10.2.24

SAÚDE: Pizarro deixa fugir financiamento europeu para rastreio do cancro do pulmão – SNS paga a fatura

O Governo deixou fechar linha de financiamento europeu para rastreio do cancro do pulmão. A denúncia foi feita, este sábado, pelo presidente da associação dos Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) João Varandas Fernandes.
O presidente da associação dos CRI denunciou que o Governo deixou encerrar em 2023 a linha de financiamento europeia que permitia avançar com rastreios do cancro do pulmão, sublinhando a importância da “Tivemos conhecimento disso numa reunião que a associação teve a pedido da associação de rastreio do cancro do pulmão”, disse à Lusa, João Varandas Fernandes.
O especialista lembrou que, neste caso, “há um trabalho empenhado de uma equipa de especialistas, a maioria das vezes em benefício do público, e acaba por não haver consequências”.
Pizarro prometeu, mas não cumpriu
Em dezembro de 2022, o ministro Manuel Pizarro tinha anunciado o alargamento do programa de rastreios oncológicos aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago, apontando que arrancariam em 2023 com projetos-piloto.
Contudo, tal acabou por não acontecer.
Já em novembro do ano passado, o alargamento dos programas de rastreio oncológico aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago acabou por ser incluído no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
Isto vai trazer custos ao SNS 
A este respeito, Varandas Fernandes frisou que “não se podem desperdiçar estas linhas de financiamento europeu”.
O presidente da associação dos CRI acrescentou ainda que “na prevenção precoce do cancro, quanto mais precoce melhor e tudo o que seja investimento nesta área vai trazer menos despesa mais tarde”.
“O Ministério [da Saúde] tem que se desburocratizar”, afirmou o responsável, que insiste na necessidade de maior planeamento na área da Saúde.
 Lusa