Em 10 de Abril de 2023, a Biblioteca Municipal de Nisa comemorou 30 anos de existência.
A Câmara preparou um programa de actividades
que incluía uma Exposição evocativa daquela estrutura cultural do Município,
porventura, uma das maiores e melhores criações dos executivos liderados por
José Manuel Basso.
Esperou-se, por isso, pela Exposição,
pretexto para recordar as diversas fases de desenvolvimento da Biblioteca
Municipal, desde a abertura no 1º andar do Clube Nisense, mas…
O pano azul e reluzente ainda lá esteve, dois
ou três dias, no hall de entrada do edifício, esperando as fotos e outros materiais
expositivos que pudessem relembrar a história da nossa Biblioteca.
Mas, debalde. De cima ou de baixo, já não sei
bem, vieram “ordes” (na Câmara de Nisa parece que voltamos ao tempo dos “cabos
d´ordes”) e a ideia de Exposição, como que por artes mágicas, eclipsou-se.
Não faltavam materiais, fotos e cartazes de
iniciativas em abundância. Mas, a ideia de dar protagonismo a quem por direito
o merecia, apavorou a detentora do poder municipal, tanto como aos seus delfins
e benjamins que se limitaram a abanar a cabeça, em concordância e servilismo.
Não há Exposição! Temos de inventar alguma
coisa… E assim foi. Inventaram um texto “ramalhudo”, mas explicações sobre o
cancelamento da exposição, nada.
Não era primeira vez. Em 2015, a Câmara queria assinalar o centenário do nascimento do poeta popular José António Vitorino – o ti Zé do Santo.
Fez contactos e elaborou um cartaz alusivo ao
evento no qual constavam artistas de teatro, alguns bem conhecidos. De um dia
para outro o cartaz-programa desapareceu. Não houve celebração alguma e ao
procurar saber o que tinha acontecido, apenas me disseram: a Câmara “queria
dado e arregaçado”!
Não ponha mais na carta, respondi. Esta
atitude é useira e vezeira por parte da Dona Isaltina.
Nos velhos e saborosos tempos do Cine-Teatro
de Nisa, antes do filme do cartaz, apareciam os “documentários”. Filmes
Castello Lopes apresentam: Uma produção! Assim vai o mundo!
Que triste mundo este com tão cómicas
personagens…
Mário Mendes