Escolas totalmente encerradas ou a “meio-gás”, Recolha de lixo por fazer, sapadores florestais paralisados, segurança social parcialmente parada e o descontentamento geral a fazer-se ouvir é a resposta dos trabalhadores do distrito a um governo que persiste em não atender as legitimas reivindicações dos trabalhadores da Função Pública e em particular da necessidade de retomar a negociação coletiva de salários e de condições de trabalho. Muitos mais trabalhadores teriam aderido à greve não fosse o facto de terem, neste dia, de assegurarem o funcionamento dos centros de vacinação e testagem. De notar que, em relação aos que se encontram em teletrabalho, não é possível a esta altura aferir a percentagem de adesão.
Não é mais possível, governo central e autarquias locais, fingirem que não sabem da degradação de salários e de condições de trabalho.
Fingirem que não veem que a Tabela remuneratória cujos três primeiros níveis já foram “engolidos” pelo Salário Mínimo Nacional;
Ignorar as 15 mil assinaturas que lhes foram entregues ao governo exigindo a Revisão do SIADAP e continuar “preso” ao mesmo (mau) sistema de avaliação;
Fingirem que não sabem que o suplemento de penosidade e insalubridade (congelado durante 13 anos) e agora consagrado na LOE2021 está longe de ser corretamente aplicado, ou seja, com retroativos a janeiro e no seu nível máximo ao maior número de trabalhadores.
Autarquias como Crato, Sousel, Alter, Elvas, Campo Maior, Nisa e outras, além de terem excluído os representantes dos trabalhadores da negociação desta matéria não irão aplicar o SPI com retroativos a janeiro como a LOE permite e a mais elementar justiça recomenda.
Os trabalhadores do nosso distrito estão a dar a resposta necessária. Neste momento os números já disponíveis mostram uma enorme adesão a greve.
Escolas encerradas:
AE de Arronches; ES Campo Maior; AE Crato, AE Castelo de Vide; JI Fronteira; AE Gavião; 1º Ciclo dos Assentos; 1º Ciclo da Corredoura.
ES S. Lourenço fechada a partir do meio-dia por não ter refeitório devido à greve. AE Nisa está a enviar os alunos mais novos para casa porque não tem refeitório. Administração Local
Crato – Oficinas 80% de adesão
Avis – Recolha de lixo e equipa de sapadores florestais 100%
Dezenas de serviços autárquicos de atendimento ao público paralisados. Administração Central
Crato – Serviços de Segurança Social – 50%
A Luta por mais e melhores servições públicos e o direito à negociação coletiva que hoje se desenvolve é uma luta de todos.
Também no sector privado é o incumprimento do direito à negociação coletiva que faz com que não haja valorização salarial digna há vários anos.
É pensando em todos, que neste momento, trabalhadores em greve do STAL e do SPZS estão a caminho de Lisboa para protestarem frente ao Conselho de Ministros que reúne no Palácio da Ajuda.
Porque é com a luta que lá vamos!
A Direção da USNA/CGTP-IN