Igreja Matriz de Nisa têm decorrido em bom ritmo e beneficiando da clemência das condições atmosféricas.
Nesta altura estão quase concluídos os trabalhos de revisão da cobertura do telhado principal e os telhados menores, os das capelas, foram igualmente limpos.
A reposição de madeiras e o reforço da cobertura eram indispensáveis face aos níveis de degradação que o edifício vinha apresentando, notando-se particularmente, as infiltrações das águas pluviais.
No sentido de fazer face às despesas, a Paróquia tem promovido algumas iniciativas de angariação de fundos, sendo a mais relevante, o espectáculo com Frei Hermano da Câmara e José Gonçalvez, realizado no dia 12 de Outubro.
De acordo com o padre Nuno Folgado, a iniciativa foi um sucesso, tendo sido alcançada uma receita de 5 mil euros, num total de 11 mil euros já conseguidos na campanha de ajuda à reconstrução do telhado da Matriz.
As obras estão orçadas em 70 mil euros e as iniciativas para angariação de receitas, como a feitura de rifas e as ofertas de pessoas, vão continuar.
Ainda assim e porque a diferença é bastante significativa, foi pedido apoio à Câmara, para além de algumas verbas que a Paróquia irá disponibilizar.
É que, concluída a remodelação e reforço da cobertura, novos desafios se colocam aos responsáveis pela gestão da Igreja Matriz.
O edifício carece de uma reparação e pintura das paredes exteriores. As duas torres apresentam também um aspecto deplorável, tanto no exterior como, sobretudo no seu interior, onde o lixo e os dejectos dos animais (pombos, cegonhas e corujas) se acumulam, exigindo uma intervenção urgente e em grande escala.
Estas obras estão no horizonte dos responsáveis da Paróquia, que acreditam ser possível com a ajuda de todos os paroquianos e entidades levar a bom termo todas as intervenções que o edifício carece, no sentido de preservar e dignificar um dos expoentes do património religioso de Nisa.
“Como disse na apresentação do espectáculo, é possível ir sempre mais além, com a energia que as pessoas de Nisa põem nos projectos em que acreditam.
Agora estamos com a cobertura e vamos pedir orçamentos para podermos planear o que vamos fazer a seguir”, concluiu Nuno Folgado.
"Jornal de Nisa" - nº 265 - 22/10/2008

1.11.08

GUARDAS PRISIONAIS DO CONCELHO DE NISA



Reforçaram a amizade através do convívio
Dezassete guardas prisionais naturais do concelho de Nisa reuniram-se, uma vez mais num convívio que teve lugar na horta do senhor João Martinho, nas proximidades desta vila.
Foi o 11º encontro e convívio anual dos guardas prisionais que nasceram no concelho de Nisa e exercem a sua nobre profissão em diversos estabelecimentos prisionais do país.
Como fazem desde há uma dezena de anos, os guardas prisionais marcam, com grande antecedência este dia de festa e convívio de modo a que, a escala de serviço esteja assegurada e a presença no Encontro garantida.
Por um dia, esquecem os problemas próprios de uma profissão exigente, descomprimem, provam as especialidades gastronómicas alentejanas, contam histórias e peripécias, cantam e reforçam o espírito de camaradagem e de grupo sócio-profissional.
É assim todos os anos e neste convívio estiveram profissionais que cumprem as suas funções em estabelecimentos prisionais de Castelo Branco, a maioria, Alcoentre, Carregueira e outros.
Vêm pela festa e pela confraternização e pela garantia de reforço da amizade, da alegria que impera em cada um dos Encontros.
Este ano, a convite, o Jornal de Nisa esteve presente e pode testemunhar o espírito de sã e alegre convivência. As fotos aqui ficam para um dia mais tarde recordarem e mostrarem aos filhos e netos.

