7.9.25

MARVÃO: homem mordido por víbora esperou mais de 10 horas por antídoto

 


Um homem foi mordido por uma víbora-cornuda em Marvão e só recebeu o antídoto mais de dez horas depois, após passar por três hospitais e enfrentar uma longa espera por transporte médico. A demora agravou o estado clínico, levando à necrose do dedo e à necessidade de tratamentos especializados.

Segundo a SIC o incidente ocorreu no dia 26 de agosto, por volta das 10h30, quando Fabien foi surpreendido pela mordida da víbora-cornuda, uma espécie comum em zonas montanhosas de Portugal.

A estação televisiva acrescenta que após contactar o 112, foi encaminhado para o Hospital de Portalegre, onde não havia o antídoto necessário. Recebeu apenas analgésicos e teve de aguardar mais de duas horas por uma ambulância para ser transferido para Lisboa.

No Hospital de São José, também não havia o antídoto específico, sendo necessário recorrer ao Hospital de Santa Maria, onde Fabien finalmente recebeu o tratamento, já perto das 20h00. Durante esse período, a dor foi intensa e o dedo afetado entrou em necrose.

Fabien iniciou oxigenoterapia hiperbárica, um tratamento reconhecido como eficaz em casos de necrose, e recebeu três doses de antídoto, plasma e antibióticos. A recuperação está a decorrer de forma positiva, com cirurgia prevista para remoção do tecido morto.

O Hospital de Portalegre reconheceu que não possui o antídoto para este tipo de víbora, mas garante que seguiu os protocolos de transferência estabelecidos.

O caso levanta preocupações sobre a disponibilidade de antídotos em hospitais do interior e a capacidade de resposta em situações de emergência envolvendo espécies venenosas.

·         Gabriel Nunes – Rádio Portalegre - 06-09-2025