31.3.17

NISA E BENFICA: Jogos em Abril - Campo D. Maria Gabriela Vieira


Os Verdes levam Almaraz ao maior evento mundial de Ecologistas

O Partido Ecologista Os Verdes será um dos principais oradores na sessão sobre a luta contra o nuclear, juntamente com os Verdes do Japão.
O Congresso Mundial de Partidos Ecologistas, que está a decorrer em Liverpool, Inglaterra, desde ontem, junta mais de 2000 delegados de todo o Mundo, irá albergar hoje uma sessão sobre a questão do Nuclear no Mundo, onde os Verdes Portugueses irão dar testemunho da luta que está a ser travada em Portugal pelo encerramento da Central Nuclear de Almaraz, em Espanha.
A delegação Portuguesa que irá participar nos trabalhos até domingo, composta por Victor Cavaco, Cláudia Madeira, João Martins e Beatriz Goulart terá ainda outros assuntos pela frente nomeadamente alterações climáticas e acordo de paris, agricultura, direitos humanos, para além dos contactos com partidos das américas, africa e ásia-pacífico.
Para qualquer questão poderão contactar a delegação pelos números +351 961291337 (Victor Cavaco) ou +351 919615508 (Cláudia Madeira).

 O Partido Ecologista “Os Verdes”

NISA: Recordações do tempo de Escola

De que ano será esta foto, tirada no campo (Senhora da Graça?)?. Reconhecem-se os professores D. Georgete Pina Ribeiro e Sr. António Paralta. Rapazes e raparigas em idade escolar, num convívio não muito habitual naquele tempo, em que a ideia de turmas e aulas mistas eram quase uma miragem. Vejam se descobrem alguns dos alunos/alunas. Por aí será fácil chegar ao ano da foto e das respectivas classes.

29.3.17

POSTAIS DO CONCELHO: Crianças de Montalvão na Colónia Balnear (1959)

Já por diversas vezes falámos, aqui, na importância que teve a Colónia Balnear Infantil de “O Século”, instalada em S. Pedro do Estoril, como promotora de férias e convívio entre milhares de crianças de todo o país. Num tempo em que era difícil viajar, por dificuldades económicas e outras, ter férias e ver o mar eram sonhos para muitos, inatingíveis. A Colónia Balnear proporcionava a muitas crianças do interior do país, quantas vezes a primeira viagem de comboio, o contacto com a cidade “grande” (Lisboa) e o banho marítimo, os primeiros muito a contra gosto.
O amigo Carlos Matos cedeu-nos esta foto, também já publicada em Maio de 2012 no jornal “Alto Alentejo”. Vale sempre a pena recordar os tempos de infância, mesmo com tristeza por sentirmos a perda de quem já partiu...
Em cima da esquerda para a direita: Joaquim Louro Caetano (falecido), João Carrilho, José Baptista, Joaquim Manuel Margarido (falecido.
Em baixo e pela mesma ordem: Carlos Matos, Silvestre e Artur

José Condessa destaca-se em "Splendid's", no Teatro Experimental de Cascais

A peça "Splendid's", de Jean Genet, tem encenação de Carlos Avilez e fazem parte do elenco José Condessa*, Henrique Carvalho e João Pedro Jesus estando em cena no Teatro Mirita Casimiro em Cascais.
Jean Genet sempre é um dos autores que mais representações teve no Teatro Experimental de Cascais e regressa agora de novo com encenação de Carlos Avilez, com "Splendid's".
Sete marginais estão juntos, num hotel de luxo, juntos e presos, detidos por vários momentos de vida, cercados pela polícia.
"Splendid's" é uma das peças mais densas de Genet, escrita e entregue ao editor para publicar, em 1942.
Após a recusa de publicação, o escritor decidiu queimar a obra, mas conseguiram-se salvar algumas folhas.
O grande destaque, na representação, vai para o jovem actor José Condessa. Com um personagem complexo, Jean, e um texto difícil, interpretou-o de uma forma extraordinária.
Recordamos que todos os actores, com excepção de Filipe Duarte, foram alunos de Carlos Avilez na Escola Profissional de Teatro de Cascais.
Tudo começa com o pano em baixo ao som de "Non, je ne regrette rien", de Edith Piaf e iluminação de um lustro no final da plateia.
Muita sensualidade e erotismo, com um guarda roupa bastante cuidado e uma dicção/projecção de voz perfeita.
Estávamos na última fila e conseguimos perceber tudo o que os "sete magníficos" disseram: nenhum deles teve qualquer microfone ou amplificação de som.
O momento alto da peça é quando Jean beija o polícia e se despe, ficando apenas em boxers.
Esta cena poderia levar a comentários, ou a risos. No entanto nem o som da respiração de uma sala esgotadíssima, se escutou.
Recordamos que José Condessa está a gravar uma novela, em Ilhavo, e que esteve em ensaios em Cascais. Embora com 19 anos, podemos afirmar que é um "Actor", com um grande Mestre por trás, Carlos Avilez.
Na estreia, que aconteceu no Dia Mundial do Teatro, estiveram presentes Marcelo Rebelo de Sousa, Eunice Muñoz, Ruy de Carvalho, Francisco Pinto Balsemão, e outros actores que diariamente aparecem nas novelas nacionais.
No final da representação, Teresa Côrte-Real, que interpreta A voz da Rádio, leu um texto de Isabelle Huppert.
Esse texto recordou que "já passaram 55 anos" desde que em Paris se celebrou pela primeira vez o Dia Mundial do Teatro.
Recordou também que "Paris é a cidade que mais companhias internacionais recebe" e ainda que "o Teatro renasce sempre das cinzas".
António Manuel Teixeira in www.hardmusica.pt – 29/3/2017

