19.11.08

Quando a net reforça a saudade...

Senhores do Jornal de Nisa:
Meu nome é Omar Ruben TREMOCEIRO, neto de Francisco Carrilho Tremoceiro, quem em vida fora irmao de Adriano Carrilho Tremoceiro, nasci e sou Argentino, mas nos ultimos dias obtuve a cidadania Portuguesa, faz tempo que estou procurando informaçao de meus familiares em Portugal, muito agradeceria voces podam me contatar con Paula Carrilho ou outras das pessoas que reuniramse com motivo do honenagem realizada no passado sábado, dia 1 de Novembro, assinalado uma das ruas da sua aldeia natal, a Vinagra.
Podem ligar comigo pelo correio saosimao@hotmail.com ou tel. XXXXXXXXX
Com meus cumprimentos saludo voces e felicito pelo conteudo do seu site na web e por encher meu coraçao com noticias da minha terra, o Portugal de meu avo.

10.11.08

POETAS DO CONCELHO DE NISA

Força de Viver
Há quem não nasça ensinado
Eu, por exemplo, nasci
Mas que culpa tenho eu
De não ser tudo igual a mim?

Esta força de viver
Dia a dia com mais esperança
Com tantos anos de idade
Parece que sou criança!

Criança e brincadeiras
De outros tempos de então
E os amigos de infância
Que tenho no coração.

Fui criança, fui mulher
Fui mãe, primeiro, depois esposa
Pedi tanto, tanto a Deus
Que dele obtive esta força!

Mas deslizes nesta vida
Qualquer ser humano tem
Levei tantos empurrões
Sem fazer mal a ninguém.

Mas fui recompensada
Não liguei nada ao desdém
Por tudo tenho lutado
Sem pedir nada a ninguém.

Passo na rua a sorrir
À criança, aos velhos e de meia idade
E pensar que nos olhos deles
Houve em tempos, maldade.

Tropecei mas não caí
Porque alguém me amparou
A minha mãe tão querida
Que comigo tanto chorou.

A nossa vida é um fado
Guitarra encostada ao peito
Por mais sério que se seja
Há sempre qualquer defeito.
Maria Dinis Pereira
Sou da vila de Nisa
Eu sou da vila de Nisa
Terra do Alto Alentejo
Meus olhos choram de dor
Nos dias que te não vejo

Há anos que cá não vinha
Muito admirado fiquei
Não vi fonte, nem jardim
E de tristeza chorei.

Já vi que não há respeito
Pelo povo desta terra
Querida “Árvore da Mentira”
Olha o que te fizeram!

Mas que fez o meu povo
O que fez ele de tanto mal?
Os jarrões do nosso jardim
Devem estar lá pró Curral!

Triste regressei a casa
E num pranto derradeiro
Tive muitas saudades
Do ti Luís Jardineiro.
Gabriel Giesta

NISA
Não sei o que Nisa tem,
Que mago sonho a domina
Feito de luz purpurina,
Quando o sol se esconde além!...

Rasgam-se as nuvens também
P´ra tornar a luz mais fina
Como auréola cristalina
Que só aqui se detém...

Em cada viela ou praça,
Na rua mais pobrezinha,
Há jogos de luz e graça.

Oh! Nisa tão louçainha,
Tens mais graça quando passa
O Sol, por ti, à tardinha.
Padre Alfredo Magalhães - 7 Março 1957

AS VELHAS FONTES DE NISA
Centenas de anos a fio,
Vossa linfa preciosa
De refrigério serviu
À minha Nisa formosa.

Quantas gerações passaram,
Caídas na sepultura,
Que os seus filhos baptizaram
Com vossa água santa e pura!

Em noites de luar silentes,
Tão propícia ao amor,
Nas vossas bicas fluentes
De murmuroso frescor,

Lindas moças iam dantes
Com seus pares, de mãos dadas,
Entre risos e descantes,
Encher as bilhas pedradas.

