O Movimento Ibérico Anti-Nuclear
(MIA) tinha alertado para a necessidade de se disponibilizar pastilhas de iodo
à população que está a 100
quilómetros da central nuclear espanhola.
O presidente da Unidade Local de
Saúde (ULS) de Castelo Branco disse esta quarta-feira à agência Lusa que está a
apetrechar o hospital local com comprimidos de iodo face ao risco de um
eventual incidente nuclear na central espanhola de Almaraz.
"A farmácia do Hospital
Amato Lusitano (HAL) já pediu e está a apetrechar-se com os comprimidos de iodo
necessários, que virão de um laboratório austríaco", explicou o presidente
da ULS de Castelo Branco, Vieira Pires.
O Movimento Ibérico Anti-Nuclear
(MIA) tinha alertado para a necessidade de se disponibilizar pastilhas de iodo
à população que está a 100
quilómetros da central nuclear espanhola de Almaraz.
Numa carta dirigida ao Governo, o
MIA dava como exemplo o caso da Bélgica, país onde, por decreto governamental,
foi decidido que todos os habitantes num raio de 100 quilómetros das
centrais nucleares devem ser abastecidos de pastilhas de iodo com o objectivo
saturar a tiróide em caso de acidente nuclear.
Questionado sobre a existência de
condições por parte da ULS, para fazer face a um eventual incidente nuclear,
Vieira Pires explicou à Lusa que esta unidade está integrada numa estrutura
vertical da qual fazem parte a Proteçcão Civil, o Ministério do Ambiente e a
Direcção-Geral de Saúde (DGS)].
"Nós [ULS] limitamo-nos a
dar os meios. Os meios que nos dizem respeito, como recursos humanos e medicação,
temos" frisou.
Este responsável adiantou ainda
que os comprimidos de iodo, para serem vendidos na farmácia do HAL, têm que
estar registados na Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde
(Infarmed).
"Já estão [comprimidos de
iodo] registados desde 2015 no Infarmed", concluiu.