24.12.25

Reminiscências de um Natal (2013)


 OH OH OH, parece que e assim que se anuncia o Pai Natal, deve ter cá um vozeirão, para se sobrepor, ao arfar das renas.

Coitadas, percorrer milhares de quilómetros, milhões de chaminés, tantos pedidos e desejos.

Coitados dos que moram em bairros da lata, sem conforto e sem chaminés, não têm direito a nada.

Só ao direito de nascer, pela frente, uma vida para sofrer, alguns safam-se, pelo menos assim nos dizem os jornais, as televisões e algumas religiões.

Há sempre um ou outro, que atinge o estatuto de ídolo, a historia do costume, que comove, menino pobre, chega a rico, ganha milhões têm Ferrari, iates e têm seguidores, como enxames, e cumprimenta ladrões.

Falo nestes ladrões, porque sim!. Muitos colam-se a eles para terem votos, e quem paga são sempre os mesmos. Entopem os sonhos de jovens, com objetivos a alcançar, portanto são algodão doce das feiras, inalcançável, esquecidos, preteridos...hum, perdi o raciocínio, e tudo isto para dizer que tenho a esposa afónica, ficou sem poder articular palavra, está silenciosa e até ja adormeceu no sofá.

Enquanto que eu, aqui no face, tentando vislumbrar o outro lado da face...dizem ser o supremo gesto, oferecer, dar a outra face, valham-me todos os anjos e anjinhas...já agora...estou de tal forma que se apanho aqui o Pai Natal, tínhamos discussão, outra vez perfume?? e o Ferrari nunca mais??...Hum...hoje ofereci-me um bacalhau no forno, com batatas assadas e couves...o tinto foi Alandra, Alentejano da herdade do esporão Oh Oh Oh...a todos os amigos um Santo Natal...G Abraço.

P.S. Boas Festas.

* António Borrego