30.3.12

PONTÁ BITÉFES (1): Relógio está como a Câmara: PARADO!

Primeiro, deixaram de se ouvir as badaladas no sino, correspondentes aos "quartos". Depois, deixaram de ouvir as badaladas que assinalavam as horas. Há uns dias a esta parte, o relógio da Torre na Porta da Vila deixou de se ouvir e, pior do que isso, mandou parar o tempo, fazendo ele próprio, greve às horas. Há quem diga que o relógio parou, emudeceu, porque deixou de haver corda orçamental para pôr o mecanismo a trabalhar. Uma situação que se arrasta há cinco meses e que a Câmara não quis ou não soube, em devido tempo, acautelar. A população é que não tem culpa das "crises internas" que impedem o funcionamento daquilo de que mais gosta: ouvir o som dos sinos do relógio da nossa Vila. Nem no tempo da "outra senhora", onde a crise financeira era permanente se chegou a tal estado de desolação. Dêem corda ao relógio! Ponham-no a trabalhar e deixem-se de cantigas!
Mário Mendes
NR - Este texto tem dois anos, mas mantém actualidade. Há dois meses que o relógio da torre não dá sinais de vida. Está parado, inerte, silencioso, como a própria Câmara que devia providenciar ao seu regular funcionamento. O relógio é o mostruário, real, do estado a que chegou a vila e concelho de Nisa.
Falta-lhe "corda", vida, um projecto dinâmico que acabe com a letargia e ponha este concelho na senda do desenvolvimento e do futuro.
DÊEM CORDA AO RELÓGIO, CARAMBA!

28.3.12

AMIGOS DE AREZ: Caminhada "Sentir a Primavera"



 A Associação Socio-Cultural “Os Amigos de Arez” organizou mais uma Caminhada, desta vez com o tema “Sentir a Primavera”. A actividade realizou-se no Sábado, dia 24 de Março e contou com a participação de cerca de 30 pessoas. O excelente convívio foi a marca desta actividade, assim como  a oportunidade de explorar e conhecer o património da freguesia, desta vez a Ponte Medieval sobre a Ribeira do Figueiró foi o ponto de chegada. O habitual contacto com a Natureza e o início da Primavera foi o mote de partida. A Direcção da ASAA pretende, como sempre, agradecer a todos a crescente adesão e apoio às suas actividades.

Dádivas de Sangue: boa participação em Alpalhão



Em dia de Feira dos Enchidos, as instalações do antigo Hospital de Alpalhão no Largo do Terreiro receberam a visita da brigada de recolha de sangue da Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Distrito de Portalegre para mais uma colheita integrada no calendário anual da associação.
Compareceram ao apelo 36 dadores de sangue, tendo sido recolhidas 33 dádivas, registando-se a presença, pela primeira vez, de quatro jovens que também se inscreveram no banco nacional de dadores de medula óssea.
António Eustáquio, presidente da ADBSDP, considerou a colheita realizada como boa, atendendo, como nos explicou, ao facto de haver entre os organizadores e colaboradores da Feira dos Enchidos um número significativo de dadores de sangue e que por estarem de serviço na Feira não puderam, desta vez, comparecer.
Ramiro Valente, 57 anos, natural de Alpalhão, mostrou-se satisfeito por colaborar nesta recolha de sangue e disse-nos que colabora “desde há 8 anos porque me sinto bem e sei que o pouco de cada um pode fazer a diferença na ajuda de muitos que precisem de sangue”. Enquanto puder, garantiu, “irei estar sempre presente porque me sinto bem a fazer isto”.
É o espírito de solidariedade, de ajuda, que leva os dadores de sangue a participarem nas acções de recolha promovidas pela Associação de Dadores.
Ana Maria Mourato, 49 anos, alpalhoense, partilha das mesmas intenções desde há 6 anos. “Dar sangue não custa nada e há tanta gente que pode precisar dele..., se todos derem um pouco do seu sangue podem contribuir para minorar o sofrimento de outras pessoas”.
A próxima acção de recolha de sangue realiza-se no dia 31 de Março, nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Sousel.

27.3.12

NISA: Convívio onomástico juntou 45 José(s)







É das mais antigas festas de confraternização de grupos onomásticos e mais uma vez os indivíduos de nome José, naturais ou residentes no concelho de Nisa, aprimoraram-se na festa de confraternização que juntou 45 Zés no passado sábado na horta do senhor José Perfeito.
Uma jornada de convívio e confraternização que decorreu com grande alegria e animação como mostram as imagens.

