O Presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, volta a estar “sob fogo”, devido à alegada omissão de um ganho de 3,1 milhões na venda de um imóvel, na costa norte da ilha, em 2017.
Miguel Albuquerque terá escondido do Tribunal Constitucional (TC) 3,1 milhões de euros obtidos na venda da Quinta do Arco ao fundo de investimento CA Património Crescente, na costa norte da ilha da Madeira, em junho de 2017.
A notícia foi avançada este domingo, pelo Correio da Manhã, que adianta que, desde então, o Presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, já entregou várias declarações de rendimentos no TC, mas o valor da venda desse imóvel nunca foi delcarado.
De acordo com o matutino, nas ditas declarações, constam as venda de vários imóveis urbanos e rústicos, mas a da Quinta do Arco ao fundo de investimento CA Património Crescente nunca é enunciada.
De acordo com o CM, a venda deste imóvel não terá passado de uma compensação que Miguel Albuquerque recebeu do Grupo Pestana, “como contrapartida da concessão, por ajuste direto, do serviço público da Zona Franca da Madeira à empresa SDM, controlada pelo Grupo Pestana”, pode ler-se.
Depois da venda, o Grupo Pestana passou a arrendar a Quinta do Arco, explorando-a como Pestana Quinta do Arco.
Foi através de uma denúncia direta à procuradora-geral da República, Lucília Gago, que as suspeições da venda da Quinta do Arco chegaram ao Ministério Público (MP), que agora investiga, em conjunto com a Polícia Judiciária (PJ).
ZAP //10.2.2024