24.10.08

SPORT NISA E BENFICA

73 ANOS EM PROL DO DESPORTO
A Fundação
A história do Sport Nisa e Benfica remonta ao longínquo ano de 1935, quando urn grupo de jovens, no auge das rivalidades locais com a filial Nisense do Sporting, tomou a iniciativa de “romper” com as estruturas existentes e de criar uma nova colectividade.
A fundação do clube, com o nome inicial de Sport Lisboa e Nisa, data de 1 de Outubro de 1935, dando corpo ao sonho dos Nisenses Isaac Araújo, José da Piedade Pires, Esteves da Anunciada Cebola e António Maria Carolo.
Em 13 de Janeiro de 1936, é eleita a primeira direcção, dela fazendo parte: o médico António Granja, José da Piedade Pires, Vicente Fernandes Nogueira, Eduardo Dinis Filipe, Esteves da Anunciada Cebola, José da Graça Sena, José Carita Serralha, João da Cruz Charrinho, Virgílio Pinheiro e António Semedo da Piedade.
A primeira sede do clube foi numa casa alugada na Rua da Fonte; depois e também por arrendamento, transferiu-se para instalações muito mais amplas, na Estrada de Alpalhão, onde tinham lugar em datas certas grandes bailes populares, uma maneira de obter de receitas para o clube e principal razão de Angariação de sócios.
Em 1947 e por força da determinação do Sport Lisboa e Benfica, o clube passou a designar-se com o nome que tem hoje: Sport Nisa e Benfica.
As Actividades
No inicio eram os jogos de futebol com o rival Sporting, sem qualquer espírito de competição. Os bailes populares, já referidos, constituíam as mais importantes manifestações colectivas num tempo em que na vila ( e no País) as colectividades espelhavam a divisão inter-classista existente e por isso os bailes no Benfica eram conhecidos corno Os bailes do “Galocha”, para vincar o seu carácter profundamente popular e rural (dos trabalhadores do campo) em compita com outras agremiações corno a Sociedade Artística (dos "artistas" - todos Os artesões, a excepção dos trabalhadores rurais) ou 0 Clube Nisense “,poiso” de uma burguesia local e regional, que não admitia “misturas”.
Com este quadro, fácil é perceber que 0 Nisa e Benfica fosse a associação com maior número de sócios e também de actividades, e profundamente enraizada entre a população.
O atletismo praticou-se durante alguns anos, bem como 0 ciclismo, urn desporto muito popular nos finais dos anos cinquenta e nos anos sessenta.
E nesta década - início de 60 - que 0 Nisa e Benfica participa pela primeira vez em provas oficiais de futebol.
Aos “distritais” de seniores, seguiram-se Os juniores, os principiantes, e todas as demais categorias do futebol jovem, não só a nível distrital, mas também nacional, em seniores (3.ª Divisão) e juniores (campeonato nacional) numa caminhada que não mais parou e que todos os anos se renova, tanto a nível de novos atletas, como nas provas e objectivos com que se participa. Entre estes e num concelho que sofre Os problemas da interioridade e da desertificação, assume relevo a ocupação salutar das crianças e dos jovens, a educação no espírito e respeito pelo “fair play”, valores alternativos aos mundos subterrâneos da droga e do vicio e que, geralmente, constituem becos sem salda.
A par do futebol, 0 Sport Nisa Benfica mantém em actividade (grande actividade, saliente-se) urn Núcleo de Cicloturisrno, funcionando corno secção autónoma e sem encargos para o clube. Outro tanto se passa com a equipa de futebol de veteranos (Velhas Guardas) que percorrem país, com total autonomia e auto financiando-se.
Além destas actividades e num espírito recreativo, o Sport Nisa e Benfica organiza regularmente torneios de pesca desportiva ou de futebol de salão e outros visando quer a obtenção de fundos, quer, acima de tudo, 0 Convívio.
Instalações e Equipamentos
O Sport Nisa e Benfica dispõe de sede própria na Rua 25 de Abril, em Nisa e de Campo de Jogos (Campo de Jogos D. Maria Gabriela Vieira) incluindo campo de futebol (105x65 m) balneários e anexos de ampla dimensão.
A reconstrução do imóvel na Rua 25 de Abril (Estrada de Alpalhão) propriedade do clube e onde este se instalou há mais de 50 anos é já uma uma realidade.
Na época de 1997/98, o Sport Nisa e Benfica, foi Campeão Distrital de Seniores da 2ª Divisão e pela primeira vez Vencedor da Taça da Associação de Futebol de Portalegre.
O Património é coisa que não é esquecido, assim se realizou a construção da primeira bancada (lateral) no Campo de Jogos D. Maria Gabriela Vieira, a mesma foi inaugurada no dia 5 de Outubro de 1998 pelo então Secretário Estado do Desporto Dr. Miranda Calha.
Na época de 1999/2000, o Clube participou no 1º Campeonato Distrital de Futsal na categoria de Seniores, e foi Campeão da modalidade, participando na época seguinte no Campeonato Nacional da 3ª Divisão.
No verão de 2000 foi dado inicio a construção da Bancada Central no Campo de Jogos bem como no final desse mesmo ano começou a reconstrução e remodelação da velhinha sede na Rua 25 de Abril, nº 31.

