SONETO DE NATAL
Nasceu Jesus sem berço nem conforto,
No pobre abrigo à margem do poder...
Hoje há mesas de excesso e riso torto,
E mãos que rezam...sem querer ver.
Celebra-se o Natal em falsa luz,
Enquanto a fome bate à solidão...
Há guerra viva onde ninguém a reduz,
Na Palestina, Ucrânia, em perdição.
Vende-se a paz em laços coloridos,
Prendas inúteis, consumos
exagerados...
Compra-se a fé, lavam-se os pecados,
Com gestos breves, discursos
ensaiados,
Perdi a crença, mas guardo a herança
D' "O Nazareno"...e desejo
a bonança.
Manuel Alberto Morujo
24-Dezembro-2025