31.5.20

NISA: Um crime patrimonial e um atentado urbanístico no Hospital Velho (I)





É mais um dos belos "exemplos" urbanísticos, a juntar à famigerada Fonte Chanfrada, com que a Câmara nos presenteia. Como é possível que uma instituição pública que exige e faz respeitar a "lei", criando inúmeros entraves aos munícipes que querem restaurar as suas casas no chamado "Centro Histórico", faça, ela própria, tábua rasa da Lei e regulamentos e tripudie sobre as normas urbanísticas que impõe aos outros? Como é possível que um imóvel histórico - ainda que não classificado - como é o Hospital Velho, seja alvo de obras que o descaracterizam completamente, inclusive, aumentando-lhe a volumetria e "arrasando" o espaço térreo existente como logradouro, na entrada pela Rua de Santa Maria? Como é possível que o IPPAR ou os seus "herdeiros" residentes em Évora, fechem os olhos e consintam tamanho atentado ao património histórico construído e à memória dos nisenses? Que tristeza ver as fotos no site da autarquia com um "cortejo" de técnicos, com experiência de muitos anos na edilidade - e que por isso, conhecem as limitações construtivas que impõem aos munícipes - serem cúmplices e apadrinharem tamanho crime de lesa património e lesa memória. Será que os nisenses vão abanar a cabeça e assobiar para o lado, como fizeram com a Fonte Chanfrada?
Haja decoro e respeito pela memória!
Mário Mendes