23.10.08

GNR PERMANECE EM ALPALHÃO




Novas instalações inauguradas no dia 17
Em Alpalhão, foram inauguradas na passada sexta-feira, dia 17, as novas instalações destinadas aos serviços da Guarda Nacional Republicana naquela vila do concelho de Nisa.
O acto simbólico de inauguração foi presidido pelo Governador Civil de Portalegre, Jaime Estorninho e contou com a presença de diversas individualidades civis e militares, entre as quais um eleito da Câmara Municipal de Nisa, o presidente da Junta e outros eleitos na Freguesia.
Após a visita às novas instalações da GNR, o remodelado edifício onde funcionaram os Correios Telégrafos e Telefónicos, a comitiva deu um curto passeio por Alpalhão, tendo visitado o jardim e o espaço central da vila, seguindo-se um almoço na sede do Grupo Ciclo Alpalhoense.
A criação de instalações adequadas para os militares da GNR foi a condição principal para evitar a extinção do posto daquela força de segurança na freguesia de Alpalhão, uma intenção governamental anunciada há mais de ano e meio, prontamente contrariada pelos órgãos autárquicos da freguesia e pela população, que manifestou a sua oposição a tal hipótese através de um abaixo-assinado.
Não menos determinante para a manutenção do posto da Guarda em Alpalhão foi a intervenção do Governador Civil que procurou junto do Governo fazer eco das justas pretensões dos alpalhoenses, bem como o compromisso então assumido pela Junta de Freguesia na concretização de melhores instalações para os militares destacados nesta vila.
Para o efeito foram realizadas obras de adaptação do antigo edifício dos CTT para os serviços da GNR, num investimento que ascendeu a cerca de dez mil euros, havendo apoio da Câmara na recuperação de janelas e porta e a colaboração de alguns elementos da GNR de Portalegre.
Garantida a permanência da Guarda Nacional Republicana em Alpalhão, neste momento com uma guarnição de sete militares, o passo seguinte passa pelo reforço dos recursos humanos, em número que permita manter, em instalações condignas, a qualidade de serviços na elevada e nobre missão que desempenha, em prol da lei e da grei e na defesa da segurança dos cidadãos.

