17.1.23

JUSTIÇA: Mudam os presidentes, mas quem manda em Espinho é Pessegueiro

Antes de Miguel Reis, também Joaquim Pinto Moreira terá ajudado a empresa Construções Pessegueiro, ao atrasar propositadamente licenciamentos.
Miguel Reis foi detido há uma semana, por diversos crimes económicos alegadamente cometidos no licenciamento de obras. É suspeito de corrupção.
O ainda presidente da Câmara Municipal de Espinho, que entretanto deverá abandonar o cargo, ficou em prisão preventiva.
Quem também ficou em prisão preventiva foi Francisco Pessegueiro, dono da empresa de construção civil Construções Pessegueiro, alegadamente beneficiada por Miguel Reis.
O autarca terá atrasado licenciamentos urbanísticos de concorrentes para beneficiar as vendas do 32 Nascente, um empreendimento habitacional das Construções Pessegueiro.
Na altura da detenção, o chefe de gabinete de Miguel Reis assegurou que o caso estava relacionado com o mandato do presidente anterior, Joaquim Pinto Moreira.
Nesta terça-feira o Jornal de Notícias reforça que Pinto Moreira tinha feito o mesmo: atrasar os licenciamentos urbanísticos de um projecto do Grupo Fortera, igualmente para ajudar a Construções Pessegueiro.
Essa é a tese do Ministério Público, indica o jornal: Pessegueiro abordou Pinto Moreira para este atrasar o adversário, até que o projecto das Construções Pessegueiro fosse aprovado.
E o antigo presidente terá concordado, de acordo com a Polícia Judiciária e o Ministério Público, na investigação do Departamento de Investigação e Acção Penal Regional do Porto, relacionada com a Operação Vórtex.

ZAP - 17 JANEIRO, 2023