Secretária de Estado «comprometeu-se a reunir informação sobre a situação relatada e convocar, posteriormente, outra reunião sobre o tema»
A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) contesta o corte de todos os apoios governamentais às instituições que trabalham com imigrantes no Alentejo Litoral e já transmitiu o seu descontentamento de viva voz à secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, numa reunião mantida com a governante na sexta-feira, dia 19.
«O Litoral Alentejano está a ser discriminado» pelo Poder Central em matéria de apoio aos imigrantes, contestou Vítor Proença, presidente da CIMAL e da Câmara de Alcácer do Sal, após a reunião com a governante, em Lisboa.
Segundo o autarca, as organizações não governamentais (ONG) do Alentejo Litoral, que «vinham fazendo um trabalho excecional» com os imigrantes, viram «o FAMI [Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração] cortar-lhes o financiamento», aponta Vítor Proença.
Referindo casos concretos, o presidente da CIMAL aponta a Associação para o Desenvolvimento do Torrão, que desenvolve a atividade nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, e a Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém, a atuar nestes dois municípios, como dois exemplos de ONG que viram os financiamentos interrompidos.
Também o concelho de Odemira, com a maior comunidade de imigrantes do Litoral Alentejano, «está nesta altura sem qualquer financiamento governamental para apoiar a vasta comunidade de estrangeiros residentes na região», assegura a CIMAL.
A secretária de Estado «ouviu os autarcas e comprometeu-se a reunir informação sobre a situação relatada e convocar, posteriormente, outra reunião sobre o tema».
Além de Vítor Proença, integraram a comitiva os presidentes das câmaras de Grândola e Santiago do Cacém, respetivamente António Figueira Mendes e Álvaro Beijinha, o vice-presidente do Município de Sines, Fernando Ramos, e a vereadora Isabel Palma, da Câmara de Odemira.
* Sul Informação • 21 de Julho de 2024