 * José Condessa tem ligações a Nisa, terra dos seus avós paternos

28.3.17

CANTO DO SACO: Temas e problemas do Concelho de Nisa (1)

Canto do Saco foi uma coluna que existiu no “Jornal de Nisa”, e que retomamos, será, doravante, uma coluna de opinião onde os munícipes de todo o concelho poderão apresentar problemas locais que careçam de resolução. Problemas e situações que além de serem aqui publicados, serão igualmente enviados aos poderes locais competentes, desde a Assembleia Municipal, à Câmara e Juntas de Freguesia, que não poderão, assim, invocar desconhecimento. Convidamos todos os cidadãos do concelho a apresentarem sugestões, alertas, denúncias de situações que considerem lesivas tanto do território municipal como da sua própria condição de munícipes. Poderão utilizar o e-mail portaldenisa@gmail.com ou enviarem por escrito as suas reclamações. Apenas exigimos uma condição: que os escritos, mails, etc., venham assinados. O anonimato mata a condição de sujeitos e cidadãos de corpo inteiro, num estado democrático.
Posto isto, avançamos com algumas questões, as primeiras, mas já, de certo modo, “antigas”.
1. Nisa - A Praça da República: Melhorias a introduzir
A Câmara Municipal numa atitude e decisão positiva, que em devido tempo elogiámos, arranjou espaço para o estacionamento de autocarros. Era uma carência bastante sentida e uma anomalia no projecto inicial, sem qualquer razão de ser.
Ali próximo, porém, subsiste um dos proncipais problemas na circulação de trânsito. Todos os nisenses já viram, com certeza, as dificuldades com que alguns camiões, principalmente os de grande porte, sentem em contornar a rotunda existente junto ao Cine Teatro. Volta e meia lá vem mais um estouro, quase uma explosão, de um pneu rebentado, porque além de mal feita, as superfícies que limitam a referida rotunda, em granito, são como facas de gumes afiados (aliás, como em todo o trajecto entre a Rotunda do Cinema e o Café D. Dinis) e que provocam dificuldades acrescidas e prejuízos aos automobilistas.
Rectificar a “planta” da rotunda não me parece trabalho de “outro mundo”, nem de custos “espampanantes”. Manter a situação tal como está é que não me parece adequado, tantas foram as vezes e as vozes que se têm levantado contra tal situação.
A Câmara pode e deve, com urgência, resolver o problema.
2. Em frente à Loja do Munícipe, junto aos semáforos, as marcações da passadeira para peões permanecem, há muito, invisíveis. A Câmara desculpa-se que não é competência sua, por se tratar de estrada nacional ou inter-regional (também já percebo muito pouco destas “novas” designações para confundir o Zé Pagante). Mas pode fazer alguma coisa e não ficar à espera, de mãos a abanar. Pode e deve exigir à entidade competente que faça aquilo que a lei lhe impõe: marcar no alcatrão da estrada, de forma bem visível e distinta, a passadeira para peões. E, já agora, retirados que foram, os vasos “gigantes” para aformosear o espaço circundante do Mercado Municipal, mantenha, pelo menos, com um pouco de urbanidade, isto é, com flores e vida, aquele que restou e presta “serviço de apoio” a um dos postes metálicos dos semáforos.
Do mesmo modo, deve exigir à substituta da JAE que marque novas atravessias para peões na Estrada das Amoreiras. Nesta artéria há uma série de problemas, a destacar, o que não faço agora para não me afastar da Praça da República.
3. O traçado dos estacionamentos junto aos cafés D. Dinis e Lareira carecem de ser rectificados. Representam um perigo, constante, para a circulação automóvel, tanto para quem pretende estacionar ou sair do estacionamento, como para os automobilistas que circulam naquela via. Não existe um espaço de segurança que permita a visibilidade do trânsito que circula num e noutro sentido, o que põem em risco a vida de pessoas e bens.
A solução nem seria dispendiosa, encurtando-se, ligeiramente, a área dos passeios e colocando os referidos espaços de estacionamento em “espinha” e com a obrigatoriedade da saída num só sentido.
4. Ainda aqui junto aos referidos cafés, é vergonhoso e atentatório da saúde e salubridade pública, que se mantenham em “serviço”, estruturas metálicas de recolha de lixo. Estruturas essas, por vezes abertas e exalando um cheiro nauseabundo, perante os olhares atónitos e de repulsa de muitos dos frequentadores das esplanadas daqueles espaços de restauração. Não havia outros sítios para porem os “mostrengos”? Com franqueza...
5. Falámos, aqui, há dias, da Biblioteca Municipal. Nada a adiantar o que foi dito. Apenas chamar a atenção para a falta de iluminação pública existente nas áreas laterais da Biblioteca. Junto aos estabelecimentos comerciais (cafés, ourivesaria, etc.) faltam, ou estão inactivos, dois pontos-luz.
No lado do Posto de Turismo e no espaço que há muito designei por “Bifes na Pedra” a situação ainda é pior. Faltam sete (7) pontos-luz que estão, igualmente, apagados e sem cumprirem a função por que foram ali instalados. É capaz de ser luz a mais? Concordo. Mas, pelo menos, reactivem, ponham em funcionamento, três ou quatro, até para uma maior segurança do edifício da antiga escola.
Vale o reparo?
6. Por onde anda, para onde emigrou, que destino levou, o painel electrónico da Praça da República? Qual a justificação para o seu desmantelamento? Falta de verba para o reparar? Falta de elementos promocionais do concelho para nele colocar? Falta de uma política, séria, de divulgação do património e das potencialidades concelhias sem serem assentes numa figura só?
Quem souber que responda. Para mim, acho que por ali andou “mãozinha de reaça”, que é uma forma simpática de dizer que o painel electrónico do Rossio incomodava algumas “cabecinhas pensadoras” que não são burras...
Mário Mendes

