14.12.25

EM DEZEMBRO, Celebremos o Natal - António Borrego

 


Bem Aventurados os que ainda sonham.

É urgente despertar os violinos que ficam silenciosos...

por cada carícia adiada ou por cada frase de amor abafada...

e, se o abraço retempera, então abracemo-nos

estreitemos estes laços que, se formaram...

há tanto tempo atrás...

sei que, é por ti que em mim se revela...

a estrela mais brilhante ou a "quentura da Manjedoura"...

e, pelo tempo que me resta...

este ano, vou até ao largo do coreto...

sentir todas as lareiras acesas e os corações em alta...

acima de tudo recordar que...havia/há um Menino...

de natureza divina, onde a sua imagem está presente...

mas, invisível...

o real e o imaginário, são duas sombras do mesmo corpo ausente

tenho que ir!...

e vaguear ao luar, sentindo os olhos e as vozes que...já passaram...

nestas alturas o meu "pensar" anda errante e perdido...

sem conseguir distinguir...

entre o mundo atual e o da memória...

quero chegar, enquanto a estrela do pastor brilha...

e, saudosissimamente o escrevo...se o concretizo ou não...

eis a questão...

sei bem, onde a minha alma vagueia...ungida de tristeza...oh se sei...

já lá vai o tempo em que o coração devorava e refazia...

o que incomodava...

que venham os deuses, abençoar os malucos, os lunáticos, os poetas e aqueles que olham a lua...

sentindo o ímpeto de uivar...sem seguir leis ou costumes...

porque, é neles que sobrevive...o anjo da infância.

AB. 2021.

Boa tarde caríssimos "aquele abraço"...cuidem-se.