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LITERATURA: Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado com nova edição acompanhada de estudo histórico

• Lançamento inscreve-se na comemoração dos 300 anos da morte de Soror Mariana Alcoforado • Clássico reeditado conta com tradução comentada de José António Falcão 
• Obra acrescenta importantes reflexões sobre o impacto cultural de Cartas Portuguesas, de  Mariana Alcoforado, na cultura europeia 
• Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado tem apresentação em Beja a 5 de Outubro, por  António Araújo 
27/09/2023 – Inserida na comemoração dos 300 anos da morte de Soror Mariana Alcoforado e inscrita  na tradição do monumental legado alcoforadiano, os escaparates nacionais acolhem uma nova edição  da obra Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado, com a chancela da editora portuguesa E-Primatur. O  clássico da literatura atribuído a Mariana Alcoforado (1640-1723), freira no convento da Conceição de  Beja, inclui nesta nova edição um detalhado Estudo Histórico e uma nova tradução comentada, da  autoria do historiador de Arte José António Falcão, museólogo e docente universitário. 
O Estudo Histórico acompanha o conjunto de teorias e factos recolhidos ao longo dos séculos,  acrescentando ainda alguns novos dados não apenas sobre as pessoas históricas, mas também sobre o  impacto cultural de uma obra que influenciou a Europa literária durante séculos e continua a prender,  como desde o primeiro dia, a atenção dos leitores.  
Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado é apresentada a 5 de Outubro próximo (16h00), em Beja  (Auditório Manuel Castro e Brito, Parque de Feiras e Exposições), com a presença do historiador  António Araújo (professor da Universidade Nova de Lisboa, assessor do Tribunal Constitucional e  membro da Comissão Executiva e do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos  Santos). 
Mariana Alcoforado, a quem são atribuídas as célebres Cartas Portuguesas, nasceu em Beja, em 1640,  no seio de uma conhecida família da cidade. Por decisão dos pais, foi destinada, muito jovem, à vida  religiosa. Ingressou como educanda, ainda antes de completar 11 anos, no convento de Nossa Senhora  da Conceição, a mais importante instituição religiosa de Beja, onde professou e tomou votos aos 16  anos. Durante a sua longa vida conventual, exerceu, entre outros cargos de responsabilidade, os de  porteira, escrivã e vigária. Faleceu em 28 de Julho de 1723. 
O nome de Madre D. Mariana Alcoforado, apenas lembrado nos papéis do arquivo conventual, ficaria  sepultado, à imagem dos de tantas outras freiras daquela casa, se não fosse o caso de um erudito  parisiense, Jean-François Boissonade, em 1810, ter revelado um dado sensacional: foi ela a autora das  famosas Lettres Portugaises, cinco cartas de amor dirigidas por uma certa Mariana, religiosa num  convento de Portugal, a Noël Bouton (1636-1715), mais tarde marquês de Chamilly, militar da força  expedicionária francesa que combateu nas fileiras lusas durante a fase final da Guerra da Restauração,  entre 1664 e 1667. Figura muito conhecida da corte de Luís XIV, foi um dos militares preferidos do Rei Sol e, após um longo e notável percurso castrense, ascendeu a marechal de França. 
Desde a sua publicação, em 1669, sob a chancela do editor parisiense Claude Barbin, até hoje, esta obra  retrata uma dramática paixão que faz parte do património literário universal. Constituem também um  clássico da literatura francesa do tempo de Luís XIV, cuja escrita, plausivelmente inspirada pela história  real – e pelas cartas do punho da própria Mariana Alcoforado –, é atribuída a um notável autor desse  período, Gabriel Joseph de Lavergne, conde de Guilleragues (1628-1685).
Press-release – Livro Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado 
Especialista de renome internacional no âmbito da arte cristã, José António Falcão tem consagrado  grande parte da sua actividade ao estudo dos bens culturais do Alentejo, o que lhe granjeou  importantes prémios nacionais e europeus na área do património cultural. Dirigiu entre 1984 e 2017 o  Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. A profissão museológica já o  levou a exercer funções, entre outras instituições, no Museu de Évora, na Casa dos Patudos – Museu de  Alpiarça (de que foi conservador e director em etapas cruciais da história desta instituição), no Museu Calouste Gulbenkian, no Museu da Academia das Ciências de Lisboa e na Direcção-Geral do Património  Cultural. Foi também presidente do Opart, a maior empresa pública no âmbito da Cultura. Leccionou em  universidades de Portugal, Espanha, Brasil e Estados Unidos da América. Pertence à Academia Nacional  de Belas-Artes e à Academia Portuguesa da História e a instituições similares de vários países. Da sua  vasta bibliografia fazem parte obras de referência para o conhecimento da identidade portuguesa, como  Entre o Céu e a Terra, As Formas do Espírito, No Caminho sob as Estrelas ou Face a Face: Representações  do Sagrado na Arte Europeia. 
A presente edição é apoiada pelo Município de Beja. 
Exemplares para recensão: A editora poderá facultar .pdfs protegidos para leitura. Cópias físicas (em  número limitado) da obra serão enviadas aos jornalistas e divulgadores culturais que as solicitem para  recensão, após a data da apresentação. 
Ficha técnica 
Edição: E-Primatur 
Autoria: José António Falcão 
Páginas: 304+XVI  
Formato: 13x20 cm  
PVP: 18,90 €