ULSNA
diz que "não pode por um ovo nem fazer pessoas [médicos] de barro"
As
freguesias de Alpalhão, Montalvão e Santana, em Nisa, não têm médico de
família, desde o dia 01 de junho, porque a profissional que prestava serviço
nas três localidades pediu transferência para Gavião.
Este
problema afeta cerca de dois mil utentes que agora são obrigados a percorrer,
em alguns casos, dezenas de quilómetros para consultas de rotina, renovar
receitas de medicamentos e demais atos médicos.
Em
declarações à Rádio Portalegre, a presidente da Junta de Freguesia de Alpalhão,
Ana Cecília Manteiga, disse que está situação está a provocar “grandes
transtornos”, a uma população “maioritariamente idosa, com dificuldades de
locomoção e sem transporte”.
Contactado
pela Rádio Portalegre, o responsável pelo Gabinete de Comunicação e porta voz
da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Ilídio Pinto Cardoso,
disse que estão a envidar todos os esforço para resolver o problema.
Ilídio
Pinto Cardoso admitiu que a situação ”é preocupante”, mas “não existem recursos
humanos e a ULSNA não pode por um ovo nem fazer pessoas [médicos] de barro”.
A
assistência médica em Alpalhão, Montalvão e Santana era assegurada dois dias
por semana com a presença nas freguesias de uma médica do Centro de Saúde de
Nisa.
Gabriel
Nunes/Carla Aguiã in Rádio Portalegre