25.3.12

HISTÓRIA: Brasão do Cardeal Cerejeira foi desenhado por um nisense

João Deniz  Fragoso, nascido na Herdade do Azinhal (Nisa), em 1901 e pai de Rui de Freitas Martins Fragoso, foi um grande artista plástico, desenhador e cartunista, colaborando com as suas ilustrações para os principais jornais portugueses. Os seus desenhos com motivos de Nisa e que ilustraram alguns números do Álbum Alentejano e outras publicações regionalistas, são de uma beleza extraordinária, como temos, aliás, mostrado.
O que poucos sabem é que João Deniz Fragoso é o autor do brasão heráldico de D. Manuel Gonçalves Cerejeira, elevado à dignidade cardinalícia em Novembro de 1929, conforme nos dá conta um jornal da época, cujo texto transcrevemos: 
O brasão do Patriarca
"Tratando-se de uma signa, através de cuja composição se revelam os sentimentos pessoais e as preferências religiosas do seu autor, foi o próprio sr. D. Manuel Gonçalves Cerejeira quem fez a escolha, parece-nos interessante saber quais os atributos simbólicos por ele preferidos nas suas armas distintivas.
O brasão do novo purpurado é assim constituído: Assente sobre uma cruz firmada rectangular e um báculo em aspa, um escudo carregado com uma cruz de negro, orlada de prata.
Esta cruz é carregada, por sua vez, dum coração vermelho, cercado por uma coroa de espinhos e envolto num esplendor de ouro.
A encimá-lo, uma coroa de nobreza, em ouro também.
No ângulo direito da ponta do escudo uma estrela de sete raios em prata.
Em cima, sobre a cruz central, um triângulo: o símbolo da Santíssima Trindade.
Na ponta do escudo, três rosas: as rosas de Santa Teresinha do Menino Jesus, a jovem francesa canonizada há quatro anos, quando da grande peregrinação dos portugueses a Roma, em 1925.
A encimar todo o brasão, uma tiara. A divisa diz: “Adveniat regnum tuum”, que dá na tradução portuguesa: “Venha a nós o teu reino”.
A realização artística foi confiada ao distinto desenhista sr. João Deniz Fragoso, que em trabalhos da especialidade se tem afirmado uma das maiores competências portuguesas dos últimos tempos."
O CARDEAL CEREJEIRA
Manuel Gonçalves Cerejeira (Vila Nova de Famalicão, Lousado, Santa Marinha, 29 de Novembro de 1888 - Lisboa, Amadora, Buraca, 2 de Agosto de 1977), cardeal da Igreja Católica, foi o décimo-quarto Patriarca de Lisboa com o nome de D. Manuel II (nomeado em 18 de Novembro de 1929).
Eleito arcebispo de Mitilene em 1928, foi elevado ao cardinalato em 16 de Dezembro de 1929, pelo Papa Pio XI, com o título de Santos Marcelino e Pedro
Biografia
Era filho de Avelino Gonçalves Cerejeira (Vila Nova de Famalicão, Lousado, 14 de Abril de 1857 - Vila Nova de Famalicão, Lousado, 13 de Junho de 1927) e de sua primeira mulher Joaquina Gonçalves Rebelo (Fafe, Vila Cova, 30 de Maio de 1864 - Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Famalicão, 30 de Setembro de 1918).
Diplomado em Teologia e em Ciências Histórico-Geográficas pela Universidade de Coimbra, na respectiva Faculdade de Letras obteve em 1919 o grau de doutor em Ciências Históricas, com a tese «Clenardo e a Sociedade Portuguesa do seu tempo». Desse ano a 1928 foi professor da Escola onde se graduara.
Foi o Patriarca que dirigiu a Igreja Católica Portuguesa durante o Estado Novo; íntimo de Salazar (conheceram-se no Centro Académico de Democracia Cristã e viveram juntos cerca de 11 anos), procurou salvaguardar e restaurar a condição que o Catolicismo perdera durante o regime republicano (I República). Como tal, e a fim de apaziguar as tensas relações entre o Estado e a Igreja, foi um dos principais concorrentes e apoiantes para a assinatura da Concordata com a Santa Sé em 1940.
Era apoiante do Estado Novo, fundado pelo seu amigo universitário Oliveira Salazar. Apesar dessa ligação houve grandes tensões na defesa de cada uma das suas posições: os interesses do Estado, por parte de Salazar e os da Igreja, por Cerejeira.
Participou nos conclaves que elegeram os Papas Pio XII (1939), João XXIII (1958) e Paulo VI (1963), bem como no Concílio Vaticano II (1962-1965).
Outro importante dado do governo deste Patriarca foi a criação do Seminário dos Olivais e da Universidade Católica Portuguesa.
Resignou ao governo do Patriarcado em 10 de Maio de 1971, sendo substituído por D. António Ribeiro.

24.3.12

Nisa: Memória Desportiva – Março 2000


Estágio da Selecção Nacional de Cadetes - Grande Jornada de Basquetebol
De 5 a 8 de Março de 2000, Nisa acolheu o estágio da selecção nacional de basquetebol (cadetes) tendo a ocasião sido aproveitada para a realização de um torneio internacional com a participação da equipa nacional, Cáceres Clube de Baloncesto, Caja Rural "Circulo de Badajoz e da Portugal Telecom, na altura a principal equipa sénior portuguesa e que viria, aliás, a ganhar o torneio.
Foi uma grande jornada de divulgação da modalidade, que continua a praticar-se a nível escolar mas sem uma aposta séria e determinada a nível de clubes, com excepção do trabalho, excelente, que a esse nível vem sendo desenvolvido em Ponte de Sor através do Eléctrico FC.

21.3.12

TUDE DE SOUSA: A Serra do Gerez

Tude Martins de Sousa (Amieira do Tejo, Nisa, 17 de Janeiro de 1874 — Amadora, 16 de Julho de 1951) foi um dos maiores defensores e divulgadores da Serra do Gerês e da vida comunitária naquele espaço do território português. No Dia Mundial da Floresta ( não do eucalipto) reproduzimos um texto deste nosso conterrâneo, escrito em 1908.
Ao norte de Portugal, com ramificações para as províncias do Minho e Trás-os-Montes e fazendo em extenso percurso a linha que nos extrema da Galiza, está a Serra do Gerez, a que, por direito indiscutível, cabe, entre as montanhas do Paíz, um lugar primacial.
Abraçada pelo Lima, que corre de Espanha, entrando por Lindoso, e o Cávado que nela nasce, com filiações de origem comum nos montes de Larouco, banhando logo terras de Montalegre, tem por outros lados as povoações de Vilar da Veiga, Rio Caldo, Covide, S. João do Campo e outras mais a fechar perímetro, adentro do qual é ainda à Cordilheira do Gerez que pertence a série dos seus montes.
Notabilíssima como é, sob variadíssimos aspectos, é certo também que, conquanto conhecida de longas eras, não tem sido bastante percorrida nem trazida para a luz da publicidade que merece, a Serra do Gerez.
Em remotas eras, ou mesmo em mais próximas épocas, poderiam estacar ou retrair-se o interesse científico ou a simples curiosidade desportiva e de excursão, pela fama pouco convidativa e pouco crível, aliás, da existência de embaraços para afugentar os mais decididos, desde a presença do urso, de que se diz ter siso aqui morto o último em 1650, até à das neves eternas, por que ainda ninguém deu.
Apesar disso, em torno destas montanhas formou-se sempre uma tradição de encantos e riquezas naturais, que a tem vindo acompanhando e se conserva ainda, nos domínios de lendas pouco prováveis umas, e de realidades bem justificadas e bem mantidas, outras.
Os antigos diziam-na povoada de ricos depósitos de pedras e minerais valiosos, desde o ouro ao puro cristal de rocha, o que, se não é abundantemente certo, é até certo ponto verdadeiro, porque na Serra se encontram pedras apreciadas pelas suas formas e colorido, destacando-se alguns formosos cristais de quartzo e de feldspato, e havendo em Pitões o ferro magnífico; se outros elementos dignos de exploração nela existirem, como não repugna crer, ao futuro pertence mostrá-los na simples revelação de um caso ou propositada pesquisa de qualquer bem indicada probabilidade.
Já Link, o célebre naturalista que, de 1797 a 1799, excursionou em Portugal em explorações e estudos científicos, dizia que estes sítios seria visitados por gosto por todos quantos apreciassem as delícias de um bom clima e de uma formosa região; na passagem do Lima, vizinho da Serra do Gerez, as legiões romanas recusaram-se a prosseguir caminho, dando ao rio o nome de Lethes (esquecimento), e aos rios Homem e Cávado, no Gerez nascidos, o mesmo Link diz que se poderia adaptar o dito, pelo encanto que eles oferecem, fazendo esquecer as matas da Alemanha e da Inglaterra.
De facto, desde séculos que a fama das suas florestas ocupava nas tradições da riqueza lenhosa das nossas matas de formação e criação espontâneas um primacial e indiscutível lugar, afirmando-se que as suas madeiras indígenas eram de contextura e resistência por forma notáveis a tornarem-se aptas aos usos náuticos e outros, em construções de responsabilidade.
Assim, “o decantado galeão Santa Tereza” que acabou abrasado na batalha naval junto às Dunas, entre espanhóis e holandeses, foi fabricado com madeiras destas árvores.
Admirado da fortaleza desta madeira, que cuspia para fora as balas dos inimigos, escreveu o seu comandante a Filipe IV que as montanhas do Gerez deviam ter-se em grande estimação, pois produziam madeirame mais rijo e precisos que Bampache, Brasil, Índia, etc.
Tal conselho, porém, não foi ouvido, tornando-se, com o tempo, o Gerez florestal um valor desconhecido ou pouco apreciado, e a Serra, constituindo largas superfícies de baldios municipais, no usufruto de pequenas povoações vizinhas que, por seguirem um regime mais pastoril do que agrícola, entregavam ao fogo o revestimento herbáceo, queimando os matos, com sacrifício do arvoredo e destruindo este sem critério para o aproveitarem nos seus usos e negócios.
Tude de Sousa – Agosto de 1908