27.3.17

AMIEIRA DO TEJO: Festa em honra do Senhor dos Passos


Primavera na colheita de sangue em Alpalhão






Em manhã imensamente reconfortante, a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – marcou presença em Alpalhão.
Rumaram até à sede do Grupo Ciclo Alpalhoense 37 voluntários, sendo 14 do sexo feminino. Por questões de saúde alguns não puderam estender o braço, mas sempre foram angariadas 30 unidades de sangue.
Três mulheres e dois homens deram sangue pela primeira vez na vida. O Registo Nacional de Dadores Voluntários de Células de Medula Óssea cresceu em três novos voluntários.
Tratou-se de uma manhã primaveril muito movimentada e com números motivadores. E depois, cinco novos dadores é sempre motivo de regozijo, ou não fora esta a terra do nosso saudoso Presidente António Eustáquio.
O José Maria Martins pensava que se ia despedir como dador, mas afinal ainda tem pela frente mais um ano. Referiu-nos que deu sangue pela primeira vez em 1977, para um amigo que estava no Hospital Distrital de Portalegre. Hoje já tem 33 dádivas concretizadas, mas não vai ficar por aqui. Quem vai deixar de canalizar veias em Alpalhão é a Enf. Ana Maria, que já se mostrava nostálgica com o aproximar de uma nova fase da sua vida.
A família Freire foi quem fechou a jornada: ao todo cinco elementos doaram sangue.
Muitos dos presentes quiseram saber outras datas de brigadas que se realizem por perto, a fim de doarem sangue novamente daqui a algumas semanas.
A Junta de Freguesia de Alpalhão apoiou a realização do almoço convívio que decorreu num restaurante da localidade. Aliás a Presidente da Junta, Ana Cecília Manteiga Carrilho, acompanhou de perto a colheita.
Arronches a 08 de abril
A ADBSP vai estar em Abril: Arronches sábado 08 na sede do Rancho Folclórico; Sousel dia 22, nos Bombeiros. Atenção que por razões logísticas estas duas colheitas mudaram de data, relativamente à calendarização inicial, As nossas brigadas realizam-se aos sábados da parte da manhã.
Siga-nos em: www.facebook.com/groups/AdbsPortalegre

