Há muito tempo que o PCP e a sua Direcção Regional têm vindo a alertar para a falta de médicos e para a necessidade de travar a sangria de médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Infelizmente a vida está a dar razão aos avisos do PCP.
Contratar e fixar profissionais de saúde para o SNS, assegurar o adequado funcionamento dos serviços públicos de saúde exige a valorização das carreiras e das remunerações, a implementação do regime de dedicação exclusiva, com a majoração da remuneração, o alargamento dos incentivos para a fixação de profissionais de saúde em áreas com carências, e o investimento na modernização de instalações e equipamentos e na internalização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, como o PCP propõe.
Se as propostas do PCP tivessem tido acolhimento por parte dos sucessivos governos do PS, PSD e CDS, não nos encontraríamos na actual situação.
O PCP chama a atenção, mais uma vez, para a necessidade de ser dada resposta com medidas concretas ao reforço do SNS, estancando a sua degradação, reforçando a prestação dos serviços de saúde às populações. Não é engordando o sector privado, à custa dos recursos públicos, que se resolvem os graves problemas com que nos confrontamos neste sector, de que é exemplo o encerramento do Serviço de Urgência de Obstetrícia do Hospital distrital Dr. José Maria Grande em Portalegre, das 5h do dia 15 de Junho, até às 8h de dia 17 de Junho (Sexta-feira).
O PCP tem apresentado sucessivamente propostas para a resolução dos problemas do sector da saúde. Investir no SNS, aumentar a sua capacidade de resposta, valorizar as carreiras, remunerações e direitos dos profissionais de saúde é prioridade para salvar o Serviço Nacional de Saúde, que é de todos.
Portalegre, 15 de Junho de 2022
O Executivo da DORPOR do PCP