19.3.12

Nisa n´A Terceira Dimensão

Duarte Fernandes Pinto é o autor do blog A Terceira Dimensão – Fotografia Aérea, uma viagem magnífica pelos cantos e recantos deste país, Portugal, de uma beleza ímpar, que o Duarte com as suas fotos, tiradas “lá de cima” torna ainda mais espectacular.
Alentejano por afecto, Duarte Pinto tem dedicado especial atenção ao nosso Alentejo e vai daí presenteou a vila de Nisa com uma série de magníficas imagens que pode ver e partilhar com os amigos através de http://portugalfotografiaaerea.blogspot.com/
Aproveite a boleia e veja Nisa lá bem do alto!

NISA: Memória do Cine Teatro

A COMPANHIA TEATRAL HORTENSE LUZ
A Companhia teatral Hortense Luz em digressão pelo país, visitou Nisa em Novembro de 1934, tendo apresentado três espectáculos, que registaram uma afluência de público considerável, nada menos de que 1188 espectadores que deixaram uma receita nas bilheteiras no valor de 5.206$50, dos quais 1.791$00 foram para os cofres da empresa do Cine Teatro Nisense.
Em Nisa, desde remotas épocas sempre o povo gostou de teatro e os espectáculos da Companhia de Hortense Luz mais não fizeram do que mostrar esse gosto pelas artes teatrais, em tempo de crise e num curto espaço de tempo.
No primeiro espectáculo, no dia 11 de Novembro, Hortense Luz apresentou a revista “Sopa de Massa”, a que registou maior número de espectadores: 490.
No dia seguinte, o cartaz em destaque era “O Grão de Bico” a que assistiram 420 pessoas. Seguiu-se, no dia 15 e a concluir a presença em Nisa de tão categorizada companhia, o espectáculo “O tio do Brasil”, com menor afluência de público, 278 espectadores, ainda assim uma presença assinalável, atendendo às dificuldades económicas da época.
BIOGRAFIA
Nascida a 8 de Fevereiro de 1900 em Lisboa no seio de uma família ligada ao teatro (o irmão João Guilherme era cenógrafo), frequentou o conservatório, tendo terminado o curso em 1918 com a nota de 18 valores.
Nesse mesmo ano estreou-se no Teatro Sá da Bandeira, na peça A Vizinha do Lado, levada à cena pela Companhia de Maria Matos.
Estrela de várias revistas e das operetas, casa nos anos 20 com Mário Pombeiro, com quem funda uma companhia teatral que levava o seu nome, e onde actores como Eugénio Salvador se vão estrear no teatro. Com a companhia faz várias turnés às colónias Africanas de Portugal, e ao Brasil. A Companhia Hortense Luz é na realidade uma das que mais virá a fazer turnés nas colónias africanas.
Em 1927 Hortense Luz foi eleita “1ª figura de cartaz” pelo público, e em 1928, já como empresária, apresenta o grande êxito de 1928 “A Rambóia” com Corina Freire, António Silva, Ema de Oliveira e Francis Graça.
Hortense Luz no filme "A Vizinha do Lado"
No final dos anos 30 começa também a colaborar na rádio e em filmes; participa em 1938 no primeiro filme dobrado em português, nos estúdios da Tobis Portuguesa, O Grande Nicolau, um filme francês distribuído pela Filmes Império. Na dobragem participam os actores Vasco Santana, Alberto Ghira, ou Ribeirinho. Mais tarde, com o advento da RTP, participa em vários programas, entre os quais apresenta Melodias de Sempre, na companhia de Jorge Alves, bem como em peças de teatro e filmes.
Em 1932 vai com a sua companhia até Angola, para a inauguração a 1 de Janeiro do Cine Teatro Nacional em Luanda, com a revista Zabumda.[2]
Nos anos 40 participa em peças da companhia "Comediantes de Lisboa" de António Lopes Ribeiro.
A sua última participação numa revista foi na “Delírio em Lisboa“ em 1959. Retira-se dos palcos em meados dos anos 70, vindo a falecer em Lisboa em Agosto de 1984.
A maioria do seu espólio (fatos de cena, fotografias, guiões, etc), foi doada pela família ao Museu Nacional do Teatro.
Tem ruas com o seu nome em Barbacena, Odivelas e na Costa de Caparica.
Participações - Teatro
A Vizinha do Lado (1918)
Traulitania (1919)
A Rambóia (1928)
O Grão de Bico (1931)
O Jorge Cadete (1931)
Zabumda (1932)
Revista das Revistas (1932)
Três Num Automóvel (1952)
Mulheres há muitas (1954)
Delírio em Lisboa (1959)
Cinema
A Vizinha do Lado (1945)
Os Vizinhos do Rés-do-Chão (1947)
Não Há Rapazes Maus (1948)
O Costa D'África (1954)
Televisão
Lisboa em Camisa (série, 1960)
Riso e Ritmo (série, 1964)
A TV Através dos Tempos (mini-série, 1964)
Romance na Serra (filme, 1964)
Cruzeiro de Férias (filme, 1965)

AMOR DE PAI - Poesia do Ti Zé do Santo

Eu queria saber, porém
Se alguém souber, explicai!...
Porque tudo escreve amor de mãe
E ninguém escreve amor de pai.

É preciso pensar a fundo,
Quando essa fala se diz,
Procurar ao filho a raiz.
A mãe é já amor segundo;
Está provado em todo o mundo
Que sem pai não há ninguém.
Porque não se há-de escrever também,
Amor de pai com paciência...
Porque lhe acham tanta diferença,
Eu queria saber, porém!

Nossa mãe dá-nos beijinhos
No tempo da criação.
O nosso pai dá-nos o pão,
Que são dobrados carinhos.
O meu pai é dos mais velhinhos
E ainda de casa sai!...
Procurar à praça vai
O futuro do meu interesse.
Porque é que esse amor nos esquece?
Se alguém souber, explicai!...