JR

NISA: A Biblioteca Municipal e o horário de funcionamento

Proposta apresentada na Assembleia Municipal de Nisa em 29 de Abril de 1996
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE NISA – PROPOSTA
A Casa da Cultura/Biblioteca Municipal tem, ao longo da sua curta existência, dado mostras de uma riquíssima vitalidade, expressa num valioso conjunto de iniciativas que, correntemente, são a ”pedrada no charco” de uma terra e concelho onde nada acontece, no campo cultural.
O importante espólio bíblio-vídeo-discográfico, são hoje uma referência da região, frequentada por crianças, jovens e adultos, que ali se deslocam na ânsia de mais saber e conhecimento.
Esta “bandeira”, este brasão cultural, reconhecido por todos, pode e deve ampliar o seu campo de acção, na dimensão exacta da população que serve e que avidamente a solicita.
Para tanto, os horários de funcionamento devem ser alargados (e não como tem sido feito, restringidos) possibilitando a sua utilização por trabalhadores, jovens, fora do período das aulas, investigadores.
Num concelho, onde a ocupação de crianças e jovens – ocupação salutar, saliente-se – está por fazer e onde os “desvios sociais” com as consequências que todos começamos a conhecer, causam sérias perturbações, é por demais evidente a necessidade de prolongar a abertura, a sábados e domingos, dos espaços de lazer, da cultura, do entretenimento e do saber, ingredientes indispensáveis “à formação do homem integral” como o define Bento de Jesus Caraça.
Remodele-se o funcionamento da Biblioteca, crie-se um novo quadro de funcionários, aumentando o número dos existentes, mais competentes e especializados ainda, se possível; eleve-se o nível e alargue-se substancialmente o horário de funcionamento deste “refúgio” de cultura contra o ócio e o vício, a droga e a delinquência.
Há custos que são ganhos e não poderemos contabilizá-los numa geração...
O Proponente – Mário Mendes
ABERTURA AOS SÁBADOS DURANTE TODO O DIA
A Casa da Cultura nome por que, durante anos, se conheceu a Biblioteca Municipal, foi objecto de diversas propostas e sugestões, algumas por mim apresentadas, visando a melhoria dos serviços prestados e acima de tudo, a adequação dos horários de funcionamento à procura por parte dos utilizadores, como foi, por exemplo, o conteúdo da proposta acima transcrita, em Abril de 1996.
Convém lembrar que nos seus primeiros anos de existência, a Biblioteca Municipal constituiu – como continua a constituir- um serviço de excelência com muita procura, num tempo em que as internetes, os facebooks e outras plataformas digitais eram quase uma “miragem”.
Sempre defendi a Biblioteca Municipal, a par das piscinas municipais, como estruturas de conhecimento e lazer que mudaram o paradigma cultural de um concelho em que nada havia. Isto, apesar de considerar, passado todo este tempo, que há modificações, urgentes, a operar, no funcionamento da “outrora” Casa da Cultura.
Uma delas, diz respeito à segurança das pessoas (frequentadores, utentes, utilizadores, leitores, como lhes queiram chamar). As estruturas metálicas de suporte (vigas e cantoneiras de duplo U ou H) têm superfícies quinadas, perigosas, que deviam ser resguardadas, envolvendo-as por uma camada esponjosa ou de outro material que possa amortecer o impacto de qualquer contacto por parte das pessoas que frequentam a antiga Escola.
A solução nem sequer tem custos por aí além; custos agravados seriam, por exemplo, haver um acidente, alguém se magoar e o Município ter que arcar com as responsabilidades.
A segunda modificação, não menos urgente, diz respeito ao espaço onde funcionam as Tecnologias Comunicação e Informação (computadores). Não faz sentido – nunca fez, aliás- que funcione num primeiro andar, sem possibilitar o acesso a pessoas deficientes e incapacitadas, conforme a lei prevê. Urge resolver esta situação.
O terceiro reparo (tal como o da Proposta de 1996) diz respeito ao horário. Não se percebe como é que a Biblioteca funciona nos sábados da parte da tarde e está fechada da parte da manhã. O normal será dizerem-me, como noutros tempos, que “não se justifica”. Claro, se estiver fechada, quem lá vai “bate com o nariz na porta”. Se estiver aberta, a princípio irão poucas pessoas (até por desconhecerem a eventual alteração), mas depois terá a sua frequência natural. É como tudo na vida. É certo que não deve ser muito agradável trabalhar nos fins-de-semana, mas é, apenas, uma questão de se concertarem horários e períodos de folgas. A sugestão aqui fica, colocada à consideração de quem manda.  
Mário Mendes

NISA: Matança do Porco e Convívio na Sociedade Musical Nisense


26.3.17

Paróquia de Nisa divulga programa da Semana Santa 2017

Esta é a semana mais importante para os cristãos, porque celebramos os mistérios da nossa Fé, a morte, paixão e ressurreição de Jesus.

Não deixe de celebrar connosco!         

NISA: O Direito a nascer no concelho

Proposta apresentada na Assembleia Municipal de Nisa em 29 de Abril de 1996
Vítor Jara, o imortal cantor chileno morto às mãos dos esbirros de Pinochet, em 1973, cantava “ El derecho de vivir em paz”. A proposta por mim apresentada na sessão da Assembleia Municipal de Nisa e aprovada por unanimidade, não reclamava o Direito de Viver em Paz, mas o de Nascer em Nisa (concelho), outra forma de reivindicar um direito natural, o de Nascer (em paz) na terra de residência dos progenitores.
Com a centralização dos nascimentos em Portalegre e Elvas – como aconteceu em todo o país – e a alteração da lei, deixou de haver nascimentos nos concelhos que não dispusessem daqueles serviços de maternidade. Por outras palavras, os naturais de todas as freguesias do concelho, passavam a ser todos naturais de... Portalegre. Deixava de haver nascimentos em Nisa, em Alpalhão, em Tolosa e por aí fora.
A lei foi revogada, muito pela pressão dos poderes locais de todo o país e por constituir uma lei anti-natura, concentracionária e discriminatória. Aqui se publica o conteúdo da proposta apresentada e aprovada por unanimidade.
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE NISA – PROPOSTA
O direito dos cidadãos a uma pátria e a uma identidade própria, é reconhecida universalmente não só pela prática constitucional de cada país democrático como até e principalmente pela Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Tal preceito, democraticamente aceite pelas nações e pela generalidade da Comunidade Internacional, tornam mais “estranho” um dos artigos do novo Código do Registo Civil que atribui a “naturalidade em função exclusiva do local onde se nasce” e não do local onde a mãe reside.
Esta norma, a ser levada à prática, contribuiria para a aceleração da desertificação humana, impedindo de haver nascimentos no concelho de Nisa, pois como se sabe, os nascimentos ocorrem geralmente no Hospital de Portalegre.
Deste modo, propõe-se:
1 – Que a Lei em causa, seja revogada, por forma a que, legalmente, continuem a existir naturais do concelho de Nisa.
2 – Que desta proposta seja dado conhecimento às Assembleias Municipais do Distrito, à Associação de Municípios do Nordeste Alentejano, à ANMP, ao Ministério da Justiça, à Assembleia da República e ao Governo, bem como seja dada a maior divulgação a nível do concelho.
Nisa, 29 de Abril de 1996
O Proponente - Mário Mendes

