3.8.24

PATRIMÓNIO: Reabertura da Capela Real e reintegração do Órgão Histórico de Tubos do Palácio Nacional de Queluz

 

Um investimento global de 1 milhão de euros
Reabriu a Capela Real do Palácio Nacional de Queluz, projetada por Mateus Vicente de Oliveira no século XVIII. A Capela foi objeto de uma intervenção global de conservação e restauro, com o objetivo de permitir a reintegração do Órgão Histórico de Tubos, executado no mesmo século pelo construtor Machado e Cerveira, que vai regressar ao local original ao fim de mais de 100 anos.
O projeto de conservação e restauro da globalidade da Capela Real contemplou uma multiplicidade de técnicas artísticas e decorativas, assim como a intervenção nos espaços contíguos, como a Sacristia, as salas adjacentes, os espaços privados do piso superior bem como as áreas de ligação entre os dois pisos.
Também a copa de apoio a eventos, localizada ao nível no piso inferior, foi renovada.
A Capela está agora pronta para receber o Órgão Histórico de Tubos, que foi também objeto de reparação e restauro. A montagem do órgão na Capela já teve início e irá decorrer até ao final do ano, num processo que poderá ser observado pelos visitantes do Palácio Nacional de Queluz.
Pensa-se que este órgão pertencia ao Palácio da Bemposta e que terá vindo para Queluz em 1778, onde permaneceu até 1916. Nesse ano, foi desmontado na totalidade do centro do coro alto e apenas a sua frontaria foi recolocada do lado direito do coro alto. Mas até essa parte do instrumento foi removida em 1988, ficando a Capela sem vestígios deste instrumento até à atualidade.
O órgão histórico da Capela Real do Palácio Nacional de Queluz recuperará, assim, o seu esplendor e voltará a ser escutado. Foram executadas todas as ações indispensáveis à alteração pontual da estrutura da área do coro alto para a perfeita e funcional integração na Capela Real deste instrumento, que se estima possuir um total de 2428 tubos, 1471 no órgão principal e 957 no órgão positivo.
O projeto, iniciado em 2017, teve um investimento global de cerca de 1 milhão de euros, no âmbito dos múltiplos projetos no Palácio Nacional e Jardins de Queluz que a Parques de Sintra concretizou e que totalizam cerca de 11 milhões e meio de euros na última década.