O Movimento pelo Tejo – proTEJO,
anunciou hoje a realização de uma manifestação de protesto contra a poluição do
rio Tejo e seus afluentes para o dia 4 de março, junto ao cais de Vila Velha de
Ródão.
“Os fenómenos extremos de
poluição que se têm verificado no rio Tejo e seus afluentes nos últimos dias
justificam a realização desta manifestação popular de protesto e para a qual o
proTEJO convoca toda a população e comunidades ribeirinhas a participar numa
demonstração de cidadania que visa travar as fontes poluidoras e salvar o rio
Tejo”, disse hoje à Lusa Paulo Constantino, porta-voz do movimento
ambientalista, com sede em
Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém.
“As águas do rio Tejo estão
negras, cheias de mantos de espuma branca e que consubstanciam casos de
poluição extrema, devidamente fotogrados e filmados por membros do proTEJO e
cidadãos preocupados . Não há vida nem ecossistemas que resistam a esta
barbaridade, que configura um crime gravíssimo, pelo que exigimos do Governo
que tome medidas imediatas relativamente às licenças de emissões poluentes das
fábricas situadas em Vila
Velha de Rodão”, no distrito de Castelo Branco.
Paulo Constantino disse que “a
origem do problema está bem identificada pelo Governo”, tendo defendido a
“urgente e imediata revisão da licença de quantidade e qualidade de descargas de afluentes da empresa Celtejo,
bem como uma maior fiscalização sobre as descargas dessa empresa”, instalada em Vila Velha de Rodão.
Questionado sobre a realização da
manifestação contra a poluição do rio Tejo no Cais de Vila Velha de Ródão, dia
4 de março, às 15:00, o dirigente ambientalista lembrou que “foi o próprio
Governo quem reconheceu que a Celtejo é uma das principais poluidoras do Tejo
e, face a estes episódios de poluição extrema, são necessárias medidas
extraordinárias, urgentes e imediatas. Se o principal problema reside em Vila Velha de Rodão, é
lá que nos vamos manifestar”.
O Movimento pelo Tejo – proTEJO
já havia escrito esta semana uma Carta Aberta ao ministro do Ambiente a
denunciar os “fenómenos extremos de poluição que tingem as águas do rio Tejo”
desde o início deste mês de fevereiro, e a apelar à “intervenção imediata da
autoridades para por cobro aos poluidores e aos focos de poluição”, tendo
anunciado que em breve seriam anunciadas novas medidas de protesto, caso a
poluição não cessasse, e convocando as populações ribeirinhas para
manifestações de cidadania em defesa do rio Tejo e seus afluentes.
No dia 26 de setembro de 2015, o
movimento ambientalista realizou a primeira “Manifestação contra a poluição no
rio Tejo” face ao significativo número de episódios de poluição que o rio Tejo
vinha sofrendo, visíveis a olho nu e registados por diversos cidadãos que
integram a rede de vigilância do rio Tejo deste movimento.
Agência Lusa - Fev 9, 2017