20.10.08

O Protesto contra a exploração de urânio na comunicação social

Exploração de urânio pode afectar geoparqueUNESCO alertou para consequências no parque natural do Tejo
Mais de três centenas de pessoas, entre ambientalistas, população local, antigos mineiros e políticos, manifestaram-se ontem em Nisa contra a intenção de retomar a exploração de urânio naquele concelho alentejano. A iniciativa partiu do movimento cívico "Urânio em Nisa Não" que congrega a autarquia, Quercus e várias entidades locais e serviu para recordar as vítimas destas explorações. A UNESCO já alertou para os efeitos que o retomar da exploração de urânio terá no futuro do Parque Natural do Tejo Internacional.
A jornada de protesto teve início com a audição de antigos trabalhadores das minas da Urgeiriça, em Nelas. Segundo António Minhoto, porta- -voz dos antigos mineiros, "a morte dos trabalhadores das minas deve alertar para os efeitos negativos na saúde e no ambiente e que são reflexo dos erros cometidos pelo Estado na exploração do urânio".
Numa "Tribuna Cívica", o Estado foi condenado "de forma inequívoca, porque não cumpre a lei 28/2005, que obriga a alargar a todos os trabalhadores e familiares os benefícios dados aos trabalhadores de fundo de mina", revelou Minhoto. Os manifestantes, sempre vigiados de perto pela GNR, percorreram depois numa "Marcha da Indignação" os poucos quilómetros que separam o centro da vila alentejana de uma jazida de urânio inexplorado nos arredores de Nisa, para lembrar que "a exploração deste minério, se se tiver em conta as obrigações legais para a preservação ambiental, fica cara e não é rentável.
Empunhando cartazes com palavras de ordem como "Urânio em Nisa Não", lembraram "os erros cometidos em toda esta actividade na zona centro do País, as marcas familiares, dramas de saúde e ambientais que deviam alertar para as consequências gravosas que poderá trazer a exploração de urânio para o concelho de Nisa", referiu o responsável da Quercus, Nuno Sequeira. Heloísa Apolónia, de Os Verdes, garantiu que o seu partido irá "questionar directamente o ministro da Economia".
Ontem também se soube que a UNESCO, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, vai enviar ao Governo português uma carta, na qual apela à "salvaguarda de um futuro turístico integrado e da saúde pública das gentes do território do Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional." Os responsáveis pela UNESCO ficaram surpreendidos com a possibilidade de extracção de urânio em Nisa, após denúncia de Carlos Carvalho, um dos responsáveis do Geoparque.
in DN Online
Nisa: manifestação contra exploração de urânio
Mais de 300 pessoas protestaram, a quem se juntaram ecologistas, autarcas e agricultores
Mais de 300 pessoas manifestaram-se este domingo de forma pacífica, em Nisa, contra a eventual exploração de urânio naquele concelho do norte alentejano, num protesto a que se associaram ecologistas, autarcas e agricultores, noticia a Lusa.
A «Marcha da Indignação» partiu do centro da vila de Nisa em direcção à herdade onde existe uma jazida de urânio inexplorado, a cerca de três quilómetros de distância.
Sempre com a GNR por perto, mas sem que tivesse ocorrido qualquer incidente, os manifestantes gritavam, entre outras palavras de ordem, «Urânio em Nisa não», «Não, não, não à contaminação».
Nos cartazes podia ler-se: «Contra o urânio por um respirar saudável», «Nisa diz não ao urânio», «Nisa sim, urânio não».
A iniciativa esteve a cargo do Movimento Urânio em Nisa Não (MUNN), da Quercus e de várias entidades locais, como a associação comercial, Associação de Desenvolvimento de Nisa, Terra-Associação para o Desenvolvimento Rural e Associação Ambiente em Zonas Uraníferas.