Amor de mãe, amor santo!
É o que diz o geral;
Eu acho que o do pai é igual,
Porque é que não se há-de adorar tanto?!
Lá porque a mãe tem mais encanto
E está justo que nos quer bem,
Do nosso pai é que vem
O início da nossa vida.
Se houver quem saiba, que diga
Porque tudo escreve amor de mãe.

Conheço pais relaxados,
Que pensam somente em gastar;
O que é preciso é relembrar
Que pelas mães há filhos enjeitados.
Eu deixo os dois igualados
E vós sociedade decifrai,
Se assim vai bem ou não vai.
Dai-me a resposta em breve:
Porque é que amor de mãe tudo escreve
E ninguém escreve amor de pai?
José António Vitorino
(Ti Zé do Santo) in “Terra Pousia”

18.3.12

HOJE HÁ CINEMA: Os filmes do Cine Teatro em Março de 1936

Em Março de 1936, a empresa do Cine Teatro Nisense projectou cinco filmes, a que assistiram 1402 espectadores, tendo obtido uma receita total de 3.633$50. 
Em plena quadra quaresmal, e no dia em que em Nisa de assinalavam as celebrações dos Passos, o filme "Guerra Mundial" foi o que registou maior número de assistentes: 550
"Gólgota" foi outro dos filmes exibido, tendo o grande actor Jean Gabin no papel de Pôncio Pilatos. Produzido em 1935, foi roteirizado pelo padre Joseph Raymond (diretor da Centrale Catholique du Cinéma), tendo sido filmado com grande orçamento nos estúdios de cinema de Billancourt em Paris e na Argélia. Muito meticuloso na sua adaptação para a interpretação do tempo nos últimos dias de Jesus Cristo, seguiu escrupulosamente o texto do Evangelho segundo São Mateus.
Título Original: Golgotha; País de Origem: França; Género: Aventura; Tempo de Duração: 95 minutos
Ano de Lançamento: 1935
Ficha técnica
Direção: Julien Duvivier
Elenco
Harry Baur ... Hérode
Jean Gabin ... Ponce Pilate
Robert Le Vigan ... Jésus Christ
Charles Granval ... Caïphe
André Bacqué ... Anne
Hubert Prélier ... Pierre
Lucas Gridoux ... Judas

NISA: Reunião ordinária da Câmara

O executivo da Câmara Municipal de Nisa reune em sessão ordinária na próxima quarta-feira, dia 21 de Março, às 14 horas no auditório da Biblioteca, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
 1. Período de antes da ordem do dia
2.  Resumo Diário da Tesouraria
3.  Ata nº 5/2012, da reunião ordinária de 15/Fevereiro/2012
4. Ata nº 6/2012, da reunião ordinária de 7/Março/2012
5. Ata nº 7/2012, da reunião extraordinária de 12/Março/2012
6. Candidatura ao P.O.A 2007-2013/Eixo 3- Conectividade e articulação territorial- Rede de Equipamentos Culturais, do Projeto “Equipamento de Projeção Digital no Cine-Teatro de Nisa”- Aviso para Apresentação de Candidaturas em Contínuo (BP) - Bolsa de Mérito, no âmbito do Programa Operacional do Alentejo 2007- 2013- Reapreciação da Proposta
7. Médico Veterinário Municipal- Acordo de Colaboração entre os municípios de Nisa e de Gavião
8. Abertura e encerramento da Piscina Municipal em 2012
9. Realização de festa popular pelo Sport Nisa e Benfica- Pedido de isenção do pagamento das taxas referentes às licenças de recinto improvisado e especial de ruído
10. Realização de baile de Páscoa pela Sociedade Educativa Amieirense- Pedido de isenção do pagamento das taxas referentes às licenças de recinto improvisado e especial de ruído.
11. Realização de tourada pela APTOS- Associação de Pais de Tolosa- Pedido de isenção do pagamento das taxas referentes às licenças de recinto improvisado.
12. Realização de baile de Páscoa pela Sociedade Artística Nisense- Pedido de isenção do pagamento das taxas referentes às licenças de recinto improvisado e especial de ruído.
13. Apoio em transporte à Associação Sócio Cultural Os Amigos de Arês
14. PA Nº 70/20005- Ampliação de garagem, na Rua da Estrada Nova, 4- Monte do Duque- Nisa. Requerente: João António Pires Silvério. Projeto de arquitetura e licenciamento.
15. Inclusão de assuntos na ordem de trabalhos
16. Intervenção de munícipes
17. Aprovação em minuta
NR - As actas das sessões camarárias (agora, escreve-se atas) não atam nem desa(c)tam. Continuam sem ser publicadas no site da autarquia, contrariando a lei e a própria deliberação da Câmara.
Não haverá ninguém que alerte o Ministério Público para esta e outras situações lesivas dos interesses dos munícipes? Será esta a amostra do tão apregoado slogan "Trabalho, Honestidade e Transparência"?

16.3.12

NO RASTO DA MEMÓRIA – Março de 1992


Registo de alguns acontecimentos no concelho de Nisa, no mês de Março de 1992.
1 – Rancho das Cantarinhas anima vila de Nisa com um grandioso Corso Carnavalesco.
3 – O IPPC – Instituto Português do Património Cultural determina a abertura do processo de classificação da Igreja da Misericórdia de Nisa.
4 – Câmara de Nisa protesta contra o encerramento do SAP – Serviço de Atendimento permanente no Centro de Saúde, entre as 0 e as 8 horas.
Idêntica posição relativa aos centros de saúde do distrito tinha sido assumida pela Assembleia Distrital de Portalegre na reunião de 28 de Fevereiro.
17 – Câmara de Nisa exige à Celbi a reparação do Caminho Municipal entre Monte Claro e Velada, destruído por viaturas ao serviço daquela empresa.
CINEMA EM MARÇO - 1967
Domingo, 19 de Março de 1967. Um filme grandioso, muito aguardado e com um cantor ainda criança com uma voz maravilhosa que arrastava multidões. "As Aventuras de Joselito" constituiu um enorme êxito de bilheteira em Nisa, com algumas centenas de espectadores, especialmente crianças e jovens a vibrarem com as canções e as peripécias do pequeno Joselito. 

15.3.12

OPINIÃO: É tempo de acabar com os rios de esgoto!