Se as fontes falar pudessem,
Tinham muito que dizer,
Se contar elas quisesem
O que ouviram sem querer:

Comadres mexeriqueiras,
Do seu lidar esquecidas.
E, entretendo-se, palreiras,
Desfiando alheias vidas;

Segredos de namorados
Com arrufos caprichosos;
Sonhos de amor enlaçados
Em projectos venturosos

Casos alegres, sombrios,
Ali, todos iam dar,
Com a certeza que os rios
Sempre correm para o mar.

Ó boas fontes velhinhas,
Que pena fazeis agora,
Vivendo assim, tão sozinhas,
Sem o bulício de outrora!

Hoje, em casa, toda gente
Já tem água quanta queira,
Sem custos, prosaicamente:
Basta abrir uma torneira!

Por isso, as fontes de Nisa
Vão chorando a sua mágoa:
Já delas não se precisa,
Ninguém lá vai buscar água!
F. Bagulho – in “Correio de Nisa”

4.11.08

OPINIÃO - Por morrer uma andorinha...(II)



“ferro velho” e sucata
Lemos que se vai proceder à Remoção de “ferro velho” e venda de sucata (in Câmara Municipal de Nisa, folha informativa, 1 de Outubro de 2008, pág. 1).
Nesta remoção/venda estão incluídos os antigos candeeiros que estiveram no que é hoje o jardim camarário de Nisa (ver foto)?
Nesta remoção/venda estão incluídas as grades de ferro que estiveram no que é hoje o jardim camarário de Nisa?
Nesta remoção/venda estão incluídas as pedras de granito das escadas e parapeitos que estiveram no que é hoje o jardim camarário de Nisa?
Nesta remoção/venda estão incluídas as floreiras que estiveram no que é hoje o jardim camarário de Nisa (ver foto)?
Irão, como antiguidades, embelezar jardins particulares!?
Vejam-se as fotografias de candeeiro (parte superior) e floreira que ainda permanecem em centenário jardim público na Praça Marquês de Marialva, em Cantanhede.
Por lá pensa-se de maneira diferente!
Nesta remoção/venda está incluída a lenha das tílias que mataram no que é hoje o jardim camarário de Nisa (ver foto)?
Veja-se a fotografia de lápide (bilhete de identidade) junto ao tronco de uma tília que ainda vegeta, com a idade provável de 65 anos, em centenário jardim público na Praça Marquês de Marialva, em Cantanhede.
Por lá pensa-se de maneira diferente!
Por cá, não haverá outros tipos de ferro velho e sucata que precisem de ser removidos e vendidos?
José Dinis Murta - 19 Out. 2008 in "Jornal de Nisa"

3.11.08

Informações bibliográficas

Em extra-texto nas Página(s) para a nossa História divulgadas nas edições impressas em papel no "Jornal de Nisa" incluíamos informação bibliográfica. Aí dávamos notícia das últimas publicações, que, inteiramente ou em algumas das suas páginas, se debruçavam sobre temáticas de história, cultura e património referentes directamente ao concelho de Nisa ou que com ele se relacionassem.
O "Jornal de Nisa", no seu formato tradicional e sob a direcção de Mário Mendes, foi editado pela última vez em 22 de Outubro de 2008, e, assim, trazemos a este blog a informação de dois títulos insertos no n.º 4 – outono de 2008 de Plátano – revista de arte e crítica de portalegre (lançada hoje, 1 de Novembro de 2008, em Portalegre):
- Dr. Alexandre de Carvalho Costa, da autoria de Carlos Garcia de Castro, págs. 5/13.
- Alexandre de Carvalho Costa – um esquecido portalegrense das letras a quem o tempo (ainda) não apagou a obra, da autoria de Joaquim Castanho, págs. 14/17.
* Alexandre de Carvalho Costa (1908 – 1986) era natural da Alagoa, mas casou em Nisa com Maria do Rosário Nogueira e aqui leccionou no Colégio Nisense e no Colégio Condestável. Na sua vasta bibliografia, alguns títulos reportam-se ao concelho de Nisa, cujo município o homenageou postumamente, aquando do feriado municipal, em 20 de Abril de 1987.
José Dinis Murta - Portalegre, 1/Nov./2008

