Com a técnica apurada que lhe é reconhecida, Carlos Sousa transforma
fragmentos simples do dia a dia em memórias visuais cheias de sensibilidade —
uma abordagem que acompanha o percurso do artista, natural de Galveias, formado
na Escola António Arroio e distinguido ao longo dos anos em várias exposições.
Ausente por motivos profissionais, o escritor José Luís Peixoto enviou
um texto especialmente para o evento, onde homenageia o trabalho e o impacto do
conterrâneo na identidade local. “A arte de Carlos Sousa faz parte da nossa
memória coletiva e, tantas vezes, pela mestria da sua mão, dá nitidez a
memórias que correm o risco de se desvanecer”, escreveu.
O autor sublinhou ainda o papel cultural das obras: “Quando uma
comunidade cuida da sua memória, fortalece a ligação entre gerações. Essa é a
importância do trabalho sobre a memória que encontramos na obra do nosso
conterrâneo Carlos Sousa.”
“Traços de Memória” convida assim o público de Galveias e da região a revisitar emoções e histórias que fazem parte da vida de todos.