NISA: Academia de Férias "Páscoa 2017"


25.3.17

ALPALHÃO: Evocação dos Passos 2010














ALPALHÃO: Jovens do MTA colaboram na Procissão dos Passos

Aproxima-se a data em que a vila de Alpalhão recorda e vive a paixão de morte de Jesus com a Procissão dos Passos.
O secular e grandioso cortejo, vai contar mais uma vez com a colaboração do jovens do MTA de Alpalhão, na representação ao vivo de seis "passos" (quadros da Via Sacra). Porque além de "conhecer e amar Jesus", a nossa missão é também "fazê-Lo conhecido e amado".

23.3.17

NISA: Verdes em campanha para encerrar Almaraz

O Partido Ecologista Os Verdes lançou, no passado dia 9 de março, uma grande campanha para encerrar a Central Nuclear de Almaraz!
Esta iniciativa visa dar oportunidade aos portugueses, nomeadamente à população que em caso de acidente seria a mais atingida, isto é a população dos concelhos fronteiriços e ribeirinhos do Tejo, de afirmar a sua vontade de que a Central Nuclear de Almaraz seja encerrada, subscrevendo um apelo nesse sentido.
Este apelo dirigido ao 1.º Ministro Português e ao Presidente do Governo Espanhol é expressado através da assinatura de dois postais que se anexa, conta já com cerca de 2 milhares de assinaturas.
A recolha destas assinaturas foi lançada publicamente, simultaneamente nos cinco Distritos Ribeirinhos do Tejo.
Depois de terem estado na capital de distrito, agora Os Verdes estarão domingo, durante a manhã, a partir das 9h30h, em Nisa, Junto ao Mercado Municipal, para continuarem a recolher assinaturas.
Domingo - 26 de Março
9h30h – Mercado Municipal de Nisa

NISA: Vamos reQUALIFICAr a ETAPRONI? (1)

