21.12.24
1.6.24
SAUDAÇÃO: Dia Mundial da Criança
8.3.24
8 MARÇO : poema para uma poetisa palestina
14.2.24
POEMA PARA TODOS OS DIAS DO ANO
2.1.24
Poema para um Ano Novo (II)
3.8.23
PÉ DA SERRA: Poema da Aldeia em Festa
Alumia o nosso andar.
Empresta cor à canseira
Dum alegre caminhar.
Sê o farol dos valados
E dos ermos descampados!
Nas abas sós dos cabeços,
À meia-encosta dos cêrros,
Por entre a urze e os codessos
E os uivos tristes dos pêrros
Continua o nosso andar:
Um alegre caminhar!
Sob a luz meiga da lua,
Falando em coisas passadas
Recordámos, alma nua,
Tuas pobres mascaradas
Que são a parca iguaria
Das horas do dia-a-dia...
Oiço foguetes no ar
Na aldeia que fica perto.
É a festa a rebentar
Ao ritmo rasgado e certo
Do coração aldeão:
É noite de São Simão!
Arraial, fogo, arraial,
Baile, música, raparigas,
Alegra-se o festival
No som em coro das cantigas
Que não cessam. Desgarradas
Vêm morrer nas quebradas...
Ó noite feita de terra
Aldeia sã da vertente
Fantasmagórica serra
Não sepultes pobre gente
Que te adora e te venera
Em dias de Primavera!
Quando tu, toda florida,
Ostentas com garbo ledo
A seiva ardente da vida,
O aldeão mudo e quedo,
De olhos no horizonte
Reza por ti, fértil monte...
Até mesmo a água pura
Tu lhe dás ó cêrro amado.
Matas também a secura
Que estragos tem provocado
Nos campos por onde habita
Como uma loba maldita!
Sobem ao ar os morteiros,
Os pares dançam, vibrantes...
Escoam-se pelos outeiros
Os sons dos tiros berrantes
Que iluminam descampados
E os perfis nus dos valados...
II
De manhã, logo cedinho,
Nos sentámos sós, na fonte.
Não tardou que no caminho
As moças lindas do monte
Nos fizessem tresloucar
E, por momentos, amar...
Rostos belos, olhos, olhos,
Como jamais inda eu vira,
Nascidos de entre os abrolhos
Que a mão de Deus repartira!
Extasiado fiquei...
Contemplativo, eu amei!
Amei sim, enquanto os vi,
Olhos negros meu sonhar.
Amei sim, quando os senti
Perto dos meus, perturbar...
Que lindos eram teus olhos,
Meu amor, entre os abrolhos...
A mão no leve quadril,
O pote cheio na cabeça,
Voante saia de anil
Gentil andar não tropeça:
São as moças lá do monte
Que vão, de manhã, à fonte!
Vem a noite, cai a noite,
Vai-se o dia, vem o dia,
E às vezes, como um açoite,
O vento norte assobia...
Mas na aldeia entretida
Ninguém pára, sempre há Vida!
Nisa, Setembro de 1956
8.3.23
8 de Março: DIA INTERNACIONAL DA MULHER
1.1.23
1 DE JANEIRO: Dia Mundial da Paz
Poema para o Novo Ano
4.12.22
HOJE É DIA DE SANTA BÁRBARA
21.9.22
Um poema para a PALESTINA!
12.6.22
Quando a Poesia expõe a urgência de combater o Trabalho Infantil
19.3.22
19 MARÇO - Poema para o Dia do Pai
"Obrigado pai, por existir, e por me ter feito existir também!"P.S-Dedico a todos os pais,e em especial ao meu: Manuel Nunes da Conceição.
Ana Paula Mendes Nunes da Conceição Horta
19 de Março de 2022
9.1.22
A PANDEMIA: Testemunho em forma poética, de um nisense
1.1.22
POEMA PARA UM NOVO ANO - Miguel Torga
RECOMEÇO
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
Miguel Torga
9.7.21
9 de Julho - Pela Paz e pelo Desarmamento universal
20.6.21
20 DE JUNHO - Dia Mundial do Refugiado
1.6.21
DIA MUNDIAL DA CRIANÇA - Poemas (1) - Sérgio de Sousa Bento
* Quadro de Pablo Picasso - Uma família de saltimbancos (1905)
2.5.21
POEMA PARA O DIA DA MÃE
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?
Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.
Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Miguel Torga, in 'Diário IV'
POEMA PARA O DIA DA MÃE
Ana Paula Mendes Nunes Da Conceição Horta
2 de Maio de 2021