Jornada de protesto e sensibilização
A jornada de protesto e sensibilização iniciou-se no Cine Teatro de Nisa com uma Tribuna Cívica, onde vários ex-trabalhadores das minas da Urgeiriça (Nelas), entre outras entidades, prestaram o seu depoimento contra a exploração deste minério na região.
A deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista «Os Verdes», lembrou «os malefícios» que este género de exploração já provocou nos trabalhadores das antigas minas da Urgeiriça e defendeu que Nisa precisa é de «projectos turísticos».
De acordo com a deputada, o grupo parlamentar de «Os Verdes» vai brevemente «questionar directamente o Ministério da Economia face às incoerências da sua resposta quanto à intenção em relação à exploração de urânio em Nisa».
Potencial de 6,3 milhões de toneladas de minério
O concelho alentejano de Nisa, no distrito de Portalegre, possui no seu jazigo inexplorado de urânio um potencial que ronda os 6,3 milhões de toneladas de minério não sujeito a tratamento, 650 mil quilos de óxido de urânio e 760 mil toneladas de minério seco.
A presidente do município local, Gabriela Tsukamoto, mostrou-se também desfavorável à eventual exploração de urânio em Nisa, considerando que «é uma incógnita, porque não se sabe as consequências em termos de saúde pública, ambientais e em termos económicos».
Fonte: “Portugal Diário”
Trabalhadores da Urgeiriça juntaram-se ao protesto
Duzentas pessoas na marcha contra exploração de urânio em Nisa
Cerca de 200 pessoas, com os antigos trabalhadores das minas da Urgeiriça (Viseu) à frente, estiveram hoje em Nisa numa marcha contra a exploração de urânio na região.
Os participantes na marcha, que registou uma grande presença de jovens, percorreram os dois quilómetros que separam aquela vila alentejana da principal jazida de urânio existente no concelho. Foram erguidas cruzes de madeira no local, onde são visíveis os vestígios da prospecção de urânio realizados há mais de 50 anos, e desdobrados cartazes com palavras de ordem contra a exploração daquele mineral radioactivo – “Urânio – aqui jaz para sempre”, “Saúde é diferente de exploração de urânio” e “Não lixem (ainda) mais o ambiente”, entre outros.
José Pedro Almeida, presidente do Movimento Urânio em Nisa Não, recordou no local a contestação promovida há quase dez anos contra a anunciada intenção de começar a extrair o urânio na região. “Éramos meia dúzia de pessoas e depois toda a população foi envolvida”, disse. “A agricultura da região quer-se afirmar pela qualidade dos seus produtos e do ambiente. Mas uma exploração destas é impeditiva de continuarmos com este modelo de desenvolvimento.”
Representantes da Quercus, Adenex (associação ambientalista da Extremadura) e da organização ambientalista internacional Amigos da Terra manifestaram a sua solidariedade com esta luta, que trouxe a Nisa várias dezenas de ex-trabalhadores das minas de urânio da Urgeiriça.
Numa tribuna cívica realizada durante a manhã, estes últimos deram conta dos seus problemas actuais e do grave estado ambiental em que ficou a zona depois do encerramento da Empresa Nacional de Urânio. As sucessivas intervenções apontaram para a responsabilização do Estado, acusado de crimes contra a saúde dos trabalhadores por negligência de informação quanto aos riscos decorrentes do contacto prolongado com urânio. Foi ainda exigida a aceleração da recuperação ambiental da zona, onde existem mais de seis dezenas de minas abandonadas, águas poluídas e materiais tóxicos espalhados de forma incontrolada.
O testemunho de Maria Adelina
