A
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) encerrou a
empresa Cetroliva, de Vila Velha de Ródão, com base no risco para o ambiente e
para a saúde pública, foi hoje anunciado. Em comunicado enviado à agência Lusa,
o Ministério do Ambiente explica que a decisão da CCDRC foi tomada na
sexta-feira, sendo que esta medida cautelar de encerramento determinou que
fossem desligadas as caldeiras da unidade fabril. "A decisão tem por base
a existência de risco para o ambiente, para a qualidade do ar e para a saúde
pública", lê-se no documento.
Lusa
– 11/3/2017
Ródão:
Centroliva encerrada por incumprimento ambiental
A
empresa que se dedica à produção de energia elétrica a partir da combustão de
biomassa "não fez os investimentos com que se tinha comprometido há mais
de um ano".
A
Centroliva tem revelado falhas ambientais, diz a CCDRC.
A
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Cento anunciou que vai
encerrar a Centroliva em
Vila Velha de Ródão.
A
empresa que se dedica à produção de energia elétrica a partir da combustão de
biomassa (bagaço de azeitona, estilha e resíduos florestais) "não fez os
investimentos com que se tinha comprometido há mais de um ano com o Governo, a
Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, a Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e outras entidades públicas, e que
visam instalar sistemas de tratamento de efluentes gasosos, obrigatórios por
lei", diz a CCDRC em comunicado.
A
mesma fonte fala em falhas de apresentação de relatórios de autocontrolo e
incumprimentos em sete anos.
A
última fiscalização aconteceu no dia 7 com medições em duas caldeiras
"tendo-se verificado o incumprimento dos valores limite de emissão
aplicáveis aos poluentes partículas, monóxido de carbono e compostos orgânicos.
A título de exemplo, constatou-se que a concentração de monóxido de carbono nas
duas caldeiras é superior ao valor limite legal aplicável em 49 vezes numa
caldeira e 34 vezes na outra caldeira".
A
exposição aos poluentes atmosféricos "pode estar associada ao aumento de
risco de contrair patologia diversa de que são exemplos, entre outras, as
doenças do foro respiratório e cardiovascular, sobretudo em populações mais
vulneráveis como crianças, grávidas e doentes crónicos".
A
CCDRC decidiu que as caldeiras deviam ser desligadas, medida que só será
anulada após verificar que o perigo deixou de existir.
Reconquista
- 11/03/2017
Foto: arquivo Reconquista