O discurso oficial e oficioso da autarquia nisense, repete, exaustivamente, palavras onde a tónica é a valorização do "nosso território", dos "nossos recursos", do "nosso artesanato", como se o concelho tivesse nascido de um momento para o outro e não existisse história e instituições para além de 2013, a não ser aquela que fala de dívidas e esbanjamento. 
Divulgámos, aqui, há dias, a "história" de uma parceria, palavra moderna muito usada pelos autarcas quando querem fugir à verdade e explicar, de forma clara e transparente, os factos que dão suporte às decisões municipais. Decisões essas, entre nós e como todos sabemos, "amputadas" do normal e democrático debate plural de ideias e projectos. 
Alertei para a fuga (sem aspas nem sufixos) e falta saber se, de forma consciente e deliberada, de importantes recursos na área do ensino, para o vizinho concelho do Crato. Fechou-se, compulsivamente, a Etaproni, liquidando-se, dessa forma a possibilidade de Nisa manter um estabelecimento de Ensino Técnico Profissional (e ter concorrido, agora, sem sanchos nem primas, ao Qualifica) que, pesem embora todas as vicissitudes por que passou, não deixava de ser uma referência a nível da região. Com a liquidação da Escola, que mantém - e essa é a parte mais "estranha" da história- todas as condições para funcionar, abalou o Curso de Termalismo e os profissionais do Ensino a ele (curso) dedicados.
E por que é que tudo isto aconteceu? Quem explica, tim tim por tantum, este "assassinato" escolar? Que interesses moveram ou levaram os actuais responsáveis municipais a tão "estranha" como inexplicável decisão? A defesa dos recursos endógenos (palavra fina) das "nossas gentes" não se inscreve nas principais preocupações e princípios das Pessoas Primeiro, dos Nisenses Primeiro e, já agora do "Portugal (Nisa) Melhor"?
Porque não respondeu, a senhora Presidente da Câmara de Nisa, à carta enviada em Fevereiro de 2014, com um conjunto de propostas, apresentada por diversos munícipes ligados à Etaproni - Escola Tecnológica Artística e Profissional de Nisa e que abaixo transcrevemos?
Vai o "Arrabalde da Caganita" de serviço, contra-argumentar, usando o anonimato ou, desta vez, os responsáveis municipais nesta área terão uma postura responsável e algo a dizer?
Aguardamos!
Mário Mendes
CARTA ENVIADA EM FEVEREIRO DE 2014 POR RESPONSÁVEIS DA ETAPRONI
Câmara Municipal de Nisa
Praça do Município
6050 Nisa
Atendendo a que :
1. - A Etaproni - Escola Tecnológica Artística e Profissional de Nisa desenvolve o seu projecto desde 1991, tendo constituído uma referência no panorama formativo e educativo da região, contribuindo para a melhoria das competências pessoais, académicas e profissionais de centenas jovens das mais variadas zonas e regiões do país;
2. - O projecto assentou numa iniciativa municipal e que, desde então, para além da Câmara Municipal de Nisa, já foi administrada por duas instituições , a ADIP – Associação para o Desenvolvimento de Ideias e Projectos – da qual a referida Autarquia foi Vice Presidente da Direcção e a ADN – Associação de Desenvolvimento de Nisa , cuja Presidência da Direcção sempre foi ( desde a sua criação a 23 de Maio de 2005 ) da já aludida autarquia;
3. - Numa altura em que tanto se discorre sobre a falta de postos de trabalho no interior do País, com as perturbações daí decorrentes, a Etaproni tem sido um exemplo de contra corrente e que poderá demonstrar com o crescimento do projecto, que não só poderá ser contribuinte liquido para a criação de mais postos de trabalho, mas também, induzi-los de uma forma indirecta. Por outro lado, o contributo no tipo de postos de trabalho que vai criando, traz à região a massa crítica que tantas vezes lhe falta. Actualmente, o projecto Etaproni garante 15 postos de trabalho directos, tendo, na década passada, empregado mais de 25 pessoas;
4. - O manancial de verba que anualmente constitui o orçamento da Etaproni não pode ser desprezado, pela dinâmica sócio- económica que introduz na região;
5. - A divulgação da Vila e da região, para além de uma preocupação constante do projecto, é indissociável do mesmo e a disseminação dessa divulgação será sempre proporcional ao aumento do protagonismo da Etaproni no exterior , só possível com a sua continuidade, assegurando a melhoria progressiva das condições em que o projecto Etaproni se desenvolve.
6. - Exemplo disso mesmo foram os dois mandatos em que a Escola fez parte da Direcção da ANESPO – Associação Nacional de Ensino Profissional, o que traduz a capacidade de representação e a confiança conquistada junto dos pares, bem como os diversos projectos internacionais desenvolvidos ao longo destes mais de 20 anos – nomeadamente entre 1996 e 2004 - com escolas de países como o Reino Unido, Bélgica, República Checa, Itália, Hungria, Suécia, Polónia e Espanha;
7. - A Etaproni será sempre um projecto fundamental na formação pessoal, literária e profissional, em áreas não disponíveis noutros estabelecimentos da região . Esta situação assume maior importância se atendermos ao facto de trabalharmos com jovens, escalão etário em franco decrescimento demográfico nesta zona. O nosso contributo para a sua eventual fixação na região pode ser determinante, atendendo a uma solução de emprego mais próxima. Também não é possível esquecer que a Escola, ao longo destes anos, chegou a ter cerca de 70 alunos alojados e cobria uma área territorial de recrutamento de concelhos como Lisboa, Sintra, Loures, Azambuja, Moita, Faro, Alcobaça, Nazaré, Bombarral, Caldas da Rainha, Marinha Grande, Leiria, Mirandela, Coimbra, Góis, Castelo Branco, Fundão, Covilhã, Proença a Nova, Figueiró dos Vinhos, Vila Velha de Rodão, Mora, Portalegre, Elvas, Campo Maior, Arronches, Crato, Alter do Chão, Monforte, Castelo de Vide, Marvão, Ponte de Sor, Gavião, Fronteira, Abrantes, Entroncamento, Vila Nova da Barquinha, bem como da região autónoma dos Açores;
8. - A Etaproni pode ser o ponto de partida para outros projectos de desenvolvimento do nosso território, em função das competências e recursos instalados, podendo e devendo constituir uma organização a ter em conta por parte do município e restantes actores locais;
9. - Ao contrário do que se pensa, as Escolas Profissionais não são agências de emprego, nem criam este por decreto. A grande virtude dos projectos educativos das Escolas Profissionais, e no caso concreto da Etaproni, passa pelo fomento da empregabilidade. Através do processo formativo e das metodologias a ele associado, é possível conferir aos alunos novas competências e atitudes mediante estágios de formação e trabalhos de projecto em parceria com potenciais entidades empregadoras permitindo demonstrar, inequivocamente, o valor dos alunos e das competências que transportam.
Sabendo que :
a) A ADN – Associação de Desenvolvimento de Nisa, entidade titular da autorização de funcionamento da Etaproni, atravessa graves problemas de carácter financeiro e de liquidez, como é facilmente comprovável, público e notório em face dos atrasos de pagamentos aos recursos humanos do quadro permanente e que se consubstanciam em quase seis meses de atraso;
b) Tais dificuldades têm criado enormes problemas no funcionamento regular e adequado do projecto Etaproni, sendo os alunos várias vezes confrontados com faltas de professores e formadores, com perturbações na organização de transportes atempados ao cronograma lectivo, o que tem levado a reclamações constantes e perfeitamente legítimas dos encarregados de educação;
c) Na sequência do referido, progressivamente a imagem e credibilidade do projecto Etaproni têm sido severamente afectadas e se não houver uma inversão de percurso no curtíssimo prazo, todas as virtudes vertidas no início ficarão irremediavelmente condenadas;
 d) Em função disso mesmo um conjunto de associados propôs, na última Assembleia Geral da ADN que decorreu no dia 13/01/2014, a possibilidade da ADN aprovar a transição da autorização de funcionamento da Etaproni para outra entidade, por forma a melhor garantir e assegurar a sustentabilidade e viabilidade de tal projecto;
e) A nova entidade seria sempre uma organização emergente e representante da economia social e como tal uma instituição sem fins lucrativos, independentemente da tipologia de pessoa jurídica, incluindo obrigatoriamente, como associados, colaboradores da Etaproni e outros actores e organizações locais/regionais;
f) Essa proposta foi aprovada pelos associados presentes, com apenas uma abstenção;
g) Está o conjunto de colaboradores da Etaproni e associados da ADN subscritores da presente proposta empenhados em, de acordo com o até agora referido, definir um caminho alternativo para a Etaproni que garanta a sua sustentabilidade e viabilidade;
h) Entende este movimento, de colaboradores e associados, ser essencial a auscultação da Câmara Municipal de Nisa, atendendo às suas responsabilidades na definição das estratégias e políticas de desenvolvimento do Concelho de Nisa, bem como da sua participação e colaboração na definição deste caminho;
Propõe-se, muito respeitosamente :
i. Que a Câmara Municipal de Nisa delibere pela continuidade do Ensino Profissional na Vila de Nisa, gerido no âmbito de uma Escola Profissional autónoma, empenhando-se na construção de uma alternativa ao actual modelo de titularidade da autorização de funcionamento da ADN e em função do até agora vertido na presente proposta;
ii. Que a Câmara Municipal de Nisa, no sentido de acompanhar devidamente o trabalho a desenvolver, sugerindo e definindo caminhos, de acordo com a sua visão privilegiada enquanto decisor político de âmbito local, participe neste grupo de trabalho.
Aguardando com expectativa a melhor receptividade às nossas propostas e a Bem da Etaproni e do Concelho de Nisa
Os Proponentes (Associados e/ou Colaboradores da Etaproni)