Hoje, 14 de Março, assinalou-se o Dia Internacional pelos Rios.
Não sei se relacionado com esta efeméride, algo de insólito, mas não tão inesperado quanto possa parecer, aconteceu esta manhã, enquanto decorria a reunião extraordinária do executivo camarário, no auditório da Biblioteca Municipal.
Dois indivíduos, munidos de máscara de protecção, surgiram na sala e depuseram em cima da mesa de reunião um recipiente de plástico que, acto contínuo, destaparam, sendo o espaço invadido por um cheiro pestilento e nauseabundo, de acordo com o relato de diversas pessoas que assistiam à reunião.
Com a mesma serenidade e subtileza com que entraram, os referidos indivíduos saíram do edifício, deixando autarcas e público presente, estupefactos.
No recipiente que deixaram na sala e que rapidamente, pela acção da vereadora do PS foi transportado para o exterior do edifício, podia ler-se a seguinte inscrição: “Água da Ribeira do Vale da Boga, contaminada pela ETAR de Nisa”.
Tratou-se, pois, de uma acção de protesto, que entendo plenamente justificada, chamando a atenção e denunciando um dos diversos crimes ambientais que desde há anos vêm sendo cometidos no concelho de Nisa.
Digo isto com plena autoridade. Não é de hoje nem de ontem que o Ribeiro do Vale da Boga sofre os efeitos do mau funcionamento da ETAR de Nisa, diria mesmo, desde a sua inauguração.
Por várias vezes, com fotos e tudo, em notícias e reportagens no “Jornal de Nisa” denunciei este e outros atropelos ambientais cometidos por entidades públicas, neste caso a Câmara de Nisa, ainda antes das redes de água e saneamento terem sido integradas na empresa Águas do Norte Alentejano.
Nunca fui desmentido, nem mesmo quando a autarquia “encomendou” uma reportagem no “Jornal do Alentejano” com destaque na capa, visando contrariar o que escrevi, documentei e comprovei sobre o (não) funcionamento da ETAR de Tolosa, um crime ambiental junto a outro de natureza económica e política (a ETAR foi reinaugurada sabendo-se de antemão que não respondia, tecnicamente, ao que lhe era exigido).
A ETAR face às anomalias de origem, nunca chegou a trabalhar capazmente. Durante vários anos – não sei se a situação se mantém - despejou directamente num ribeiro que ligava à Ribeira do Sor toda a natureza de esgotos domésticos e industriais, sem qualquer tratamento.
O resultado desta negligência e irresponsabilidade tem sido “paga” pelos habitantes da localidade, mormente os da Rua de Abrantes, suportando continuamente maus cheiros e a invasão de autênticas “nuvens” de mosquitos.
Em Nisa, a situação não é melhor. Os esgotos da zona da Fonte da Pipa têm sido despejados, directamente, sem qualquer tratamento, na Ribeira do Figueiró. Tudo, porque a bomba elevatória que deveria “elevar” os esgotos e encaminhá-los para a ETAR raramente está operacional.
Não funciona e junto à estação elevatória forma-se uma pequena lagoa e um regato de esgotos que vai contaminando os sítios por onde passa (Horta do Boavida) até desaguar no Figueiró.
Quem duvidar do que aqui escrevo, só tem que dirigir-se ao Porto de Arez e à esquerda junto à ponte, percorrer alguns metros ribeira acima.
Estas situações além de vergonhosas e de constituírem verdadeiros atentados à saúde pública, nunca foram devidamente investigadas por quem tinha a obrigação legal e moral de o fazer.
Resta-me manifestar - não conhecendo os autores deste acto, legítimo, de protesto e de cidadania – a minha solidariedade e disponibilidade para o apoio de que necessitem.
Porque ao tomarem nas suas mãos a defesa de um bem que é de todos nós – o ambiente e a qualidade de vida - demonstraram um sentimento altruísta que não pode nem deve ser desprezado.
Pelo Ribeiro do Vale da Boga, pelo funcionamento integral e capaz das ETARs, pelo respeito que as entidades, principalmente as de carácter público, devem ter pela defesa e preservação ambiental e da qualidade de vida das populações, faço meus os versos que o Adriano cantava: “Venho dizer-vos que não tenho medo / A razão é mais forte que as algemas / Venho dizer-vos que não há degredo / Quando se tem a alma cheia de poemas”.
Mário Mendes

14.3.12

NISARTES: Presidente da Câmara “esclarece” Gabriela Tsukamoto

Gabriela Tsukamoto “meteu a pata na poça” ao comentar numa rádio regional, uma decisão tomada em sessão da Câmara, a que a própria – por sua exclusiva vontade – faltou.
Podia ter aguardado pela próxima sessão do executivo a que preside e, no local próprio, esclarecer a sua posição sobre o assunto.
Mas não, preferiu, antes, dar pública divulgação ao mal-estar que tal decisão, tomada por unanimidade, lhe causou.
Precipitou-se e, pela ressonância que tais declarações tiveram, sentiu-se na obrigação de fazer marcha atrás e tentar emendar a mão, para não ficar ainda mais isolada e dissociada de um evento do qual julga ser criadora e "proprietária".
Em fim de mandato e de ciclo político, Gabriela Tsukamoto ainda não percebeu que há mais vida para além do aparatchik que a rodeia e da pedra com que forrou o chão do concelho.
A Nota de Imprensa de “esclarecimento” da Presidente da Câmara, nada esclarece nem põe em causa o que disse Gabriela Tsukamoto, de forma voluntária, à Rádio Portalegre.
E o que disse, mais coisa menos jogo de semântica, foi isto: Nisartes em 2012 não lhe dava grande jeito, mas devia apontar-se “baterias” para a sua realização em 2013 (que é ano de eleições autárquicas, sublinhado nosso).
Nisartes em 2012 não, porque não há dinheiro suficiente para um evento que deve ter “qualidade”, deve ser espampanante e devidamente propagandeado. Sem isso, não vale a pena e vai avisando que, a fazer-se a Nisartes em 2012, a mesma corre o risco de ser um fiasco.
Gabriela Tsukamoto, enquanto presidente da Câmara de Nisa devia saber que não haverá dinheiro disponível e sem controlo político, como aquele de que dispôs para as edições da Nisartes de 2007 e, sobretudo, de 2009, curiosamente, (ou talvez não) ano de eleições para os órgãos do poder local.
Uma parte considerável do dinheiro gasto (a presidente dirá, investimento) nessas iniciativas ainda está por pagar.
Seria bom que, com a mesma ligeireza com que falou aos microfones da Rádio Portalegre, a edil nisense tivesse a nobreza de explicar aos munícipes, em forma de comunicado ou Nota de Imprensa, assinada por todos os vereadores, quais os custos, os suportes económicos e as dívidas, descriminadas, desses eventos, que ainda estão por saldar.
Quanto ao resto, este bizarro episódio só serviu para mostrar que a campanha eleitoral para as autarquias locais está já na rua, com grande antecedência.
Que tristeza!...
Mário Mendes

