A Câmara de Nisa anuncia na sua Agenda Cultural para
Novembro, a realização de uma Exposição Bibliográfica/Fotográfica sobre os “60
Anos da Monografia de Nisa”.
Há dez anos atrás (2006) com outro executivo, “aproveitou”
os 50 anos de publicação da Monografia, para colocar duas placas toponímicas na
rua onde funcionou a Escola do Convento.
Sendo justa a homenagem e reconhecimento ao professor e
cidadão nisense, apesar de ter pecado por tardia, a mesma não deixou de ser uma
acção oportunística, porque deixou sem nomes e sem as respectivas placas toponímicas, mais
de duas dezenas de arruamentos de Nisa (da Cevadeira, Amoreiras e Urbanização
da Fonte Nova) com denominações aprovadas pelos órgãos competentes (Assembleia e
Junta de Freguesia, Câmara e Assembleia Municipal) na mesmíssima altura em que
foi aprovada a atribuição do nome do Prof. José Francisco Figueiredo ao
arruamento de ligação entre a Rua do Convento e a Cevadeira.
A Câmara está em falta, mais de dez anos depois, com estas
deliberações e não vejo vontade, sinceramente, de as concretizar.
Pior ainda é ser esta a segunda
“evocação” da publicação da “Monografia da Notável Vila de Nisa” quando é certo
e sabido, que há muitos (demasiados) anos a obra está esgotada e a autarquia
não fez qualquer diligência digna desse nome para a reeditar.
Querem comemorar os 60 anos da
“Monografia de Nisa? Tudo bem. Mas a melhor e maior evocação que podiam fazer ao livro e ao autor (falecido no ano em que nasci) era colocarem o livro à disposição dos leitores, nisenses, de origem ou afecto.
A melhor distinção que se pode fazer a uma obra literária é lê-la e dá-la a conhecer a actuais e vindouros. Reeditem, sem demora a "Monografia da Notável Vila de Nisa" e deixem-se de fitas.
Mário Mendes