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1.6.21

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA - Poemas (1) - Sérgio de Sousa Bento

O pequeno saltimbanco
O pequeno saltimbanco
entrou na pista fez piruetas
contou duas anedotas sem palavras

e as pessoas choraram
choraram tanto como se rissem em gargalhadas
toda a gente sentiu o drama
do pequeno saltimbanco

mas as lágrimas foram demais
disseram os diários da manhã nocturna
o público afogou-se
num oceano de lágrimas sinceras

todas pelo pequeno saltimbanco

pelo pequeno saltimbanco
que tinha uma flor vermelha na lapela
e uma cicatriz acentuada na face esquerda
e que contava anedotas sem palavras
e provocava dilúvios nas cidades mortas
nas cidades mortas como a nossa cidade.

Sérgio de Sousa Bento – Lisboa 10 - 1964

* Quadro de Pablo Picasso - Uma família de saltimbancos (1905)

29.4.17

DEZ POEMAS PARA O 25 DE ABRIL (9)

O pequeno saltimbanco
O pequeno saltimbanco
entrou na pista fez piruetas
contou duas anedotas sem palavras

e as pessoas choraram
choraram tanto como se rissem em gargalhadas
toda a gente sentiu o drama
do pequeno saltimbanco

mas as lágrimas foram demais
disseram os diários da manhã nocturna
o público afogou-se
num oceano de lágrimas sinceras

todas pelo pequeno saltimbanco

pelo pequeno saltimbanco
que tinha uma flor vermelha na lapela
e uma cicatriz acentuada na face esquerda
e que contava anedotas sem palavras
e provocava dilúvios nas cidades mortas
nas cidades mortas como a nossa cidade. 
Sérgio de Sousa BentoLisboa 10 - 1964

Alentejo esquecido
No Alentejo à tardinha vem cantando,
Um rancho de ceifeiras sorridentes,
Mal se lembrando das searas ardentes
Que doloridas mãos foram segando.

Mas isto foi outrora, noutra era,
Que mulheres com grinaldas de flores,
Cantando hinos à vida e aos amores,
Faziam lembrar sempre a Primavera!

Agora é um deserto pardacento,
Ouve-se um cantar como um lamento,
D´uma ave cansada e sem beber,

Os ocasos são tristes e sangrentos.
Sopram, na solidão, agrestes ventos,
                        Numa terra sem água e a morrer.                            
Celestino José Janeirinho

2.11.14

NISA: Um concelho de Poetas

O pequeno saltimbanco
O pequeno saltimbanco
entrou na pista fez piruetas
contou duas anedotas sem palavras

e as pessoas choraram
choraram tanto como se rissem em gargalhadas
toda a gente sentiu o drama
do pequeno saltimbanco

mas as lágrimas foram demais
disseram os diários da manhã nocturna
o público afogou-se
num oceano de lágrimas sinceras

todas pelo pequeno saltimbanco

pelo pequeno saltimbanco
que tinha uma flor vermelha na lapela
e uma cicatriz acentuada na face esquerda
e que contava anedotas sem palavras
e provocava dilúvios nas cidades mortas
nas cidades mortas como a nossa cidade.


Sérgio de Sousa Bento – Lisboa 10 - 1964