É
urgente despertar os violinos que ficam silenciosos...
por
cada carícia adiada ou por cada frase de amor abafada...
e, se o
abraço retempera, então abracemo-nos
estreitemos
estes laços que, se formaram...
há
tanto tempo atrás...
sei
que, é por ti que em mim se revela...
a
estrela mais brilhante ou a "quentura da Manjedoura"...
e, pelo
tempo que me resta...
este
ano, vou até ao largo do coreto...
sentir
todas as lareiras acesas e os corações em alta...
acima
de tudo recordar que...havia/há um Menino...
de
natureza divina, onde a sua imagem está presente...
mas,
invisível...
o real
e o imaginário, são duas sombras do mesmo corpo ausente
tenho
que ir!...
e
vaguear ao luar, sentindo os olhos e as vozes que...já passaram...
nestas
alturas o meu "pensar" anda errante e perdido...
sem
conseguir distinguir...
entre o
mundo atual e o da memória...
quero
chegar, enquanto a estrela do pastor brilha...
e,
saudosissimamente o escrevo...se o concretizo ou não...
eis a
questão...
sei
bem, onde a minha alma vagueia...ungida de tristeza...oh se sei...
já lá
vai o tempo em que o coração devorava e refazia...
o que
incomodava...
que
venham os deuses, abençoar os malucos, os lunáticos, os poetas e aqueles que
olham a lua...
sentindo
o ímpeto de uivar...sem seguir leis ou costumes...
porque,
é neles que sobrevive...o anjo da infância.
AB.
2021.
Boa
tarde caríssimos "aquele abraço"...cuidem-se.