Maria Adelina, viúva de um ex-trabalhador das minas de urânio da Urgeiriça, subiu ontem de manhã ao palco do Cine-Teatro de Nisa para contar a sua história pessoal.
“O meu marido trabalhou sempre na mina da Cunha Baixa [concelho de Mangualde]. Tinha 54 anos quando morreu, há dois anos, com a doença da moda, o cancro. Fiquei viúva com dois filhos pequenitos. Ele trabalhava na mina e vinha sempre para casa com a roupa molhada, que eu depois lavava. Andava lá no fundo e isso deu-lhe cabo da saúde. A vida dele foi curta. Trabalhava para o Estado mas este não está a contribuir para a família que ficou. O Estado deu-me pouca coisa, porque eu sou nova e ainda tenho tempo e saúde para trabalhar e governar a minha vida.
Fonte: Público online - Carlos Pessoa
Nisa: mais de 300 contra a exploração de urânio
Mais de 300 pessoas manifestaram-se neste domingo em Nisa contra a eventual exploração de urânio no concelho, num protesto que reuniu ecologistas, autarcas e agricultores. Os manifestantes, onde se destacava grande presença de jovens, percorreram os dois quilómetros que separam a vila alentejana da principal jazida de urânio do concelho gritando, entre outras palavras de ordem, "Urânio em Nisa não", "Não, não, não à contaminação".
A iniciativa foi do Movimento Urânio em Nisa Não (MUNN), da Quercus e de várias entidades locais, como o município, a associação comercial, Associação de Desenvolvimento de Nisa, Terra-Associação para o Desenvolvimento Rural e Associação Ambiente em Zonas Uraníferas.
Nos cartazes podia ler-se: "Contra o urânio por um respirar saudável", "Nisa diz não ao urânio", "Nisa sim, urânio não".
Numa tribuna cívica realizada durante a manhã, ex-trabalhadores das minas da Urgeiriça (Nelas) prestaram o seu depoimento contra a exploração deste minério na região. Outras intervenções apontaram para a responsabilização do Estado, acusado de crimes contra a saúde dos trabalhadores por negligência de informação quanto aos riscos decorrentes do contacto prolongado com urânio. Foi ainda exigida a aceleração da recuperação ambiental da zona, onde existem mais de seis dezenas de minas abandonadas, águas poluídas e materiais tóxicos espalhados de forma incontrolada.
O concelho de Nisa, no distrito de Portalegre, possui no seu jazigo inexplorado de urânio um potencial que ronda os 6,3 milhões de toneladas de minério não sujeito a tratamento, 650 mil quilos de óxido de urânio e 760 mil toneladas de minério seco.
Para a presidente do município local, Gabriela Tsukamoto, a eventual exploração de urânio em Nisa "é uma incógnita, porque não se sabe as consequências em termos de saúde pública, ambientais e em termos económicos". Para a autarca, "é preferível pegar nos recursos do concelho, como os queijos, os enchidos, os bordados, o termalismo e torná-los mais sustentáveis".
O responsável do núcleo regional de Portalegre da associação ambientalista Quercus, Nuno Sequeira, disse à agência Lusa que a acção de contestação "pretende sensibilizar o Governo para recusar o avanço da exploração de urânio na zona de Nisa". Para ele, "é importante não esquecer os erros cometidos em toda esta actividade na zona centro do país, as marcas familiares, dramas de saúde e ambientais e alertar para as consequências gravosas que poderá trazer para o concelho de Nisa e para o distrito", avisou.
 Fonte: esquerda.net
Cruzes contra exploração de urânio em Nisa
Cruzes de madeira foram erguidas este domingo junto a uma jazida de urânio em Nisa, no âmbito de um protesto contra os projectos para retomar a exploração no local. Mais de 200 pessoas, incluindo antigos trabalhadores das minas da Urgeiriça, participaram na marcha entre o centro da vila e a jazida.
Fonte: Público - Foto de Nelson Garrido

