A fotografia analógica de Adal e a escultura de João Aires estão representadas na exposição “O Esplendor e a Fugacidade da Vida na Cultura Barroca”, que inaugurou no dia 15 de março, na Galeria de São Sebastião, em Portalegre.
Tem como ponto de partida a Igreja do Bonfim e a sua integração no contexto em que foi projetada e construída, o estilo Barroco, esplendor que tanto se admira e, que foi imagem e símbolo de poder.
O objetivo da exposição é também expressar a afirmação da dualidade de um tempo de enormes mudanças e convulsões sociais, culturais e económicas, que se afirma na comparação antagónica com o passado: a firmeza espiritual dá origem ao delírio espiritual, a realidade ao triunfo, o mistério ao fascínio, a afabilidade à paixão, a singeleza ao espetáculo, a humildade ao poder, a pobreza à riqueza sumptuosa, … e por aí fora!
As representações selecionadas pelos artistas em articulação com a poesia barroca alemã, traduzida por João Barrento, realçam o esplendor decorativo da Igreja do Senhor Jesus do Bonfim, neste tempo em que caminhamos para a Páscoa e para a transcendência.
Visitar a Igreja do Bonfim depois de passar nesta exposição, ajudará a ver aquele lugar sagrado com outros olhos, tendo na memória o significado do esplendor e da fugacidade da vida que vemos reproduzido e explicado e que está patente até 12 de maio de 2024.