7.6.25

ALPALHÃO E TOLOSA: A triste “dança” do autocarro municipal


Será a última feira a que assistirá, enquanto presidente da Câmara, a alcaidesa-mor de Vila Flor. Mas nem por ser a última, teve um rebate de consciência e mandou os gérmenes da vingança às urtigas. É mais forte do que ela. Manter o pulso de ferro, a ideia inicial a que chama coerência mas não é mais do que uma forma infantil de prepotência e intolerância. De birrinha ideológica, até. Tudo começou em 2015, é bom lembrar. As Juntas de Freguesia de Alpalhão e Tolosa eram de maioria CDU (se não fossem nem o “braço de ferro” tinha começado). O autocarro municipal que fazia o roteiro da Feira passou por Tolosa e Alpalhão e não tinha passageiros à espera. Não sabemos se devido a deficiente comunicação ou a ausência da mesma, certo é, que logo ali ficou “decretado” pela dona Idalina que “autocarro para Tolosa e Alpalhão, destinado ao transporte para feiras em Nisa, deixaria de haver enquanto ela, Idalina, presidisse à edilidade. O autocarro continuou a fazer o “roteiro” das feiras e em algumas localidades do concelho, por diversas vezes, não aparecerem passageiros para transportar. Isso não obstou a que o autocarro continuasse a passar por essas localidades. Os focos da beligerância e da teimosia, eram, apenas, com Tolosa e Alpalhão. E assim se passaram dez anos. Por este assunto, a senhora Idalina moveu-me uma acção em tribunal. Não tinha razão alguma e como em tantas acções judiciais com que tem atafulhado o sistema judicial, perdeu. Perdeu e reclamou. Primeiro para a Relação e depois com uma argumentação sem pés nem cabeça, para o Supremo. Expôs-se ao ridículo e continuou de mãos a abanar. Não me calou como pretendia. Gastou dinheiro à autarquia, neste e em milhentos processos, dinheiro que, infelizmente não saiu do bolso dela, porque se tivesse saído, certamente que outra seria a sua conduta e contenção.

Esta será a “última” feira de Idalina enquanto presidente da Câmara. Gostaria, também que fosse a última vez que me refiro a este assunto e denuncio a discriminação e a prepotência de um eleito local sobre duas das freguesias mais populosas do concelho. Um eleito local que teve todas as condições para brilhar e sair pela porta grande, mas que não soube agregar forças e vontades, respeitar as diferenças e tratar com respeito e urbanidade todos os cidadãos. Reinou, qual  “rainha solarenga” ao arrepio do seu slogan eleitoral: trabalhar para as pessoas. A exemplo do Papa Francisco, faltou-lhe colocar no meio da frase a palavra TODOS. Trabalhou apenas para alguns e algumas. Discriminou cidadãos, assediou funcionários, obrigando alguns a migrar para outros locais e serviços, desrespeitou trabalhadores e suas organizações sindicais, instalou um clima de medo, perseguição e insegurança, atropelou leis que estava obrigada a respeitar e até, por dever de ofício, em primeiro lugar.

O episódio da reparação da rua principal do Pé da Serra (Rua das Carretas) , um "joguinho" do lego com que se entreteve durante três anos, prejudicando a generalidade dos moradores da aldeia, ficará nos anais do poder local do concelho de Nisa, como um “exemplo” da prepotência ideológica e da ânsia cega de mandar.

Sem peso, sem medida e sem uma réstia de bom senso.