12.7.20

NISA: A "Monografia" e a necessidade de "ser rigoroso"

"A Câmara Municipal reeditou a “Monografia da Notável Vila de Nisa”, que estará à venda este domingo, dia 12 de julho, no Mercado Municipal de Nisa.
Esta terceira edição da obra do Prof. José Francisco Figueiredo, surge do compromisso assumido pelo atual executivo municipal como forma de perpetuar as origens e histórias da Notável Vila de Nisa, bem como de conservar e recordar as tradições e os costumes nisenses.
A “Monografia da Notável Vila de Nisa” foi escrita originalmente em 1956, reeditada de forma fac-similada em 1989, e ganha agora um novo rosto com esta edição de 2020, que terá um custo de 10 euros, estando depois à venda exclusivamente no Posto de Turismo de Nisa."
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A notícia que transcrevemos da página de Facebook do Município de Nisa e cujo texto foi distribuído à comunicação social, enferma de vários erros e que urge corrigir, no respeito pela memória do autor, Prof. José Francisco Figueiredo e do "rigor" que a Câmara exige quando se trata de escritos e comentários visando a autarquia.
Pois bem. A "Monografia da Notável Vila de Nisa",  título que devia ter sido integralmente respeitado, tanto nesta reedição como na de 1989, feita, igualmente, pela Câmara Municipal de Nisa (facto que a notícia omite) não foi escrita originalmente em 1956. O autor, José Francisco Figueiredo faleceu em 1951 e a "Monografia", um trabalho árduo e persistente, foi escrita nesse e nos anos anteriores, com maior proficuidade, nos da década de 40 do século passado.
Esta a correcção que se impunha. Sobre a reedição da "Monografia" agora feita, é justo destacar a iniciativa da autarquia nisense, possibilitando a aquisição de uma obra essencial sobre Nisa e para conhecimento e memória dos nisenses, livro que há muito se encontrava esgotado e sobre o qual não deixei de, repetidas vezes, apelar para a sua reedição. Ver »»»» https://jornaldenisa.blogspot.com/2016/11/nisa-quem-toma-decisao-de-reeditar.html
Por reeditar permanecem, entre outros, "Sonhos que morrem, sombras que ficam" (1942) e "Seara do Bem de Mal" (1963) livros de poesia de José Gomes Correia.
Faço votos para que a Câmara, com o mesmo interesse, inscreva nos seus objectivos de âmbito cultural, a reedição destas duas obras e dê a conhecer, em mais ampla dimensão, a obra deste poeta nisense, talvez o maior que nasceu nesta terra bordada de encantos.
Mário Mendes