23.4.25

NISA: Passos esquecidos, mas relembrados…


Em 10 de Abril de 2023, a Biblioteca Municipal de Nisa comemorou 30 anos de existência.

A Câmara preparou um programa de actividades que incluía uma Exposição evocativa daquela estrutura cultural do Município, porventura, uma das maiores e melhores criações dos executivos liderados por José Manuel Basso.

Esperou-se, por isso, pela Exposição, pretexto para recordar as diversas fases de desenvolvimento da Biblioteca Municipal, desde a abertura no 1º andar do Clube Nisense, mas…

O pano azul e reluzente ainda lá esteve, dois ou três dias, no hall de entrada do edifício, esperando as fotos e outros materiais expositivos que pudessem relembrar a história da nossa Biblioteca.

Mas, debalde. De cima ou de baixo, já não sei bem, vieram “ordes” (na Câmara de Nisa parece que voltamos ao tempo dos “cabos d´ordes”) e a ideia de Exposição, como que por artes mágicas, eclipsou-se.

Não faltavam materiais, fotos e cartazes de iniciativas em abundância. Mas, a ideia de dar protagonismo a quem por direito o merecia, apavorou a detentora do poder municipal, tanto como aos seus delfins e benjamins que se limitaram a abanar a cabeça, em concordância e servilismo.

Não há Exposição! Temos de inventar alguma coisa… E assim foi. Inventaram um texto “ramalhudo”, mas explicações sobre o cancelamento da exposição, nada.

Não era primeira vez. Em 2015, a Câmara queria assinalar o centenário do nascimento do poeta popular José António Vitorino – o ti Zé do Santo.

Fez contactos e elaborou um cartaz alusivo ao evento no qual constavam artistas de teatro, alguns bem conhecidos. De um dia para outro o cartaz-programa desapareceu. Não houve celebração alguma e ao procurar saber o que tinha acontecido, apenas me disseram: a Câmara “queria dado e arregaçado”!

Não ponha mais na carta, respondi. Esta atitude é useira e vezeira por parte da Dona Isaltina.

Nos velhos e saborosos tempos do Cine-Teatro de Nisa, antes do filme do cartaz, apareciam os “documentários”. Filmes Castello Lopes apresentam: Uma produção! Assim vai o mundo!

Que triste mundo este com tão cómicas personagens…

Mário Mendes