10.4.25

NISA: História(s) com política dentro (I)

 


Ainda há pouco, dizia o Manel, a Câmara de Nisa aprovou uma proposta surreal. Bem, de surreal, a proposta nada trazia. O que aconteceu depois, sim. Eu conto.

Presente em reunião do executivo uma proposta de ratificação (com o PS é assim, cumpre-se o formalismo e depois leva-se para “ratificar) do pedido de utilização do auditório municipal para uma reunião do Partido Socialista (o auditório municipal em Nisa, tem sido a sede oficiosa do PS).

Presentes quatro eleitos, tendo faltado a eleita da CDU. Posta à votação, a presidente da Câmara declarou-se indisponível para votar por ser, simultaneamente, presidente da Comissão Concelhia do PS. Igual declaração fez o vice-presidente, argumentando que tinha sido ele o autor do pedido. Restaram dois eleitos, um do PS e outro do PSD, ou seja, ambos deviam considerar-se indisponíveis para votar, uma vez que a reunião deixara de ter quórum para o efeito. E, então, o que fizeram os dois “abencerragens” da ordem (pouco) estabelecida? Votaram e aprovaram, o que, nas condições vigentes, não poderia ser aprovado ou sequer votado.

E, como se tudo isto fosse normal e não pusesse em causa a legalidade (Artº 54 – DL 10/2024) a minuta e a acta da sessão, atestam a veracidade do acto e fazem da lei, uma “coisa” sem qualquer valor.

E, assim se faz Portugal: uns vão bem e outros “coisa e tal”!

Mário Mendes