20.6.22

17º Portalegre Jazz Fest no CAEP

7,8 e 9 JUL. QUI. SEX. e SÁB
17º Portalegre JazzFest
Festival Internacional de Jazz de Portalegre
7 JUL. QUI. 18.30H
Luís Vicente Trio “Chanting in the Name Of”
Jazz | PA | 3€ / Passe 20€ | M/6 anos
Luís Vicente: Trompete
Hernâni Faustino: Contrabaixo
Pedro Melo Alves: Bateria
 Luís Vicente é um dos mais ativos músicos de jazz ou música improvisada em Portugal e nitidamente um dos que alcançaram maior projeção internacional nos últimos anos, ao ponto do número de concertos em palcos internacionais ultrapassar por larga margem os que opera cá no burgo.
“Chanting in the name of” é mais uma espécie de trio dourado, por incluir os imparáveis Gonçalo Almeida (Spinifex, Ritual habitual, Lama, The Selva), no Contrabaixo e Pedro Melo Alves (The Rite of Trio, Omniae Ensemble e Large Ensemble, In Igma, duo com Pedro Carneiro), na Bateria. Talvez não seja injusto elevar este grupo ao mais alto patamar do jazz espiritual alguma vez feito em Portugal. Composições abertas e fire music em combustão lenta, contrariando o desfilar de solos e apostando numa improvisação construtiva envolta num manto mágico, como se o resultado da sua música constituísse um género por si só.
7 JUL. QUI. 21.30H
Cortex
Jazz | GA | 7€ / Passe 20€ | M/6 anos

Thomas Johansson: Trompete
Kristoffer Berre Alberts: Saxofone Tenor
Ola Høyer: Contrabaixo
Dag Erik Knedal Andersen: Bateria
 Os membros deste quarteto norueguês fazem parte de uma nova geração, que está a mudar a face do jazz no Norte da Europa. Os Cortex praticam um jazz energético, que tem como referências tanto a longa e profícua associação de Don Cherry com Ornette Coleman, como a mais recente associação de Dave Douglas com John Zorn, no formato original dos Masada.
O que distingue os Cortex é a valorização do fator intensidade. Os títulos das peças que editaram em disco dizem tudo quanto a isso: “Nicotine”, “Endorphine” e “Desibel”, são três exemplos que remetem para fatores de excitação dos sentidos. Johansson e os seus parceiros são menos subtis do que aquilo que ouvimos em discos históricos, como “The Shape of Jazz to Come” e “Alef” – preferindo cortar a direito para chegarem onde desejam.
E no entanto, trabalham mais a melodia e a pulsação, com a música a parecer assim menos escura e mais leve. Como se fosse um passeio na montanha em plena Primavera…
8 JUL. SEX. 21.30H
Hugo Carvalhais “Ascética”
Jazz | GA | 7€ / Passe 20€ | M/6 anos

Hugo Carvalhais: Contrabaixo
Fábio Almeida: Saxofone tenor e Flauta
Liudas Mockunas: Saxofone Tenor, Sopranino e Clarinete
Gabriel Pinto: Órgão Hammond
Fernando Rodrigues: Órgão Hammond e Sintetizador
João Martins: Bateria
 Considerado um dos mais talentosos e sui generis contrabaixistas portugueses da sua geração, Hugo Carvalhais, um dos segredos mais bem guardados do jazz português, após um hiato de sete anos sem apresentar qualquer registo discográfico em nome próprio, volta a apresentar em 2022 um novo disco, “Ascética”, novamente para a Clean Feed.
“Nebulosa” (Clean Feed, 2010), apresentava-nos o infinitamente grande. “Partícula” (Clean Feed, 2012), versava sobre o infinitamente pequeno. Entre estes dois extremos incomensuráveis “Grand Valis” (Clean Feed, 2015), questionava a natureza da realidade exterior que percecionamos e onde nos movemos no dia-a-dia. E eis que nos deparamos com o novo “Ascética”, um mergulho no interior de nós mesmos e nas profundezas da consciência, que sempre ali esteve desde o início da experiência humana. É nesse local insondável que desde a aurora dos tempos nos confrontamos com o mistério, a beleza, o medo, o maravilhamento, a luz e as trevas.
8 JUL. SEX. 23.00H
Bill Shakespeare's Romeu and Joaoliet
Jazz | CC | 3€ / Passe 20€ | M/6 anos

