09h00 - 20h00 - De 25 de Novembro 2020 a 25 de Janeiro 2021
Localização: Corredor de Acesso à Sala das Bellas Artes| Biblioteca Geral da Universidade de Évora
A exposição intitulada, 27 Forever, de Bárbara Quirino, consiste num conjunto de 9 pinturas em acrílico sobre tela, com o objetivo de homenagear os grandes ícones musicais da cena rock do último século. Inspirado na música de Eric Burdon, o título “27 Forever” remete para a mítica do “27ʼs Club”, onde vários artistas musicais faleceram nessa idade, mas também para as personagens cujas carreiras atingiram um reconhecimento, que potenciou o seu sucesso, quando tinham apenas 27 anos. Fruto desta inspiração em jovens artistas, detentores de grande carisma e personalidade na área do rock mundial, o trabalho que artista agora aqui expõe, na Biblioteca Geral da Universidade de Évora, surge na sequência de uma vontade da biblioteca geral procurar dar visibilidade aos trabalhos artísticos dos alunos que frequentam, ou frequentaram a nossa Academia. Nesse sentido, o trabalho artístico de Bárbara Quirino, se por um lado, reforça esta nossa vontade de partilhar e dar a conhecer a expressão adquirida, em parte, ao longo do seu percurso académico, enquanto aluna de Artes Visuais e Design da Escola de Artes da Universidade de Évora, por outro lado, reforça também, e faz sobressair, uma sua vontade em assumir desafios, expondo o seu trabalho dentro da Academia, como forma de reagir, artística e esteticamente, sobre um manifesto que, grosso modo, revela uma das suas facetas e sensibilidades artísticas, e invocadoras, também, da sua natureza, enquanto cidadã da terra e do mar. Fortemente influenciada pelo campo e pelo mar, locais que a têm acompanhado ao longo do seu percurso de vida, nomeadamente na infância e adolescência, será a partir dos campos do Alentejo, já em plena vida adulta, que ingressa na sua deriva artística, com a forte influência das artes pictóricas, também, em casa, com o seu pai, arquiteto e pintor. Na Academia, após ingressar a Escola de Artes, a artista capta novas outras formas de olhar e testar as suas capacidades, dando azo à sua sensibilidade artística, agora aqui reunida nos trabalhos expostos. As suas obras exprimem, também, uma força que decorre de uma deriva cromática, onde a paleta é usada de forma pigmentada, fazendo uso e recurso de um registo cromático que nos remete para universos digitalizados, muito próximos das lentes digitais, que hoje tão bem conhecemos. O resultado é, deste modo, bem demonstrativo do seu percurso e horizonte plástico-cromático, e que exprime, no fundo, toda a sua grandeza, génese e contemporaneidade.