2.11.08

Uma obra em marcha em Nisa



PAROQUIANOS AJUDAM RECUPERAÇÃO DA IGREJA MATRIZ
As obras de recuperação da Igreja Matriz de Nisa têm decorrido em bom ritmo e beneficiando da clemência das condições atmosféricas.
Nesta altura estão quase concluídos os trabalhos de revisão da cobertura do telhado principal e os telhados menores, os das capelas, foram igualmente limpos.
A reposição de madeiras e o reforço da cobertura eram indispensáveis face aos níveis de degradação que o edifício vinha apresentando, notando-se particularmente, as infiltrações das águas pluviais.
No sentido de fazer face às despesas, a Paróquia tem promovido algumas iniciativas de angariação de fundos, sendo a mais relevante, o espectáculo com Frei Hermano da Câmara e José Gonçalvez, realizado no dia 12 de Outubro.
De acordo com o padre Nuno Folgado, a iniciativa foi um sucesso, tendo sido alcançada uma receita de 5 mil euros, num total de 11 mil euros já conseguidos na campanha de ajuda à reconstrução do telhado da Matriz.
As obras estão orçadas em 70 mil euros e as iniciativas para angariação de receitas, como a feitura de rifas e as ofertas de pessoas, vão continuar.
Ainda assim e porque a diferença é bastante significativa, foi pedido apoio à Câmara, para além de algumas verbas que a Paróquia irá disponibilizar.
É que, concluída a remodelação e reforço da cobertura, novos desafios se colocam aos responsáveis pela gestão da Igreja Matriz.
O edifício carece de uma reparação e pintura das paredes exteriores. As duas torres apresentam também um aspecto deplorável, tanto no exterior como, sobretudo no seu interior, onde o lixo e os dejectos dos animais (pombos, cegonhas e corujas) se acumulam, exigindo uma intervenção urgente e em grande escala.
Estas obras estão no horizonte dos responsáveis da Paróquia, que acreditam ser possível com a ajuda de todos os paroquianos e entidades levar a bom termo todas as intervenções que o edifício carece, no sentido de preservar e dignificar um dos expoentes do património religioso de Nisa.
“Como disse na apresentação do espectáculo, é possível ir sempre mais além, com a energia que as pessoas de Nisa põem nos projectos em que acreditam.
Agora estamos com a cobertura e vamos pedir orçamentos para podermos planear o que vamos fazer a seguir”, concluiu Nuno Folgado.
"Jornal de Nisa" - nº 265 - 22/10/2008

1.11.08

GUARDAS PRISIONAIS DO CONCELHO DE NISA



Reforçaram a amizade através do convívio
Dezassete guardas prisionais naturais do concelho de Nisa reuniram-se, uma vez mais num convívio que teve lugar na horta do senhor João Martinho, nas proximidades desta vila.
Foi o 11º encontro e convívio anual dos guardas prisionais que nasceram no concelho de Nisa e exercem a sua nobre profissão em diversos estabelecimentos prisionais do país.
Como fazem desde há uma dezena de anos, os guardas prisionais marcam, com grande antecedência este dia de festa e convívio de modo a que, a escala de serviço esteja assegurada e a presença no Encontro garantida.
Por um dia, esquecem os problemas próprios de uma profissão exigente, descomprimem, provam as especialidades gastronómicas alentejanas, contam histórias e peripécias, cantam e reforçam o espírito de camaradagem e de grupo sócio-profissional.
É assim todos os anos e neste convívio estiveram profissionais que cumprem as suas funções em estabelecimentos prisionais de Castelo Branco, a maioria, Alcoentre, Carregueira e outros.
Vêm pela festa e pela confraternização e pela garantia de reforço da amizade, da alegria que impera em cada um dos Encontros.
Este ano, a convite, o Jornal de Nisa esteve presente e pode testemunhar o espírito de sã e alegre convivência. As fotos aqui ficam para um dia mais tarde recordarem e mostrarem aos filhos e netos.