Bill McHenry: Saxofone Tenor
Romeu Tristão: Contrabaixo
João Pereira: Bateria
 Uma das primeiras ideias que Bill McHenry partilhou com Romeu Tristão e João Pereira, foi a de formar um trio de Saxofone que abordasse a música com um mindset de um trio de Piano. A estética dos arranjos tipicamente feitos para essa formação, tem detalhes fortes e definidos, com grande ênfase no tempo em que cada composição é executada e com uma componente rítmica muito característica.
Romeu Tristão é um dos músicos mais ativos da cena jazzística lisboeta, integrando grupos como o Ricardo Toscano Quarteto, o Septeto do Hot Clube de Portugal, o Palheta Jazz Trio e o El Bulo Jazz Trio. É também um dos membros da banda ibérica The Wild Bunch.
João Lopes Pereira nasceu em Lisboa em 1994. É um músico ativo na cena musical portuguesa, tocando um pouco por todo o mundo. Integra atualmente as bandas Centauri, Ricardo Toscano Quarteto, Kinetic, Practically Married, MA e Trio de Jazz de Loulé.
Bill McHenry é um saxofonista e compositor, que reside entre Nova Iorque, Barcelona e o Maine, onde nasceu em 1972. Enquanto líder é conhecido pelo seu trabalho com músicos como Andrew Cyrille, Paul Motian, Eric Revis, Jamie Saft, Avishai Cohen, Ethan Iverson, entre outros.
9 JUL. SÁB. 21.30H
Maria João – Ogre Electric :: Open your mouth
Jazz | GA | 7€ / Passe 20€ | M/6 anos

Maria João: Voz
João Farinha: Teclados / Sintetizadores
André Nascimento: Electrónica
Silvan Strauss (DE): Bateria
Singular, arrojado, genial, são alguns dos adjectivos que definem o trabalho da incrível Maria João. Na sua terceira incursão pelo mundo da electrónica, Maria João encoraja-nos a abrir a boca, cantar, falar, amar e lutar pelo que acreditamos.
Maria João vai editar um novo disco com o seu projecto OGRE para comemorar 10 anos de existência: "Open Your Mouth".
Possuidora de um estilo único, tornou-se num ponto de referência no difícil e competitivo campo da música improvisada. Uma capacidade vocal notável e uma intensidade interpretativa singular valeram-lhe, não só o reconhecimento internacional, como a figuração na galeria das melhores cantoras da actualidade. Unânimes no aplauso, crítica e público nomearam-na “uma voz levada às últimas consequências”, declarando-a “uma cantora que não pára de evoluir”.
9 JUL. SÁB. 23.00H
André B. Silva  “The Guit Kune Do”
Jazz | CC | 3€ / Passe 20€ | M/6 anos

André B. Silva: Guitarra e Composição
AP: Guitarra Elétrica
Eurico Costa: Guitarra Elétrica
Virxílio da Silva: Guitarra Elétrica
Francisco Rua: Guitarra Elétrica
João Próspero: Baixo Elétrico
Diogo Silva: Bateria
Na sua mais recente aventura, André B. Silva junta cinco mestres guitarristas do Porto e da Galiza, um baixista e um baterista para prosseguir a sua busca por sonoridades, formações e lógicas menos exploradas.
O resultado é The Guit Kune Do, uma ode ao seu instrumento, mas também aos ritmos mainstream do final do século XX. As influências do jazz, do funk, do hip-hop e do rock estão bem presentes na sua sonoridade e nos contrapontísticos e viciantes riffs, que tornam a utilização das cinco guitarras num autêntico doce auditivo.
Com o primeiro álbum homónimo editado em novembro de 2020, pela consagrada Carimbo Porta-Jazz, The Guit Kune Do tem ganho o entusiasmo e apoio de público e críticos ao longo destes últimos meses.