22.3.17

Movimento dos Cursilhos de Cristandade da Diocese de Portalegre - Castelo Branco

Mini Cursilho para casais
“ Amar não é olhar um para o outro mas florir juntos em amizade e boas obras.”
O 29º Mini-Cursilho para Casais da Diocese de Portalegre e Castelo Branco realizou-se no passado dia 11 de Março, na casa diocesana em Mem Soares, sob o lema “Ser cada vez mais felizes em casal”.
Os casais que viveram o cursilho em separado, tiveram agora a oportunidade de o vivenciar em conjunto. A viver esta experiência estiveram presentes 16 casais de diversas zonas da diocese: Abrantes (Santa Margarida, Rossio ao Sul do Tejo, Sardoal), Pinhal (Proença-a Nova, Cardigos, Sertã), Castelo Branco, Gavião, Nisa e Portalegre.
O Curso  teve a orientação espiritual do Padre Adelino Cardoso e do padre Carlos Almeida, com contributo testemunhal e vivencial dos casais Lucília e Francisco, Milu e Artur, Natária e António, que com a sua disponibilidade e entrega marcou estes casais, cujos testemunho e exemplo foram determinantes para o caminho que irão percorrer no contexto de uma sociedade cada vez mais exigente e penalizadora para as famílias.
Depois de um breve acolhimento iniciaram-se as atividades na capela com a entrega do dia ao Senhor, para que se abrisse o coração à mensagem.
Da reflexão temática e experiência de espiritualidade registamos as seguintes ideias-chave: «No nosso mundo hoje totalmente diferente com novas configurações familiares urge cada vez mais sermos luz e sal no ambiente onde vivemos. O maior desafio de hoje é ser um casal cristão normal no mundo de hoje. É ser célula, é ser igreja doméstica.
São muitos os canais que temos: oração em comum, selecionar o que se vê na televisão, conviver, procurar a oração, procurar amizades cristãs, planear a vida de forma compartilhada, ter a humildade de reconhecer os erros, etc. O casal cristão deve estar atento aos sinais do tempo, ser um cristão activo e não passivo.
 É necessário fazer uma reforma pessoal (eu e eu, eu e os outros, eu e as necessidades temporais e eu e Deus), uma reforma em casal e uma reforma em ambientes. Além disso é igualmente necessário haver uma mudança conjugal/comunitária, sermos igreja colaborando ativamente na mesma, o amor é a própria palavra de Cristo e por último o sentido comunitário cristão depende também da nossa abertura aos outros. Os laços que unem uma verdadeira comunidade conjugal são: o amor (é aquele que mais se dá e não o que mais ama), os filhos, objetivos comuns e os outros baseados no diálogo e na compreensão. Uma verdadeira comunidade conjugal é construída no respeito, na mortificação, ordenação de valores e revisão de vida. Quanto à reforma comunitária dos ambientes o primeiro, como não podia deixar de ser, é na família, depois vizinhança, profissional, associações, política e eclesial. »
Na sessão de encerramento os casais não hesitaram em partilhar o quão gratificante foi e como é bom periodicamente darem a si próprios a oportunidade de em casal reservarem algum tempo para reanalisarem a sua vida, redefinirem o caminho que vêm percorrendo e reconhecerem a importância da solidez da sua relação para a estabilidade familiar.
O encontro terminou com a eucaristia presidida pela assistente espiritual Padre Adelino e com os casais a renovarem o seu compromisso conjugal.
CASAL SANDRA e LUIS ANTÓNIO RIBEIRO

NISA: E o monumento aos Emigrantes?