13.3.12

NOTA DE IMPRENSA: Esclarecimentos sobre a NISARTES

" No seguimento de uma entrevista concedida à Rádio Portalegre, em 8 de março, acerca da realização da Nisartes no ano de 2012, fui confrontada, no dia seguinte, com a divulgação da referida entrevista através de sites, blogues e redes sociais, mencionando como fonte o site oficial da Rádio Portalegre.
O que está em causa neste processo não é a entrevista, bem como o seu conteúdo que foi audível por aqueles que tiverem oportunidade de auscultar as declarações proferidas é, isso sim, o título utilizado pelo site daquele órgão de comunicação social que se traduz nos seguintes termos: “Nisa: Presidente do município contra a realização da Nisartes em 2012”
Este cabeçalho não corresponde ao conteúdo uma vez que, nunca durante a entrevista, foi mencionado o facto de a Presidente da Câmara ser contra a realização do certame, referindo apenas que a Feira a ser feita nos mesmos moldes carece de mais tempo de preparação, alertando ainda para o facto de que nesta época estava-se em período avançado de contactos com artesãos, artistas e demais interessados em participar neste evento.
Relembrou ainda a Presidente da Câmara que a Nisartes é um certame de cariz nacional e internacional importando, portanto, manter o nível de representação alcançado em anos anteriores, pelo que seria de maior importância projetar a realização do certame para o ano de 2013, nunca se insurgindo contra o facto da realização no presente ano.
Refira-se ainda que, não tendo participado na reunião em que foi aprovado a realização da Nisartes em 2012, sempre a Presidente da Câmara se predispôs a dar sequência à deliberação do executivo, sendo que os serviços passaram de imediato a ser auscultados sobre aquela matéria dando os contributos necessários para a realização do evento.
Não posso, no entanto, deixar de mencionar que o certame em causa não tem verbas definidas nas Grandes Opções do Plano (GOP), em virtude de corte efetuado nas receitas e despesas do orçamento municipal, por parte dos Senhores Vereadores da oposição que, agora, propuseram a sua realização.
Ressalvo ainda que, considerando a projeção deste evento a nível local, regional, nacional e internacional, poderá advir alguma desilusão para a população, com a realização do mesmo uma vez que os parâmetros de excelência atingidos em edições anteriores não serão, certamente, os mesmos, tendo em conta as condicionantes ora apresentadas.
Não poderia ficar indiferente a um título que peca pela análise extemporânea de uma entrevista que, a ser auscultada na íntegra, poder-se-á concluir que tendo a Presidente da Câmara Municipal de Nisa empenhamento direto na consolidação do projeto de levou à realização da Nisartes fosse, nesta fase, contra a sua realização.
Neste conjunto de ideias apenas quero reafirmar o meu apoio à realização da Nisartes, no entanto considero que não poderemos, neste momento, atingir os mesmos patamares antes alcançados, pelo que seria, do meu ponto de vista, de maior importância fazer o lançamento do evento para o próximo ano."
Nisa, 13 de março de 2012
A Presidente da Câmara Municipal de Nisa

FRANCISCO MATIAS: TRÊS Anos de Saudade

FRANCISCO ANDRÉ ESTEVES MATIAS
16-03-2009
Missa celebrada no dia 16 de Março, às 18 horas, na Igreja do Espírito Santo em Nisa (junto ao Registo Civil)
Juntemo-nos e rezemos por este Grande Amigo, que partiu antes de nós.
A família agradece a quem se digne participar.

12.3.12

DOMINGO DE PASSOS EM NISA





NISA: POSTAIS DO CONCELHO

MULHERES DE PRETO
Há muito que são velhas, vestidas
de preto até à alma.
Contra o muro
defendem-se do sol de pedra;
ao lume
furtam-se ao frio do mundo.
Ainda têm nome? Ninguém
pergunta, ninguém responde.
A língua, pedra também.
Eugénio de Andrade

11.3.12

MELHORAR NISA: Acções em vez de retórica!

MELHORAR_nisa - Espaço Sugestões e Reclamações
A Câmara Municipal de Nisa pretende melhorar os serviços prestados aos Munícipes. Nesse sentido, e visando uma melhoria da qualidade dos serviços, a sua opinião é fundamental para que possamos criar e aplicar novos mecanismos e alternativas de forma a irmos ao encontro das necessidades do Município.
Para este efeito, disponibiliza-se um formulário on-line para recolha de sugestões e reclamações.
O texto acima encontra-se no canto inferior esquerdo do site da Câmara Municipal de Nisa.
É - ou devia ser - um espaço para os munícipes, depois de identificados, poderem alertar para as situações e problemas que careçam de ser resolvidos.
Tenho utilizado este espaço por diversas vezes, algumas delas recebendo rápidas informações/explicações dos serviços sobre os problemas apresentados. Noutras, as questões que levanto ficam sem resposta, talvez porque a sua complexidade ultrapassa a burocracia dos serviços.
A situação ou problema que aqui mostro, já existe há mais de um ano. Não faz sentido algum continuar sem ser resolvida. Em tempo de seca continuada e com a Câmara a ir-nos cada vez mais ao bolso na factura da água, a boca de rega situada junto ao nº 19 da Zona F da Cevadeira está, continuamente, a verter o precioso líquido. No Inverno, com o frio, formou-se uma fina camada de gelo (caramelo) que se tornou num perigo para as crianças e adultos que ali passam a caminho da escola.
A Câmara tem conhecimento do assunto, mas faz ouvidos de mercador, o que nem se estranha, numa instituição que desde há meses despreza, deita fora, a água que vem da Galiana.
Este é o estado a que a Câmara desta terra bordada de encantos chegou!...
Mário Mendes

9.3.12

OPINIÃO - Maria de Magdala: Um pequeno texto de reflexão...