8.10.08

Casais de Nisa festejaram 25 anos de matrimónio




Foi uma iniciativa inédita, pelo menos na vila de Nisa, a celebração festiva a evocar 25 anos de vida em comum.
Um quarto de século de vida a dois, e depois a três, a quatro e a cinco, consoante o número de “rebentos” frutos dessa união, multiplicada pelos 12 casais que se juntaram e fizeram a festa, no último sábado de Setembro.
Foram mais aqueles que se uniram pelo matrimónio no ano de 1983, mas nem todos puderam estar presentes.
Ainda assim a festa dos “25 anos de matrimónio” fica a marcar mais uma “modalidade” de encontros e convívios em que é pródiga a vila de Nisa.
O jantar de celebração dos 25 anos decorreu no restaurante “3 Marias” e a gerência primou por receber os “casais matrimoniais” com pompa e simpatia, a todos tendo presenteado com uma mensagem de parabéns e de felicitações, original.
Após o jantar, a festa prosseguiu. A música e a dança, a lembrança de outros tempos, o sorriso e amparo dos filhos, contribuíram para que este dia fique também a figurar na história dos dias felizes e que um dia mais tarde, na companhia dos netos, hão-de, certamente, ser lembrados.

4.10.08

OPINIÃO - O LEITOR DÁ CARTAS

João Paulo: Um exemplo!
Vocês conhecem-no. Melhor que eu que não sou filha da terra, Mas a ele sim, Nisense ou Nizorro.
Se foi chamariz de 1ªpágina os que terminaram o curso de Termalismo e os que aproveitaram as “Novas Oportunidades”, porque não fazer justiça ao João Paulo Caetano?
Ele sim, um vencedor e não “Dr. Vassoura” como ironicamente lhe chamam.
Não conheço as suas origens, mas pelo que posso apreciar cada vez que vai ao Centro de Saúde, ou o encontro nas suas lides profissionais, posso depreender que embora oriundo de gente humilde, foi criado ainda com valores que hoje infelizmente não se usam.
Respeitador, cumpridor, agora já não se lhe vê aquele sorriso de satisfação por ter completado o 12ª ano com média superior a 16 valores. Por mérito próprio. Com o sacrifício de ir todas as noites para Portalegre depois de um dia a limpar o lixo que os cidadãos de Nisa deitam para o chão, quando têm um caixote mesmo ao lado.
Coragem João Paulo, compreendo o teu sofrimento, o teu isolamento porque não és “companheiro de copos”.
Decerto que Nisa ainda te fará justiça.
Uma Leitora (devidamente identificada)
in "Jornal de Nisa" - nº 263 - 24/9/08

14.5.08

GRANDE JORNADA DESPORTIVA E DE AMIZADE

Visita à Senhora da Graça


Homenagem póstuma a António M. Polido Cabim

Equipa veteranos USP Joué les Tours

Apresentação ao público

Jogadores cumprimentam-se

Jean Pierre e Bento Semedo: os principais organizadores

Portugueses de Joué les Tours “abraçaram” Nisa
Durante quatro dias, trinta desportistas, jogadores e acompanhantes da equipa de futebol de veteranos da União Desportiva Portugueses de Joué les Tours (dito, assim, em português, soa um pouco melhor) visitaram Nisa, abraçaram familiares e amigos, fizeram novos amigos e reforçaram os laços de amizade, através do desporto, que unem esta duas terras de Portugal e de França.

22.4.08

Município homenageia quatro cidadãos do concelho

O Município de Nisa vai homenagear no próximo dia 25 de Abril, quatro cidadãos residentes no concelho e que se destacaram como exemplos a serem seguidos, em diversos domínios da actividade humana.
Quatro cidadãos e exemplos de dedicação à Comunidade

Celestino Ventura Rodolfo ou simplesmente o Doutor Celestino, é o único dos homenageados que não nasceu em Nisa, mas no vizinho concelho de Marvão (Porto da Espada).
Em Nisa desenvolveu, durante mais de 30 anos, uma profícua, esforçada, competente e meritória acção social e humanitária, exercendo a profissão de médico e fazendo da sua actividade, um exemplo de seriedade e discrição, de ajuda ao próximo, não olhando à condição social do doente e não fazendo do seu mester uma profissão de horário certo.
Após a aposentação, continuou a dar um contributo inestimável à Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Nisa de que fora um dos fundadores, sendo presidente da direcção, até que os problemas de saúde o impediram de um contributo mais assíduo.

Pedro da Piedade Mendes Mourato, jardineiro e aposentado da administração local, dedicou uma grande parte da sua vida a contribuir para minorar a dor alheia, como dador de sangue e como bombeiro. Foram mais de 60 as dádivas de sangue com que, não contabilizando aquelas que careceram de registo, contribuiu de forma voluntária e gratuita, para tornar mais viva a esperança daqueles que do sangue careciam.
Uma sucessão de gestos e de dedicação a uma causa humanitária que a própria Associação de Dadores de Sangue do Distrito de Portalegre já reconhecera, atribuindo-lhe a Medalha de Ouro e que o Município agora reforça e complementa.