Já passaram vários anos, que surgiu a ideia, para que fosse feita uma homenagem digna aos emigrantes do nosso concelho, mesmo simples que fosse; mas a meu entender, seria a edificação aï num lugar qualquer, erguerem um símbolo dedicado a estes homens e mulheres, que partiram para longe, muito longe...à conquista de uma vida melhor, descobrindo mundos, raças e outras culturas diferentes!...
Sei que não fácil para a nossa autarquia, decidir um programa que agrade a todos, mas quando se trata de um assunto, que iria dignificar a "alma nisense", aos olhos de outras vilas e aldeias do nosso país que jà o fizeram, seria devolver a este povo, um pouco das suas raízes perdidas ao longo dos anos...
Vamos a isto, senhora presidente da C.M.Nisa, mostre o seu verdadeiro socialismo, para com esta gente que a abraça, já que os autarcas anteriores, deixaram morrer no esquecimento um projecto que é do interesse de todos os nisenses, talvez por não serem oriundos do nosso concelho...
Aqui vos fica a mensagem de esperança!!!...

 António Conicha emigrante em França

COMENDA: XXXº Raid Ferraria no fim de semana


21.3.17

POESIA HOJE: Poesia todos os dias

Máquina do Mundo

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.

António Gedeão

VMER do Hospital Doutor José Maria Grande comemora o 10º aniversário

A  Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)  do Hospital Doutor José Maria Grande comemora hoje o seu 10º aniversário com a certeza e o orgulho de quem cumpriu a missão de que foi incumbida. A missão de prestar auxílio e, como afirma a equipa,  fazer a diferença entre a vida e a morte.
Passados 10 anos, olham para o futuro com a profunda  convicção de que o futuro está assegurado no que aos recursos humanos diz respeito e que a população do Distrito de Portalegre poderá continuar a confiar na sua VMER.
Só no ano de 2016 a VMER do Hospital Dr. José Maria Grande deu resposta a 974 ocorrências.
Um bem-haja e parabéns a todos os que fizeram e fazem parte desta nossa família.

ULSNA

A PRIMAVERA: A mais linda poesia

António Branco, trabalhador rural, forneiro, analfabeto, montalvanense de “antes quebrar que torcer” deixou um acervo literário disperso, bastante disperso, de poemas e canções. Sim, porque os seus versos, as suas rimas, não saíam do punho e da caneta, mas da alma e da garganta, lançadas, quantas vezes, freneticamente, entre um e outro copo do tinto, que “premiava” as cantigas ao desafio.
Estas são uma das mais belas, senão mesmo , as mais belas Décimas que até hoje tive a oportunidade de ler. Por esta "Primavera" cheia de colorido e de música (fazer décimas e fazê-las bem feitas, ao contrário do que muitos pensam, não é uma arte fácil) as palavras fazem-nos viajar no tempo, passear pelos campos, sejam do Alentejo ou de Trás-os-Montes, das Beiras ou do Minho e encher os sentidos de sons, de cheiros, de imagens cheias de cor, imensidão e nostalgia. Como dizia outro poeta: "A Primavera vai e volta sempre; a mocidade já não volta mais". Com estas décimas do ti António Branco, vestimo-nos de gala e passeamos pelo campo, regressamos à infância. Estão lá os condimentos todos. Lembramos Cesário Verde e perguntamo-nos como é possível não darmos o valor merecido a estes poetas sem escola, analfabetos, mas ricos de vida e de experiências campestres. A Primavera vai e volta sempre. Os versos do ti António Branco, o "Forneiro", também. Saboreiem-nos. Devidamente!

A Primavera
Na Primavera de Flores
Vestem-se os campos de gala
Alegria dos pastores
Canta o canário na jaula
I
Canta o rouxinol no prado
No meio da árvore sombria
Canta alegre a cotovia
Canta o triste encarcerado
Canta o cuco, brinca o gado
Alegram-se os lavradores
Mudam as aves de cores
Quando andam fazendo o ninho
Canta todo o passarinho
Na Primavera de Flores
II
Canta alegre o jardineiro
Por ver as flores a brilhar
Canta o lavrador a lavrar
E na quinta canta o quinteiro
Canta o melro no loureiro
A gaivota sobre a vala
Canta quem tem boa fala
Canta até quem a não tem
Cantam os Anjos também
Vestem-se os campos de gala.
III
Só tu vens abastecer
Ó Primavera real
Pastos para tanto animal
Pão para a gente comer
Muitas lãs para fazer
Fatos de todas as cores
Tu com essas tuas flores
Sustentam muito vivente
Cresce o leite de repente
Alegria dos pastores.
IV
Quando me quero levantar
Em manhã de Primavera
Debaixo da atmosfera
Não ouço senão cantar
Grilos com as asas a tinar
A cotovia na alta escala
A andorinha nem se fala
Dá-nos gosto o rouxinol
Logo assim que nasce o sol
Canta o canário na jaula. 
António Branco (poeta popular de Montalvão)