24.4.20

ABRIL: Da Liberdade e da Esperança - Poesia XXIV

AO POETA DE ABRIL

Poeta da revolução sem fogo
Que tão cedo nos deixaste
Teus poemas são do nosso povo
Que em vida nos doaste

Com um grande“R” de revolução
E com um “D” de democracia
Fizeste tiro certeiro de canhão
À bojuda pança da burguesia

Com um “A” de amor e de Abril 
E um lindo “L” de Liberdade
Denunciaste de forma viril
Os grandes tartufos da verdade

Só os caciques dos cacetes
Não gostam dos teus poemas
E nos salões dos palacetes
Falam de novo! Em algemas

Eu, em sonhos e recordações
Passeio-me pela cidade
Fardado de marinheiro
De cravo vermelho e peito nu
Dizendo ao povo verdadeiro
Que gostava de ser poeta como tu
José Hilário