9.1.22

A PANDEMIA: Testemunho em forma poética, de um nisense

A PANDEMIA - Síntese
 
Na solidão do isolamento imposto pela Pandemia, cada pessoa dá expressão ás emoções que  o assaltam. Os vários canais de comunicação vão-nos informando da evolução da doença e  dos esforços feitos pela Ciência e pelos políticos para repor a normalidade. Com o passar do  tempo, surge o cansaço, mas a esperança em dias melhores mantém-se. Aqui, fica o meu  testemunho para as gerações futuras. 
João R. 
 
A PANDEMIA 
Num lindo dia de sol primaveril, a Pandemia chegou,
E estabeleceu-se na nossa vida sem, ao menos, pedir licença.
O sossego mundial, a saúde e os sentimentos abalou,
Mas a confiança e a força de vontade não sofrerão descrença! 
I  
Estávamos tão preocupados a evoluir a Economia,  
Procurando, avidamente, consumir o máximo de conforto, 
Quando um minúsculo vírus, invisível, feio, horrendo e torto, 
Entrou pela janela do quarto onde, placidamente, eu dormia. 
O Mundo acordou em sobressalto com a força da epidemia! 
 Medo, desorientação e tristeza de todos se apossou. 
Reagimos com ânimo, combatendo o mal que nos assolou. 
Não sabemos porque a Natureza nos castigou tanto, sem dó… 
Apenas que resistiremos e, na história, ficará só:  
Num lindo dia de sol primaveril, a Pandemia chegou! 
II  
A Ciência corre contra o tempo pra criar uma vacina; 
O Trabalho se adapta para criar novas formas de fazer; 
A Educação usa novas técnicas para transmitir saber; 
Curar e atenuar as dores é tarefa para a Medicina; 
As Autoridades empenham-se pra manter a ordem que declina.
 A Humanidade se aliou para combater esta doença, 
Que deixará marcado nas consciências uma nova crença:  
De que a condição humana é frágil e precisamos de unidade, 
Para vencer a Pandemia, que chegou como calamidade, 
E estabeleceu-se na nossa vida sem, ao menos, pedir licença.
III  
Aqueles que criaram prosperidade e fartura no passado  
Estão confinados em casa, p´ra que a epidemia não alastre  
E o nosso sistema social desabe e se torne num desastre. 
Não podemos mais abraçar e beijar os netinhos (que maldade!); 
E a ausência tortura o coração de angústia trespassado. 
O tempo passa devagar… coragem! que a vida não acabou! 
Nada mais será como dantes! Aproveitemos o que sobrou! 
A Covid-19 entrou com estrondo e puniu a sociedade; 
Mudou o nosso olhar, aumentou a desconfiança e, sem piedade,
O sossego mundial, a saúde e os sentimentos abalou. 
IV  
Mesmo na noite mais escura, há sempre uma pequena luz que brilha.
Vamos todos dar as mãos e combater, com inteligência forte,
 Esta calamidade brutal que o Destino nos deixou em sorte. 
Com solidariedade, ardor, trabalho e espírito de partilha, 
A sociedade vai reerguer-se mais forte e seguir a trilha. 
Não cruzamos os braços! Não aceitamos o Mal como sentença!
 Irmanados num ideal humanista, de amizade e pertença, 
Lutaremos sem tréguas, com todas as armas! Com unhas e dentes!
A Pandemia vai deixar-nos mais pobres… muito mais resistentes, 
Mas a confiança e a força de vontade não sofrerão descrença! 
(João R.)