... E TAMBÉM HOMENAGEM, COMO SE DIRÁ  A SEGUIR ,... ÀS MULHERES  DA MINHA TERRA, SEM AS QUAIS NÃO TERIA COMPREENDIDO TÃO CEDO O VALOR DA DÁDIVA, DA COMPREENSÃO, DO SACRÍFICIO SEM LIMITES, DO LADO FEMININO, SEM PRECONCEITO QUE A PRÓPRIA VIDA CONTÉM:
1. LEMBRAR ESTA FIGURA EXTRAORDINÁRIA DE MULHER, E SER HUMANO, DA MÍSTICA CRISTÃ, MAS À LUZ DAS PROVAS FIÁVEIS EXISTENTES, PARECE QUE INEQUÍVOCAS, DE SE TRATAR DE PESSOA COM INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA QUE FEZ PARTE DO GRUPO MISTO DE HOMENS E MULHERES (COM OUTRAS MULHERES), QUE APOIARAM JESUS NA SUA MISSÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA.
2. MAS MESMO QUE SE TRATASSE DA PROSTITUTA ARREPENDIDA, COMO REFEREM OUTROS, TRANSFIGURADA PELO AMOR VERDADEIRO... MERECERIA SEMPRE A NOSSA VENERAÇÃO... JESUS NÃO JULGAVA, ACEITAVA TODA A GENTE. NÃO DISCRIMINAVA. MARIA DE MAGDALA PARECE ASSIM ULTRAPASSAR JOÃO  NA DEDICAÇÂO AO SENHOR... A  SUA PALAVRA RASGOU-LHE O CORAÇÃO, ESTEVE COM ELE NA MORTE (SEJAMOS CLAROS NO ASSASSINATO), COMO JAMAIS O DEIXOU, NA CRUCIFICAÇÃO DO SER MAIS DOCE DA TERRA , TRATADO COMO UM ASSASSINO. VENCIDA PELA DOR DE QUEM LHE ERA PRÓXIMO,... UM SER SERENAMENTE INVULGAR, UMA TRISTEZA DE MORTE NO ENTERRO E ... FOI TESTEMUNHA RELEVANTE NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR... ALIÁS O SEU TESTEMUNHO, O PRIMEIRO DO FACTO RESSURREIÇÃO, DETERMINOU QUE AS AUTORIDADES LOCAIS EXTRAISSEM A RESSURREIÇÃO COMO RESULTADO DO INQUÉRITO, APESAR DO RELATIVISMO SOCIAL DA MULHER (JUDIA) AO TEMPO, EMBORA NÃO TÃO EXACERBADO COMO EM JERUSALÉM.
3. DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO DA VIA SACRA...”. ROGAR A DEUS  POR VIVOS E DEFUNTOS...” TORNAI-ME, SENHOR, CAPAZ DE CONTEMPLAR A CRUZ DE JESUS, PROCURANDO PERCEBER MELHOR A NECESSIDADE DE GASTAR, CADA VEZ MAIS E MELHOR, A MINHA VIDA EM FAVOR DOS OUTROS....” CONCEDEI-NOS, SENHOR, UMA INTELIGÊNCIA MAIS SENSÍVEL À VOSSA LUZ”:
4. QUE COM O ENFOQUE INSPIRADOR DA NOSSA PADROEIRA, N.ª SENHORA DA GRAÇA, AS MULHERES DA MINHA TERRA (... SÃO OS NOSSOS LAÇOS)... CONTINUEM A PREENCHER O CAMPO  DA APRENDIZAGEM DO LADO FEMININO DA VIDA, NUMA ESPECIAL SENSIBILIDADE PARA TODO O SOFRIMENTO E OS MAIS POBRES.
Esta figura impressionante da mística cristã referida no Novo Testamento, um extraordinário ser humano que acompanhou  Jesus nos mais importantes momentos da sua missão na Terra, é afinal  uma mulher com uma certa independência financeira, que enfrentando todos os riscos da sociedade do seu tempo, e da condição de mulher, para servir a missão que Jesus empreendera na região.
Identificara-se com o caminho espiritual que Jesus vinha pregando.
Rebenta-lhe o coração de alegria, não uma alegria qualquer, uma alegria que muda o ser humano por dentro, que transfigura e arrebata.
De manhã cedo, quando ainda estava escuro, foi  ao sepulcro, achou-o vazio, e propagou a notícia como quem proclama o que poderia acontecer dentro dos que viviam em união permanente com o Senhor.
As autoridades judaicas que ignoravam , não aceitavam o valor e protagonismo social das mulheres, olharam pormenorizadamente o seu testemunho, e perante a evidência e clareza do relato, viram-se forçados a reconhecer a ressurreição do Senhor.
Não se confunde assim o passado de Maria de Magdala com o da prostituta arrependida.
Magdala era um lugar de ociosidade onde se cruzavam aventureiros, cambistas, mulheres angustiadas.
Maria , a de Magdala.
A matéria da Ressurreição passa pela referência à grande figura dessa mulher, um ser extraordinário, Maria de Magdala.
Foi essa mulher que se dirigiu ao túmulo do Senhor, e vendo que estava retirada a pedra do túmulo, comove-se de alegria  e com o coração a partilhar um momento que adivinhava, corre a dar a noticia ,a encontrar-se com os discípulos de Jesus.
Também conhecida por Maria Madalena.
Há quem aponte referências negativas a Maria Madalena: prostituta, uma grande pecadora.
Perante o equívoco das duas versões, uma a  pecadora arrependida, como o comum das pessoas, de nós,... convertida pela palavra impressionante de Jesus.
Prostituta ?, não há no Evangelho uma palavra que tal sustente.
É verdade que vive em Magdala paredes meias com a ociosidade, uma pérola de local pululante de gente com dinheiro.
Diz uma religiosa da “  Congregação das Irmãs de São José” que Madalena foi a testemunha nuclear da Ressurreição, e uma mulher líder que a Igreja Oriental nunca reconheceu como prostituta, mas uma líder umbilicalmente ligada à missão de Jesus, e uma mulher até com certa independência financeira que ,tendo entendido a missão de Jesus, a ela aderiu por inteiro.
Para nós faz sentido esta versão, mas aceitaríamos na mesma esta mulher como uma grande pecadora arrependida  perante a luz de Cristo.
Mas não se me intui essa alcunha, a alguém que esteve perto da missão, e demais sinais bíblicos ,e históricos, perfeitamente confiáveis , acerca da extraordinária mulher apóstola. Lucas 8, 1 e 3 , confirmam-na,... refere-se que com Joana, esposa de um alto funcionário de Herodes, Maria de Magdala e muitas outras mulheres , acompanhavam Jesus e os discípulos homens na  Missão através da Galileia, região que Jesus escolhera.
Sigo Jesus, e escolho as mulheres da minha terra, ainda no dia internacional da mulher, para reconhecer que escolho uma boa terra, nas suas pessoas, os nossos laços, para evidenciar as suas múltiplas qualidades, sementes que frutificarão, e a quem devemos o exemplo das suas vidas concretas, não já limitadas nos direitos como as dos textos bíblicos, como fazendo parte da família patriarcal, ligada ao marido... Joana a esposa do alto funcionário de Herodes, Cuza. Com Maria de Magda porém  isso não acontece. Jesus lança a sua doutrina, a transformação moral, e escolhe lançar a doutrina junto de gentes simples como era a sua gente, sem a presunção intelectual da Judeia.
Com amizade,
João Castanho