António Maria de Oliveira Charrinho, ou o Mestre António Maria desempenha há mais de 25 anos o cargo de Mestre e ensaiador dos agrupamentos da Sociedade Musical Nisense, como a Banda Filarmónica, Grupo de Metais, Orquestra Ligeira e Escola de Música, como antes o grupo de música popular “Canto do Corrupio”.
É também músico e instrumentista destes grupos, por ele passando uma grande parte da projecção e do reconhecimento alcançado pela Sociedade Musical Nisense. Músico versátil e de vários instrumentos, António Maria Charrinho pertence também à galeria dos executantes mais antigos e em actividade na nossa região, conforme reconheceu a Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre ao atribuir-lhe o galardão comemorativo de um percurso de meio século ligado à música.
Um percurso e uma actividade que, no caso de Nisa, contribuiu não apenas para dinamizar no plano cultural o concelho, como também teve repercussões nas escolhas que fizeram muitos dos jovens que hoje detém um palmarés invejável no campo das artes musicais, tanto a nível nacional como além-fronteiras.

José Maria Casimiro (Conicha) foi (é) um desportista de eleição e esta homenagem representa um reconhecimento, algo tardio, por todo um percurso futebolístico de muitos anos, em representação de colectividades do concelho e particularmente do Sport Nisa e Benfica, pelo qual foi, diversas vezes, campeão distrital e defendeu em competições a nível nacional.
Com mais de 60 anos, o futebol continua ainda a ser uma das suas paixões e é vê-lo aos sábados, com o entusiasmo dos tempos da juventude, a jogar pela equipa de Veteranos do Benfica de Nisa
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São estes os cidadãos e os percursos de mérito, exemplos de vida, que o Município decidiu enaltecer e reconhecer publicamente.
Em poucas vezes na nossa terra, tal decisão terá sido tão justa e abrangente. Os homens que vão ser homenageados no próximo dia 25 de Abril (aqui, apenas uma sugestão: estas homenagens teriam melhor cabimento no Feriado Municipal) são-o por mérito próprio, sem favores de emblema ou capela.
Dedicaram uma parte substancial das suas vidas em favor dos outros, da comunidade a que pertencem. Trabalharam, deram o melhor de si, como médico, voluntário, desportista ou músico em favor do concelho e não – é preciso que isto seja dito – em favor de alguém em particular ou da propaganda de quem quer que fosse.
Os seus objectivos, as suas bandeiras, foram as do concelho e a contribuição para um futuro mais justo e mais radioso. Para todos.
E, quando assim é, há lá homenagens mais bonitas...!
Mário Mendes - in "Jornal de Nisa" nº 253 - 16/4/08

1.3.08

NISA MOBILIZADA CONTRA URÂNIO

Uma pequena multidão encheu na 6ªfeira à noite o Centro Cultural de Nisa para participar na primeira sessão que o núcleo local do Bloco de Esquerda organizou naquela cidade. Eram oradores Francisco Louçã e um convidado, António Eloy, ambientalista e membro do Movimento Cidadãos por Lisboa. O tema do debate era a reabertura da exploração das minas de urânio da região, que o governo pretende colocar a concurso internacional já no próximo ano, com a oposição da população.
Durante o debate, muitos populares explicaram as suas razões contra a abertura da mina, em particular porque ela cria uma nova contaminação radioactiva com o tratamento de milhares de toneladas de minério, com os devidos riscos para a saúde. O exemplo dos mineiros de urânio da Urgeiriça, a mina de Nelas que foi fechada depois de anos de exploração, foi evocado por um representante desses trabalhadores, que lembrou as mortes e o sofrimento das famílias depois da exposição à radioactividade.
Estiveram também presentes a presidente da Câmara e uma vereadora, além do presidente da Assembleia Municipal (PCP), os dirigentes locais do PS, o presidente da Associação de Agricultores, o representante da Quercus, entre muitas outras pessoas. Em Nisa foi criado um Movimento Unitário, Movimento Urânio em Nisa Não, que mobiliza a população contra a abertura da mina.
Sabe-se que a mina seria explorada por 4 a 8 anos, empregando algumas dezenas de mineiros, mas pondo em causa não só a saúde pública como o emprego noutras actividades económicas, como as Termas que vão ser inauguradas dentro de meses, ou a produção de lacticínios. Essa é a razão do protesto da população, que é apoiada pelo Bloco de Esquerda.
in "Esquerda" - www.esquerda.net