8.3.12

OPINIÃO - Nisartes: Contra ventos e marés

Uma proposta, aprovada na Câmara, por unanimidade, visando “abrir a porta” para realização da Nisartes ainda este ano, tanto bastou para que a presidente da Câmara, resolvesse tomar tempo de antena radiofónica para dizer que “está contra”.
A autarca nisense, ausente da referida reunião, defende que o certame “só deverá regressar quando estiver assegurado o padrão de qualidade a que habituou os visitantes”, sugerindo a realização do mesmo em 2013.
A edil nisense não disse e podia ter esclarecido, de vez, quais os custos e quem os suportou da edição da Nisartes de 2009, a última a ser realizada.
De acordo com a proposta apresentada pelos vereadores do PS e votada por unanimidade, ali se refere que as despesas relativas à Nisartes de 2009 só foram totalmente saldadas em 2011, não se compreendendo por que razão uma empresa de montagens, a Spormex, continua a reclamar da Câmara o pagamento da importância de 17.393, 52 €, conforme consta na página oficial do Ministério da Justiça.
Perante esta situação, que é pública, será legítimo a qualquer munícipe perguntar: quais as dívidas das edições da Nisartes que estão por pagar?
Este será, a meu ver, o primeiro e principal, “padrão de qualidade” a ter em conta numa futura realização da Nisartes: não ter mais olhos que barriga, ou seja, não contrair despesas que outros terão, inevitavelmente, de suportar!
No site Mala de Porão, http://maladeporao.blogspot.com  José Monteiro assina um artigo de opinião com o qual estou, globalmente, de acordo.
Defendo a realização da Nisartes – com este ou outro nome, porque os autarcas passam e as instituições ficam – nos moldes em que se efectuavam as Feiras de Artesanato e Gastronomia., visando, em primeiro lugar a divulgação do nosso artesanato e gastronomia, conjugando essa intenção com iniciativas que mostrem o concelho, o nosso rico património monumental e paisagístico e proporcionando, por outro lado, um programa de entretenimento e lazer, para fruição dos naturais e visitantes.
A propaganda política deve estar ausente de uma tal manifestação artística e cultural e não constituir – como aconteceu em 2009 com a Nisartes e a inauguração das Termas – a rampa de lançamento de candidaturas e candidatos de “uma nota só” com o banquete eleitoral a ser suportado por todos os munícipes. Quem quer “carnunça prepara a caldunça”, paga do seu bolso as despesas com os convidados, a festa e o foguetório.
A Nisartes ou Feira de Artesanato e Gastronomia deve ser um espaço de festa e de união de todos os nisenses. Não deve servir – como serviu num passado recente - para afirmação pessoal de quem quer que seja e para discriminar cidadãos.
Com todos os ventos e marés, com a vontade e empenho de todos, vamos ter, estou certo, a Nisartes de volta. Em 2012, uma festa dos nisenses, de origem ou por afecto.
Por que é de afectos e de convívio que a festa faz sentido.
Mário Mendes

NISA: Presidente do município contra a realização da Nisartes em 2012

A presidente da Câmara Municipal de Nisa mostrou-se hoje contra a realização da Nisartes em 2012, argumentando que o certame, suspenso nos dois últimos anos, só deverá regressar quando estiver assegurado o padrão de qualidade a que habituou os visitantes. Gabriela Tsukamoto falava na sequência da aprovação, por unanimidade, de uma proposta apresentada pelos eleitos do PS no executivo camarário para a realização do certame no ano em curso.
Para a autarca comunista seria mais coerente começar a trabalhar para efectivar o regresso da Nisartes em 2013, reafirmando que “não vale a pena apostar num evento que não tenha projecção”.
A Feira Internacional de Artes Tradicionais (Nisartes) teve a sua última edição em 2009 com um custo total próximo dos 600 mil euros.Em 2010 a Nisartes foi cancelada por falta de financiamento, não se tendo realizado também no ano seguinte.
O certame, promovido pela Câmara Municipal no Parque de Feiras da Zona de Actividades Económicas de Nisa, incluía mostras de artesanato e de produtos regionais, gastronomia e um vasto programa cultural.
Gabriel Nunes/Carla Aguiã in "Rádio Portalegre"

NISA: Vamos ter Nisartes em 2012?

Teor da proposta apresentada pelos vereadores do PS na sessão da Câmara de 7 de Março de 2012 e aprovada por unanimidade.
PROPOSTA/NISARTES 2012
"Considerando que apesar de parte da despesa da Nisartes de 2007 ter sido paga pelo orçamento municipal de 2010 e de as despesas relativas à Nisartes de 2009 só terem sido totalmente saldadas em 2011 segundo informação dos serviços da Câmara de Nisa,
Considerando que em 2010 e em 2011 não se realizou tal evento por ter sido necessário saldar as dívidas das anteriores realizações,
Considerando que o esforço financeiro que tal evento exige ao orçamento municipal recomenda que o mesma não possa ter calendarização anual, o certo é que o povo de Nisa merece que o Município aposte num certame de qualidade nas suas multifacetadas vertentes culturais e gastronómicas que possa dinamizar o tecido económico do concelho e dar vida (nem que seja por escassos dias..) à nossa vila, nomeadamente por ocasião da visita dos nossos emigrantes,
Considerando que a realização da Nisartes não deve coincidir com anos de eleições autárquicas porque mais que a promoção pessoal e política dos eleitos ela deve focar-se na promoção das nossas gentes, suas tradições e saberes, dos nossos valores patrimoniais, ambientais, riqueza gastronómica, potencial turístico aliado à oferta termal e naturalmente interagindo com uma oferta lúdica constituída por espectáculos protagonizados por grupos e artistas do concelho para além da necessária animação de cariz nacional, para fazer convergir ao nosso território cidadãos de outras paragens,
Considerando que apesar da crise económica não nos assiste o direito de privar os nossos conterrâneos de uma oferta de lazer e os nossos agentes económicos de uma oportunidade de negócio,
Considerando que se encontra prevista nos documentos previsionais para 2012 a realização da IV Nisartes, compete-nos providenciar para que a mesma se concretize, deliberando que a mesma tenha lugar no ano de 2012.
Nestes termos, deverão os diversos sectores e serviços municipais sob orientação da Presidente e do Vereador em Permanência desenvolver todas as iniciativas e procedimentos com a devida antecedência com vista à realização do certame no início do mês de Agosto, devendo apresentar proposta pormenorizada até ao final do mês de Março que contemple designadamente, para além de outros aspectos e conteúdos considerados importantes e necessários:
- a duração do evento (4 ou 5 dias)
- a respectiva matriz (que deve incluir gastronomia, espectáculos com artistas e grupos do concelho e pelo menos 2 de projecção nacional, participação das associações do concelho, das juntas de freguesia, empresas, artesãos, produtores, restaurantes, unidades de alojamento, escolas, grupos informais..)
- o local de realização (que deve ser o mesmo dos anos anteriores)
- normas de participação
- tipo de publicidade
- tipo de possíveis patrocínios
- previsão de procedimentos para montagem e desmontagem de equipamentos (c/ recurso ao mercado e por administração directa)
- projecto de maqueta que valorize do ponto de vista estético os 500 anos do foral da vila de Nisa. "
OS VEREADORES DO PS